FUSÕES E AQUISIÇÕES NO MERCADO DE SEGUROS
Americana Markel vende operação no Brasil para executivos locais e passa a se chamar Newe
Fonte: SonhoSeguro
A Markel International anunciou a venda de sua operação de seguros no Brasil para os próprios executivos. A Markel Seguradora do Brasil está autorizada a operar em seguros diretos em diversas classes de negócios em todo o territorio brasileiro. Com seu principal foco no agronegócio, a companhia se estabeleceu como um dos principais “players” do mercado nacional.
Os executivos Carlos Caputo, CEO para América Latina, Gabriel Boyer, vice presidente, e Rodrigo Motroni, diretor técnico, adquiriram a totalidade das ações da Markel Seguradora e passam a ser os únicos acionistas. A oferta se deu depois de uma revisão estratégica do grupo Markel, que optou por vender a subsidiária local.
Sujeito a aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a seguradora passará a se chamar NEWE Seguros. Não haverá nenhuma outra mudança na operação e seus clientes e parceiros não serão afetados, informa a empresa. “Todos os negócios da companhia continuam sendo realizados da mesma forma, com todos seus contratos e apólices seguindo seu curso normal, geridos pelos mesmo time no Brasil”.
“Estamos extramente orgulhosos de ter feito parte da Markel nos últimos cinco anos, mas esperamos ansiosamente pelo próximo capítulo da nossa jornada. Acreditamos que o agronegócio continuará sendo o pilar mais importante para o crescimento dos nossos negócios e do país e estamos comprometidos em continuar a fornecer excelência em serviços aos nossos clientes e parceiros”, afirmou Carlos Caputo, CEO para América Latina. “Manteremos em nosso DNA a vocação para os ramos de Specialty e nosso objetivo a partir de agora é mehorar nossa eficiência e expandir a oferta de produtos e soluções inovadoras para nossos clientes.”
A Markel foi fundada em 1930. Sediada em Richmond, no Estado norte-americano da Virgínia, tem 75% dos negócios nos Estados Unidos. Seguros e resseguros são o principal, mas há investimentos em outros setores, como construção civil e consultoria. Tem patrimônio líquido calculado em US$ 8,5 bilhões e administra ativos de US$ 26,4 bilhões.
O grupo ingressou no Brasil por meio da
aquisição da Alterra Insurance Company, que atuava apenas com resseguros na
América Latina. Em janeiro de 2017, foi aberta a seguradora para atuar apenas
na gestão de riscos no setor agropecuário, onde enxerga grande potencial de
negócios.
Seguradora Ezze recebe licença para operar
O Valor Econômico relata que executivos com mais de duas décadas de experiência no mercado acabam de obter licença de operação para a Ezze Seguros, empresa de capital nacional que já mapeou mais de 40 modalidades de seguros para distribuição nos mais diversos canais, entre eles corretores, varejo e bancos.
A autorização para operar com seguro de danos e de pessoas, concedida pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), foi publicada no “Diário Oficial da União” de ontem. O capital inicial da companhia é de R$ 30 milhões. Nos primeiros cinco anos, a ambição é emitir R$ 1 bilhão em prêmios, com a Ezze Seguros entre as 20 maiores seguradoras no país. No total, são 110 empresas no setor.
“O mercado de seguros no país é altamente competitivo, mas enxergamos a possibilidade de crescimento, porque a penetração de seguros no Brasil, comparada a outros mercados, ainda é pequena”, afirmou Richard Vinhosa, presidente da Ezze, ao Valor.
“Além disso, à medida que a renda dos brasileiros aumentar, haverá mais compra de seguros por parte da população”. Vinhosa, que teve passagens como diretor de operações da Metlife e presidente da Zurich Vida e Previdência, é um dos controladores da Ezze. Ao seu lado, estão Ivo Jucá Machado, que foi sócio fundador da BR Insurance; Claudio Vale, presidente do Grupo CVPar; e o empresário do ramo imobiliário Anderson Mario Marques da Rocha. No total, são 12 sócios no negócio.
No escritório da empresa na região do Itaim, em São Paulo, já trabalham 15 pessoas, mas a previsão é de mais contratações a partir da licença para operar obtida com a Susep - uma autorização prévia havia sido concedida em maio.
O objetivo é iniciar as vendas com os seguros de linhas financeiras, o que inclui apólices de garantia e responsabilidade civil para executivos e administradores, entre outras. A aposta mais forte nesse primeiro momento, no entanto, será o seguro garantia.
Como potenciais clientes da modalidade, a empresa selecionou 150 grupos empresariais no país, que podem somar um total de R$ 45 bilhões em garantias, boa parte desse risco repassado a resseguradoras. A Ezze quer atuar tanto no seguro garantia judicial quanto no para obras.
“Enxergamos no Brasil um processo de privatizações e concessões que deve se intensificar, em áreas como aeroportos, petróleo e energia elétrica, projetos em que a garantia se tornará necessária”, afirmou Vinhosa.
Mudanças na legislação também devem dar impulso ao negócio de seguro garantia para obras. Uma proposta que tramita no Congresso prevê aumento do percentual de seguro garantia exigido em obras licitadas pelo poder público para até 30%, sendo que hoje o patamar fica em cerca de um terço disso.
Embora o foco, por ora, seja nas linhas financeiras, a ideia da Ezze é ser uma seguradora “multilinhas”, avançando para modalidades como seguros de vida e acidentes pessoais, por exemplo. A distribuição dos seguros também se dará por meio de diversos canais, como exemplo corretores, bancos e no varejo.
Segundo Vinhosa, a empresa já nasce com atendimento digital para clientes e corretores. Como exemplo, no seguro garantia para cobrir um depósito judicial, a emissão da apólice poderá ser feita on-line e em tempo real, podendo ser anexada ao processo judicial. A facilidade deve ser estendida a novas modalidades.
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Segurança essencial no trânsito
O Correio Braziliense destaca que um balanço da tradicional Semana Nacional do Trânsito, este ano realizada de 18 a 25 de setembro, mostra pouco a comemorar. Há de se reconhecer os esforços do Contran ao estimular campanhas de segurança e motes sempre criativos. O deste ano foi "No trânsito, o sentido é a vida".
Estatísticas da Seguradora Líder divulgadas naquela semana apontam que, em 2018, foram pagas 18 indenizações por morte a cada 100.000 habitantes. Significa algo em torno de 36.000 vidas perdidas. Ao considerar que o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, tem a sexta maior frota efetiva circulante e o quinto com maior número de acidentes fatais (segundo a Organização Mundial de Saúde), não estamos muito afastados da média internacional. Ainda assim, bem preocupante. Alguns avanços foram alcançados, mas ainda há muito a fazer.
No estado de São Paulo, onde circula 35% da frota brasileira, a taxa de acidentes e de mortalidade é até razoável, embora distante de países centrais. Entretanto, pesquisa divulgada pela agência de transporte estadual aponta que 27% dos passageiros no banco traseiro, 6% dos motoristas e 9% dos viajantes no banco dianteiro não usam cinto de segurança. Isso apenas nas rodovias pedagiadas. Pode-se concluir que no restante das estradas esses números são piores.
O Brasil apresenta um fator de risco adicional para a letalidade no trânsito. Acidentes com motocicletas acontecem em proporção muito maior que os demais veículos, e a mortalidade também, pela vulnerabilidade do condutor e do passageiro, mesmo protegidos com capacete. Além de menos visíveis aos motoristas, virou regra a circulação entre as faixas de rolamento, muitas vezes em velocidade incompatível com a segurança.
No dia 10 de setembro, pouco antes do início da Semana Nacional do Trânsito, uma decisão da Justiça liberou o serviço de táxi e aplicativos para motocicletas na maior cidade do país, São Paulo. Havia uma lei municipal que proibia em razão do número de acidentes, feridos e mortes desproporcionais à frota. A prefeitura vai recorrer.
á sugestões, porém, para conter o dano coletivo. Uma das empresas de aplicativos já avisou que aceitará motocicletas com até 10 anos de uso e motor acima de 100 cm³ de cilindrada. Uma alternativa seria endurecer exigências: veículos com no máximo três anos de uso, condutores com mais de cinco anos de habilitação e motores acima de 300 cm³ para dificultar a circulação de motos de maior porte entre os veículos. Isso encareceria tarifas e atratividade do serviço.
Outra decisão, com potencial de tornar ruas e estradas menos seguras, são as mudanças no processo de habilitação de motoristas que passaram a valer, por coincidência, na Semana Nacional do Trânsito. Simuladores de direção, que relativamente poucos países adotam, agora são opcionais, e a carga horária de aulas práticas diminuiu.
Há o aspecto do custo menor para se obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas teria de vir acompanhado de uma avaliação mais rigorosa da qualidade de ensino das autoescolas. Outra possibilidade seria aumentar o prazo de avaliação, antes de converter a CNH de provisória em definitiva.
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Fleury faz acordo para comprar Grupo Diagmax por até R$ 112 mi
O portal Exame informa que a companhia de medicina diagnóstica Fleury informou nesta quarta-feira, 2, que fechou acordo para comprar 100% do Grupo Diagmax, em Pernambuco, por até 112 milhões de reais.
O valor da transação inclui um preço de aquisição de 80,4 milhões de reais e um adicional de até 31,6 milhões a ser pago dependendo do atingimento de metas, que não foram detalhadas no fato relevante. O prazo do pagamento adicional também não foi divulgado.
Segundo a Fleury, o Grupo Diagmax atua em serviços de diagnósticos por imagem e análises clínicas por meio de seis unidades de atendimento na região metropolitana de Recife. A receita bruta estimada do grupo, nos 12 meses findos em julho, atingiu 47,2 milhões de reais.
'Essa aquisição permitirá ao grupo Fleury expandir a presença estratégica no mercado de Recife, aumentando sua capilaridade para 17 unidades de atendimento e fortalecendo o portfólio de exames, com a expansão da oferta em diagnósticos por imagem', afirmou a companhia no documento.
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Congresso mantém veto de Bolsonaro à lei de agências reguladoras
O portal Exame destaca também que o Congresso manteve veto do presidente Jair Bolsonaro à lei das agências reguladoras. Bolsonaro havia vetado alguns itens da proposta, entre eles o que exige lista tríplice para escolha dos dirigentes e o que permite a recondução dos atuais diretores e conselheiros nas agências.
Os parlamentares também mantiveram veto em relação ao projeto de proteção de dados. O trecho que foi vetado determina que a revisão de decisão tomada com base em tratamento automatizado de dados pessoais deva ser realizada por uma pessoa. O Executivo justificou que a imposição de revisão humana obrigatória podia inviabilizar os modelos de planos de negócios de muitas empresas, especialmente startups.