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Brasil registra número histórico de investimentos no setor de seguros

15, Jun. 2022

Fonte: Insurtalks

A empresa HAND, focada em operações de fusões e aquisições, realizou um estudo aprofundado e verificou que, entre fundos de investimentos e grandes empresas, existem mais de 500 grandes investidores, em 41 países, interessados no segmento de seguros e benefícios no Brasil.

Isso explica um dos motivos pelos quais o Brasil registrou o maior número de operações realizadas nos últimos dez anos. Tal fato revela um alinhamento à tendência do mercado global de fusões e aquisições, cujo sucesso foi ilustrado pelo recorde de crescimento histórico batido em 2021.

“Setor está na pauta de investidores do mundo todo”

Sobre esse tema, a CNseg conversou com José Venâncio, que é sócio da Hand, assessoria independente e especializada na venda, compra e gestão de empresas e com o diretor técnico e de estudos da CNseg, Alexandre Leal, durante o SeguroCast, da rádio CNseg.

Ao falar sobre o estudo feito pela Hand, José Venâncio afirmou que: “O setor de seguros está na pauta dos investidores do mundo todo. A realidade é que o número atual superou 700 investidores, entre fundos de investimento, chamados investidores financeiros e também os estratégicos, ou seja: empresas do setor que já tem uma atuação relevante, já tem como natureza de negócios adquirir concorrentes e outras companhias.”

A percepção sobre o que instiga os investidores a acreditarem no setor

Questionado sobre como a CNseg avalia esses movimentos e qual sua percepção quanto à atratividade do setor para investidores Alexandre Leal respondeu: “a gente vê com muitos bons olhos. é sempre importante saber que tem investidores interessados no setor em que a gente atua. a gente pode ampliar para a parte de corretoras, insurtechs quanto empresas já consolidadas”.

Seguro cresce mais rápido que a própria economia

Ainda de acordo com Leal, “é um setor (de seguros) que tem participado efetivamente desse momento com grandes oportunidades, o brasil é um país onde o seguro tem crescido em geral num ritmo mais acelerado que a própria economia, o que é muito interessante para o investidor”. E ele acrescenta: “certamente o investidor vê o brasil com um potencial de ganhos maiores que ele tem, eventualmente, dentro do seu país de origem quando a gente trata de investidores estrangeiros”

O futuro do mercado de seguros

Quando questionado sobre a percepção que a Hand tem sobre o futuro do mercado de seguros, Venâncio explicou que iria sintetizar esses gatilhos de atratividade dos investidores e esse movimento de consolidação em quatro pontos:

  • 1.      A resiliência no crescimento: mesmo em cenários onde o PIB (Produto Interno Bruto) apresentou uma recessão, o mercado de seguros cresceu. Isso ficou mais evidente especialmente na pandemia
  • 2.      Avenida de crescimento. Cresce em função de ser um serviço de alta prioridade na vida de quem já conhece os serviços do seguro e, ao mesmo tempo, do baixo conhecimento e da baixa penetração do seguro na população       brasileira em relação aos produtos de seguros.
  •         O sócio da Hand acrescenta sobre este ponto: “Hoje nós somos o 52º colocado no mundo em prêmio per capita, o que é uma grande loucura quando você olha o tamanho da nossa economia e é uma tendência conforme o país se desenvolve que ele tenha uma economia mais aderente a produtos de seguros.”
  • 3.   A pulverização gigantesca que tem no mercado: Quando se fala de seguradoras, até tem um certo quadro de consolidação instalado. No entanto, no caso das corretoras hoje é diferente. De acordo com as próprias palavras de Venâncio sobre este terceiro ponto: “Nosso mapeamento iniciou com um número de 54 mil CNPJs de corretoras abertas e ativas no país, então é uma grande oportunidade de consolidação quando você vê o mercado tão pulverizado. Por quê? Porque a economia de escala faz muito sentido se você tem uma geração de prêmio superior vc vai conseguir fatalmente negociar melhores condições com as seguradoras, vai conseguir ter um back office mais eficiente para poder atender seu cliente final. então essa economia de escala nesse mercado pulverizado também faz sentido para uma consolidação.”
  • 4.  O modelo de negócios das corretoras: como a informalidade é quase zero, uma vez que o corretor tem que vender um serviço de uma seguradora, ele precisa emitir uma nota. É preciso cumprir certos trâmites formais. Assim, fica muito mais fácil a vida desse investidor é mais fácil de dialogar, de entender uma corretora de seguros.

Venâncio finalizou: “Acho que esses 4 pontos hoje foram as grandes percepções que nós tivemos ao analisar o setor de seguros, mais especificamente, as corretoras no país.”

“O mercado de fusões e aquisições responde aos ciclos econômicos”

Alexandre Leal, concordou com todos os pontos abordados por José Venâncio e acrescentou mais um vetor que impulsiona o mercado de fusões e aquisições e que ajuda a desenhar o cenário como um todo. Ele disse: “Certamente o mercado de fusões e aquisições também responde aos ciclos econômicos. A gente está no começo de um provável aumento de taxa de juros no mundo, em que o acesso ao capital fica mais caro, mas, para bons negócios, sempre vai ter dinheiro para ser investido. acho que esse é o papel dos advisors, das pessoas que estão analisando o setor, identificar aqueles bons frutos que podem levar adiante. e todo esse cenário de pulverização que o José Venâncio colocou é muito importante para esse tipo de negócio. então vc tem certamente grandes oportunidades, acho que elas vão ter que ser mais bem garimpadas no cenário de menor liquidez, mas dinheiro sempre vai ter para os bons negócios”.

Perfil de potenciais corretoras a serem adquiridas ou receberam investimentos

Quando perguntado sobre quais perfis foram identificados das corretoras para serem adquiridas ou receberam investimentos, José Venâncio explicou que o estudo começou com 54 mil empresas que foram analisadas de acordo com sistema de pontuação próprio da Hand para serem aferidas as mais aderentes. Eles chegaram a 205 alvos sobre o que pode ser um bom indício daquilo que um bom investidor busca nesse momento. Ele esclareceu: “Nesse trabalho a gente analisou 80 transações de compra e venda no mercado de seguros, de 2015 a 2021. Dessas 80, 50% eram corretoras e dessas 40, metade tinha alguma especialização na sua carteira de clientes (predominância em seguro agro, em transportes…). Então, acho que esse é um ponto que dá para despertar no empresário. Talvez essa especialização de carteira esteja trazendo um valor adicional para o negócio nesse momento de agora.”

Necessidade de investimento em segurança de dados

 Para Leal, há necessidade de investir em segurança de dados. De acordo com ele: “A gente está no momento de uma transformação de paradigmas aqui no setor brasileiro, onde tanto as empresas quanto as corretoras vão ter que investir cada vez mais em segurança de dados, na parte de digitalização. Isso que vai precisar de investimento.”

Investimento global em insurtechs atingiu a marca de US$ 10,1 bilhões

O argumento do diretor técnico da CNseg sobre a transformação de paradigmas tem motivos factuais para existir: de acordo com relatório da NTT DATA, o investimento global em insurtechs atingiu a marca de US$10,1 bilhões.

Este valor representa um aumento de 38% em relação a 2020, marcando uma nova ascensão histórica e uma clara consolidação do mercado. No entanto, as insurtechs receberam 50% de seu financiamento somente nos últimos dois anos. Com relação ao número de negócios concretizados, houve uma discreta redução em relação a 2019, ano em que foi registrado um número recorde de 393 operações. 

Seguradoras se comprometem com ambiente das insurtechs

O crescimento do investimento também é um reflexo do compromisso das seguradoras com o ambiente das insurtechs, visto que o número de investimentos, assim como o próprio montante em 2021, aumentou exponencialmente. Em comparação com o ano anterior, houve um avanço de 175% nos valores investidos.

Aumento do interesse de investidores em tendências tecnológicas

Nos últimos anos, observou-se um aumento do interesse de investidores em tendências tecnológicas, como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), análise preditiva, com importantes investimentos de seguradoras, gigantes tecnológicos e grandes empresas do setor. Cerca de 61% das seguradoras estão utilizando a IoT, viabilizando novas oportunidades de negócios, incorporando novos conjuntos de dados para melhorar a avaliação e prevenção de riscos, monitorando o comportamento do cliente e promovendo mudanças comportamentais.

(Fonte: TI inside)

A atratividade do setor para investidores

Alexandre Leal, ainda no SincorCast, resumiu o que pensa sobre a atratividade do setor para os investidores: “É um sinal de robustez e é bastante auspicioso para o nosso mercado. Ainda mais no momento em que a gente deve estar entrando em tempos de menor crescimento global e o Brasil não é uma ilha em relação a isso. Então, tendo interesse de capital novo entrando é um alento para todos nós que gostamos do setor, trabalhamos no setor e estudamos o setor.”


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