O futuro do seguro ambiental: tendências que vão transformar o setor

Fonte: WTW

Com a resolução da SUSEP, publicada em novembro de 2024, que pretende alinhar o mercado segurador às políticas de sustentabilidade promovidas pelo Plano de Transformação Ecológica do Governo Federal, produtos classificados como “seguros sustentáveis” devem, obrigatoriamente, incorporar critérios ambientais, sociais e de governança desde a sua concepção.

Na prática, isso significa que seu programa de seguros pode — e deve — refletir os compromissos da sua empresa com a mitigação de riscos ambientais, sociais e reputacionais. Nesse contexto, o seguro ambiental passa a integrar ativamente a estratégia de gestão de riscos, conectando proteção financeira a compromissos reais com sustentabilidade e reputação.

Uma janela de oportunidade ainda pouco explorada

Entre as empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, apenas 12% possuem seguro ambiental. O dado, divulgado pela FenSeg, revela um hiato de mercado e uma oportunidade concreta para quem deseja estruturar a sua proteção de forma mais robusta.

Com as indenizações ambientais crescendo mais de 120% em 2024, o cenário exige preparo. Incorporar o seguro ambiental no seu portfólio é uma medida proativa que reduz exposição jurídica, evita perdas financeiras e agrega credibilidade à sua política ESG.

Riscos emergentes, respostas especializadas

Setores de energia, logística, indústria química e agronegócio já observaram um novo leque de riscos ambientais: desde a responsabilidade sobre emissões até compostos persistentes como os PFAS. Ao mesmo tempo, novas coberturas ganham espaço como as relacionadas ao sequestro e armazenamento de carbono — linha de cobertura em expansão global.

A personalização das apólices permite proteger sua operação de forma mais precisa, especialmente nos contextos regulatórios exigentes em projetos que envolvem inovação ambiental ou o uso intensivo de recursos naturais.

IA, dados e monitoramento: uma nova era na gestão de riscos ambientais

Tecnologias como imagens de satélite, sensores conectados, modelagem climática e IA permitem hoje uma leitura mais detalhada e antecipada dos riscos ambientais. Como elas, é possível monitorar áreas críticas, precificar riscos de forma mais justa e até prevenir sinistros.

Segundo a IDC, o investimento em tecnologia no setor de seguros deve crescer 11% em 2025, com foco na modernização de processos, no ganho de eficiência operacional e no suporte à tomada de decisões orientadas por dados.

Nesse contexto, soluções voltadas à gestão de riscos ambientais e climáticos ganham protagonismo, impulsionadas pela demanda por ferramentas mais inteligentes e integradas à agenda ESG. Para sua empresa, isso significa acesso a seguros mais conectados com a realidade do negócio, capazes de antecipar riscos, proteger ativos e reforçar compromissos sustentáveis.

Seguro ambiental como ativo reputacional

A contratação de um seguro ambiental, hoje, vai além da mitigação de riscos. Em um contexto de pressão por responsabilidade socioambiental e risco reputacional elevado, esse produto passa a ser também uma demonstração concreta de comprometimento com práticas sustentáveis.

O relatório da Capgemini faz um alerta importante: muitas empresas com desempenho positivo em ESG evitam divulgá-los por receio de exposição – o chamado greenhushing. Ter um seguro ambiental bem estruturado ajuda a dar visibilidade a essas boas práticas, fortalecendo a narrativa de sustentabilidade com respaldo técnico e credibilidade.

Na WTW, apoiamos empresas a estruturar programas de seguros ambientais consistentes, personalizados e alinhados às exigências de mercado, reguladores e investidores. 

Contato da patrocinadora: Mariana Almeida, Environmental Specialist, WTW Mariana.Almeida@wtwco.com

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