Olimpíada de Tóquio onera resseguradoras
15, Jul. 2021
Jogos de Tóquio sem público custarão até US$ 400 milhões
às resseguradoras
Fonte: Sonho Seguro
Na última semana, as autoridades japonesas decidiram que
os Jogos Olímpicos de Tóquio (JO de Tóquio) se realizarão sem público nos
estádios, devido ao estado de emergência declarado por causa de nova cepa da
pandemia Covid-19 na capital japonesa. O anúncio acabou com a expectativa do
comité organizador de ter espectadores nos locais onde decorrem os Jogos.
Segundo estimativa da Fitch Ratings, a decisão das
autoridades de barrar a entrada de público nos recintos onde decorrem as
competições desportivas custará à indústria global de resseguros entre US$ 300
milhões e 400 milhões. No entanto, o cálculo representa apenas 10% a 15% do
prejuízo que as resseguradoras teriam de suportar caso os JO tivessem sido
definitivamente cancelados.
As olimpíadas Tóquio 2020, já adiadas um por causa da
emergência da pandemia no ano que deviam ter acontecido, tem cobertura de
seguro global estimada em US$ 2,5 bilhões, tudo incluído: 1,4 bilhão por conta
do Comité Olímpico Internacional (COI) e do comité organizador (Tokyo
Organising Committee, mais 800 milhões pelos direitos de transmissão e ainda
US$ 300 milhões investidos por outros intervenientes, entre os quais estão
comitivas de atletas participantes, patrocinadores e alojamentos.
Se os Jogos sofressem novo cancelamento, o resseguro
assumiria grande parte do prejuízo decorrente das coberturas, uma vez que os
eventos com elevado grau de exposição a severidade são, normalmente, fortemente
ressegurados, sustentam os analistas em nota primeiramente divulgada através da
Fitch Wire.
Face à estimativa de perdas, reduzida, em decorrência
apenas da ausência de espetadores nas bancadas, o impacto nos resultados do
setor de resseguros também será limitado e não afetará capital nem notas de
rating, adiantou a Fitch.
Famílias de vítimas de voo da Chapecoense ainda não
receberam indenização; entenda o motivo
Fonte: CQCS
O Fórum Parlamentar de Santa Catarina pediu auxílio do
Ministério de Relações Exteriores para resolução de pendências relacionadas as
ações de indenização às famílias de vítimas do acidente envolvendo o voo da
Chapecoense, em 2016, na cidade colombiana de Medelín. Ao total, foram 71
mortes.
Formado por deputados federais e senadores do estado, a
cúpula quer que o Itamaraty ajude na negociação com Colômbia e a Bolívia para
que familiares possam receber a quantia previamente estimada.
Segundo explicações cedidas à NSC, o advogado Marcel
Camilo, responsável pela representação de famílias do caso, afirma que para os
seguros serem distribuídos, é necessário que as agências reguladoras dos países
sul-americanos reconheçam erros que culminaram na tragédia.
Nos Estados Unidos, país em que a LaMia, empresa da
aeronave que sofreu a queda, possui contratos, a Justiça de Flórida ponderou
que familiares vítimas do acidente teriam direito a uma indenização de U$ 800
milhões, cerca de R$ 4 bilhões. Contudo, a condenação é de primeira instância e
as seguradoras da empresa recorreram da decisão em Londres. Assim, o caixa
destinado às famílias segue inviabilizado.
O Fórum de Santa Catarina quer a ajuda do Itamaraty para
resolver essa pendência. A ideia é que o governo federal reforce o diálogo com
a Colômbia e a Bolívia para resolução da questão diplomática.
Zurich conscientiza as empresas sobre a importância da
gestão de riscos
Plataforma de comunicação da companhia auxilia as médias
e pequenas empresas a terem coberturas adequadas para a sustentabilidade dos
seus negócios
Fonte: SindsegSP
Embora os riscos operacionais existam e façam parte da
rotina de qualquer companhia, com ações corretas e efetivas é possível prevenir
e minimizá-los. Para auxiliá-las na prevenção, a Zurich, uma das líderes do
segmento de riscos coorporativos, oferece um plano integrado de comunicação
para conscientizar médias e pequenas empresas sobre a importância de
compreender e gerenciar melhor os riscos.
Esse trabalho de conscientização envolve uma série de
plataformas de comunicação junto aos corretores para entregar às empresas
destes segmentos coberturas e serviços adequados após uma avaliação criteriosa
dos riscos. A Zurich remodelou, por exemplo, o seu portal institucional, o
portal do corretor e do cliente, para ter uma comunicação mais fluida e
informativa sobre os seguros e as suas respectivas coberturas para todos os
segmentos econômicos, seja comércio, indústria ou serviço.
De acordo com Andressa Meireles, superintendente de
Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil, a seguradora também tem implementado
novos modelos operacionais baseados na centralização, especialização e
otimização dos processos, visando a aumentar a excelência técnica de
atendimento a clientes. Temos uma equipe multidisciplinar altamente qualificada
e treinada, capaz de oferecer soluções específicas, de acordo com as
necessidades dos negócios. Nossos engenheiros especializados na avaliação de
riscos atuam proativamente com recomendações de soluções para a reduzir perdas,
afirma.
A executiva explica que os especialistas da Zurich também
têm um importante trabalho de informar e conscientizar os seus clientes. Para
isso, estamos junto ao cliente no seu dia a dia com a realização de visitas
para compreender a sua exposição a riscos. Também analisamos informações
relacionadas às experiências de sinistros ocorridos para sugerir medidas de
prevenção de perdas, diz Andressa.
Para ela, há um cenário de perspectiva econômica positiva
no Brasil e a seguradora apoiará as empresas neste processo de retomada de
crescimento. Os seguros são instrumentos importantes para sustentar a expansão
dos negócios, principalmente nos segmentos de médias e pequenas empresas, que
hoje respondem por 50% da carteira de riscos corporativos da Zurich no Brasil.
Serviços e informações disponíveis gratuitamente
A área de Engenharia de Riscos da Zurich se destaca por
contar com profissionais altamente especializados, que prestam um serviço que
diferencia a companhia no mercado. Eles ainda geram conteúdo útil e de
qualidade, disponibilizados pela seguradora em seu site, para que empresas de
todos os portes e áreas de atuação tenham acesso.
Além de documentos técnicos e artigos, há diversos
materiais com dicas sobre gestão e mitigação de riscos, que as auxiliam a
entender questões relacionadas à segurança patrimonial, riscos cibernéticos,
ameaças globais, como as relacionadas à saúde e ao meio ambiente, por exemplo,
e até apresentações de workshops promovidos sobre esses temas.
Investimento em startups bate recorde no Brasil e no
mundo
Fonte: InfoMoney
Em volume de investimento aportado no Brasil, lideram
fintechs, proptechs e retailtechs. Concentração em startups maduras é realidade
mundial e nacional
Diversos países ainda estão sofrendo com os efeitos da
pandemia de Covid-19, e os olhares dos investidores ainda estão voltados para a
tecnologia. Em nível nacional ou global, as startups continuaram divulgando
captações recordes no acumulado dos primeiros seis meses deste ano.
Segundo a base de dados Crunchbase, cerca de US$ 288
bilhões foram investidos em startups pelo mundo durante o primeiro semestre de
2021. O número representou alta de 61% sobre último recorde, de US$ 179 bilhões
investidos no segundo semestre de 2020. Na comparação com os US$ 148 bilhões do
primeiro semestre de 2020, a alta foi de 95%.
Neste primeiro semestre, 250 startups se tornaram
unicórnios, alcançaram uma avaliação de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão. Em
todo o ano de 2020, foram 161 novos unicórnios. Essas companhias deixaram de
ser exóticas: o mundo acumula 879 unicórnios, com valor de mercado acumulado de
US$ 3 trilhões. Dos 250 unicórnios registrados no primeiro semestre de 2021,
161 deles estão nos Estados Unidos. Os próximos da lista, Canadá e China,
criaram 10 unicórnios cada.
Na separação entre investimentos em startups de estágio
semente (angel e seed), estágio inicial (early stage) e estágio avançado
(growth/late stage), a última categoria atraiu mais recursos. Foram US$ 11,3
bilhões investidos em estágio semente; US$ 81,1 bilhões investidos em estágio
inicial; e US$ 195,3 bilhões em estágio avançado na soma dos dois primeiros
trimestres de 2021.
Os fundos mais ativos em número de rodadas foram Tiger
Global Management (144 rodadas lideradas ou com participação), Insight Partners
(109), Andreessen Horowitz (106), Accel (105) e General Catalyst (80).
De maneira similar, mais companhias investidas por
venture capital chegaram à uma avaliação acima de US$ 10 bilhões em sua estreia
na Bolsa de Valores no primeiro semestre de 2021 do que durante todo o ano de
2020. Foram 16 companhias neste semestre, ante 13 em 2020. Apenas no segundo
trimestre de 2021, foram oito:
Investimento em startups brasileiras
Segundo o Inside Venture Capital, relatório da empresa de
inovação Distrito, US$ 5,2 bilhões foram investidos em startups brasileiras
neste primeiro semestre. Esse também é um recorde histórico, superando em 45% o
visto ao longo de todo o ano de 2020. Na comparação apenas com o primeiro
semestre de 2020, a alta é de 299%.
Volume de investimento em startups (Distrito/Reprodução)
O número deste semestre é enviesado por grandes aportes.
Foram 11 megarodadas no período, aportes que passam da marca dos US$ 100
milhões, responsáveis por 74% do total investido nas startups brasileiras.
Segundo o Distrito, foram quatro novos unicórnios nacionais condecorados neste
semestre: MadeiraMadeira (venture capital), Hotmart (venture capital), C6Bank
(venda para o J.P.Morgan) e Mercado Bitcoin (venture capital). Hoje, o Brasil
tem 16 unicórnios.
Junho também teve recorde histórico para as startups brasileiras:
foram US$ 2 bilhões captados, em mais de 63 rodadas. O valor foi puxado por
megarodadas em startups que já eram unicórnios brasileiros, como Gympass (US$
220 milhões), Ebanx (US$ 430 milhões) e Nubank (US$ 500 milhões).
Em volume aportado, lideram fintechs (US$ 2,4 bilhões),
proptechs (US$ 829,4 milhões) e retailtechs (US$ 416,2 milhões). Foram
realizados 339 aportes em startups brasileiras, 35% mais rodadas do que o visto
em 2020. Os setores preferidos dos investidores foram fintech (72 aportes), retailtech
(36) e healthtech (29).
Setores de startups preferidos para investimento no
primeiro semestre de 2021 (Distrito/Reprodução)
Assim como no panorama mundial, investimentos em estágio
avançado concentram o maior volume captado. Essa realidade é ainda mais vista
no Brasil: o late stage concentra 95% do volume investido. Já em número de
rodadas, 69% vão para estágio semente e inicial.
Os fundos brasileiros que mais realizaram investimentos
no primeiro semestre deste ano foram Bossa Nova (27 aportes), Domo Invest (21)
e Canary (12).
O futuro do investimento em startups
Esperamos que os próximos semestres sejam igualmente
movimentados, graças ao amadurecimento do mercado somado a recuperação
econômica e a superação da crise sanitária, escreve o Distrito em seu
relatório. Acreditamos que até o fim do ano, novos unicórnios devam aparecer em
terras brasileiras. Algumas das principais apostas são Neon, CargoX, Zenvia e
Petlove.
Esse otimismo com o futuro do investimento em startups se
repetiu em entrevistas que o Do Zero Ao Topo, marca de empreendedorismo do
InfoMoney, fez anteriormente com fundos brasileiros de venture capital e
private equity.
No Brasil, nós nunca tivemos tanto capital disponível
para empreendedores em empresas nascentes de tecnologia como temos agora,
afirmou Daniel Chalfon, sócio da Astella Investimentos. A Astella investiu em
negócios como Omie, Resultados Digitais e Sallve. Essa liquidez deve continuar
pelo resto de 2021.
Houve acesso à capital facilitado por quase todos os
bancos centrais, e também facilidade de crédito na esfera privada. Os
investidores conseguiram se organizar para uma maior captação de recursos em
2020, e se prepararam para investimentos em momentos subsequentes. É natural
que os investimentos em VC e PE estejam aquecidos em 2021, frente ao ano
anterior, diz Marcelo Amorim, sócio operador da Invisto. A Invisto tem no
portfólio startups como Gofind, HeroSpark e Knewin. Temos várias indicações que
durante os próximos meses o nível de atividade em venture capital e private
equity deve permanecer elevado.
Para os próximos meses, estamos animados com uma
recuperação ainda mais forte com um possível efeito das vacinas e aquecimento
da economia. O investidor brasileiro está em busca de investimentos
alternativos e mais retorno, dado o fim dos altos juros em aplicações como
títulos do Tesouro Direito, concorda Rodrigo Carneiro, CEO da SMU
Investimentos. A plataforma de equity crowdfunding mediou aportes em negócios
Flapper, Lady Driver e Pink Farms.
A liquidez pode gerar competição pelos melhores
empreendedores, segundo Gonzalo Costa, sócio do NXTP. O fundo de venture
capital aportou em startups como Amaro, CargoX e Ripio. O que certamente pode
acontecer no futuro próximo é uma escassez de boas oportunidades de
investimento, o que pode levar a um aumento dos valuations e também à
flexibilização dos termos de investimento.
Renato Valente, da Iporanga Ventures, concorda e
ressalta: O país tem muita carência e desafio. É um prato cheio para
empreendedores cada vez mais preparados e com acesso a capital. Existe também
uma inflação de salários de desenvolvedores, o que faz com que o valor dos
aportes cresça. O fundo investiu em empreendimentos como Quero Educação, Loggi
e Olist.
Mesmo com avisos de aportes pontualmente inflados, os
especialistas afirmam que ainda temos muito caminho a percorrer em termos de
investimento na tecnologia. Não acreditamos que esse fenômeno seja passageiro.
Ainda existem muitas ineficiências nas cadeias de valor e oportunidades na
prestação de serviços que a tecnologia pode endereçar, afirma Valente.
Muitas corporações se viram muito mais atrasadas; muitos
investidores se viram muito mais mal alocados; e muitos governos perceberam que
são menos incentivadores de inovação do que imaginavam. Essa percepção generalizada
e muito forte que faz com que os investimentos em startups e empresas
inovadoras de tecnologia ainda venham a atrair muito capital não só ao longo
dos próximos trimestres, mas certamente nos próximos anos e talvez décadas,
concorda Dan Yamamura, sócio da gestora Fuse Capital. A Fuse Capital aportou em
negócios como AIO, Fligoo e W.Dental.
A adoção da rede 5G traz um impulso ainda maior para
soluções digitais. Internet super rápida e baixa latência vão permitir, por
exemplo, fazer cirurgias mais precisas à distância, lançar carros autônomos,
construir cidades inteligentes e muito mais coisas, que não conseguimos sequer
imaginar.
Maioria ainda teme aumento de desemprego, inflação e
taxas de juros
Segundo Febrarban, em relação a março, houve melhora da
percepção sobre os aspectos econômicos, mas eles continuam negativos.
Fonte: Monitor Mercantil
Recente aceleração do processo de vacinação contra a
Covid-19 ainda não foi suficiente para reverter as expectativas dos brasileiros
sobre o desempenho da economia brasileira e de sua própria condição
financeira. Os brasileiros permanecem apreensivos e temem o aumento do
desemprego, da inflação e das taxas de juros.
Levantamento da segunda edição do Radar Febraban, da
Federação Brasileira de Bancos, mostra que metade dos entrevistados (52%) não
acreditam que a situação financeira pessoal se recupere ainda esse ano e cerca
de dois terços dos entrevistados (68%) não acreditam que a economia brasileira
se recupere ainda esse ano.
Realizada no período de 18 a 25 de junho, com 3 mil
entrevistados em todas as cinco regiões do país, a segunda edição do Radar
Febraban avaliou a evolução da expectativa dos brasileiros sobre os seguintes
temas e apresenta um recorte regional: situação da economia e consumo; bancos;
segurança e compartilhamento de dados; e meios de informação.
Permanece grande o número de brasileiros apreensivos em
relação à economia do país e apontando dificuldades financeiras na sua vida e
da sua família. Metade dos entrevistados (52%) não acreditam que a situação
financeira pessoal se recupere ainda esse ano, enquanto 23% são mais otimistas,
praticamente os mesmos percentuais do levantamento de março. Quanto à economia
do país, o percentual de brasileiros preocupados permanece elevado, embora
tenha ocorrido um recuo do pessimismo na comparação com a rodada anterior.
Cerca de dois terços dos entrevistados (68%) não acreditam que a economia
brasileira se recupere ainda esse ano, eram 75% em março. A expectativa de
recuperação em 2021 cresceu para 13%, ante 9% no levantamento anterior. Apenas
13% acham que a economia brasileira tem chance de se recuperar ainda em 2021.
Ainda predominam prognósticos desfavoráveis, mas houve
melhoria da percepção sobre todos os aspectos econômicos avaliados,
considerando os próximos seis meses, comparativamente à pesquisa anterior. Mais
da metade da população (52%) acha que o desemprego vai aumentar (70%, antes),
73% apostam no crescimento da inflação/custo de vida (80%, antes) e 72% da taxa
de juros (76%, antes).
Quanto ao acesso ao crédito das pessoas e das empresas, é
maior o contingente que acredita em aumento (36%) do que em diminuição (26%), e
para 33% vai ficar igual (esses percentuais eram 30%, 35% e 29%,
respectivamente).
Para 48% dos entrevistados, o poder de compra das pessoas
deve diminuir, ao passo que 25% preveem um aumento e 23% consideram que não
sofrerá alteração. No levantamento anterior, eram 64%, 16% e 18%.
Sobre o futuro, caso a situação financeira melhore, cerca
de um terço dos entrevistados deseja investir seus recursos extras em poupança
(32%) ou outro tipo de investimento bancário (34%). Gastar com viagens é a
opção de 29% dos entrevistados e para 27%, é mais interessante investir em
imóveis. Destinar dinheiro extra para melhorar a sua educação e de seus
familiares é opção de 26% das pessoas.
Opções como reformar casa ou comprar carro foram
mencionadas, respectivamente, por 24% e 19% dos entrevistados. Menos de 1/5
cita a compra de eletrodoméstico e eletrônico (15%) e a contratação ou melhoria
do plano de saúde (12%); a expectativa por investimento em seguros (carro, casa
ou vida) é de 9% e em compra de moto é de 5%.
Comparativamente ao levantamento anterior, as
expectativas avançaram em relação à maioria dos tipos de investimentos, exceto
os relacionados ao plano de saúde (caiu de 17% para 12%). As principais
variações no ranking de expectativas sobre investimentos se deram em relação a
outros investimentos bancários diferentes da poupança (aumento de 7 pontos) e
compra de carro (aumento de 8 pontos).
União Europeia lança plano ambicioso contra poluição, que
inclui vetar carros a combustão até 2035
Fonte: Folha de SP
A União Europeia apresentou nesta quarta-feira (14) seu
novo plano para tentar reduzir a poluição gerada pelo bloco e, assim, conter o
aquecimento global. As propostas preveem, entre outras coisas, aumento do uso
de energias limpas como solar e eólica, estímulos para o uso de carros
elétricos e veto à fabricação de automóveis movidos a combustão a partir de
2035.
Há também pontos polêmicos, como taxas extras para
importar produtos que sejam fabricados fora do bloco sem respeitar as regras
ambientais e a orientação de aumentar taxas sobre combustíveis como diesel e
gasolina.
As mudanças ainda precisam ser aprovadas pelo Parlamento
do bloco e pelo Conselho Europeu (que reúne chefes de Estado ou de governo), o
que demandará acordos entre os 27 países-membros e com a indústria europeia. Em
alguns temas, também será preciso de consenso com parceiros comerciais de
outras partes do mundo.
O pacote foi chamado de Fit to 55 (adaptado para 55%).
Nós temos a meta, e agora apresentamos o mapa de como chegaremos lá, disse
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (o braço Executivo do
bloco), responsável pela elaboração do projeto. A implantação das medidas
deverá custar em torno de 500 bilhões de euros (R$ 3 trilhões).
Há a proposta de criar um novo Fundo Climático Social,
custeado pelo orçamento da UE, para ajudar os países na transição. Ele deve gerar
72,2 bilhões de euros (R$ 432 bilhões) em investimentos entre 2025 e 2032. Além
disso, foi proposto que os países também coloquem recursos e dobrem o montante.
O objetivo principal do pacote é reduzir as emissões de
gases de efeito estufa em 55% até 2030, tendo como base os níveis de 1990, para
que os países se aproximem do objetivo de atingir a neutralidade de carbono
(que todas as emissões sejam absorvidas de alguma forma), uma meta europeia
para 2050. As emissões já caíram 24% em relação a 1990, enquanto a economia do
bloco cresceu 60% no mesmo período.
O anúncio das novas medidas dá sinais importantes para a
COP-26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que será
sediada em Glasgow, no Reino Unido, em novembro. O encontro, no qual líderes
mundiais debatem medidas para frear o aquecimento global, tem neste ano a
missão de tirar o Acordo de Paris do papel e também a expectativa de que os
governos revisem e incrementem seus compromissos de combate à crise climática.
Os 27 países do bloco europeu emitem atualmente só cerca
de 8% das emissões globais de carbono, mas se beneficiaram durante dois séculos
da falta de regulação e puderam emitir poluentes sem controle enquanto
expandiram sua produção industrial, a partir do século 19.
Como comparação, os EUA prometeram reduzir suas emissões
entre 40 e 43% até 2030. Já a China se comprometeu a parar de aumentar a
geração de poluentes antes de 2030, para depois começar a baixá-la.
No caso brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) anunciou em abril, durante a Cúpula do Clima promovida pelos EUA, o
comprometimento de cortar emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030 o país responde por menos de 3% das emissões globais anuais. Disse ainda que o desmatamento ilegal seria
eliminado até 2030, algo
visto com descrença por especialistas quando levado em conta o desmonte da
legislação ambiental no país.
A expectativa é que a redução da poluição freie o
aquecimento do planeta, meta adotada pelo Acordo de Paris, de 2015. Gases
poluentes geram o efeito estufa: criam uma camada na atmosfera que impede a
dissipação do calor de volta ao espaço, tornando o planeta mais quente.
Além de reduzir a poluição, a UE quer estimular a criação
de novas tecnologias de energia limpa, o que pode trazer benefícios econômicos.
Em termos de direção que a Europa está tomando, isso poderia ser da mesma
natureza que o mercado comum ou o euro, disse Frans Timmermans, vice-presidente
executivo da Comissão Europeia.
Vamos criar um mercado para combustíveis alternativos
sustentáveis e tecnologias de baixo carbono. É uma chance de tornar a UE um
líder de mercado em tecnologias inovadoras, observou Adina Valean, comissária
europeia de Transportes.
Uma das principais propostas anunciadas nesta quarta é
uma mudança no mercado de carbono europeu, no qual os maiores geradores de
poluentes pagam diretamente por isso. O dinheiro ganho com a venda de créditos
de carbono deverá ser totalmente usado em projetos relacionados à energia
limpa, e os países terão metas individuais de absorção de carbono.
A UE propôs que 310 milhões de toneladas de CO₂ (gás
carbônico) sejam absorvidas a cada ano, e que essa meta seja distribuída entre
seus países membros. E quer que os objetivos sejam adotados como forma de lei,
a partir de 2026.
O plano é usar novas tecnologias de monitoramento, como
sensores em solo e satélites, para acompanhar as emissões e o cumprimento das
metas. Atualmente, as florestas e outras áreas naturais preservadas do bloco
absorvem 268 milhões de toneladas de CO₂ por ano.
No entanto, o carbono é liberado de novo na atmosfera
caso as árvores sejam cortadas ou queimadas. Ao todo, a UE emite 4 bilhões de
toneladas de CO₂ por ano, vindas de atividades como indústrias, transportes e
geração de energia.
Outro ponto proposto é a adoção de taxas extras de
importação para produtos de fora do bloco fabricados sem levar em conta as
regras ambientais medida apelidada de fronteira de carbono. Com ela, espera-se
reduzir a concorrência com itens que custem menos por serem feitos de modo mais
poluente. A taxação seria introduzida gradualmente a partir de 2023, mas não
foi bem recebida por países que negociam com a Europa, como os EUA, e pode ser
questionada na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Para o embaixador e ex-ministro do Meio Ambiente e da
Fazenda Rubens Ricupero, é um erro classificar a medida como protecionista, uma
vez que seu objetivo central não é criar uma reserva de mercado, mas sim
atingir uma meta de interesse da humanidade, como o combate à emergência
climática.
O diplomata observa que seria difícil para a indústria
europeia arcar sozinha com o preço dos certificados de carbono, que têm
aumentado o valor final de produtos como o aço, e classifica a distribuição dos
valores pela cadeia de produção como uma medida necessária.
Assim como trabalha para influenciar no mercado externo,
a UE também tem adotado a taxonomia de suas finanças sustentáveis, acrescenta
Thatyanne Gasparotto, diretora da Climate Bonds Initiative para América Latina,
organização que administra uma rede global de certificação de títulos verdes.
Por meio da medida, um sistema de classificação seleciona as empresas e os
ativos que atendem ou não objetivos sustentáveis. O bloco também tem feito o
movimento interno de adaptar suas empresas, então seria precipitado
caracterizar o pacote como protecionista, diz.
Como, num primeiro momento, as taxas seriam impostas a
materiais como aço e ferro, o mercado brasileiro não deve sentir efeitos imediatos.
Caso o imposto se estenda à cadeia secundária, a história pode mudar, observa
Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. O Brasil exporta
aço e ferro para a China, por exemplo, que, por sua vez, os manufatura e vende
para o mercado europeu.
Ainda assim, concordam os especialistas, o novo pacote da
UE é mais um sinal vermelho para o isolamento brasileiro no que tange a pauta
ambiental. Essa é mais uma demonstração de que a questão do clima entrou nos
fluxos financeiros globais, diz Astrini. Mas, ao invés de progressos, a agenda
política brasileira tem sido ocupada por retrocessos.
Há dúvidas se haverá consenso para a aprovação das
propostas, que devem sofrer resistência dos países que dependem mais de
combustíveis fósseis e de indústrias poluidoras. Vetar carros a diesel e
gasolina, que são mais baratos, pode revoltar os europeus de menor renda, mesmo
em países ricos. Em 2018, uma proposta da França para criar uma taxa sobre
combustíveis poluentes deu origem a uma série de protestos, que levou milhares
de pessoas às ruas durante semanas e ficou conhecida como movimento dos coletes
amarelos. O governo retirou a medida após as manifestações.
O embaixador Ricupero analisa que o pacote, se não for
acompanhado por medidas corretivas, pode replicar experiências como a francesa,
mas frisa que o temor não é justificativa para recuar nas ambições. É preciso
encontrar maneiras de compensar, como subsídios para troca de carros a
combustão por carros elétricos, além de redução dos custos de operacionalização
desses veículos.
Gasparotto, da Climate Bonds, considera que o tempo até
que as medidas passem a ser implementadas é uma janela de oportunidade para que
os efeitos da mitigação climática não sejam desiguais.
É preciso trabalhar ao máximo para que as propostas gerem
oportunidades econômicas e postos de trabalho, seja impulsionando o
desenvolvimento tecnológico, seja com a construção da resiliência energética,
diz. Os países desenvolvidos têm o papel de ajudar na transição [para a
economia de baixo carbono], e é preciso compreender que os cortes terão de ser
profundos.
Um setor que já sinalizou oposição ao pacote europeu foi
o das companhias aéreas. Uma das medidas apresentadas cria impostos sobre os
combustíveis usados na aviação. Em nota, a Associação Internacional do
Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) disse que a proposta é contraproducente para o objetivo
da aviação sustentável. O documento caracteriza a taxação como uma medida punitiva e argumenta que incentivos para
combustíveis sustentáveis e
modernização da gestão do tráfego aéreo seriam mais eficazes para que o setor
contribua com a descarbonização.
OS PLANOS DA UE PARA O CLIMA
Metas:
Até 2035, reduzir as emissões de gases de efeito estufa
em 55%, em relação aos níveis de 1990. Já houve redução de 24%;
Até 2035, atingir neutralidade climática (zerar emissões
ou emitir somente o que for capaz de reabsorver) em setores como agricultura,
pecuária e manejo florestal;
Reduzir a emissão média dos novos carros em 55% até 2030
e 100% até 2035. Com isso, todos os novos carros registrados no bloco terão de
ser zero poluentes, como elétricos;
Até 2040, ter 40% da matriz energética formada por fontes
renováveis;
Atingir a neutralidade de carbono completa em 2050.
Algumas medidas propostas (ainda dependem de aprovação):
Os países terão metas individuais de redução de
poluentes, de consumo de energia e de absorção de carbono, que levarão em conta
critérios como o PIB per capita;
Setores da economia, como indústria, transportes e
outros, terão metas de redução de poluentes, que irão sendo ampliadas ano a
ano;
O setor público terá de reformar 3% de seus prédios a
cada ano, para torná-los menos poluentes;
Países terão de aumentar os pontos de recarga de novos
combustíveis. As estradas terão de ter um ponto de abastecimento elétrico a
cada 60 km, e a cada 150 km para hidrogênio;
Aviões e navios terão de ser abastecidos na Europa com
combustíveis menos poluentes do que os atuais;
Políticas de impostos serão usadas para estimular novos
combustíveis e desincentivar os de origem fóssil, como diesel e gasolina.
EDP e Amazon celebram acordo nas energias renováveis
Fonte: Eco Seguros
Este acordo de colaboração estratégica poderá somar-se a
um total de 475 MW de Contratos de Aquisição de Energia já contratados entre as
partes, referem as duas empresas.
A EDP Renováveis anunciou esta quinta-feira que
estabeleceu um acordo de colaboração estratégica com a Amazon Web Services
(AWS) relativamente a Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para futuros
projetos de energia eólica e solar e a prestação de serviços na nuvem,
tecnológicos e digitais.
Este acordo poderá potencialmente somar-se a um total de
475 megawatts (MW) de CAE já contratados entre as duas empresas.
A futura colaboração passará pelo desenvolvimento de
projetos de energia eólica e solar pela EDPR a contratar por meio de CAE com a
AWS, que começará a funcionar em 2023-2025, principalmente nos Estados Unidos,
na Europa e na América Latina.
Além disso, outra área de parceria consiste na prestação
de serviços na nuvem, tecnológicos e de transformação digital à AWS como
fornecedor preferencial de nuvem da EDPR.
Esta parceria reafirma a importância que a EDP Renováveis
atribui, não só à transição energética e à descarbonização da economia, mas
também à importância da digitalização em empresas, especialmente num contexto
como o atual, disse Miguel Ángel Prado, Chefe de Operações da EDPR.
Por seu lado, Miguel Alava, diretor-geral da AWS Iberia, declarou: A colaboração com a EDPR ajudará o nosso compromisso com o Climate Pledge para alcançar emissões líquidas de carbono zero até 2040 e alimentar as nossas operações com 100% de energia renovável até 2030, uma meta que planeamos cumprir 5 anos antes, em 2025.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed35_2021.pdf
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Curso de Pós-Graduação em Saúde Suplementar ENS
Capacite-se para atuar com segurança na área de saúde
suplementar, aprofundando seus conhecimentos, especialmente, em aspectos
regulatórios e de gestão.
O curso é ministrado on-line, ao vivo, em ambiente virtual
que possibilita a interação entre alunos e professores em tempo real.
Acesse e saiba mais em: https://www.ens.edu.br/cursos/posgraduacao-aulas-ao-vivo-saude-suplementar-aulas-ao-vivo?inscricao=2837&ead=True&fbclid=IwAR0rapTheczh4kEkwvNu8UDX1YbFLAZG82jpptMQkWAO0UZKYnJmBcye7zw
Evento Gratuito / Palestra
Participe da palestra Os termos de compromisso no âmbito da
CVM e suas consequências para os contratos de seguro D&O. Dia 21/07, às
18h30. Palestrantes: Professor Ilan Goldberg e seu sócio e convidado, Claudio
Miranda. Evento gratuito e Online-Canal da ENS, Youtube. Inscreva-se:
CIST promove curso básico de Comércio Exterior
Clube Internacional de Seguro de Transportes (CIST), entre os dias 19 e 23 de julho, promoverá mais um curso de curta duração de 15 horas, 100% online. Desta vez, o tema será Comércio Exterior, ministrado por José Robinson Paiuca.
Mestre em Administração de Empresas na UMESP, Pós-graduado em Qualidade nas Organizações na UNINOVE, Pós-graduado em Comércio Exterior pela São Judas Tadeu, Bacharel em Comércio Exterior pela IMES e Bacharel em Administração de Empresas na UNIFEI.
Objetivo do curso é inserir o participante nos conceitos básicos do comércio exterior, dando um direcionamento para quem quer entrar na área de comércio internacional.
Conteúdo:
Introdução ao comércio exterior
Credenciamento no Portal de Comex
REI / Registro de Exportador e Importador
Habilitação no Siscomex (Registro no Radar)
Incoterms/2020
Condições de pagamento
Classificação fiscal de mercadorias
TEC, Tipi e Naladi
Importação
Contatos internacionais
Contatos de preliminar e cotação (Fatura Pro-forma)
Portal de Comex / Siscomex Importação
Dispensa de LI / Licenciamento de Importação
Exigência de LI / Licenciamento de Importação
Câmbio na importação
Tratamentos fiscais
Custo de importação
Desembaraço aduaneiro
Registro da DI/ DUIMP no Siscomex
Vistoria aduaneira
Desembaraço aduaneiro
Exportação
Siscomex Exportação
DUE / Declaração Única de Exportação
LPCO / Licença, Permissão, Certificado e Outros Documentos
Negociação Internacional
Contatos internacionais
Fatura Pro-forma e lista de preços:
Câmbio na exportação
ACC e ACE
Tratamentos fiscais: IPI, ICMS, PIS, Cofins e Drawback
Incentivos financeiros
Documentos
Despacho aduaneiro
Serviço:
Data: 19 a 23 de julho de 2021
Horário: 19h00 às 22h00
Investimento: R$ 300 para sócio e de R$ 400 para não sócio.
Mais informações: secretaria@cist.org.br
#Conhecimento e #networking qualificado
Inscreva-se para o Webinário Gratuito
Inscrições: ANPD - Principais Considerações Sobre o Guia Agentes de Tratamento - Sympla