Generali desiste de seguros auto e residencial
13, Mai. 2020
Generali desiste de seguros auto e residencial
O Valor Econômico
relata que a Generali decidiu sair dos ramos de seguro de automóveis e
residencial no país. A companhia vai aceitar novos contratos e renovações nas
duas modalidades até o dia 31 de maio, afirmou ao Valor o CEO da filial
brasileira do grupo italiano, Andrea Crisanaz. Depois disso, vamos administrar
a carteira de apólices que estão conosco até a extinção de todos os contratos
em 2021.
Segundo o
executivo-chefe, a mudança já havia sido definida desde o fim do ano passado,
antes da pandemia. Mesmo com a crise, achamos que não tínhamos de adiar a
mudança por conta do coronavírus. O grupo decidiu sair dos ramos auto e
residencial, segundo o CEO, por conta da estratégia de diversificação e
parcerias estabelecida há alguns anos.
Em 2017,
abrimos a divisão de negócios de massificados, deslanchamos parcerias com BMG,
Agibank e Pine, além de redes de varejo e outras empresas. Com o avanço da nova
estratégia, nossa carteira de seguro auto assumiu características de nicho. E a
residencial ainda é muito pequena. A ideia da seguradora é focar daqui para a
frente nos negócios de massificados, de vida em grupo, onde temos uma divisão
de clientes multinacionais, e de grandes riscos para empresas de maior porte.
De acordo com
Crisanaz, nas áreas de veículos e residências, o grupo via pouco potencial de
crescimento no país. A Generali Brasil, porém, não vai sair totalmente do
mercado auto. A companhia vai manter a parceria com a insurtech Thinkseg na
oferta de produtos pay per use, ou pague o quanto usar, em tradução livre,
afirma o CEO da empresa. É um produto muito inovador e tem espaço em todos os
canais de distribuição, pondera. No momento atual, o pay per use acaba se
revelando atrativo e com grande potencial de crescimento.
A aposta nos
massificados, ou seja, de produtos simples e baratos distribuídos por redes de
grande capilaridade, como lojas de varejo, companhias de telecomunicações e
bancos, vem em um momento no qual o segmento sente diretamente o impacto da
crise da covid-19. Com a paralisação de vários setores da economia, as vendas
dessas coberturas sentiram forte baque.
A gente tem
parceiras com varejistas que tiveram várias lojas fechadas. No curto prazo vai
ter redução de vendas, mas as parcerias que temos felizmente são todas de longo
prazo. Segundo Crisanaz, apenas em uma das redes as vendas de seguros tiveram
queda de 75% com a crise. Mas quando as lojas forem reabertas as vendas serão
retomadas, considera.
Além de
estender a cobertura às vítimas do coronavírus em todas as apólices de vida, a
Generali vai lançar no fim de maio um novo produto especialmente desenhado para
ajudar as pessoas a enfrentar a crise de saúde. O CEO da seguradora explica que
o produto se destina cobertura de internação para quem adoecer com o
coronavírus. Nesse momento de pandemia, pensamos em lançar um seguro para
empresas com mais de 250 funcionários, que prevê cobertura de diária hospitalar
para covid-19, afirma.
O produto, de
acordo com o executivo, vai estar vigente nos próximos seis meses e estará
disponível a qualquer empresa com mais de 250 profissionais. Também não haverá
carência para uso, ou seja, se a pessoa adoecer logo após a contratação já
poderá se beneficiar da proteção. A cobertura só não será válida para quem já
está no hospital. O seguro prevê cobertura diária de internação e convalescença
após alta hospitalar. Achamos que vai apoiar empresas e pessoas num momento
difícil, diz o CEO.
Em relação ao
impacto da covid-19 sobre o setor, Crisanaz acredita que o mercado vai sofrer
no curto prazo, mas depois vai retomar. A redução de tamanho e faturamento das
empresas pode atingir o seguro de vida em grupo. Mas o crescimento de um ramo pode
compensar a queda de outro.
Rede privada teme requisição sem controle e judicialização de
UTIs
A Folha de S.Paulo
informa que a falta de coordenação de estados e municípios em buscar UTIs
privadas para pacientes com coronavírus está levando hospitais particulares a
procurar alternativas para se proteger contra a requisição desordenada de seus
leitos e de judicialização na área, considerada inevitável.
A curva de
infecções da Covid-19 projeta que cerca de 20 estados podem ficar sem leitos de
UTI no SUS antes do fim de maio, o que ampliará a pressão pelo uso de leitos
privados, que, em condições normais, seriam usados por clientes dos planos de
saúde.
Na terça (12)
em videoconferência no Rio, representantes de hospitais privados questionaram o
juiz Vitor Moreira Lima, do Tribunal de Justiça do Rio e especializado em
direto médico, sobre se deveriam tentar obter um mandado de segurança contra
requisições que não atendessem determinados critérios. A reposta do juiz foi
positiva.
Segundo
Moreira Lima, os hospitais devem se amparar em resolução divulgada na sexta (8)
pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que lista parâmetros a serem seguidos
para a requisição dos leitos.
Entre eles,
que se esgotem todas as possibilidades de uso de leitos na rede pública, mesmo
dos que estejam desativados e possam ser recuperados.
O juiz previu
ainda que poderá haver judicialização provocada por clientes dos planos de
saúde que se sentirem lesados pelo fato de o SUS usar leitos que poderiam
atendê-los. Segundo ele, a incompetência do estado acabaria prejudicando quem
paga um plano de saúde.
A resolução
do CNJ, assinada pelo ministro Dias Toffoli, também presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), estabelece ainda outros critérios, para a requisição de
leitos privados, como estudos detalhados e a formação de gabinetes de crise.
Diz ainda que
se a capacidade de leitos à disposição do SUS estiver esgotada, e a rede
assistencial privada não se interessar por contrato público com o gestor do
SUS, os leitos deverão ser requisitados.
Há semanas representantes
dos hospitais particulares vêm manifestando grande preocupação com o fato de
não estarem sendo procurados pelos governos federal, estaduais ou municipais
para planejarem a cessão de leitos.
O temor é que
a requisição ocorra de última hora e de modo descoordenado, e muitas vezes por
decisões judiciais em que o pagamento pelo leito pode levar anos.
Há algumas
exceções, como a cidade de São Paulo e os estados do Espírito Santo e do
Maranhão. A prefeitura paulistana, citada pelos hospitais como bom exemplo, vem
alugando leitos privados por R$ 2.200 ao dia, sendo R$ 1.600 pagos pelo SUS.
Outra
preocupação é que a eventual adoção de uma fila única de leitos (onde entrariam
pacientes do SUS e da rede privada indiscriminadamente) deixe usuários de planos
sem vagas caso precisem.
Na segunda
(11), o próprio Dias Toffoli sinalizou, no programa Roda Viva, da TV Cultura,
estar preocupado com a falta de entendimento sobre o uso de UTIs privadas e sua
possível judicialização.
O correto
nessa questão seria o setor público e privado terem dialogado e criado
protocolos, disse. Quando se procura a Justiça é porque falharam os outros
meios de solução de conflitos e controvérsias.
Questionado
sobre como o STF se posicionaria no caso de um paciente do SUS precisar de uma
UTI privada, Toffoli disse: O Judiciário não vai falhar em dar a garantia
constitucional necessária para o atendimento à saúde.
O presidente
do Conselho Deliberativo do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg,
afirma que há enorme banalização no debate da fila única e que não existe
discussão técnica do poder público com os hospitais para o uso dos leitos
privados.
Sentar para
conversar dá trabalho, e ninguém quer trabalhar. Só querem discursar, disse.
Segundo ele,
não basta a requisição dos leitos; é necessária a manutenção da estrutura em
volta dos pacientes, que também precisam ter seus prognósticos considerados
para saber se são a melhor opção para ocupar uma vaga.
Em estados
como o Rio, a própria discussão da fila única chega quando já são exíguas as
vagas na rede privada.
Segundo
Graccho Alvim, diretor da Aherj (Associação de Hospitais do Rio de Janeiro),
não somam 100 (60 de UTIs) os leitos contabilizados pela rede particular que
poderiam ser disponibilizados ao SUS.
Há uma lista
de pessoas com decisões judiciais a seu favor que não podem ser internadas
porque já não há vagas, diz Alvim.
Para Ederlon
Rezende, membro do conselho da Amib (Associação de Medicina Intensiva
Brasileira), houve falha no planejamento do setor público para organizar a requisição
de UTIs privadas.
As
autoridades deveriam ter tomado a iniciativa antes. Estamos chegando ao pior
momento dessa crise de modo totalmente desorganizado.
CHINA VAI COMPRAR
MAIS SOJA DOS EUA E ANUNCIA LISTA DE ISENÇÕES DE TARIFAS PARA PRODUTOS AMERICANOS
A China está intensificando as compras de soja dos EUA à medida
que as vendas brasileiras começam a diminuir e o país asiático busca cumprir
suas promessas no acordo comercial com Washington. O país comprou mais de 1
milhão de toneladas de soja americana nas últimas duas semanas.
O Ministério das Finanças da China também emitiu nesta
terça-feira uma segunda lista de isenções de tarifas para alguns dos produtos
americanos. O governo informou que a lista durará um ano a partir de 19 de
maio. Existem 79 produtos na lista de isenção, incluindo minério de terras
raras.
Fonte: Valor
Desafios
do mercado segurador
pós-pandemia
será tema do segundo webinar do CIST
O segundo webinar promovido pelo Clube Internacional de
Seguros de Transportes
(CIST) terá como tema O Direito do Seguro
e os Desafios do Mercado Segurador Pós-Pandemia. O encontro, online e
gratuito, acontecerá no dia 21 de maio, às 10 horas.
O assunto será apresentado por Paulo Henrique
Cremoneze, especialista em Direito do Seguro pela Universidade de Salamanca
(ESP), Mestre em Direito Internacional, com forte atuação em Direito dos
Transportes. É ainda Membro da Academia Nacional de Seguros e diretor Jurídico
do CIST.
Por conta da pandemia causada pela Covid-19, esta
será a segunda vez que a entidade realiza seu encontro mensal de forma online.
O evento tem como objetivo desenvolver a cultura de gestão de riscos e seguros
no Brasil, além de capacitar trabalhadores desses segmentos.
O webinar conta mais uma vez com a parceria da
Escola Nacional de Seguros (ENS); e com o apoio da Buonny
Gerenciamento de Riscos; Grupo
FOX; GUEP e Munich Re. As inscrições
podem ser feitas diretamente através do link http://www.cist.org.br/workshop.
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O ser
humano está sujeito a diversos imprevistos ao longo da vida. Da mesma forma,
estão as empresas. Diariamente, são reportados em todo o mundo graves
acidentes, desastres naturais, incêndios, ataques cibernéticos e uma série de
outros episódios que comprometem a margem de lucro das grandes corporações,
colocando em risco a sua confiança diante de investidores e parceiros
comerciais.
Como
se não bastasse a imprevisibilidade desses acontecimentos, que podem acometer
desde pequenas empresas familiares a gigantes multinacionais, outros fatores
interferem nos resultados de praticamente todos os segmentos. Crise econômica,
incerteza política e as exigências de regulamentação em constante evolução são
apenas alguns exemplos de armadilhas que podem colocar em xeque o futuro de uma
empresa.
Nesse
cenário, é preciso antecipar tendências e encontrar soluções de impacto para
mitigar vulnerabilidades e aproveitar novas oportunidades de negócios. Por
isso, a identificação, gestão e controle dos riscos são processos tão
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Covid-19 pode ser considerada doença
ocupacional
Fonte:
Revista Cobertura
Autoras:
Solange Moreira de Carvalho e Jânia Aparecida P. dos Reis, especialistas em
relações de trabalho do Cunha Ferraz Advogados
Em
recente julgamento, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a eficácia do artigo
29 da Medida Provisória 927, que previa que a COVID-19 não seria considerada
doença ocupacional, exceto se comprovado o nexo causal.
Essa
decisão tem o objetivo de beneficiar, em especial, os profissionais da saúde
que estão na linha de frente no combate do novo coronavírus, no entanto, o
entendimento se estende às demais categorias de trabalhadores.
Na
prática, significa que o empregador deverá provar que não tem responsabilidade
pela doença adquirida pelo empregado. Essa situação poderá ocorrer em todo e
qualquer trabalho, inclusive doméstico.
O
grande risco que esse entendimento pode trazer é a presunção da doença ser
ocupacional pelo simples fato do empregado estar trabalhando, independentemente
do tipo de trabalho, do local da prestação do serviço e da forma como foi
executado. A considerar essa interpretação o risco é um aumento significativo das
demissões dos empregados, principalmente domésticos, pois a caracterização de
doença ocupacional poderá impor ao empregador uma responsabilidade e
onerosidade demasiada, como reembolso com remédios, despesas médicas e
hospitalares, pensão civil e danos morais, mesmo não ficando caracterizado que
o trabalhador contraiu o vírus no ambiente de trabalho.
Embora
a decisão possa aumentar os cuidados e atenção dos empregadores às
recomendações de prevenção, é certo que estamos em uma pandemia, o vírus pode
estar em muitos locais e não necessariamente no ambiente de trabalho.
Lembrando, ainda, que os cuidados pessoais de higiene são essenciais em todo e
qualquer ambiente, e a todo instante, não somente no ambiente de trabalho.
Por
fim, vale lembrar que cada caso deverá ser interpretado individualmente,
devendo levar em conta, inclusive, se o empregador forneceu os equipamentos de
proteção individual e cuidou da higiene do local de trabalho. Contudo, sem
dúvida, essa decisão irá impactar no Judiciário com demandas discutindo o que
caracterizaria atividade de risco em época de pandemia.
Não é hora de naufragar
Para
muitos, a sensação neste momento é de que o mundo está desabando, com perdas
muito grandes, não apenas em vidas, que são o bem mais precioso, mas também na
forma de prejuízos financeiros. Eles atingem empresas e, por trás delas,
pessoas físicas, não apenas trabalhadores e clientes, mas também investidores,
pequenos e grandes, apreensivos com as variações nos índices econômicos,
apresentados com frieza na tela do computador. Por trás da desvalorização de um
fundo há o impacto em famílias. Nesse cenário dramático, como um executivo que
dedicou a carreira a respeitar as lições do mercado financeiro não apenas à
frente dos negócios, mas também na vida pessoal, eu me permito dar dois
recados. O primeiro deles é: confie que este momento será superado. O segundo:
a educação financeira é sempre bem-vinda, tanto para os maus momentos como
agora, quanto para os bons, que com certeza virão. Por falta até de noções básicas
de como lidar melhor com a economia, boa parte dos brasileiros chega às crises
despreparada e, com isso, amarga danos maiores em suas finanças e em sua vida.
Sempre
é hora de aprender. E, para aqueles que sentem falta de decifrar esse mundo de
números e notícias aterrorizantes, eu costumo comparar o mercado financeiro a
uma força da natureza, o mar. É preciso entender que ele pode mudar a qualquer
momento, há horas em que você pode entrar, nadar, mas sempre ele oferece o
risco de se transformar. Uma hora ele parece um lago cristalino. Em outros
momentos, surge um repuxo que pode engolir você para o meio do perigo.
Antes
de entrar no oceano financeiro, você precisa saber que tipo de navegador você
é. Iniciante ou experiente? Conservador ou arrojado? Sabe nadar mesmo ou apenas
tem uma noção e costuma abusar da autoconfiança? Tem o salva-vidas adequado se
precisar ou está completamente exposto se a tempestade chegar sem aviso?
Trazendo
para o mundo prático, responder a essas perguntas pode evitar dissabores
capazes de abalar famílias, como o de alguém que nunca comprou uma ação na vida
e decidiu investir todas as economias na Bolsa de Valores porque ouviu relatos
de pessoas que enriqueceram em poucos anos. Acredito que você sabe como costuma
terminar essa história, quando alguém decide investir sem contar com o risco de
ser obrigado a, de uma hora para outra, ter de tirar o dinheiro para cobrir
alguma despesa imprevista, e assim naufragar como investidor.
Apesar
dos dramas a sua volta, fuja do pessimismo. Este momento, por mais desafiador
que seja, oferece lições. Nós, brasileiros, temos de aprender com ele, e
avançar também em educação financeira. Não é hora de naufragar.
Autor:
Alexandre Girardi é diretor Executivo Financeiro da Sabemi
Seguros Na Prática Promove
Você já deve
estar acompanhando a série de lives que
estamos fazendo em nosso canal no Youtube (se não tiver corre lá!), e além
disso também estamos promovendo, juntamente com a Fetransporte Brasil uma
conferência online, a Fetransporte Brasil Conference 2020. Esse evento
vai abordar especificamento o Seguro
de Transporte de Cargas. Entendemos que este é um mercado que
tem muitas oportunidades de negócios para os corretores e que, apesar das
circuntâncias atuais, continua em movimento. A Fetransporte Brasil
Conference 2020 acontece nos dias 2, 3 e 4 de junho, vai
ser um evento online e gratuito. Vamos reunir
grandes nomes do mercado segurador para:
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