Rock in Rio faz 1ª edição ‘pandêmica’ com seguros para acidentes: como festejar, apesar da Covid?
31, Mai. 2022
Fonte: CQCS
RiR terá proteção contra sinistros para público, artistas e
funcionários
Enquanto cantava “eu ainda sou uma estrela do rock”, refrão
de “So What”, P!nk parecia ter incorporado o talento de Simone Biles pela
infinidade de piruetas executadas — marca da ginasta compatriota da cantora pop
e símbolo do esporte olímpico.
Mas P!nk não estava em um tablado. Os movimentos
orquestrados ao som de seu grande sucesso eram repetidos sobre uma multidão e a
muitos metros do chão.
Amarrada por cabos de aço, a pop star foi içada ao céu e fez
de um tudo naquele novo palco ao relento: rodopiou, flanou e, sim, cantou —
como se nada estivesse acontecendo.
A performance marcou a primeira apresentação da
norte-americana no Brasil e ocorreu no principal palco do Rock in Rio, em 2019,
ano em que a palavra pandemia não estava no vocabulário de ninguém; e aglomerar
era verbo de ação tão natural em eventos desta magnitude.
Olhar no retrovisor e relembrar P!nk é fundamental: os
riscos deste 2022 nem se comparam com as piruetas da artista que ensaiou
aqueles “mortais” à exaustão.
E das muitas outras estripulias que estão por vir naquele
mesmo palco daqui a exatos quatro meses sob a batuta de Iron Maiden, Guns N
’Roses, Coldplay e Dua Lipa, só para citar alguns.
A pandemia de Covid-19 não acabou, e o desafio é: como
proteger quem faz um dos maiores espetáculos da terra (além dos artistas, os
trabalhadores por trás das estruturas) e sua plateia em meio ao já conhecido
coronavírus?
Parte da resposta a esta questão passa pelos seguros. Quem
pisar na Cidade do Rock, em setembro, já terá automaticamente uma cobertura
caso o imprevisto se materialize. Para imprevisto, leia-se: a-ci-den-te.
Recentemente, um festival de menor envergadura colocou em
prática coberturas de seguros contra
roubos e furtos de celulares aos frequentadores. A experiência ocorreu
no MITA (Music is The Answer), realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro este
mês, e transformou o evento no primeiro festival de música do mundo assegurado
contra estas ocorrências.
O RiR não terá cobertura para celulares. E ocorrerá sob os
reflexos da pandemia de Covid-19 — apesar da grande aglomeração esperada, os
shows serão realizados ao ar livre, e o desempenho da vacinação no Brasil
ajuda, com 77,2% da população com o ciclo de imunização completo contra o
coronavírus, índice que deve aumentar até o início do megaevento.
É este índice vacinal que vem reinserindo o Brasil na rota dos grandes shows — já passaram por aqui Kiss, Metallica e o quarteto Greta Van Fleet — e dando respiro ao setor cujos profissionais sobreviveram de auxílios públicos e “bicos” quando os eventos foram proibidos na fase aguda da crise sanitária.
O seguro de vida do RiR está sob a gestão da Prudential pela
segunda edição consecutiva do evento — em 2019, caso P!nk sofresse algum
sinistro (acidente, por exemplo), seria indenizada pela seguradora, que também
é apoiadora do festival.
Os fãs de astros do pop e do rock internacional terão a
cobertura garantida da entrada à saída de cada dia de festival, que começa em 2
de setembro e termina no dia 11 (serão 7 dias de evento).
Os artistas também estarão cobertos ao longo de suas
apresentações; já os cerca de 600 trabalhadores responsáveis pela montagem das
estruturas estão com o benefício em vigor desde abril, mês em que os trabalhos
para erguer a Cidade do Rock começaram — eles continuarão com seguro até dois
meses após o fim do festival, tempo necessário para a desmontagem dos palcos.
Dennys Rosini, diretor de Produtos da Prudential, é o
responsável por estruturar a cobertura de seguros do festival. Com 21 anos de
experiência neste mercado, o executivo diz que as linhas previstas são por
morte acidental, invalidez por acidente e despesas médicas e hospitalares
provocadas pelos sinistros.
Sem citar números, Rosini afirma que o pagamento de despesas
médicas e hospitalares é a mais acionada no festival.
“Um ambulatório médico do evento vai prestar um serviço
gratuito a quem precisar, mas, se o caso for um pouco mais grave, o
beneficiário será levado a um hospital, e o custo reembolsado por nós”, explica
Rosini.
Também caberá à vítima de acidente juntar notas fiscais dos
custos médicos e hospitalares para ser reembolsada pela seguradora. O executivo
frisa que os acidentes envolvendo pessoas ao longo do festival terão de ser
registrados oficialmente por meio de boletins de ocorrência da polícia.
“O próprio organizador fará isso até para apurar de quem é a
responsabilidade”, diz. O executivo exemplifica: caiu algo na cabeça; um
frequentador despencou de uma certa altura; algum brinquedo de aventura
apresentou falha e causou ferimentos em que estava nele…
“Tudo isso é acidente e precisará ser indenizado”, afirma.
Capital segurado
O capital segurado para vítimas potenciais de acidente no
RiR é maior entre artistas e trabalhadores do festival do que o previsto para o
público em geral.
Rosini explica que esta diferenciação acontece pela maior exposição
a acidentes dos astros e dos funcionários, que é maior se comparada à de quem
vai apenas assistir aos shows.
Casos de morte por acidente e/ou invalidez receberão até R$ 50 mil de cobertura e até R$ 5 mil para despesas médicas. Os valores dobram para artistas e trabalhadores do festival. “Os funcionários lidam com equipamentos, caixas de som, andaime. Estão mais expostos por isso”, conta Rosini.
A montagem da apólice considera o número previsto de
público, que deve girar em torno de 110 mil pessoas, e os riscos contidos no
que a Prudential chama de “minieventos”, como o uso de brinquedos de
entretenimento (montanha-russa e roda-gigante).
“Em 2019, tivemos uma pista de escalada. Há um risco
envolvido nesse tipo de estrutura que é colocado no cálculo da apólice”,
explica Rosini. “A segurança física é fundamental”.
“O desafio é prestar um atendimento rápido diante dos riscos envolvidos para uma multidão”, completa o executivo. E para quem vai entreter tanta gente, a pergunta é: quem vai superar P!nk? A resposta só virá em setembro.
WEBINAR: Agora é Lei: Canal de Denúncias Obrigatório para Empresas em Portugal.
O Futuro do Trabalho - Um bate-papo com o executivo e líder do mercado de seguros Newton Queiroz e o Comitê do Setor Elétrico da ABGR.
Matéria na Revista Insurance Corp Edição 41, pág 38 - Capacitação em alto nível- Parceria ABGR e QSP
A Edição 41 da Revista Insurance Corp traz na pág 38, matéria sobre a parceria ABGR e QSP – Centro da Qualidade, Segurança e Produtividade em prol do desenvolvimento educacional em Gestão de Riscos. Informações sobre o Curso de Capacitação em Gestão de Riscos, que além de capacitar os participantes na norma ISO 31000:2018 também é um curso preparatório para o Exame para obtenção da Certificação Profissional Internacional C31000. O curso preparatório lançou sua 51ª turma em abril, com o exame nacional realizado no dia 27. Uma próxima turma será aberta de 16 a 23 de maio, das 8h30 às 11h30. O exame acontecerá no dia 25 de maio. Outras informações por meio do e-mail abgr@abgr.com.br. Associados ABGR têm desconto para inscrições antecipadas.
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