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Crise hídrica evidenciou dependência de hidrelétricas no Brasil: diversificar é fundamental

30, Mai. 2022

Especialistas também apontam eficiência energética como vacina capaz de dar mais segurança e sustentabilidade ao sistema 

Fonte:  O Globo

Em 2021, com a maior crise hídrica em nove décadas, os reservatórios das hidrelétricas no centro-sul do Brasil baixaram a níveis críticos, desencadeando uma reação do governo para evitar apagões. Termelétricas, mais caras e poluentes, foram acionadas, e o brasileiro sentiu no bolso. Neste ano, os reservatórios se recuperaram, mas o sufoco deixou lições sobre o que precisa melhorar na segurança do sistema elétrico do país.

Diante das mudanças climáticas, é cada vez mais difícil prever o regime de chuvas. Por isso, especialistas defendem uma série de iniciativas com base na experiência de 2021, que deixou uma conta bilionária ainda a ser paga pelos consumidores. Uma delas é diversificar a geração, reduzindo a dependência das hidrelétricas e ampliando a participação de fontes renováveis. Além disso, é preciso investir mais em eficiência energética e incentivos ao consumo responsável.

Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), defende a construção de uma estratégia resiliente capaz de garantir a segurança energética sem elevação dos custos para o consumidor e o meio ambiente. Para ela, isso só será possível com maior investimento em fontes como a eólica e a solar, que já têm custo mais baixo que o de termelétricas e hidrelétricas.

— O Brasil precisa também buscar racionalidade nos subsídios para que o protagonismo de cada fonte de produção ocorra pelo seu valor adicionado ao sistema elétrico. No transporte, a mobilidade sustentável deve ter papel relevante, com veículos a biocombustíveis, a gás e, quando se tornarem competitivos, os elétricos — diz ela.

 Empresas fazem revisão de estruturas

O estímulo ao consumo eficiente de energia é outro passo essencial, aponta Raphael Vasques, coordenador de Gestão e Inteligência de Mercado do Grupo Safira. Ele destaca ainda a necessidade de programas de manutenção de usinas e redes de transmissão para reduzir perdas de energia:

— Nos últimos anos tivemos períodos úmidos abaixo da média histórica, o que fez com que o preço da energia disparasse. Por isso, é importante também conscientizar a população sobre a redução do consumo e investir na melhoria da eficiência do parque industrial, trocando motores, fornos e iluminação, entre outros.

Eduardo Miranda, diretor da Mercurio Partners, concorda que a grande lição deixada pela crise hídrica é que “uma matriz segura é uma matriz diversa”. Dentro das iniciativas já em curso, ele chama a atenção para o crescimento da geração distribuída e da autoprodução, que permitem que consumidores residenciais e industriais compartilhem os benefícios de fontes renováveis como a solar. Miranda também lembra a maior abertura do mercado livre para grandes consumidores, como as indústrias. Com mais agentes podendo negociar o fornecimento de energia, a tendência é de redução nos preços finais.

 — O país pode e deve ter a matriz mais diversa possível, de forma a entregar modicidade tarifária, previsibilidade de preços e uma melhor capacidade de operação — avalia Miranda, citando a importância de se estimular a construção de termelétricas a partir de combustíveis como o biogás em vez de diesel ou carvão, que aumentam emissões de gases do efeito estufa. — Esses projetos de eficiência energética precisam estar alinhados ao uso de tecnologias que permitam o empoderamento do consumidor, como medidores inteligentes e softwares que otimizam o uso.

Marcus D’Elia, sócio-diretor da Leggio Consultoria, observa que, apesar de as hidrelétricas responderem por mais da metade da matriz do país, é importante garantir excedente de capacidade instalada por fonte energética de acordo com o planejamento de suprimento de cada região:

— Temos de garantir a diversificação de fontes associada a um planejamento de redundância regional.Isso tornaria o país capaz de manter o suprimento nacional mesmo em condições adversas.

O Ministério de Minas e Energia (MME) destaca, em nota, o diálogo multissetorial envolvendo os usos múltiplos das águas e sua interface com o setor elétrico brasileiro como um dos legados da gestão da crise. Para o MME, ficou clara a importância de medidas que considera robustas e seguras para garantir o fornecimento de energia elétrica e usos da água “com previsibilidade e transparência”.

Segundo a pasta, há uma perspectiva de redução da participação das hidrelétricas na matriz brasileira, dos atuais 62% para 53% em 2031, por conta do avanço de fontes renováveis como eólica e solar — incluindo projetos de geração distribuída voltados para pequenos consumidores. A estimativa é de um crescimento de 37% na capacidade instalada nos próximos dez anos, segundo o MME. Em 2031, o governo prevê que 83% da capacidade instalada de geração do Brasil será de fontes renováveis, incluindo a hídrica.

 “O país tem caminhado para uma menor dependência da hidreletricidade, ao mesmo tempo em que mantém uma matriz elétrica renovável”, diz a nota. “Destaca-se que, enquanto a grande maioria das economias mundiais busca uma expressiva ampliação na participação de renováveis na matriz elétrica, o desafio brasileiro é manter a renovabilidade acima dos 80%, quase três vezes a média mundial”.

 A pasta destacou ainda que vem “cumprindo rigorosamente todos os requisitos de segurança do suprimento” com leilões de energia para alinhar a capacidade às projeções de demanda e promover redução dos preços.



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