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IRB Brasil negocia comprar carteiras de rivais no Brasil e no exterior, dizem fontes

24, Mai. 2020

IRB Brasil negocia comprar carteiras de rivais no Brasil e no exterior, dizem fontes

O IRB Brasil está em negociações avançadas para comprar carteiras de resseguros no Brasil e na América Latina, à medida que rivais estrangeiras reduzem operações na região, disseram à Reuters duas fontes próximas à empresa.

Com a crise econômica deflagrada pela Covid-19, algumas resseguradoras globais têm mostrado interesse em sair total ou parcialmente da América Latina para se concentrar nas regiões de suas matrizes, Estados Unidos e Europa, abrindo espaço para consolidação, disseram as fontes, sem revelar nomes das empresas.

A crise está acelerando movimentos no setor, disse uma das fontes. E o IRB está negociando a compra de carteiras e fazendo alianças com mais seguradoras, acrescentou a outra fonte, ambas pedindo anonimato, porque o assunto não é público.

Embora haja cerca de uma centena de resseguradoras autorizadas a operarem no Brasil, esse mercado é bastante concentrado no país, com o IRB detendo cerca de 40%. Junto com Munich, Swiss Re e Chubb, o grupo tem mais da metade do mercado. O restante é distribuído entre marcas domésticas e internacionais, incluindo grupos de renome, como AIG e Allianz.

Desde o ano passado, operações entre seguradoras têm sido intensa no país, incluindo a venda das carteiras de automóveis e ramos elementares da SulAmérica para a Allianz e a renovação parcial da parceria da francesa CNP Assurances com a Caixa Seguros.

O movimento ocorre enquanto a maior resseguradora do país tenta se recuperar de uma sucessão de problemas que estilhaçaram sua reputação e, junto com a crise, fizeram as ações desabarem cerca de 80% no acumulado do ano até agora.

Questionamentos da gestora de recursos Squadra sobre práticas contábeis do IRB e alegações de que a administração induziu investidores erroneamente a acreditarem que a Berkshire Hathaway tinha comprado ações da empresa precipitaram a saída dos principais executivos e uma ampla reformulação no conselho de administração da companhia neste ano.

A despeito desse quadro, o IRB preservou a posição de caixa de cerca de 4 bilhões de reais que tinha no final de 2019, incluindo ativos líquidos, o que segundo as fontes pode ser uma oportunidade para a empresa dar uma mostra de força.

Na semana passada, o próprio IBR informou que era alvo de fiscalização da reguladora Susep por apresentar insuficiência na composição dos ativos garantidores de provisões técnicas e, consequentemente, de liquidez regulatória.

Se o IRB não conseguir convencer a Susep de que suas provisões estão adequadas, pode ser obrigado a vender ativos, como imóveis, para recompor suas reservas.

Segundo uma segunda fonte, a decisão de tomar a dianteira e revelar que é alvo de investigação da Susep é parte da estratégia de se antecipar para mostrar aumento da transparência e recuperar a confiança do mercado.

Esse movimento deve ter novos capítulos nas próximas semanas, antes da divulgação do resultado do primeiro trimestre, previsto para 18 de junho, com a empresa dando um detalhamento maior sobre aspectos que possam sensibilizar a percepção dos investidores, como a das provisões técnicas, disseram as fontes.

Consultado pela Reuters, o IRB afirmou em nota que avalia permanentemente oportunidades de possíveis operações, no Brasil e no exterior, que estejam alinhadas à sua estratégia de negócios.

Sobre os planos de revelar detalhes sobre questões relativas a reservas técnicas e outras questões do balanço, a resseguradora afirmou que comunicará oportunamente quaisquer fatos ou decisões relativas à companhia que sejam de interesse dos seus acionistas, clientes e do mercado.

Acordo com Icatu teve pagamento de R$ 200 milhões, diz BNB

O Valor Econômico informa que a Icatu Seguros pagou R$ 200 milhões para acessar o balcão do BNB e vender seguros e previdência. O acordo, assinado em fevereiro e com início operacional na semana passada, não tinha tido seu valor divulgado, sendo criticado por alguns participantes de mercado, tanto por essa omissão como porque não teria sido feita uma licitação amplamente aberta, nos moldes da Lei 8.666.

O BNB informou o valor ontem, após questionamento do jornal, que vinha pedindo essa informação desde segunda-feira. A instituição explicou que a expectativa é que, em 20 anos, a operação renda mais R$ 183 milhões, como resultado da divisão das vendas. O acordo tem expectativa de receita de R$ 383,3 milhões em duas décadas para o banco. Nos bastidores, os R$ 200 milhões pagos na entrada pela Icatu, já faziam parte das conversas.

Uma fonte disse que o balcão do BNB valeria muito mais, por conta de sua atuação ampla no Nordeste, principalmente pela oferta do Crediamigo, linha de financiamento voltada para microempreendedores. Outro interlocutor afirmou que não houve uma concorrência adequada e transparente. O BNB defendeu, em entrevista ao Valor, a transparência do processo.

O superintendente de produtos e serviços bancários do banco, João Robério Pereira de Messias, explicou que a venda do balcão começou em 2016, ainda no governo anterior. Na ocasião, houve uma chamada ao mercado e 24 empresas, entre as que têm maior patrimônio, entraram na disputa. Em 2018, a seguradora Sompo ganhou a concorrência, mas acabou desistindo. Com isso, informou Messias, o processo foi suspenso. O BNB não informou qual o valor da oferta vencedora na ocasião.

Em 2019, já com o novo governo e uma situação mais tranquila no mercado financeiro, o banco estatal retomou o processo. A operação foi liderada pelo Brasil Plural, que já havia feito os estudos relativos ao certame anterior. Messias disse que houve um roadshow com parte das 24 seguradoras do mercado chamadas para o processo, aquelas que manifestaram interesse. Segundo ele, preocupados em garantir a conformidade com a legislação, o banco consultou o Tribunal de Contas da União (TCU) e incorporou ao processo o decreto 9188/17, que regula as operações de desinvestimento de estatais.

Houve muita preocupação com transparência e conformidade. Foi importante porque o TCU mostrou como os demais bancos tinham feito, afirmou. Messias disse que houve três avaliações sobre o processo: uma interna do banco (formada por três superintendentes), uma do assessor financeiro contratado (o Plural) e por auditoria independente, a PWC.

Foram recebidas dez propostas preliminares após o roadshow. Segundo ele, os critérios para seleção do vencedor passaram pelo valor oferecido (o principal) e outros, como tamanho da empresa, patrimônio líquido, receitas. Mas o mais importante é o valor que ela oferece, disse.

Durante a entrevista, realizada na terça-feira, o representante do banco insistiu que não poderia divulgar o preço do negócio com a Icatu e que isso seria feito nas notas explicativas do próximo balanço. Ele assegurou, contudo, que o montante foi mais que o dobro do esperado internamente e acima do previsto pela auditoria independente e do próprio TCU.

O contrato de 20 anos dá exclusividade para vendas de seguros de vida, prestamista e previdência privada. O banco já recebeu os recursos no caixa. E ao longo da parceria, vai receber metade do lucro da operação e taxa de performance, se passar da meta, explicou.

Hapvida espera estabilidade em sinistros em 2020 e nível de inadimplência controlado

A Reuters despacha que a operadora de planos de saúde Hapvida espera que o nível de sinistralidade fique estável neste ano e não está vendo mudanças expressivas no nível de inadimplência dos clientes, apesar dos impactos da epidemia de Covid-19 sobre a economia.

A empresa divulgou na noite da véspera um crescimento de quase 56% no resultado operacional medido pelo Ebitda, impulsionado por aquisições que espera que continuem ampliando captura de sinergias nos próximos meses conforme implementa seu sistema de gestão.

A expectativa é de estabilidade ao longo do ano de nossos níveis de sinistralidade, porque por um lado temos menos pressão de cirurgias eletivas agora, mas por outro estamos criando um backlog de cirurgias para o terceiro trimestre, disse o presidente da Hapvida, Jorge Fontoura Koren de Lima, em teleconferência com analistas.

Ao longo do tempo isso vai se diluir...de maneira que deve haver estabilidade no ano, acrescentou. No primeiro trimestre, o índice de sinistralidade da operadora que abriu seu capital na bolsa há cerca de dois anos caiu 1,6 ponto percentual sobre o mesmo período de 2019, para 55,4%, excluindo o SUS.

As ações da Hapvida subiam mais de 3% às 14h20, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 1,5%.

O executivo afirmou que a companhia, que já investiu cerca de 70 milhões de reais em ações para combate ao novo coronavírus, está vendo sinais de que o auge da pandemia esteja próximo, mas não deu detalhes.

Já estamos vendo sinais de que isso pode estar acontecendo em algumas de nossas regiões de atuação. Estamos muito otimistas de que o evento pode estar em curva descendente e estamos discutindo planos de desmoblização de algumas praças, disse Lima na teleconferência.

A Hapvida tem atuação principalmente no Nordeste e nos Estados do Pará e Amazonas. A empresa tem feito aquisições e expandiu-se mais recentemente para o Sudeste, Centro-Oeste e Sul, ampliando presença física para 12 Estados.

A empresa encerrou o primeiro trimestre com 39 hospitais próprios e 2.754 leitos, ante 26 unidades hospitalares e 1.823 leitos em março de 2019. E o diretor financeiro, Bruno Cals de Oliveira, afirmou que atualmente a empresa dispõe de 3.090 leitos, dos quais 854 de UTI.

Cals afirmou durante a teleconferência que o reajuste médio a ser aplicado nos preços dos planos da empresa será de 8,8%, o que seria 3 a 4 pontos abaixo da média dos principais rivais da empresa, que vende planos corporativos e individuais.

Essa diferença, segundo o presidente da Hapvida, permitirá ao grupo manter postura comercial agressiva, conquistando participação de mercado em um momento em que o setor de medicina privada relata ociosidade por causa da crise, uma vez que cirurgias e outros procedimentos deixam de ser realizados com as pessoas com medo de se contaminarem com o vírus.

Questionado sobre os custos de internação de pacientes com Covid-19, Lima, que também chegou a ser contaminado pelo vírus, disse que os valores subiram para cerca de 10 mil reais ante quase 9 mil no início da epidemia. Ele afirmou, também sem dar detalhes, que a cifra cresceu com a implementação de novos protocolos e opções terapêuticas que estão dando mais sobrevida aos pacientes.

Número de óbitos causados pela covid-19 dobra em 12 dias

O Estadão relata que o Brasil superou ontem a marca de 20 mil mortos pelo novo coronavírus, depois de registrar o recorde de 1.188 mortes em 24 horas. Em apenas 12 dias, o País passou de 10 mil mortes para 20.047 e o número de casos de contaminação continua em curva ascendente. Desde o início da pandemia, 310.087 pessoas foram infectadas e o Brasil teve, num período de 24 horas, o maior crescimento de casos de covid-19 por milhão de habitantes.

Hoje completa uma semana que o Ministério da Saúde está sem titular e não foram divulgados novos planos para conter a doença. Agora, a aceleração da epidemia ocorre na direção do interior do País, provocando alerta. Estudo da Fiocruz mostra que 7,8 milhões de brasileiros vivem em locais que exigem viagens de quatro horas até uma cidade que tenha hospitais com UTI, respiradores e equipes especializadas em doenças respiratórias.

Em novo recorde de mortes registradas no período de 24 horas, 1.188, o Brasil superou ontem a marca de 20 mil vítimas em decorrência de infecção pelo novo coronavírus. Isso após 66 dias do primeiro caso. O País passou de 10 mil mortes para exatamente 20.047 em apenas 12 dias, e o número de casos continua em curva ascendente. Já são 310.087 pessoas que se contaminaram em quase três meses desde o início da epidemia. Hoje se completa uma semana que o Ministério da Saúde está sem titular e não há divulgação de novos planos para conter a doença.

A aceleração da epidemia ocorre em direção ao interior do País, o que levanta um novo nível de alerta. Segundo levantamento feito pela Fiocruz, pelo menos 7,8 milhões de brasileiros vivem em locais que demandam viagens de 4 horas até uma cidade que tenha condições de oferecer tratamento adequado para os casos mais complexos de covid-19, como hospitais com unidade de terapia intensiva (UTI), respiradores e equipes especializadas em doenças respiratórias agudas e graves. A análise, feita pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde, expõe o risco às populações mais vulneráveis e o tamanho das dificuldades que serão impostas aos sistemas de saúde com a interiorização da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde referentes à quarta-feira, 3.488 municípios, em todo o País, já foram afetados pelo coronavírus, ou 62,6%.

Nas duas últimas semanas, em números absolutos, o Brasil saltou da sétima para a terceira posição entre as nações com mais casos de covid-19. Com isso, se mantém como um dos países em situação mais crítica do mundo em número de infecções, atrás de Rússia, que contabiliza 317 mil casos, e Estados Unidos, com mais de 1,5 milhão. Na lista de países com mais mortes acumuladas, o Brasil ocupa a 6.ª posição. Fica atrás de Estados Unidos (93.863), Reino Unido (36.124), Itália (32.486), França (28.218) e Espanha (27.940).

A pandemia do novo coronavírus se tornou a principal causa de mortes por dia no Brasil. O maior número de infecções continua em São Paulo, com 73.739 diagnósticos e 5.558 mortes. O Rio tem 32.089 casos e 3.412 óbitos. No Ceará são 31.413 infecções e 2.161 mortes. O Brasil ainda se tornou nos últimos dias o país com maior crescimento de casos de covid-19 por milhão de habitantes (pmh). De acordo com o cruzamento de dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford, desde anteontem o País passou a liderar o ranking, que considera a confirmação de casos em um período de 24 horas e os dilui por milhão de habitantes, o que permite uma comparação de como a covid-19 está afetando países de populações distintas.

Como ocorre o avanço. Pesquisadores do grupo MonitoraCovid-19 divulgaram nesta quarta-feira uma nota técnica sobre as regiões do País e as redes de saúde, avaliando o deslocamento da covid-19 da capital para o interior e o fluxo de pacientes em busca de internação em grandes cidades. Somente na semana passada (entre os dias 9 e 16), 227 municípios com população menor que 10 mil habitantes apresentaram o primeiro caso da doença, assim como 197 municípios com população entre 10 e 20 mil habitantes e 112 municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes.

As mortes também começaram a ocorrer nessas cidades. De acordo com o levantamento, 50 municípios com menos de 10 mil habitantes apresentaram óbitos pela primeira vez. O mesmo ocorreu em 83 municípios com população entre 10 e 20 mil habitantes e em 98 municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes.

A chegada da doença a cidades tão pequenas acende o alerta sobre como vai ser o acesso dos moradores desses locais às redes de saúde em situações de emergências. Pelos cálculos, 7,8 milhões de pessoas vivem distantes até quatro horas de um polo de atendimento de alta complexidade e os Estados mais afetados são Amazonas, Pará e Mato Grosso, com mais de 20% das populações. O trabalho apontou ainda que em 175 municípios, onde há esses polos de atendimento, mais de 50% dos internados já eram provenientes de outros municípios até o dia 4 de maio.

Redes de saúde. A análise teve como foco avaliar a sobrecarga das redes de saúde e indica que não adianta fazer isolamentos localizados, de um ou de outro município, sem pensar nas regiões como um todo, uma vez que as pessoas precisam se deslocar para buscar atendimento. Desde o começo da epidemia se fala na necessidade de proteger os sistemas de saúde. De achatar a curva para evitar o colapso. Mas é preciso entender de que sistemas estamos falando. Os moradores de municípios pequenos precisam se deslocar para os grandes para terem atendimento. Nesse sentido existem regiões de saúde pelo País, explica Diego Xavier, epidemiologista do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, que participou do trabalho. O que sugerimos é que precisa ser adotada uma coordenação de estratégias para definir de modo claro e rápido qual região e qual rede está sendo protegida com uma determinada estratégia. Tem de ser uma união real, e não retórica, diz.

Prefeitos têm de sentar com governadores e o governo federal para definir isso pensando nessas regiões de atendimento. Imagine uma região como a de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) (cidades separadas pelo Rio São Francisco). Se um Estado resolve aumentar o isolamento e o outro começar a relaxar, não vai dar certo, complementa o pesquisador. O que precisamos é proteger a rede de UTIs e respiradores e isso vai além dos limites municipais.

O estudo alerta ainda que a doença, que começou pelas grandes capitais e de lá foi para o interior, agora vai fazer o caminho contrário na busca de doentes por atendimento. Essa doença teve o tempo de ida e nas próximas semanas vamos começar a ver o tempo de volta. Só que as grandes cidades já estão com seus hospitais quase lotados. O isolamento que as cidades grandes adotaram no começo da epidemia fez com que a doença demorasse para chegar ao interior. E agora vamos ver as pessoas dessas cidades indo para as capitais em busca de atendimento, diz Xavier.

Novo exame para covid-19 é mais rápido e custa menos

O Valor Econômico informa que pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein desenvolveram, em dois meses, um exame genético para diagnóstico da covid-19. A referência é o sequenciamento de nova geração (NGS, na sigla em inglês), que lê pequenos fragmentos de DNA para identificar doenças ou mutações. A nova tecnologia processará número 16 vezes maior de testes e o custo será menor. O exame poderá ser usado em rede pública de saúde se governos entrarem em acordo comercial com o Einstein. Cada rodada do método RT-PCR analisa 96 amostras ao mesmo tempo, enquanto no NGS serão 1.536.

A partir de junho, o hospital terá capacidade de processamento elevada para 5,53 mil testes por dia ante atuais 2,2 mil. O recurso é uma alternativa para ajudar no controle da pandemia porque permite a testagem em massa. A técnica NGS era aplicada somente à medicina de precisão no diagnóstico de doenças hereditárias e oncológicas. Como a frequência de pacientes fazendo estes exames caiu e as máquinas estão ociosas, o Einstein iniciou os testes para a covid-19.

Usamos o sequenciamento genético do novo coronavírus e sua expressão de proteínas para implementar um algoritmo que identificasse [o vírus] em escala maior em uma única rodada de testes e com custo mais barato que o método do RT-PCR, disse Sidney Klajner, presidente do hospital. A coleta de amostra para detecção do vírus é feita com hastes flexíveis estéreis (swab) que entram em contato com as vias respiratórias dos pacientes, nasofaringe ou orofaringe, assim como no RT-PCR.

Depois começa o processo para obter o material genético do vírus, o RNA, que usa insumos diferentes do teste típico. Na terceira etapa, este material é amplificado e, em seguida, ocorre o preparo de biblioteca de sequenciamento. No quinto passo, é determinada a sequência genômica do vírus. A última etapa é feita com uma ferramenta de bioinformática, o Varstation, em que um algoritmo identifica os pacientes e os resultados positivo ou negativo.

Por enquanto, o diagnóstico sai em 48 horas, mesmo prazo do exame RT-PCR. Mas este tempo pode ser encurtado para até 24 horas, segundo Cristóvão Mangueira, diretor do departamento de patologia clínica. As técnicas destes exames são equivalentes em termos de acurácia, há 10% de chance de se obter um falso negativo.

Como os parques atuais de exames não dão conta da demanda, as máquinas de NGS estão ociosas e podem ser úteis no combate à pandemia, diz Mangueira. A vantagem é ampliar o número de testes na população a um preço menor do que o RT-PCR, que varia de R$ 250 a R$ 350. O Einstein poderá fazer 100 mil exames por mês.

O processo teve patente internacional requerida pelo Einstein nos Estados Unidos na sexta-feira (15). A patente não é aberta. O método será levado a outros laboratórios e países, em acordo comercial ou transferência de tecnologia. O Brasil passa a contribuir mundialmente no combate à covid-19, disse Claudio Terra, diretor de inovação e transformação digital. O investimento destinado à pesquisa não foi informado.

O Einstein já fez 52 mil exames de covid-19, entre particulares e terceiros. O hospital administra em parceria com a Prefeitura de São Paulo um terço da capacidade de leitos de UTI para covid-19 nos hospitais públicos do município.

METAS DA SHELL NO BRASIL ESTÃO MANTIDAS, DIZ PRESIDENTE DA EMPRESA NO PAÍS

O presidente da Shell Brasil, André Araujo, afirmou nesta quinta-feira que as metas da compania no país estão mantidas.

Nossas metas estão mantidas por enquanto. No primeiro trimestre produzimos acima da meta. Fechamos o primeiro trimestre com produção operada e não operada de pouco acima de 400 mil barris de petróleo por dia, disse em live do Valor.

O executivo ressaltou que, mesmo durante a pandemia, as operações da petroleira no país continuam a plena atividade, com o término da perfuração em Gato do Mato, na Bacia de Santos, de forma bastante segura, e a migração da sonda para Saturno, também em Santos. Temos capturado tudo o que tem acontecido, apesar da pandemia, frisou, lembrando ainda que nos ativos operados de Bijupirá e Salema, na Bacia de Campos, a empresa teve recorde de produção nos últimos meses.

Foco da Shell tem sido cuidado com saúde e segurança, continuidade e caixa, diz Araujo

Regulação do novo mercado de gás é imperativa, diz Araujo, da Shell
Araujo disse estar otimista com relação às discussões sobre a adoção de um regime único de exploração e produção de óleo e gás no Brasil.

Espero que aconteça e eu espero que mude. A pauta de um regime único é uma pauta da indústria e a gente continua trabalhando nesse assunto, disse.

Ele destacou que esse assunto foi levado ontem ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, por meio do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP). Fiquei bastante otimista com a resposta que o ministro passou, de buscar formas competitivas de trazer esse tema, afirmou Araujo, acrescentando que o que mais importa são contratos competitivos. Ter um regime único de concessão claramente é uma direção para se ter um ambiente competitivo, acrescentou.

O executivo destacou que, neste momento em que as empresas do setor precisam se adaptar a um cenário de investimento mais baixo, os recursos vão migrar para países mais atrativos. Tenho sim, como brasileiro, a expectativa de que o Brasil vai continuar na liderança de competitividade, disse.

Araujo elogiou a decisão do governo de adiar os leilões de óleo e gás marcados para 2020. Segundo ele, a decisão não surpreende e o fato de não ter leilão em 2020 foi uma escolha sábia do ministro.

Ter um leilão que não traz competitividade não faz muito sentido, frisou. Ele observou que, nos próximos anos, a tendência das companhias do setor será de maior controle de caixa. Não vamos deixar de olhar propostas boas. Boa parte das primeiras medidas que Shell fez foi para manter a companhia resiliente, com caixa, e parte desse caixa é para olhar o futuro da organização também, ressaltou.

Fonte: Valor

Conferência Hemisférica da FIDES Rio 2021 é cancelada

Fonte: Sonho Seguro

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) comunica o cancelamento da Conferência Hemisférica da FIDES, programada para ocorrer no Rio de Janeiro, em maio de 2021. A decisão considerou o cenário atual de distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19, a perspectiva de restrições sanitárias que ultrapassarão este ano de 2020 e a situação de dificuldades econômicas previstas para os mercados regionais.

A Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES) informará, posteriormente, quanto à realização da Conferência em 2022 ou 2023, a depender das circunstâncias, mantendo o Brasil como anfitrião.

A Conferência é o maior evento do mercado segurador para as Américas e Península Ibérica. O Brasil já recebeu por duas vezes a Conferência, em 1954 e 1979, realizadas no Rio de Janeiro.

GOVERNO DECIDE MANTER LEILÕES DE PORTOS, AEROPORTOS E RODOVIAS MESMO COM CRISE DO CORONAVÍRUS

O governo federal decidiu manter o calendário dos leilões de portos, aeroportos e rodovias previstos para este ano, mesmo diante dos efeitos da pandemia do coronavírus. A avaliação do Ministério da Infraestrutura é que a crise econômica causada pela Covid-19 não vai afetar a atratividade para os ativos nem o cronograma das licitações.

A manutenção dos leilões pode garantir cerca de R$ 24 bilhões em investimentos privados no país, nos próximos anos.

A decisão é diferente de medidas tomadas para outros setores também afetados pela crise. Os leilões para exploração de óleo e gás e para geração e transmissão de energia elétrica foram suspensos pelo governo.

No primeiro caso, por conta da alta volatilidade do preço do petróleo, que atingiu baixas históricas nas últimas semanas.

No caso da eletricidade, houve uma forte queda na carga, que também afetou o planejamento do setor. Já para os casos do transporte, a avaliação é que a queda na demanda registrada agora é passageira e não vai afetar os leilões. O movimento dos aeroportos caiu mais de 90% e o das rodovias, mais de 40%.

São ativos de 30 anos, de longo prazo. A gente vê os investidores interessados. Muitos concorrentes nossos, com a Índia, tiraram os projetos da praça. A gente não vislumbra fuga de investidores, adianta a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa.

Apesar de manter os leilões de aeroportos, o governo vai revisar a demanda prevista para estes ativos e adaptar o projeto à nova realidade. Projeções da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) apontam que o movimento dos aeroportos só vai voltar ao nível pré-crise em 2022. Isso precisará ser levado para os leilões, com novos valores de outorga ou investimentos menores no curto prazo.

Aeroportos em três blocos

O governo quer fazer neste ano leilão de três blocos de aeroportos: Sul, puxado por Curitiba e outros terminais do Paraná e do Rio Grande do Sul; Norte, com Manaus, Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista; e o bloco Central, com Goiânia, São Luís e Teresina.

Não suspendemos nenhum dos nossos leilões e entendemos que o coronavírus vai impactar muito pouco o nosso cronograma, diz a secretária.

No caso das rodovias, a avaliação é que as estradas que irão a leilão são muito focadas no transporte da produção agrícola, que não foi impactada pela crise. O governo prevê leiloar neste ano a BR-163, entre Sinop (Mato Grosso) e Miritituba (Pará), e a BR-153, entre Anápolis (Goiás) e Aliança do Tocantins.

Tudo que é agro não tem demanda impactada. Como a nossa logística é muito voltada para o agro, a gente não visualiza grandes impactos, comenta Natália.

Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria, avalia que os investidores de infraestrutura são voltados para o longo prazo e procuram construir uma carteira de ativos, o que favorece os leilões. Mas o governo precisa dar condições menos adversas e com menos riscos para os investidores, principalmente financeiros, entrarem nos negócios, defende ele:

É preciso fazer as coisas mais amigáveis para investidores financeiros, que têm perspectivas de médio e longo prazos. No Brasil, estamos com excesso de demanda de investimentos.

Fonte: O Globo

REVISTA INSURANCE CORP

Acesse a versão virtual da edição 29 da revista: https://www.dropbox.com/s/ebr9cbomotpjzz8/IC%20ed29%20%28baixa%29.pdf?dl=0

EVENTO: FETRANSPORTE BRASIL CONFERENCE 2020

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Acesse o link e antecipe sua inscrição: https://conference.fetransportebrasil.com.br/inscricao/?utm_campaign=convite_2_fetransporte_brasil_conference_2020&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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O novo perfil do Profissional de Segurança

Dia: 28.05.2020 / Live às 10h30

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