Mercado de seguros está mais aberto à diversidade e inclusão
01, Jun. 2022
O Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros,
produzido pela CNseg, apontou que 90,5% das empresas participantes do
levantamento adotam práticas de promoção da diversidade
Nicole Fraga Fonte: Revista Apólice
EXCLUSIVO – De acordo com dados da última edição do
Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros, produzido pela CNseg
(Confederação Nacional das Seguradoras), 90,5% das empresas participantes do
levantamento adotam práticas de promoção da diversidade e não discriminação.
Essas ações visam agrupar, em um quadro de colaboradores, pessoas que sofrem
algum tipo de rejeição em razão do seu, gênero, raça, deficiência, sexualidade
e outras questões que acabam tornando-as vítimas da intolerância.
Entidades como a Sou Segura (Associação das Mulheres do
Mercado de Seguros) desenvolvem campanhas para conscientizar sobre a
necessidade de uma maior pluralidade nas organizações do segmento. “Sempre digo
que estamos em plena trajetória de ressignificância do setor. Há, de fato, uma
evolução na busca pela diversidade, que é fator indispensável para a inovação e
um ambiente corporativo mais saudável e algo que, comprovadamente, traz
melhores resultados para as empresas”, diz Simone Vizani, presidente da
Associação.
Segundo uma pesquisa da Harvard Business, empresas nas quais
o ambiente de diversidade é reconhecido, os funcionários estão 17% mais
engajados e dispostos a irem além das suas responsabilidades. Uma companhia que
visa seguir esse movimento é a AIG. A seguradora conta com mais de 130 grupos
de afinidades espalhados por 37 países. Aqui no Brasil foram criados três
grupos de diversidade: o Diversitas LGBT & Aliados ; o Women@Work (WOW) –
Mulheres e Aliados; e o DÆRC (Diversidade Étnico-Racial Consciente). Dos 250
funcionários da empresa no País, cerca de 20% (em torno de 50 pessoas)
participam ativamente e de forma voluntária de algum grupo de diversidade.
“Discutir e promover
a diversidade dentro do ambiente corporativo é fundamental para as empresas,
pela relação direta com os colaboradores que fazem parte das organizações e
pelos seus consumidores e clientes e comunidades que as cercam. Essa discussão
tem impacto direto nos negócios, pois auxilia na criação de um ambiente mais
acolhedor, aberto e transparente aos colaboradores e promove a atração e
retenção de talentos com características diferentes, estimulando ideias e
inovações que podem gerar novos produtos e serviços”, afirma Thaisa Oliveira,
Líder de RH da seguradora.
Outra empresa do mercado de seguros que também apóia causas
ligadas à diversidade é a Aon. No Brasil, a corretora formulou quatro grupos
focados em desenvolvimento profissional, recrutamento, engajamento e retenção
dos colaboradores. São eles: Business Professional Network (Diversidade
Racial); PRIDE Alliance (LGBTQIA+); Empowering Abilities (Pessoas com
deficiências); e o WIN (Diversidade de gênero). Além disso, a organização é
signatária dos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção da Igualdade Racial,
da Iniciativa Empresarial; dos 10 Compromissos da Empresa com a Promoção dos
Direitos LGBTI+, do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+; e da Rede Empresarial
de Inclusão Social pela Empregabilidade da Pessoa com Deficiência.
Andréa Milan, diretora de Recursos Humanos da empresa,
acredita que estar em contato com pessoas e culturas diferentes faz toda equipe
desenvolver habilidades diferentes e os funcionários se tornam mais empáticos,
flexíveis e colaborativos, ampliando sua visão de mundo. “Dedicamos tempo e
recursos significativos para ajudar colegas e pessoas em todo o mundo a
entender seus direitos, proteger suas liberdades fundamentais e alcançar todo o
seu potencial através de treinamento e educação”, diz. A mais recente edição da
Pesquisa de Benefícios Aon aponta que, dentre as empresas com políticas
desenvolvidas em Diversidade e Inclusão, 84,3% veem o tema como prioritário e
74% têm objetivos estabelecidos para seu fortalecimento. “O esforço para
expandir o envolvimento de minorias em várias áreas de negócios deve ser
contínuo, e vai além de uma questão de cotas ou métricas, passando sim pelo
fortalecimento do vínculo dos colaboradores com o trabalho”, completa a
executiva.
O Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros
constatou também que 68,4% das seguradoras monitoram os indicadores de diversidade
do quadro de funcionários. Na AIG, são feitas frequentemente pesquisas internas
com os seus colaboradores, nas quais são monitorados os indicadores de
diversidade dentro da companhia, a exemplo do Censo de Diversidade. “Para a
prática de monitoramento de indicadores e também atividades de conscientização
e ações de recrutamento diverso, o apoio e engajamento da liderança é
essencial. Outro ponto chave às empresas é ter canais confiáveis de denúncia e
acolhimento”, diz Thaisa.
Na Aon, o monitoramento dos funcionários é feito a cada trimestre e é dividido por gênero, tipo de posição, raça e geração. De acordo com Andréa, o sentimento de respeito, inclusão e valorização gera também engajamento, impactando na produtividade, qualidade do serviço e, consequentemente, no aperfeiçoamento do atendimento ao cliente. “Como uma consultoria de riscos, saúde e bem-estar, atuamos cuidando de pessoas e dos seus bens e a diversidade é fundamental para seguir inovando”.
Para a presidente da Sou Segura, a diversidade não é apenas
mais saudável para o mundo corporativo, mas sim para toda a sociedade, e muito
menos pode ser vista como uma gentileza por parte do mercado de trabalho. “Já
passou da hora de o mundo corporativo enxergar a inclusão e a diversidade como
ferramentas indispensáveis para alcançar bons resultados e um ambiente de
trabalho muito mais saudável. Devemos gerar novos insights, criando, assim,
novas formas de gerir uma empresa ou entidade. O mercado de seguros tem em seu
DNA a inclusão, pois sua missão é proteger pessoas. A nossa luta é para que
seja feita ‘justiça’ e todos tenham oportunidades para alavancarem sua
carreira”, ressalta Simone.
O Futuro do Trabalho - Um bate-papo com o executivo e líder do mercado de seguros Newton Queiroz e o Comitê do Setor Elétrico da ABGR.
Matéria na Revista Insurance Corp Edição 41, pág 38 - Capacitação em alto nível- Parceria ABGR e QSP
A Edição 41 da Revista Insurance Corp traz na pág 38, matéria sobre a parceria ABGR e QSP – Centro da Qualidade, Segurança e Produtividade em prol do desenvolvimento educacional em Gestão de Riscos. Informações sobre o Curso de Capacitação em Gestão de Riscos, que além de capacitar os participantes na norma ISO 31000:2018 também é um curso preparatório para o Exame para obtenção da Certificação Profissional Internacional C31000. O curso preparatório lançou sua 51ª turma em abril, com o exame nacional realizado no dia 27. Uma próxima turma será aberta de 16 a 23 de maio, das 8h30 às 11h30. O exame acontecerá no dia 25 de maio. Outras informações por meio do e-mail abgr@abgr.com.br. Associados ABGR têm desconto para inscrições antecipadas.
Ed. 41 Revista IC: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed41_2022.
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Voz Segura: Marcia Ribeiro entrevista Guadalupe Nascimento - Podcast: Inclusão e Diversidade.
Ouça em : https://anchor.fm/sousegura/episodes/Voz-Segura-l-Incluso-e-Diversidade-e1hv8rk
Acesse as edições mais recentes das publicações do Mercado de Seguros
Revista Apólice:
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura-242/#1
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed41_2022.pdf
Revista Segurador Brasil:
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2022/04/20/edicao-225-2022-a-volta-dos-encontros-presenciais/
Revista de Seguros:
Conjuntura CNseg :
Revista Insurtalks: https://www.flipsnack.com/FEDBBBDD75E/revista-insurtalks-1-2/full-view.html