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Gestão de Riscos ou Transferência de Riscos

14, Jul. 2021

Gestão de Riscos ou Transferência de Riscos

A importância do seguro para as empresas de energia em situações de escassez de chuvas

Fonte: Revista Cobertura

O Brasil enfrenta hoje uma seca histórica na região das hidrelétricas, o registro de chuvas entre os meses de setembro de 2020 e maio de 2021 foi o pior em 91 anos de registro. Cinco estados (MG, GO, MS, SP e PR) emitiram alerta de emergência hídrica agora em junho, com duração até setembro. Apesar de a hipótese ter sido descartada no momento, há risco de racionamento em um futuro próximo.

A falta de chuva e a consequente queda no nível dos reservatórios desencadeiam uma série de problemas tanto para o setor de infraestrutura como para o consumidor final. As hidrelétricas se tornam incapazes de colocar no sistema a mesma quantidade de energia que fornecem quando estão cheias, e é necessário despachar as termoelétricas para colaborar com o fornecimento e evitar o risco de apagão.

Paralelamente, o fenômeno da escassez deixa a energia cada vez mais cara. As cotações no mercado livre já acumulam um salto de 40% somente este ano, e devem tocar o teto regulatório nos próximos meses. O preço médio da energia atinge hoje os R$ 350 por MWh (megawatt-hora); a fins de comparação, no início do ano estava em R$ 250 e, em 2020, entre R$ 180 e R$ 200.

No contexto de exposição a esses riscos, é imprescindível que as apólices de seguros estejam dimensionadas de forma correta. A cobertura tradicional para usinas é formada pelas apólices de operação, conhecida como Lucros Cessantes, e a de construção, chamada Advanced Loss of Profit (ALoP). Tanto no risco de engenharia (durante a construção) como na operação, no caso de um acidente ou imprevisto a usina é obrigada a seguir com o contrato de fornecimento de energia. Ou seja, a ocorrência de um sinistro não altera a necessidade de entrega de uma quantidade pré-estipulada de megawatts.

Para entregar essa energia, a usina recorre à compra no mercado livre, onde, em situação de escassez, o produto está extremamente caro. É essencial, portanto, que a empresa esteja preparada, nos modelos que utiliza, para determinar a cobertura de ALoP e Lucros Cessantes de forma adequada aos momentos mais críticos. Assim, no caso de um acidente ou imprevisto, a usina pode recorrer à sua apólice e ter a indenização correta.

Com uma cobertura formada por apólices dimensionadas adequadamente em relação ao preço da energia, a usina consegue ir ao mercado comprar a energia que precisa entregar, sem se endividar. Quando essas apólices não são dimensionadas corretamente, a usina é obrigada a tirar do próprio bolso o dinheiro necessário para completar a compra.

Antes de tudo, é necessário revisitar as apólices atuais de construção e operação das usinas, a fim de atestar se as prerrogativas que foram adotadas para a colocação do risco no mercado estão de acordo com o momento atual. Se o preço estiver muito abaixo da cotação do mercado, é preciso aumentar o valor das apólices.

Adicionalmente, é imprescindível pensar no futuro, principalmente em relação às apólices de novos projetos. Com o fenômeno de aquecimento global, temos uma sucessão progressiva de eventos climáticos, que podem levar a uma seca ainda pior ainda em 2022 e 2023.

Bolsonaro assina venda da Eletrobras

Fonte: Monitor Mercantil

Presidente vetou obrigatoriedade de realocar empregados da empresa e de suas subsidiárias por 12 meses após privatização.

Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a MP da privatização da Eletrobras. As informações são da Folha de São Paulo. Segundo o jornal, a sanção foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira.

Entre os trechos vetados estão artigos que beneficiariam os funcionários da Eletrobras, como a obrigatoriedade de realocar os empregados da empresa e de suas subsidiárias por 12 meses após a privatização, embora, oficialmente, por se tratar de sociedade de economia mista (administração indireta), seus empregados não tenham estabilidade, embora demissão só possa ocorrer após processo administrativo (PAD) com ampla defesa, mesma situação que ocorre com servidores estatutários.

O senador Randolphe Rodrigues (Rede-AP), criticou em seu Twitter a assinatura da MP: o presidente sancionou a lei que permite a privatização da Eletrobrás. E não parou por aí! Com apoio de seus aliados ele conseguiu ser ainda mais perverso: negou a proteção dos empregos dos servidores. Agora, além de energia mais cara, vai ter mais gente desempregada no Brasil!

Segundo a Folha, Bolsonaro também excluiu o trecho colocado pelo Congresso para que a Eletrobras realocasse moradores da região de linhas de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV.

Renner fecha contrato com Enel para compra de energia eólica para lojas

Parceria é inédita, já que contrato é de longo prazo e energia fornecida virá de parque eólico já determinado da Enel que entrará em operação no fim do ano

Fonte: Estadão

A Lojas Renner (LREN3) fechou contrato com a Enel para a compra de energia eólica para atender a demanda de 170 lojas, além de seu novo centro de distribuição. A parceria é inédita, já que o contrato é de longo prazo e a energia fornecida virá de um parque eólico já determinado da Enel que entrará em operação no fim deste ano.

Nos próximos meses, enquanto a usina da Enel no município de Tacaratu (PE) não fica pronta, parte do consumo da Renner já começa a ser atendida por energia de fonte renovável vinda de outras usinas da companhia de energia elétrica. Assim que o projeto ficar pronto, o fornecimento migrará para o parque em Pernambuco, diz o presidente da Lojas Renner, Fabio Faccio. A duração do contrato é de 15 anos.

Segundo o executivo, o acordo ajudará a companhia a encerrar o ano com 80% do seu consumo corporativo, ou seja, considerando seus prédios administrativos, centros de distribuição e lojas, vindo de fontes renováveis, ante 65% no fim do ano passado. Isso, afirma Faccio, representa ainda um avanço da meta estabelecida para o fim de 2021, o objetivo era fechar este ano com 75%.

O presidente da Renner diz ainda que, além de a companhia dar mais um passo frente ao seu compromisso ambiental, esse tipo de contrato, de longo prazo, funciona também como um incentivo para investimentos em energia renovável no Brasil. Com isso, estamos aumentando a geração de energia no Brasil e de forma muito mais sustentável, afirma Faccio, em entrevista ao Estadão. Hoje, a varejista já consome energia de fazendas solares e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

A diretora de Arquitetura, Engenharia e Expansão da varejista, Alessandra Shargorodsky, acrescenta que esse contrato também cumpre o papel de dar maior previsibilidade e estabilidade ao custo de energia, algo ainda mais evidente em um momento de crise hídrica.

Já do lado da Enel, esse tipo de contrato garante compra de longo prazo para um investimento bilionário que está saindo do papel. Ao todo, serão construídos cinco novos parques de energia renovável, quatro eólicos e um solar, todos no Nordeste, que consumirão um total de R$ 5,6 bilhões em investimentos, comenta o diretor-geral da Enel no Brasil, Nicola Cotugno.

Temos visto os clientes cada vez mais tomando uma posição de responsabilidade e, a cada dia, há mais interessados nesse tipo de contrato, comenta o executivo da Enel. O aumento da demanda vem também de compras de energia por empresas, mas sem uma usina específica que gerará a energia a ser fornecida, como o caso da Renner. Uma das diferenças, nesse caso, é que, quando o contrato faz essa previsão da origem da energia, a comercialização incluem certificados internacionais de energia renovável que atestam a origem da energia prevista no acordo. Na prática, funciona como um rastreamento de atributos ambientais de energia, algo que tem se tornado relevante para as empresas no momento em que precisam gerar confiança na contabilidade do carbono, diante da meta de zerar emissão do gás.

Para o coordenador do curso de economia da FGV, Joelson Sampaio, esse tipo de contrato é uma tendência muito por conta da necessidade de diversificação de matriz energética no País. Quando vemos uma crise hídrica como essa que estamos vivendo, principalmente, aumenta o incentivo das empresas para compra de energia de fontes renováveis, frisa Sampaio.

Recursos de oferta estão sendo usados

No centro de uma roda de apostas no mercado sobre quem poderá ser o alvo da Renner para aquisição, após a companhia levantar em oferta de ações cerca de R$ 4 bilhões, o presidente da varejista, Fabio Faccio, diz que parte do valor já começou a ser utilizada com o desenvolvimento de iniciativas internas, digitalização, inovação e ampliações do ecossistema de produtos e serviços com viés de sustentabilidade. Esses mesmos pilares, frisou, também orientarão futuros movimentos de aquisições, mas que neste momento não há novidades. Estamos estudando algumas possibilidades.

Usinas termelétricas a gás reduzirão tarifa de energia, diz Albuquerque

Fonte: Poder360

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta 3ª feira (13.jul.2021), em evento no Palácio do Planalto de sanção da capitalização da Eletrobras, que a entrada de termelétricas a gás na matriz energética brasileira reduzirá a tarifa de energia em 1,1%.

Essas termelétricas que virão por meio de leilões irão substituir as termelétricas que deverão sair do sistema em 2027, que atualmente têm o custo de megawatt médio de R$ 1.000. As novas usinas terão o custo do megawatt por hora de R$ 367, no máximo, disse a jornalistas.

O texto da lei estabelece a contratação de 6.000 MW de energia de reserva de capacidade diretamente de termelétricas localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste movidas a gás natural. Essa entrega será realizada em 2026, 2027 e 2028.

Afirmou que, com todas as medidas da lei, a tarifa de energia deve cair entre 5% e 7%. A sanção da Lei 14.182, que determina a desestatização da Eletrobras, foi assinada na 2ª feira (12.jul.2021) e publicada na edição desta 3ª feira (13.jul) do Diário Oficial da União. Eis a íntegra (147 KB) da lei que trata sobre a capitalização da Eletrobras.

Para o Brasil, a nova Eletrobras será mais forte e eficiente. Contribuirá para o crescimento econômico sustentável pela qual a sociedade anseia e merece, disse o ministro. Afirmou que a Eletrobras estará entre as 5 maiores empresas de energia sustentável do mundo.

Bolsonaro defendeu a capitalização da Eletrobras em seu discurso: Nossa capacidade de investimento vem diminuindo, e o sistema não pode colapsar. Por isso, também a privatização [da Eletrobras].

Disse, porém, ser contrário à privatização da Caixa, como quer o ministro Paulo Guedes (Economia). Não vamos privatizar a Caixa não. Não fui 100% convertido ao Paulo Guedes. E nem me fale em privatizar Caixa Econômica, declarou.

Cristiano Vieira da Silva, secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, afirmou no evento que a Eletrobras perdeu espaço no parque gerador brasileiro.

Segundo o secretário, a participação era de 36% em 2011 e caiu para 30% em 2019. Na transmissão de energia, a redução foi de 56% para 45%, afirmou. Disse que a lei sancionada permitirá o investimento de R$ 230 milhões por ano, nos próximos 10 anos, na recuperação dos mananciais e vegetação nativa, além da recuperação das bacias hidrográficas.

Vetos

O presidente vetou 14 pontos do texto aprovado pelo Congresso. Os principais vetos aconteceram no artigo que determinava que 1% das ações da Eletrobras poderiam ser compradas pelos funcionários demitidos. Também vetou a parte que obrigava o governo a realocar os funcionários da empresa e das subsidiárias que forem demitidos até 1 ano depois da privatização.

Além disso, o presidente vetou a necessidade de realização de sabatina para a definição da diretoria do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

O ministro de Bento Albuquerque disse ainda que o texto da lei não será prejudicado se os vetos do presidente forem derrubados. Esses vetos foram em decorrência do próprio processo de capitalização. Alguns deles, inclusive, tinham problemas jurídicos para serem mantidos na lei, disse.

Próximos Passos

A capitalização da Eletrobras segue para o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), que será responsável pela realização do estudo para a definição do valor e a quantidade de ações que serão ofertadas.

Após isso, o estudo deve ser aprovado pela CPPI (Conselho do Programa de Parceria de Investimentos) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

Preço da tarifa

A capitalização da Eletrobras gerou embates entre o governo, que trabalhou pela aprovação do texto, e associações e oposição no Congresso, contrários aos jabutis no texto final da capitalização da estatal.

Associações do setor de energia elétrica e da indústria calculam que as propostas trazidas pela MP (medida provisória) de capitalização da Eletrobras terão custo de R$ 41 bilhões ao consumidor. Por outro lado, o governo defende que o texto reduzirá as tarifas de energia aos consumidores.

Brasil dobra superávit de energia em 2020

No ano passado, a produção interna de energia superou a demanda nacional em 11,1%, ante 5,1% em 2019. Na Resenha Energética Brasileira publicada na sexta-feira (9/7), o MME atribuiu o crescimento ao aumento na produção de petróleo e gás e à diminuição de 2,2% na demanda total de energia.

A produção de petróleo cresceu 5,6% em 2020, alcançando 3,04 milhões de barris/dia. Dessa forma, a diferença entre a produção e a demanda brasileira aumentou para 68,2%, representando exportação líquida de 1,21 milhão de barris equivalentes de petróleo por dia (bep/dia) no período, ante 1,06 milhão de bep/dia em 2019.

Devido à pandemia, a demanda total de derivados caiu 5%, com consumo de 1,94 milhão de bep/dia em 2020. Entre os derivados, o querosene de aviação (QAV) apresentou a maior redução, de 43%, enquanto a demanda de gasolina caiu 6,1%, refletindo os impactos da pandemia no setor de aviação e veículos leves, respectivamente.

Os dados setoriais do MME indicam que os setores de transporte e uso não energético foram os mais afetados pela covid-19, com quedas de 6,4% e 11,9% no consumo final de energia, respectivamente. Segundo o ministério, a queda nos não-energéticos está associada aos impactos da pandemia na indústria química.

Com a queda na demanda por energia em 2020, houve recuo de 5,5% nas emissões de CO₂ no setor de energia. Foram emitidos 383 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera em 2020, queda de 21% ante o pico registrado em 2014, de 485 milhões de toneladas.

Fonte: Revista Brasil Energia

Os apagões na internet e a ameaça da falha humana

Empresas e governos estão mais dependentes de serviços digitais. Mas o que eles estão fazendo para garantir a continuidade caso um fornecedor falhe?

Empresas e governos estão cada vez mais dependentes de serviços digitais. Mas o que eles estão fazendo para garantir a continuidade caso um fornecedor importante falhe? Há alguns dias uma pane deixou fora do ar sites de veículos de imprensa, de governo e outros serviços web de diversos países.

A indisponibilidade ocorreu devido a uma falha generalizada na Fastly, um provedor de serviços em nuvem. O problema foi associado a um erro humano que deixou os serviços inativos por cerca de 50 minutos durante o dia. Apesar de ter tido uma rápida solução, a falha acendeu um alerta e mais uma vez deixou clara a vulnerabilidade das redes e conexões digitais.

Embora esse não seja um caso de violação da segurança cibernética, por não ter sido causado por um ataque hacker ou resultado em vazamento de dados, há que se discutir formas de proteger a atividade das empresas e a responsabilização por possíveis prejuízos financeiros em caso de falha humana.

Segundo um relatório da Allianz Global Corporate & Specialty, os erros humanos e falhas técnicas são os principais impulsionadores para incidentes cibernéticos dentro das empresas no mundo. Cerca de 57% dos casos são causados por falhas técnicas e de TI ou incidentes por erro de um profissional, 40% por manipulação externa de sistemas e 3% ação interna maliciosa, por exemplo, ação realizada por um funcionário desonesto.

Um dos recursos de proteção que podem ser utilizados é o seguro para erros e omissões, também conhecido como E&O, que protege as empresas contra os custos totais de uma reclamação feita por cliente contra um profissional. O produto cobre os custos judiciais e quaisquer acordos até o valor especificado na apólice. No caso da Fastly, se algum dos clientes resolver recorrer judicialmente, isso pode significar um prejuízo de milhões para a empresa.

Se o erro tivesse resultado em vazamento de informações, a empresa poderia mitigar seus prejuízos através do Seguro de Cyber, que concede cobertura a eventuais indenizações de terceiros em virtude da exposição de dados, bem como com os custos para sua defesa em procedimentos administrativos em razão das diretrizes de legislações regulatórias, tal qual como se apresenta a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, garantindo cobertura até mesmo para os processos de responsabilidade civil.

O recomendado é combinar as duas proteções em uma apólice para minimizar lacunas. O E&O pode ser usado como um complemento do seguro cyber que está em alta, principalmente diante do cenário de pandemia que colocou muitas empresas para funcionarem de forma remota e ampliou os riscos e exposições a crimes digitais.

As empresas, principalmente as de tecnologia, devem estar cientes das reivindicações potenciais se houver falhas na entrega de produtos ou serviços contratados. Talvez um dia a inteligência artificial consiga antecipar e prever todas as situações que podem ser causadas por um erro humano, mas enquanto a tecnologia não atinge esse nível é preciso buscar proteger financeiramente os negócios da forma mais ampla possível.

Fonte: Revista Apólice / Autora: Ana Cristina Albuquerque, head de linhas financeiras da Willis Towers Watson

Proteção veicular é vendida como seguro, mas não é

Segmento não tem regulação e desde 2015 já existem 353 ações civis públicas sobre o tema. Entenda os riscos e as diferenças entre os produtos

Fonte: O Globo

Dezesseis entidades do setor de seguros, encabeçadas pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), promovem uma campanha de alerta sobre os riscos da proteção veicular. Vendida por associações como se fosse seguro, a proteção veicular é mais barata do que o serviço tradicional, mas não oferece as mesmas garantias.

Site (www.seguroautosim.com.br ), vídeos e cartilha, com um comparativo entre o seguro de automóveis e a proteção veicular, fazem parte do material desenvolvido pelo setor para alertar os brasileiros sobre as diferenças entre os dois produtos.

Considerado um mercado paralelo, por não ter regulação, o segmento acumula, desde 2015, 353 ações civis públicas movidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguros, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF).

Segundo a Agência de Autorregulamentação das Entidades de Autogestão de Planos de Proteção Contra Riscos Patrimoniais (AAAPV), há 2.500 sociedades mútuas no país, que movimentaram R$ 7,2 bilhões em 2020, com cobertura para cerca de 5,3 milhões de veículos.

Durante a pandemia, segundo a Associação Brasileira de Procons (Procons Brasil), aumentaram as reclamações contra a proteção veicular.

Acho que o aumento das queixas está diretamente relacionado à perda de renda das famílias e à busca de alternativas mais baratas. Quando os problemas acontecem, no entanto, há resistência das associações em cumprir o que determina o Código de Defesa do Consumidor, sendo difícil firmar acordos. E, quando eles acontecem, nem sempre são horados, relata Filipe Vieira, presidente da Procons Brasil.

Risco de não receber

Danilo Silveira, diretor executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), lembra que a proteção veicular começou nos anos 1980 entre caminhoneiros, em Minas Gerais. De lá para cá, as associações não somente massificaram a atuação, como ampliaram o leque de ofertas para ramos como vida, previdência e residencial. E alerta:

Na proteção veicular, não há transferência de risco ou gestão de risco. É o próprio associado que assume sua proteção. Ele assina um contrato de responsabilidade mútua e divide o risco com os demais associados. Em caso de prejuízo, é feito um rateio entre todos.

Silveira acrescenta:

Na prática, o pagamento de indenização dependerá do caixa da entidade, o que significa um futuro incerto. Além da mensalidade fixa, há um valor variável, destinado a cobrir as indenizações, se o caixa da associação não for suficiente.

Para Ricardo Morishita, especialista em Direito do Consumidor e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), a questão em discussão é a falta de informação.

O consumidor não tem informação suficiente. Compra pelo que vê e reclama daquilo que não viu. Há três riscos: não receber a indenização, ter que pagar mais do que o previsto e, se tudo der errado, a dificuldade de ter a quem reclamar. A mútua pode existir, mas com características muito definidas, tanto quanto o associativismo, como restrição geográfica. Ao vender massivamente, essas instituições descaracterizam ambos. O caminho é a regulação, diz.

A regulação também é o caminho defendido por Marcio Coriolano, presidente da CNseg:

O que propomos não é que deixem de existir, mas que haja um regramento. A solução seria uma regulação como a feita para os planos de saúde, em 1998, que tem regras proporcionais. Para um plano de autogestão, por exemplo, a exigência é diferente daquela feita a grandes operadoras. Antes da lei, o setor de saúde sofria o mesmo problema, lembra o executivo.

Há vários projetos em tramitação no Congresso Nacional sobre a regulação do segmento. O mais adiantado é o PLP 519/2018. Para Raul Canal, presidente da AAAPV, que representa cerca de 300 associações, seriam necessários ajustes para que a lei atendesse as entidades do setor.

A agência ingressou como amicus curiae em todas as ações em curso na Justiça e diz estar conversando com a Susep e o MPF, em busca de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que defina regras claras.

Canal afirma que a AAAPV orienta que as associações sigam o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e restrinjam a atuação a pequenos grupos de pessoas. Ele ainda acrescenta:

Se houver alguma indução ao erro, que leve o público a confundir a proteção veicular com o seguro, a divulgação é retirada do ar pelo nosso Tribunal de Ética.

Desregulamentar é opção

Igor Lourenço, diretor da Susep, diz que a agência reguladora atua em duas frentes: uma é a de repressão ao que o mercado denomina de marginal; a outra é a desregulamentação do setor, permitindo que as seguradoras lancem produtos mais baratos para concorrerem com esse mercado paralelo.

A desregulamentação permite a oferta de produtos mais simples, mais baratos, atraindo pessoas que não poderiam adquirir o produto tradicional. Diminui o gap de preço em relação à proteção veicular. O importante é que as pessoas comuniquem à Susep quando tiverem problemas e verifiquem se estão negociando com uma seguradora sempre que tiverem dúvidas, ressalta Lourenço.

Entenda algumas diferenças

Pagamento:

O seguro tem um valor anual, que pode ser dividido em 12 meses, o chamado prêmio. Na proteção veicular, há uma parcela fixa e uma variável, que dependerá do caixa da associação para arcar com suas obrigações e exigir o rateio.

Indenização:

No seguro, a indenização é certa, e o prazo máximo para pagamento é determinado pela Susep. Na proteção veicular, não há garantia de recebimento do valor integral da indenização, pois depende do caixa da associação, podendo o pagamento ser parcelado.

Risco:

No caso do seguro, o risco é todo da empresa. Quando se fala em proteção veicular, o associado compartilha esse risco, ou seja, há um rateio de prejuízos.

Código de Defesa do Consumidor (CDC):

Algumas associações dizem que o CDC não se aplica à proteção veicular, o que especialistas contestam, pois a venda massificada descaracteriza o caráter associativista dessas instituições.

Fiscalização:

O setor de seguros é fiscalizado pela Susep. A proteção veicular não tem regulador, mas o setor tem uma agência de adesão voluntária. Para se associar, há regras, como cumprimento de código de ética e criação de fundo de reserva.

A quem reclamar:

Em caso de problema com uma seguradora ou uma associação que comercializa proteção veicular, deve-se fazer queixa à Susep e ao Procon. Há casos que vão parar na polícia e na Justiça.

Marsh anuncia nova diretoria de seguros e resseguros

Fonte: CQCS

Objetivo da empresa é fortalecer sua atuação em mercados estratégicos, trazendo novas soluções para os clientes e parceiros

A Marsh Brasil anunciou a nomeação de novas diretoras e diretores para fortalecer ainda mais a sua atuação em mercados estratégicos e trazer novas soluções para os clientes.

Silvana Speranza foi nomeada diretora de Placement para Specialties, que abrange as indústrias de Power, Energy, Mining, Infraestrutura, Construção e Portos & Terminais nos ramos de Property e Engenharia. A executiva tem trinta anos de experiência no mercado de seguros, há cinco está na empresa e até então ocupava o cargo de superintendente de Placement para Specialty. Formada em economia, ela também tem MBA em gestão empresarial pela Fundação Dom Cabral. O que me motiva a cada dia são as possibilidades que oferecemos a todos que aqui trabalham para que criem seus sonhos dentro da empresa, afirma.

Outra nova diretora na consultoria é Maria Eduarda Araújo. A executiva, que atuava como superintendente de Placement para Property, foi nomeada diretora de Placement Property. Maria Eduarda atua no mercado segurador há 15 anos e é formada em administração de empresas pela Faculdade Cândido Mendes e pós-graduada em O&G (Oil & Gas) pela UFRJ. Trabalhar na Marsh tem sido uma surpresa muito positiva desde o primeiro dia. Temos um ambiente acolhedor, que valoriza a participação e socialização entre todos, a busca pelo bem-estar das pessoas é constante, diz.

Resseguros

A corretora também promoveu dois executivos na área de resseguros. Rafael Caminha agora é diretor de resseguros para FINPRO (Responsabilidade Financeira e Profissional) da Carpenter Marsh Fac. Caminha ingressou no mercado de seguro e resseguro em 2009 e se especializou nos segmentos de linhas financeiras. Durante os últimos anos de sua carreira desenvolveu uma vasta experiência em produtos como D&O, E&O, entre outros.

Já Rodrigo Vallim passou a ser diretor de resseguros para Oil & Gas (petróleo e gás) da Carpenter Marsh Fac. Com mais de doze anos trabalhando com riscos de Offshore, Marítimo e Óleo & Gás ele tem passagem por mercados de seguros e resseguros locais e internacionais. O executivo é graduado em Ciências Atuariais e já atuou com precificação e análise atuarial no IRB Brasil Re e na Nationwide Marítima.

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/

Revista Cobertura:  https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2

Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed35_2021.pdf

Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html

Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html


Clube Internacional de Seguro de Transportes (CIST), entre os dias 19 e 23 de julho, promoverá mais um curso de curta duração de 15 horas, 100% online. Desta vez, o tema será Comércio Exterior, ministrado por José Robinson Paiuca.

Mestre em Administração de Empresas na UMESP, Pós-graduado em Qualidade nas Organizações na UNINOVE, Pós-graduado em Comércio Exterior pela São Judas Tadeu, Bacharel em Comércio Exterior pela IMES e Bacharel em Administração de Empresas na UNIFEI.

Objetivo do curso é inserir o participante nos conceitos básicos do comércio exterior, dando um direcionamento para quem quer entrar na área de comércio internacional.

Conteúdo:

Introdução ao comércio exterior

Credenciamento no Portal de Comex

REI / Registro de Exportador e Importador

Habilitação no Siscomex (Registro no Radar)

Incoterms/2020

Condições de pagamento

Classificação fiscal de mercadorias

TEC, Tipi e Naladi

Importação

Contatos internacionais

Contatos de preliminar e cotação (Fatura Pro-forma)

Portal de Comex / Siscomex Importação

Dispensa de LI / Licenciamento de Importação

Exigência de LI / Licenciamento de Importação

Câmbio na importação

Tratamentos fiscais

Custo de importação

Desembaraço aduaneiro

Registro da DI/ DUIMP no Siscomex

Vistoria aduaneira

Desembaraço aduaneiro

Exportação

Siscomex Exportação

DUE / Declaração Única de Exportação

LPCO / Licença, Permissão, Certificado e Outros Documentos

Negociação Internacional

Contatos internacionais

Fatura Pro-forma e lista de preços:

Câmbio na exportação

ACC e ACE

Tratamentos fiscais: IPI, ICMS, PIS, Cofins e Drawback

Incentivos financeiros

Documentos

Despacho aduaneiro

Serviço:

Data: 19 a 23 de julho de 2021

Horário: 19h00 às 22h00

Investimento: R$ 300 para sócio e de R$ 400 para não sócio.

Mais informações: secretaria@cist.org.br  

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