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‘Sustentabilidade é um caminho sem volta’, diz diretor socioambiental do BNDES

13, Abr. 2022

Para titular da governança do banco, País tem muito a ganhar com créditos de carbono

Entrevista com Bruno Aranha

Por Sonia Racy, -Fonte: O Estado de S. Paulo

Durante seus 13 anos no BNDES, o funcionário de carreira do banco Bruno Caldas Aranha familiarizou-se com áreas de marketing e estratégia, mas foi como gerente de governança que ele adquiriu visão profissional sobre temas socioambientais. “Tive primeiro um período relevante no mercado de capitais, mas sempre próximo da agenda da governança”, conta nesta conversa com o projeto Cenários.

Em 2019, já era chefe de gabinete do presidente Gustavo Montezano, mas lidando também com a organização de agenda socioambiental e climática – e ali ajudou programas como o Floresta Viva, que abre créditos em parceria com empresas. “A sustentabilidade é um caminho sem volta”, avisa o hoje diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental da instituição.

Ele faz seu próprio balanço: “Já temos uma carteira de US$ 3 bilhões captados com órgãos multilaterais internacionais, e outros US$ 3 bilhões estão em negociação. A propósito, lembro aqui que o BNDES está entre os três maiores financiadores de energia renovável do mundo”.

A seguir, os principais trechos da conversa.

Você acha possível parar o desmatamento na Amazônia e, simultaneamente, fixar as pessoas por meio de projeto sustentável na região?

O BNDES tem na Amazônia uma atuação que vem de longa data, mas se intensificou nos últimos tempos. Nossa visão é de que não poderemos cuidar da floresta se não cuidarmos das pessoas. A Amazônia é o maior capital natural do planeta, é fundamental para a existência de todos, mas os indicadores sociais e ambientais da região são os piores do País.

Como o banco pode participar desse desafio?

Em nossa visão, as ações do BNDES se dividem em vários pilares. Um deles são as pessoas, o que significa apoiar as ações de educação e saúde. Ali temos vazios assistenciais, precisamos melhorar esses indicadores. Temos trabalhado nisso com os governos da região.

É uma coisa antiga, isso?

Já o fazemos, mas pretendemos fazer mais. Por exemplo, lançamos um match funding, que é um formato pelo qual o banco doa um real e as empresas doam mais um, chamado Salvando Vidas. Esse programa captou mais de R$ 150 milhões, e uma das iniciativas foi com a Coca-Cola, de compra de refrigeradores para que as vacinas possam chegar intactas às regiões mais longínquas do País.

Há outras empresas nesse tipo de parceria?

Há todo um interesse do setor corporativo em atuar na Amazônia. Outro projeto é o Floresta Viva. São R$ 500 milhões, metade do banco e metade dos parceiros – entre eles, Petrobras, Vale, Itaipu, Heineken, Philip Morris, governos do MS e do Rio. O foco é a preservação dos biomas – além da Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica e a Caatinga. E a meta é fazer até 33 mil hectares de reflorestamento gerando a captura de 9 milhões de toneladas de carbono, para beneficiar unidades de conservação e pequenos proprietários rurais.

O BNDES montou recentemente seu primeiro projeto de captação de carbono, creio quede R$ 10 milhões. Como é isso?

Esse é um projeto-piloto em que o banco se propõe a realizar a primeira compra de créditos de carbono do País. O BNDES fez um edital para que os interessados apresentem seus projetos.

Na COP 26, em Glasgow, alguns pontos da captação de carbono ficaram meio em aberto, não? Já há regras claras para utilizar?

Na COP 26 houve um grande avanço para a regulamentação do artigo 6 do Acordo de Paris. Entretanto, em paralelo existe um mercado voluntário de carbono, porque mais de 5 mil empresas, em todo o mundo, já apresentaram metas de descarbonização. Enfim, o mundo precisa de um reflorestamento significativo e o Brasil é a opção mais barata para isso.

O BNDES está entrando firme nesse processo?

Sem dúvida. O Floresta Viva é um grande exemplo disso. Anunciamos o projeto na COP 26 e em apenas seis meses conseguimos R$ 400 milhões. Em 2020, lançamos a primeira letra financeira verde no valor de R$ 1 bilhão, para aplicação em projetos socioambientais no Brasil, e tivemos demanda sete vezes maior. E mais: já temos uma carteira de US$ 3 bilhões captados em órgãos internacionais, e outros US$ 3 bilhões estão em negociação. A propósito, lembro aqui: o BNDES hoje está entre os três maiores financiadores de energia renovável do mundo.

Você tem algum número sobre a evolução recente?

Isso vem num crescendo de 2015 para cá. Na carteira total do BNDES, 50% são de economia verde e desenvolvimento ambiental. De 2015 para cá, já desembolsamos R$ 161 bilhões. Esses projetos evitaram a emissão de 74 milhões de toneladas de carbono na atmosfera. Isso equivale a 28 anos sem carros na cidade de São Paulo. Daqui para a frente, acho que o fundamental é que haja um amadurecimento das companhias para que tragam a sustentabilidade para o centro de sua estratégia. Porque a sustentabilidade é um caminho sem volta.


O inicio da conferência anual da RIMS marcou o encontro de  Mary Roth (CEO) e Steven Chou (vice presidente) com a ABGR,  representada por Christian Mendonça (conselheiro deliberativo) e Fabrizio Mascena (mediador)

  


Diretor presidente e Assessora da ABGR participam de evento promovido pelo CVG-RJ em homenagem ao superintendente da Susep.

                           


Encontro entre representantes da RIMS e ABGR.

       


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