INSPEÇÃO DE RISCO EM ÉPOCA DE PANDEMIA
24, Ago. 2020
INSPEÇÃO DE RISCO EM ÉPOCA DE
PANDEMIA
Desde a peste negra iniciada
em 1353 e permanecendo até meados1720 o mundo vivenciou a cada 100 anos
epidemias e pandemias jamais vistas, matando pessoas e destruindo a economia
dos países sendo que essa em 2020 ficará marcada na história, como a maior e
mais complexa pandemia jamais vista. Mesmo com toda tecnologia existente
atualmente, encontrar a vacina em tempo recorde não é tarefa fácil.
Contudo, se olharmos para a
Gerência de Risco, entendemos que se houveram grandes epidemias devastadoras,
quais foram os aprendizados e legado que deixamos para o nosso presente nesses
tempos passados. Entendemos que nos séculos passados ainda que primitivamente,
a Gerência de Risco, não era vista como agora, onde olhar para o futuro e
mapear os riscos é uma ação que deve ser feita incondicionalmente e que,
esperar a pandemia voltar é novo suicídio.
Olhando para o lado dos Negócios,
Empresas e Patrimônio sabemos que, para proteger tudo temos que praticar a
Gestão e Gerenciamento de Riscos inclusive porque, olhamos sempre para o futuro
e nele queremos estar melhor que o presente e o passado.
Compartindo dessa necessidade,
sabermos que a grande aliada da Gestão de Risco é a ferramenta de transferência
de risco. Essa ferramenta hoje é conhecida como Seguro das Propriedades onde
nela, encontramos e buscamos no momento de Crise recompor as perdas
financeiramente. Muito embora, ainda muitas pessoas não consigam se convencer
que a recomposição e reposição financeira é um ponto chave de qualquer negócio,
quem exerce essa tarefa de entender seus riscos e utilizar essa ferramenta bem
feita e aplicada, e principalmente dentro das regras e ?Compliance?, o
sofrimento automaticamente diminui e sua continuidade de negócio se mantem
firme e sólida juntamente com os investimentos feitos e a preservação de
empregos e capital intelectual.
Para ativarmos essa ferramenta
(Seguro) e o processo de proteção do Patrimônio, temos que, além de conhecer o
risco, atender protocolos das Seguradoras que necessitam conhecer o status
do Risco a cada ano e por sua vez realizar uma Inspeção de Risco conjunta. A
realização da Inspeção, consiste em dependendo do tamanho do negócio, não
somente obter relatórios situacionais, mas sim, ver e auditar diversos itens de
segurança e de integridade, bem como protocolos, a fim de dimensionar o risco e
o custo do Seguro.
Esse processo de Inspeção de Risco
é igual no mundo todo pois, as Seguradoras colocam em seus contratos de
apólices de seguros, clausulas que solicitam ao Segurado apresentar seu
Patrimônio (na linguagem de seguradora e de mercado, apresentar seu Risco) para
uma visita presencial.
A Inspeção de Risco é um serviço
realizado para o Mercado de Seguros, na carteira de Ramos Elementares, que
consiste na realização de inspeções de bens móveis e imóveis, para a identificação
do nível de risco com coberturas para Incêndio, Roubo, Responsabilidade Civil
Geral, Vendaval, Alagamento e Desmoronamento, Lucros Cessantes com objetivo de
possibilitar análise de aceitação do risco, por parte das Seguradoras.
Em época de pandemia, no caso a
COVID 19, como respeitar e cumprir esse protocolo e obter o Seguro a custo
compatível sem que haja contaminação e quebra de procedimentos infecciosos de
segurança estabelecidos em cada local?
Se considerarmos que,
tradicionalmente as Seguradoras que protegem os Riscos patrimoniais recebem
quantidades de relatórios, fotos, filmagens e até vídeos de treinamentos de
brigadas de incêndio, como estão elas flexibilizando essa interação com o
Associado nessa fase crítica em que estamos passando.
Sabemos que a Industria 4.0 vem
avançando rapidamente e que lembrando que temos empresários com negócios de
pequenos, médios e grande porte, como ajustar tudo?
Começando a exemplificar do negócio
mais complexo, ao mais simples, pegamos a Industria 4.0.
O que é a Industria 4.0?
O termo Indústria 4.0 foi utilizado
pela primeira vez em 2011, durante a Feira de Hanover na Alemanha, como forma
de sintetizar as mudanças promovidas nos processos industriais através da
informatização. Isso significa dizer que, o negócio sofreu uma alta tecnologia
e que a informatização fez parte dessa transformação.
É possível que haja essa
transformação para fins de Inspeção de Risco?
Quando pensamos em transformação em
Inspeção de Risco, entendemos algo como informatizar e modernizar a forma e a
maneira de se transitar as informações, sem abolir a Inspeção Física e
presencial, mas de forma mais pontual, e direcionada.
Ao se realizar a Inspeção de Risco,
torna-se necessário entender a demanda da Seguradora e de comum acordo,
utilizar o que o mercado ou a própria Seguradora possuir, sistemas de
transferência de informações por tablet ou até mesmo celular, para cumprir
protocolos de informações que são em casos de Grandes negócios (riscos)
informações protocolares, como: Sistema de Combate a Incêndios, Situação da
Área de Utilidades como Caldeiras, Vasos de Pressão, Subestação Elétrica e
outros. A Seguradora obtém de comum acordo com o Segurado uma aprovação para
relatar tudo por fotos e questionários virtuais para que o máximo de informação
seja fornecida. As dúvidas serão sim palco de discussões virtuais com os
técnicos.
Surge a pergunta: Poderia ser dessa
forma em épocas como a da Pandemia para médios e pequenos negócios?
O negócio das Seguradoras é a
proteção do Patrimônio e a do Segurado é manter seu negócio, onde para isso,
deve haver consenso e flexibilização para que haja o mesmo tratamento para os
médios e pequenos negócios.
A ABGR tem observado no Mercado que
pela escassez de profissionais atuando em médias empresas e pelo fato de muitas
empresas não procurarem a associação, isso não permite que as mesmas possam ter
a informação ou até mesmo, que a entidade abra a discussão com as Seguradoras
em nome desse universo, para apoiar em discussões e formas de tratamento, pois
a aproximação ainda é tímida.
Entendemos que todas as Inspeções
de Riscos possuem questionários pré-estabelecidos e definidos onde, claro,
sempre há adicionais de informação e também, a complexidade de negócio para
negócio. Mas que a facilidade de se utilizar da prática tecnológica e virtual,
manteria o fluxo de negócio para a Seguradora equilibrado e permitiria oferecer
a todo o mercado custos equilibrados sendo que cada Segurado deve fazer a sua
parte.
Cabe ressaltar que os grandes
negócios e grandes empresas começaram pequenos e foram crescendo onde a maioria
que obteve sucesso foi de alguma forma Gerenciando Riscos. Vemos dessa forma
que, a associação se torna importante para que os pequenos e médios negócios
possam se aproximar da entidade entender como se beneficiar.
Autor: Marcelo D'Alessandro / Diretor Executivo da ABGR
Fonte: Revista Insurance Corp
Grandes riscos pode ter regras mais
flexíveis
Objetivo
é permitir que contratos sejam mais customizados
Fonte:
Valor Econômico
O
Valor Econômico informa que a Susep pretende mudar as regras dos seguros de
grandes riscos e permitir que os contratos entre as partes sejam mais
customizados. Diante desse lógica, na consulta pública sobre o assunto aberta
nesta segunda-feira, o regulador propõe que empresas de grande porte tenham
liberdade para fazer contratos de seguros, independentemente do ramo.
A
mudança preparada pela equipe liderada pela superintendente Solange Vieira faz
parte da criação de um novo marco regulatório do setor, que inclui, entre
outros planos, começar as discussões para a criação do open insurance a partir
do próximo ano. No caso dos grandes riscos, as mudanças são uma segunda fase da
alteração das regras de seguros de danos no Brasil. Até então, os massificados
e os grandes riscos possuíam as mesmas normas. Para os massificados, foi aberta
consulta pública em julho. O objetivo é criar uma diferenciação entre os dois
tipos, seguindo as regras internacionais.
O
alcance do seguro de danos no Brasil ainda é muito baixo em relação ao padrão
internacional e tem potencial para pelo menos dobrar somente com a
flexibilização das regras, na visão de Solange. Teremos uma taxa de crescimento
para grandes riscos e para massificados. Conversei com algumas empresas e todas
disseram que há uma demanda reprimida, afirmou a superintendente ao Valor.
Com a
nova consulta aberta para grandes riscos, a ideia é que o ramo de
responsabilidade civil (D&O) seja tratado como de grandes riscos,
considerando a lógica de que se trata de um contrato entre duas pessoas
jurídicas. Também estarão na lista os ramos de riscos de petróleo, riscos
nomeados e operacionais (RNO), global de bancos, aeronáuticos, stop loss,
nucleares e compreensivo para operadores portuários.
Para
os demais ramos, a Susep também estabeleceu na consulta que se o contratante
for uma empresa de grande porte o contrato de seguro também será classificado
como grandes riscos. Os critérios estabelecidos na consulta pública preveem,
para isso, o limite máximo de garantia (LMG) acima R$ 20 milhões. Será
considerado, ainda, se o contratante tiver ativo total superior a R$ 27 milhões
ou faturamento bruto anual de mais de R$ 57 milhões no exercício imediatamente
anterior.
A
Susep defende que nos seguros de grandes riscos, o porte econômico e a
capacidade técnica das partes demandam menos intervenção regulatória. Uma
empresa como a Petrobras possui um especialista em seguros e sabe sentar com a
seguradora e negociar as condições de um contrato. Para uma empresa pequena,
que não tem esses profissionais, o regulador estabelece mais regras, entre elas
as cláusulas do contrato para que não haja assimetrias, disse Solange.
Com a
flexibilização é possível estruturar produtos de forma mais ágil e menos
burocratizada. Poderemos fazer produtos de acordo com a necessidade de cada
cliente. Hoje ficamos engessados, afirmou o presidente da Pottencial
Seguradora, João Géo Neto.
Uma
das mudanças propostas é a não exigência do registro do seguro na
superintendência, que na visão da Susep dará mais agilidade e possibilitará
produtos feitos sob encomenda para grandes obras. É importante que o regulador
dê esse passo, e é com ele que criaremos a superintendência nos tribunais.
Hoje, a Justiça acaba lendo o contrato de grandes riscos numa visão de um
contrato massificado e aplicando questões ligadas a consumidores a um contrato
que é de pessoas jurídicas, afirmou Solange. Ainda há uma limitação para o uso
do seguro de grandes riscos em obras públicas, que permite que esse tipo de
seguro tenha cobertura de até 5% na obra. Há um projeto de lei em andamento
para aumentar esse patamar.
O
diretor-presidente da BMG Seguros, Jorge SantAnna, disse que os projetos em
discussão no governo, saneamento, transporte, 5G, gás e energia, podem demandar
investimentos da ordem de R$ 650 bilhões até 2023. E a necessidade de
capacidade de seguro garantia será da ordem de R$ 90 bilhões.
Para
ele, a aprovação do projeto de lei sobre o assunto é fundamental para
aproveitar os investimentos. A mudança nas regras da Susep é o primeiro passo.
É como se o regulador tivesse saindo um pouco e deixando os players definirem o
melhor tipo de produto entre si. Entre os próximos passos da Susep está o
anúncio das empresas selecionadas para participar do sandbox regulatório. O
regulador já começou a implementação do sistema de registro de operações (SRO),
que vai permitir colocar em prática a apólice eletrônica no Brasil.
O SRO
também é uma condição para começar a avançar no tema de open insurance. Eu
acredito que veremos que o produto, na ponta, para o consumidor vai cair muito
de preço. As seguradoras terão mais informações sobre seus segurados, afirmou
Solange. Um tema que ainda deve entrar no radar do regulador são os resseguros.
Em
paralelo às mudanças implementadas pela Susep, a Confederação Nacional de
Seguros (CNSeg) patrocina projeto elaborado em conjunto com as federações do
setor, FenSeg, FenaPrevi e FenaCap, com objetivo de aprimorar as regras de
investimentos dos ativos garantidores das provisões técnicas das seguradoras,
entidades abertas de previdência complementar, empresas de capitalização e
resseguradores locais.
Entendemos
que essa regulação pode ser mais baseada em princípios do que em regras. É um
debate que existe não só no Brasil mas globalmente, disse o diretor técnico e
de estudos da CNSeg, Alexandre Leal. Segundo ele, talvez não sejam necessários
limites tão rígidos como os atuais, o que na visão dele facilita o trabalho das
seguradoras e do regulador. Essas regras são regidas pela Resolução 4.444 e
competem ao Conselho Monetário Nacional (CMN).
Ações da Eletrobras têm nova alta com rumores
de avanço da privatização; Petrobras sobe com petróleo e IRB cai 5%
Confira
os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (24)
Fonte:
Info Money
SÃO
PAULO / Em um dia de ganhos para o Ibovespa em meio ao maior otimismo sobre o
tratamento da vacina do coronavírus, desaceleração dos casos da doença nos
Estados Unidos e à espera do pacote de medidas de Paulo Guedes, a ser anunciado
na próxima terça-feira, quem ganha destaque entre as altas é mais uma vez a
Eletrobras.
No fim
da última semana, foram destacados rumores de que o senador Eduardo Braga
(MDB-AM) poderia ser o relator do texto da privatização da companhia no Senado.
Ele já foi contrário a esse projeto de privatização em determinados momentos.
Assim, ele ser o relator poderia ser um sinal de acordo para o prosseguimento
da pauta.
A
Petrobras também vê as suas ações em alta, de mais de 1%. O petróleo registra
ganhos, de 0,87% para o WTI e de 1,06% para o brent, com os investidores
monitorando o movimento de duas tempestades tropicais na região do Golfo do
México, que podem trazer inundações para Louisiana, Mississippi e Texas.
Segundo o Bureau of Safety and Environmental Enforcement, as medidas tomadas
para proteção aos trabalhadores interromperam quase 58% da produção de petróleo
e 45% da produção de gás natural na região.
Entre
as maiores quedas, de cerca de 5%, estão as ações do IRB, que dispararam 12% na
última sexta-feira. Na noite da última sexta, por sinal, a gestora Squadra
destacou em nova carta que ainda enxerga uma ótima relação risco x retorno para
permanecer vendida nas ações da companhia.
Com um
desempenho pior do que o Ibovespa, também estão as ações das operadoras de
planos de saúde, após a ANS suspender reajuste por 120 dias.
Comércio do Rio teve o pior semestre da
história
CDL-Rio:
'apesar de institutos de pesquisa mostrarem recuperação em algumas cidades, no
Rio, o varejo não sentiu essa melhoria'.
Fonte:
Monitor Mercantil
O
comércio carioca registrou o pior semestre de todos os tempos, com queda de 27%
das vendas em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com
estimativa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do
Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio).
De
acordo com Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades, que juntas
representam mais de 30 mil estabelecimentos comerciais, depois de mais de 100
dias de portas fechadas por conta da pandemia, o comércio carioca ainda não deu
sinais de reação após a reabertura de suas atividades em 27 de junho.
Apesar
de institutos de pesquisa mostrarem uma tímida recuperação das vendas em
algumas cidades do país, aqui no Rio o comércio varejista não sentiu essa
melhoria. A forte redução no consumo, seja pela não circulação das pessoas,
seja pela queda generalizada do poder aquisitivo causada pelo desemprego e por
todos os fatores que tão dramaticamente afetaram não só a saúde financeira,
como a própria sobrevivência do comércio, continuam afetando diretamente o
setor, diz Aldo Gonçalves.
Dentre
os mais prejudicados, do ponto de vista da economia, estão os micros, pequenos
e médios empresários que se acham na linha de frente das grandes vítimas da
Covid-19, que passam por momentos dramáticos, lutando desesperadamente para
sobreviver. Além disso a crise econômica é anterior à pandemia. Revela-se no
elevado índice de desemprego, assim como na desordem urbana, na violência
resiliente, na proliferação de camelôs, nas sequelas da corrupção desenfreada
de governos anteriores, ressalta Aldo.
O
presidente do CDL-Rio e do SindilojasRio recorda que no acumulado do ano
passado as vendas recuaram 2,9% em relação a 2018 registrando resultados
negativos em todos os doze meses (janeiro (-3,2%), fevereiro (-3,8%), março
(-4%), abril (-3,6%), maio (-3,1%), junho (-3,8%), julho (-3,9%), agosto
(-2,1%), setembro (-2,2%), outubro (-2,3%), novembro (-1,2% e dezembro (-1,5%).
Mesmo em dezembro, mês do Natal e a data comemorativa mais importante, o varejo
carioca amargou queda de 1,5% nas vendas.
Ainda
segundo Aldo Gonçalves as perspectivas para esse ano também não são boas. O ano
de 2020 não será de boas lembranças nem para os setores produtivos, nem para a
sociedade como um todo. Todos estão sofrendo as consequências da crise
provocada pela pandemia. Neste cenário, o Rio de Janeiro foi um dos mais
atingidos, ao contrário da maioria dos estados, que experimentou alguma
recuperação. Não custa lembrar também que todas as datas comemorativas do
primeiro semestre desse ano registraram quedas. E mais recentemente, no Dia dos
Pais as vendas foram negativas, diz.
Já em
São Paulo, o Dia dos Pais ajudou a melhorar o movimento de vendas do comércio
paulistano na primeira quinzena de agosto.
A reabertura gradual também ampliou as opções de compra para o
consumidor e, com isso, o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São
Paulo (ACSP), registrou alta média nas vendas de 28,5% ante igual período de
julho.
Com
mais atividade e mais gente circulando, a data comemorativa acabou funcionando
como um motivador adicional de compras, explica Marcel Solimeo, economista da
ACSP.
Porém,
mais atividades funcionando e ampliação de 6 para 8 horas nos horários das
lojas devem beneficiar cada vez mais a retomada.
Confecções,
calçados e artigos de uso pessoal continuam apresentando menor recuperação, não
só pela limitação para provar roupas e calçados, mas também porque, com as
pessoas saindo menos, as compras por impulso são afetadas, lembra Solimeo.
A
expectativa agora é que São Paulo passe para a Fase Verde do plano de flexibilização,
o que deve ajudar a acelerar a recuperação, que ainda está bastante lenta, diz
Solimeo, que considera também que o consumidor continua cauteloso, em função da
perda de renda e da insegurança no emprego, o que faz com que esse crescimento
das vendas continue lento.
Porém,
mais atividades funcionando e ampliação maior dos horários das lojas devem
beneficiar cada vez mais a retomada.
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O PAÍS PRECISA DO SEGURO OBRIGATÓRIO DE
VEÍCULOS
No
final do ano passado, o Governo Federal desencadeou uma violenta ação contra o
DPVAT (danos pessoais causados por veículos automotores terrestres), o seguro
obrigatório de veículos. O grande momento do movimento foi uma Medida
Provisória que acabou caducando, seguida da redução do prêmio do seguro para
pouco mais de cinco reais por ano, quantia absolutamente insuficiente para
pagar os custos da operação, e que foi determinado para acabar com as reservas
técnicas do seguro obrigatório, como forma de compensar a não aprovação da
Medida Provisória.
Até
agora não se tem noção do que efetivamente desencadeou o ódio federal contra um
seguro que, entre secos e molhados, nos últimos anos vem prestando relevantes
serviços para a manutenção da paz social, indenizando mais ou menos
quatrocentas mil famílias anualmente.
É um
absurdo, mas a soma dos mortos e inválidos e dos custos médico-hospitalares
atinge perto de quatrocentas mil vítimas indenizadas pelo seguro obrigatório
todos os anos.
Mesmo
se aceitarmos a afirmação de que os valores das indenizações são baixos, ainda
assim o seguro faz sentido. Basta tomar o auxílio de seiscentos reais mensais
dado pelo governo para as pessoas mais pobres durante a pandemia do coronavírus
e compará-lo com os treze mil e quinhentos reais das indenizações por morte e
invalidez permanente do seguro obrigatório para ver que o DPVAT paga mais e
melhor, ou com menos burocracia.
Num
país com mais de cem milhões de pessoas próximas da linha de pobreza e com um
salário mínimo de pouco mais de mil reais, a indenização do DPVAT significa
para as famílias das vítimas dos acidentes de trânsito um ano com mais do que a
maioria destes cem milhões de brasileiros recebe.
Só
isto já justifica um seguro obrigatório com as características do DPVAT, entre
as quais as duas mais importantes são a não necessidade de culpa do motorista e
o pagamento, por um único bilhete, de todas as indenizações de danos corporais
decorrentes do acidente.
Não é
verdade a afirmação feita por agentes do Governo Federal de que o INSS e o SUS
suprem com vantagem a existência deste seguro. Se fosse assim, os hospitais não
cobrariam do seguro obrigatório os custos médico-hospitalares havidos com as
vítimas de acidentes de trânsito, nem metade do faturamento do seguro seria
destinada ao SUS.
Além
disso, o valor da indenização é pago em excesso dos direitos previdenciários
das vítimas e de suas famílias, quer dizer, não há compensação, mas
complementação, ou seja, mais dinheiro para as vítimas.
O
seguro obrigatório apresentava problemas de gestão e fraude? Para resolver os
primeiros não é necessário acabar com o seguro, mas tomar as medidas para
sanear os problemas. Já as fraudes, se praticadas para o recebimento das
indenizações, não são responsabilidade da Seguradora Líder, que tem a gestão do
seguro DPVAT, mas de polícia.
Não
está claro o que vai acontecer. Tem quem diga que o atual modelo do DPVAT está
com os dias contados. Que o produto ficou seriamente arranhado e sua
credibilidade, comprometida. Pode ser, mas o fato é que ele continua pagando as
indenizações e sendo essencial para a grande maioria das vítimas dos acidentes
de trânsito.
Assim,
ainda que o modelo atual esteja condenado, o conceito do seguro é bom,
eficiente e atende as necessidades de um país como o Brasil. A questão não é o
desenho do produto, mas, eventualmente, de redesenho de sua operação. O que
deveria ser discutido não é um seguro que paga com eficiência quatrocentas mil
vítimas de acidentes de trânsito todos os anos e que já chegou a contribuir com
mais de três bilhões de reais anuais para o caixa do SUS. O que está em jogo é
como este seguro funciona. Ele tem problemas que podem ser sanados? Pode ser
aprimorado? A formatação atual com apenas a Seguradora Líder do DPVAT fazendo
sua gestão não é bom? Muito bem, que se faça a revisão necessária ao seu
aprimoramento, mas para isto não é necessário desmontar uma infraestrutura
operacional que paga sinistros em todo o território nacional.
Fonte:
Estadão / Autor: Antonio Pentedo Mendonça
FURNAS desenvolve sistema pioneiro de
análise de riscos de empreendimentos de engenharia
Resultado
do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, que obteve a patente do Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), utiliza inteligência artificial para
identificar os riscos com antecedência
FURNAS
acaba de desenvolver em seu Centro Tecnológico de Engenharia Civil, em
Aparecida de Goiânia (GO), um pioneiro sistema de análise de riscos de
empreendimentos de engenharia, que obteve a patente do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (Inpi). Resultado do projeto de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) da ANEEL, com participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
a iniciativa utiliza inteligência artificial para identificar os riscos
antecipadamente, minimizando perigos como o rompimento de estruturas. A partir
da inserção de informações pelos usuários, o sistema de inteligência artificial
avalia riscos, probabilidades e impactos dos riscos. O objetivo foi a
elaboração de diversas metodologias de análise de riscos para empreendimentos
de geração e transmissão de energia. O sistema pode ser utilizado em qualquer
etapa da vida útil, como viabilidade, projeto, aquisição, construção e operação,
explica Flavio Sohler, coordenador do projeto e engenheiro da Gerência de
Serviços e Suporte Tecnológico de FURNAS.
Desenvolvido
durante três anos, o projeto teve um custo total de R$ 2,3 milhões. A
expectativa é que possa gerar economia de cerca de R$ 4 milhões por ano para a
empresa, a partir do contigenciamento de riscos. O sistema já foi apresentado
para os departamentos de projetos, construção e operação de FURNAS, além de
turmas de cursos específicos de análise de riscos para empreendimentos de
geração e transmissão de funcionários da holding Eletrobras e Chesf.
A
princípio, o sistema será utilizado internamente e, posteriormente, em
consultorias que avaliarmos conveniente. Existe, ainda, a possibilidade de a
partir da implantação do sistema e realização de cursos, buscar no mercado mais
receitas para a companhia, reforça Renato Cabral, gerente do Centro Tecnológico
de Engenharia Civil de FURNAS.
Particularidades
do projeto
Os
principais critérios analisados pela ANEEL para um projeto de P&D são a
originalidade, aplicabilidade, relevância, capacitação profissional, produção
técnico-científica, dentre outros. A originalidade é observada principalmente
pela inovação da proposta do sistema especialista de análise de riscos de
empreendimentos de engenharia não ser encontrado no mercado.
O
sistema é composto por 8 modelos de análise de riscos: Método Eletrobrás-Furnas
para barragens; Método LCI (Localização, Causa, Indicador); Método FMECA
(análise de criticidade do modo de falha e seu custo); Método ETA (análise de
árvore de eventos); Contingenciamento de custos; Matriz qualitativa de riscos;
Método baseado em monitoramento e Método FAHP (Processo Analítico Hierárquico
Fuzzy).
A
aplicabilidade é observada a partir dos resultados do sistema especialista, que
se aplicam a empreendimentos em qualquer etapa. Além disso, qualquer
concessionária de geração do setor elétrico que possua uma barragem, parque
solar, eólico, subestação ou linha de transmissão poderá utilizar os produtos
deste projeto. O módulo FMECA, por exemplo, poderá ser utilizado, com
resultados seguros, na avaliação de riscos do sistema de transmissão, para as
subestações e linhas, e para outros empreendimentos de engenharia.
A
relevância do resultado do projeto é concretizada pelo sucesso em identificar e
mensurar a expectativa de ocorrência de uma ameaça de risco. Também propicia
uma base transparente para que incertezas sejam quantificadas, propiciando a
eventual redução de gastos com seguros, conclui Flávio Sohler.
Fonte:
Revista O Setor Elétrico.
Situação pandêmica melhora, mas déficit
fiscal avança
Todas
as quintas, às 11h, em seu canal do Youtube, a Icatu Seguros traz lives com
debates sobre o cenário atual, a importância da proteção e do planejamento
financeiro com os principais gestores do país
Fonte:
Icatu / SonhoSeguro
Nesta
quarta-feira (20), a economista-chefe da Icatu Seguros, Victoria Werneck,
participou de live promovida pela seguradora para atualizar o cenário econômico
global e do Brasil. Na transmissão, a executiva relatou que, no geral, a
economia do mundo está com boas perspectivas e vem melhorando, sobretudo com a
retomada das atividades devido às fases de flexibilização dos governos, apesar
da imprevisibilidade sobre o controle da pandemia e as instabilidades do
momento, que ainda impactam os mercados e provocam déficit fiscal.
As
projeções do Fundo Monetário Internacional também foram debatidas na live. Para
2021, a entidade prevê um crescimento do PIB mundial na ordem de 44,4%, mas
para 2020 a expectativa é de queda de 4,9%. Hoje, as economias dos países
avançados têm sido mais afetadas do que as dos emergentes no que tange o
crescimento do PIB. A média de crescimento dos países emergentes é de -3% do
PIB. Dentro deste cenário, o Brasil tem uma expectativa de cair cerca de
6%. Nem a depressão de 1929 trouxe
tantos danos às atividades econômicas nessa ordem. A meta da inflação tanto na
Europa quanto nos Estados unidos é de 2% e está 0,4% e 1%, respectivamente.
Muito abaixo ainda, afirma Werneck.
Com
relação à taxa de desemprego, a executiva trouxe dados da Zona do Euro, que em
junho chegou a 7,8%. Nos Estados Unidos, em julho, foi 10,2%. Werneck lembrou
que, no Brasil, as oportunidades de emprego vinham crescendo. Em 2019, foram
criadas mais de 559 mil vagas, mas já no primeiro semestre de 2020, mais de 1,1
milhão postos de trabalho foram fechados. Segundo o IBGE, lembrou a economista,
a produção industrial caiu 10,9% entre janeiro e junho deste ano, sendo abril e
maio as piores quedas, registrando 27,8% e 21,9%, respectivamente. Mas está
melhorando, disse ela. O Banco Central indicou crescimento econômico com a
retomada das atividades, sobretudo em junho. Já a CNI mostrou que o índice de
confiança do empresário industrial apresenta melhora desde junho frente a forte
queda sofrida entre março e abril. Em agosto, o otimismo do mercado voltou.
PORTOS BRASILEIROS SE ADEQUAM À LGPD
Portos
criam comitês e firmam parcerias buscando o atendimento à nova política de
segurança de dados.
Prevista
para ser votada pelo Congresso Nacional no primeiro semestre de 2021, a Lei
Geral de Proteção de Dados (LGPD) já vem mobilizando os portos brasileiros.
Isso porque tanto organizações públicas quanto privadas estarão sujeitas à nova
lei, que prevê penalidades rigorosas em caso de violação de dados de terceiros.
Para tanto, as Autoridades Portuárias estão se dedicando especificamente a este
aspecto, criando comitês próprios de adequação à LGPD e até mesmo firmando
parcerias de inovação na área de segurança.
O
Comitê dedicado à LGPD criado pelo Porto de Suape vem trabalhando nos processos
de tratamento de dados em conformidade às exigências da nova lei. De acordo com
o porto, o grupo é formado por profissionais das mais diversas áreas da
empresa, como negócios, compliance, auditoria, jurídico, recursos humanos e
tecnologia da informação e comunicação. O comitê segue as determinações do
decreto do Governo do Estado de Pernambuco nº 49.265, de seis de agosto de
2020, que trata do assunto e tem um amplo planejamento. A ideia é preparar de
todos os colaboradores, sistemas e processos da de Suape para lidar com as
exigências da lei.
Segundo
informou o diretor administrativo financeiro da Companhia Docas do Rio de
Janeiro (CDRJ), Helio Szmajser, que desde fevereiro deste ano foi também
instituído o comitê multidisciplinar de segurança da informação. O objetivo é a
aplicação das medidas necessárias ao atendimento no normativo por meio do qual
estão sendo avaliadas possíveis adequações à política de segurança, à
infraestrutura de TI e aos processos internos da companhia. Além disso, vem
sendo realizada a contratação de uma empresa de consultoria especializada para
auxiliar nesse processo.
Szmajser
afirmou ainda que, paralelamente, a área de TI da CDRJ vem atuando em duas
frente: na otimização dos mecanismos de segurança e backup já existentes e
instruindo um processo de contratação que visa a aquisição de novos recursos de
hardware e software de proteção de dados.
A
Portos do Paraná afirmou que, considerando tratar-se de uma preocupação
compartilhada mundialmente, a empresa firmou, no último dia 10 de agosto, uma
colaboração técnica inédita com a Fundación Valenciaport. A fundação é um
centro de pesquisa, inovação e formação do setor logístico portuário, com sede
no Porto de Valência, na Espanha, mas com atuação em portos da Europa, América
Latina, Ásia e Oriente Médio.
Um dos
projetos que será executado dentro dessa parceria será o Port Collaborative
Decision Making (PortCDM). A proposta é de um novo modelo de gerenciamento das
operações marítimas em tempo real e entre todos os agentes envolvidos nas
operações de chegada e saída de navios. Além disso, serão abordadas questões de
segurança digital e tecnologia de proteção de dados. O Porto de Paranaguá foi
escolhido como piloto e será o primeiro da América Latina a desenvolver uma
plataforma nestes moldes, afirmou a Portos do Paraná.
De
acordo com a superintendente de Portos e Logística da THB Brasil, Simone Ramos,
a LGPD vai exigir uma grande transformação no sistema de proteção de dados no
Brasil. Portanto, sujeitas à lei, as organizações deverão realizar inúmeras
medidas, entre elas, a adequação das políticas internas, dos contratos e
procedimentos que envolvam tratamentos de dados pessoais, aos princípios
estabelecidos pela LGPD de segurança, prevenção e não discriminação.
Ela
destacou que a lei prevê sanções administrativas na hipótese de descumprimento.
Assim, medidas administrativas e técnicas deverão ser utilizadas para proteger
os dados pessoais de acessos não autorizados e procedimentos deverão ser
adotadas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados
pessoais.
A
segurança digital começou a ganhar o interesse dos portos junto com a
automatização das operações. Durante o ano de 2019, o Porto de Suape, por
exemplo, executou diversas medidas de elevação do nível de segurança sobre os
seus sistemas e sua infraestrutura de tecnologia, trabalho que tem sido
ampliado neste ano de 2020, sobretudo em razão da pandemia do novo coronavírus.
Foram instalados equipamentos e softwares para restringir o acesso externo e
interno, bem como aumentar as verificações de segurança sobre o uso de
aplicações e sobre o acesso à internet. Também foram adotadas novas regras de
uso de senha e melhorados os processos de cópias (Back Ups) das informações e
dos bancos de dados, como recurso para recuperação destes conteúdo.
No
entanto, Simone lembrou que no contexto da segurança cibernética, além da
inovação em novas tecnologias é importante também a aquisição de seguros contra
ataques de hackers. Segundo ela, o seguro irá reduzir perdas financeiras
causada por interrupção nas operações, danos à imagem ou reputação da empresa,
ação judicial envolvendo terceiros ou até mesmo extorsão por internet.
Ela
afirmou que muitas empresas no ramo de operações logísticas já estão começando
a colocar um sinal de alerta vermelho para este tema. De acordo com ela, o
efeito de uso da tecnologia aumentou o número de cyber ataques no cenário
atual. Há uma preocupação maior e muitas empresas estão revisando sua política
de gestão risco cibernético, identificando as vulnerabilidades, desenvolvendo
um planejamento de segurança mais robusta e considerando a contratação de
seguro cibernético, disse.
A
Portos do Paraná frisou que os protocolos de segurança digital nos portos são
constantes e realizados via Companhia de Tecnologia de Informação e Comunicação
do Paraná (Celepar). Até o momento nenhum dos portos tiveram registros de cyber
ataques.
Fonte:
Revista Portos e Navios
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