EXPO ABGR
Fonte: Sindseg SP
Por: Antonio Penteado Mendonça -Sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e Presidente da Academia Paulista de Letras
https://www.sindsegsp.org.br/site/colunista-texto.aspx?id=1843
Nos dias 12 e 13 passados aconteceu a EXPO ABGR, XVI Seminário de Gestão de Riscos e Seguros, organizado pela ABGR (Associação Brasileira de Gerentes de Riscos).
15 de Agosto de 2025
Nos dias 12 e 13 passados aconteceu a EXPO ABGR, XVI Seminário de Gestão de Riscos e Seguros, organizado pela ABGR (Associação Brasileira de Gerentes de Riscos). O evento foi um sucesso, durante os dois dias o WTC, em São Paulo, esteve lotado, com algumas palestras tendo inclusive público maior do que a capacidade das salas.
A ABGR é das mais tradicionais organizações do setor de seguros. Ao longo das décadas teve momentos importantes e momentos conturbados, mas, se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre sua capacidade de resiliência e de reinvenção, o seminário desta semana consolida sua reputação e a coloca em lugar de destaque entre as organizações que pensam e desenvolvem o seguro no Brasil.
A exposição dos patrocinadores, num grande espaço do WTC, criou um lugar perfeito para o encontro, o conhecimento de pessoas e do que está sendo feito, focado especialmente nos grandes riscos.
A ABGR é por definição a associação dos responsáveis pela gestão dos grandes riscos de seguros brasileiros, sejam empresas nacionais, sejam empresas multinacionais. São eles que analisam e avaliam os riscos destas empresas e negociam com o mercado a sua colocação em seguradoras e resseguradoras especializadas.
Seguro não é tudo a mesma coisa, nem todas as seguradoras têm expertise para trabalharem todos os tipos de seguros. Se os seguros massificados são commodities em que os produtos oferecidos pelas diferentes seguradoras são bastante semelhantes entre si, nos seguros de grandes riscos a situação é completamente diferente. Cada risco é um risco, a visão de cada empresa é única e invariavelmente diferente da outra, por mais parecida que a outra seja.
Isso faz com que os seguros contratados, partindo de uma base comum adquiram desenho próprio, estruturado para atender a visão daquele segurado especificamente. São os chamados seguros “taylor made”, ou seja, feitos sob medida para uma determinada visão da melhor maneira de proteger seus riscos.
Assim, o foco do seminário, como não poderia deixar de ser, foram os grandes riscos, neste momento de grande transformação no setor de seguros brasileiro e de profunda transformação das relações internacionais, com o arcabouço montado depois da Segunda Guerra Mundial abalado pelas ações do presidente norte-americano, que vai chacoalhando e colocando sob pressão a ordem vigente nos últimos 70 anos.
As grandes empresas têm realidades diferentes dos segurados individuais ou empresariais pequenos e médios. Questões como meio ambiente, riscos cibernéticos, inclusão, diversidade, etc., se somam aos riscos diretos do negócio, exigindo uma visão mais abrangente e integrada das efetivas necessidades de proteção.
É aí que o gerente de risco entra em cena. Ele é o profissional encarregado de avaliar os riscos da empresa e interagir com as diferentes áreas para conseguir a melhor proteção, pelo melhor custo. É um trabalho complexo, que vai das variáveis técnicas ao jogo político, exigindo dele uma ampla dose de conhecimento e capacidade de negociação.
O foco das palestras foi a gerência de riscos. E com certeza seu nível atingiu os objetivos propostos.
https://www.sindsegsp.org.br/site/colunista-texto.aspx?id=1843
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