Relatório de Risco Político 2022
O Mapa de Risco Político 2022 da Marsh concentra-se em três
ambientes, onde mesmo a menor ameaça pode produzir efeitos em todo planeta:
oceano, mineral e espaço.
Oceanos, minerais e espaço cruzam com as tradicionais
avaliações de risco político, baseadas nas fronteiras nacionais, e permeiam o
campo de atuação de exportadores, importadores e investidores estrangeiros. A
incompatibilidade que percebemos entre as recuperações em várias velocidades da
pandemia da COVID-19 e as expectativas globais, e as consequências do conflito
na Ucrânia podem se desdobrar facilmente entre países, mas também nos ambientes
mencionados acima.
Risco político no nos oceanos
Os oceanos cobrem mais de 70% do planeta e mais de 80% das
profundezas do mar são inexploradas. Cerca de 44% da população mundial vive a
150 quilômetros do litoral e 43% dependem de frutos do mar como principal fonte
de proteína. A água conecta as pessoas por meio de navios e suas cargas; sua
infraestrutura crítica, como cabos submarinos e recursos compartilhados, como
frutos do mar. Seus caminhos podem ser abertos ou restringir a para cadeia de suprimentos e outras conexões.
Assim como as empresas podem olhar para as fronteiras políticas para descrever
os graus de risco entre países e regiões, elas também podem olhar para os
oceanos e sua generosidade como fatores
de risco político.
A grande corrida mineral
Os minerais, seja no mar ou em terra, são essenciais para a
inovação e o desenvolvimento, fornecendo ingredientes cruciais, embora muitas
vezes subestimados, para a civilização. A competição internacional por recursos
estratégicos e proteção da cadeia de suprimentos pode conduzir os investimentos
para geografiasinesperadas ou pouco exploradas, como um esforço para
diversificar os produtores tradicionais. A disponibilidade futura destes
materiais estratégicos, incluindo cobalto, cobre, lítio, manganês, tório,
titânio, urânio e vanádio, pode atrapalhar as já frágeis cadeias de suprimentos
globais. De fato, vários países já estão adotando estratégias agressivas de
compras que podem aumentar a perspectiva de conflito geopolítico.
Os riscos crescem à medida que o espaço é preenchido
O espaço também testemunhou a recente aceleração e exploração econômica à medida que a busca por novos horizontes continua. Mais de 1,500 satélites foram lançados em 2021 e voos tripulados para Marte estão em um futuro próximo. Com esse progresso vem uma escalada de tensões relacionadas à espionagem, confronto militar e poluição. A exploração e o desenvolvimento do espaço andam de mãos dadas com regulamentação limitada e uma série de ameaças altamente prováveis e de alto impacto, mas negligenciadas, conforme destacado no Relatorio de Riscos Globais 2022. Atualmente, o espaço parece ter lugar para todos. No entanto, a falta de legislação, de governança global, a quantidade de lixo espacial, a crescente probabilidade de colisões e a entrada de centenas de operadoras privadas com interesses diversos, tornam essa fronteira mais congestionada e menos gerenciável do que tínhamos há uma década. De fato, o risco do crescente número de satélites em órbita baixa da Terra pode estar prestes a se tornar um “rinoceronte cinza” – um evento altamente provável e de alto impacto que, no entanto, é negligenciado.
A recuperação desigual pode intensificar os riscos
A crescente demanda por acesso aos recursos dos oceanos,
minerais e o espaço cada vez mais lotado e pouco regulamentado, aumenta o risco
político. Isso inclui o risco de guerra, que cresceu na maioria das regiões em
2021, de acordo com os rankings de risco político da Marsh. Embora o risco de
guerra continue sendo o de menor classificação dos nove perigos que analisamos,
ele subiu no estudo deste ano
Da mesma forma, enquanto a classificação geral de risco
econômico piorou em apenas nove países em 2022 em relação a 2021, as divisões
dentro dos países e regiões, continuaram a aumentar, alimentando a
instabilidade social e as ameaças terroristas. Não está claro se a recuperação
em curso dos danos econômicos da pandemia terá tração suficiente para tirar
muitos países de suas dificuldades econômicas. O cenário pós-pandemia parece
mais sensível a ameaças onipresentes – como um vírus transmitido por via aérea,
um código de computador que inicia um ataque de ransomware ou o efeito de uma
mudança de temperatura de meio grau no meio ambiente. Da mesma forma, como a
escalada da crise na Ucrânia ameaça a segurança na produção de alimentos e energética, os países mais dependentes das
importações podem sofrer reveses dramáticos.
A aceleração da economia global e as pressões inflacionárias
estão deixando para trás países e áreas menos socialmente resilientes e
institucionalmente eficazes. Quase 60% das 197 jurisdições que analisamos
sofreram uma deterioração de seus perfis de dívida soberana e mais da metade
apresentou maior risco de violência interna. Essa deterioração é evidente em
regiões onde as lacunas sociais e econômicas já eram grandes, como África e
América Latina, ou na sequência da escalada da crise na Ucrânia, mas vários
sinais preditivos indicam possíveis rupturas mesmo em economias consideradas
mais resilientes, incluindo várias do Tiger Cub Economies [1]. A relativa
estabilidade mostrada nas classificações de risco em toda a África Subsaariana
é particularmente alarmante, porque o risco econômico permanece
substancialmente mais alto do que a média mundial e não está se recuperando
adequadamente, apesar do ciclo econômico global. Da mesma forma, uma
recuperação econômica modesta na região da Ásia-Pacífico não se reduz a outros
perigos, como credibilidade soberana, violência política e risco de
transferência de moeda e conversibilidade, todos os quais se deterioraram.
Mesmo após a disponibilização de vacinas e reforços em
algumas áreas, o ambiente em que as empresas e instituições financeiras operam
permanece frágil; mesmo uma pequena ameaça pode produzir efeitos globais.
Existe uma variedade de ferramentas para gerenciar o risco político e de
crédito, tanto de fontes públicas quanto privadas. Além de agências de crédito
à exportação apoiadas pelo governo e organizações multilaterais. Um robusto
mercado privado de seguros contra riscos políticos foi desenvolvido para ajudar
investidores e empresas a enfrentar crises políticas e econômicas. Soluções
para proteger contra riscos de não pagamento, melhorar a resiliência da cadeia
de suprimentos e proteger pessoas e ativos em vários países, podendo envolver
programas públicos, seguros privados ou uma combinação de ambos.
As fronteiras tradicionais entre os países continuam sendo
os principais delineadores de risco político. No entanto, à medida que o mundo
avança com a transição energética e a digitalização – ao mesmo tempo em que se
recupera de uma pandemia global – vale a pena considerar o impacto de outros
tipos de limites. A extensão das fronteiras marítimas para as ZEEs, depósitos
subterrâneos de minerais estratégicos e o espaço quase não regulamentado, são
três ambientes cujos limites moldarão o futuro do comércio, geopolítica e risco
político. As empresas que entendem como esses ambientes influenciam as tensões
existentes entre países e regiões estarão melhor posicionadas para se
beneficiar das recompensas potenciais que possuem.
Acesse Mapa de Risco completo em: https://www.marsh.com/br/services/political-risk/insights/political-risk-report.html
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