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Volta do Otimismo no Mercado

03, Dez. 2020

Indicador do setor mostra volta do otimismo

De acordo com o levantamento, 90% dos corretores acreditam que a economia ficará melhor ou estável nos próximos seis meses

Fonte: Sonho Seguro

O Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), medido através de pesquisa realizada pela Federação dos Corretores, a Fenacor, na última semana de novembro, indica que o mercado de seguros está mais otimista, seja em relação ao desempenho da economia, à rentabilidade e ao faturamento do setor. Foram entrevistados corretores de seguros, seguradores e resseguradores, informa o consultor Francisco Galiza.

De acordo com o levantamento, 90% dos corretores acreditam que a economia ficará melhor (45%) ou pelo menos estável (45%) nos próximos seis meses, enquanto 10% temem um quadro pior.

Já entre os seguradores, 55% enxergam um quadro favorável para o crescimento da economia no próximo semestre e 5% projetam, inclusive, um cenário muito melhor. Outros 22% trabalham com a possibilidade de uma estabilidade e 18% temem um agravamento, com queda na economia.

Tanto em relação ao faturamento quanto à rentabilidade do mercado, 40% dos corretores entrevistados projetaram um quadro de crescimento e 50% responderam que não deverá haver variações em relação ao cenário atual. Também neste caso, 10% demonstraram pessimismo, aguardando até mesmo queda do faturamento.

Os seguradores estão mais otimistas no que concerne ao faturamento, sendo que 68% acreditam em melhoria do quadro atual e 18% na estabilidade. Apenas 14% temem um cenário pior. Quanto à rentabilidade, as respostas dos seguradores foram mais conservadoras: 50% projetam estabilidade, 27% um crescimento e 23% queda.

Carrefour é multado em US$ 3,7 milhões por várias violações à GDPR Agência reguladora de proteção de dados da França multou a rede varejista em € 2,25 milhões e o Carrefour Banque, em € 800 mil

A matriz do Carrefour na França e seu braço financeiro foram multados em mais de € 3 milhões (o equivalente a US $ 3,7 milhões) pelo órgão regulador local de proteção de dados por múltiplas violações da GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) da Europa.

A agência reguladora de proteção de dados da França (CNIL) multou o Carrefour em € 2,25 milhões e o Carrefour Banque, em € 800 mil. Na verdade, a CNIL reduziu o valor da multa, pois levou em consideração as medidas corretivas que foram tomadas pela gigante varejista para resolver as infrações.

A lista de infrações que foram corrigidas abrangeu nove áreas-chave, de acordo com especialistas em conformidade da Cordery, empresa britânica especializada no gerenciamento e adequação a compliances. Segundo a empresa, as informações sobre proteção de dados do Carrefour eram muito complicadas e imprecisas e estavam ocultas em documentos extensos junto com outras informações. Também faltavam informações importantes sobre a retenção de dados.

Além disso, o uso de cookies era ilegal e a política para lidar com as solicitações dos titulares dos dados era muito restritiva. O Carrefour não cumpria também os prazos para responder às solicitações dos titulares dos dados e transferia dados sem ser totalmente transparente.

A CNIL afirmou que o período de retenção de dados de clientes por quatro anos, após a última compra, era excessivo. Além disso, considerou que havia informações insuficientes sobre as transferências de dados fora da União Europeia e a base jurídica para o processamento no site carrefour.fr.

Experian pode pagar multa de US$ 26 mi por suposta infração à GDPR União Europeia reconhece necessidade de aperfeiçoamento da GDPR

O fundamento de transferência de dados é especialmente interessante devido aos problemas com o colapso da Privacy Shield [acordo sobre a transferência internacional de dados pessoais] e o maior foco na transferência de dados usando cláusulas contratuais padrão, disse a Cordery.

Parece que os órgãos reguladores de proteção de dados também estão se concentrando no que as organizações estão dizendo em seus sites sobre as transferências de dados. Considere, portanto, revisar seu site para garantir que ele atenda aos padrões de transparência do GDPR, especialmente para atender ao padrão exigido com informações sobre transferências de dados, alertou a empresa.

O CNIL é um dos órgãos reguladores mais ativos da Europa. Foi o primeiro a aplicar uma grande multa após a introdução da GDPR, aplicada ao Google, no valor de € 50 milhões (o equivalente a US$ 60 milhões) por não notificar os usuários sobre como seus dados são usados.

Fonte: CisoAdvisor

Seguro rural: projeto-piloto para agricultura familiar tem adesão de 10 mil produtores

No total, foram aplicados cerca de R$ 38 milhões em subvenção para a contratação de apólices de seguro

Fonte: Agência Estado

A Agência Estado despacha que o projeto-piloto para estimular a contratação de seguro rural teve adesão de quase 10 mil produtores do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Foram aplicados cerca de R$ 38 milhões em subvenção para a contratação de apólices de seguro rural em 2020, o que representou uma área segurada de aproximadamente 282 mil hectares e um valor segurado de R$ 937 milhões, informa o Ministério da Agricultura.

As operações ocorreram para as culturas de milho 1ª safra, soja, banana, maçã e uva, no âmbito do Programa de Seguro Rural (PSR). Segundo o ministério, a iniciativa teve a participação de oito seguradoras que comercializaram apólices em 11 Estados do País.

O diretor do Departamento de Gestão de Riscos, Pedro Loyola, do Ministério da Agriculturas, disse na nota que 'ficamos contentes com os resultados alcançados, o número de interessados foi bastante significativo, isso demonstra que as contratações de seguro rural têm potencial para crescer junto a esse perfil de produtor, que em muitos casos ainda não conhece como funciona esse mecanismo de mitigação de riscos.

As contratações se concentraram nos Estados do Paraná (46%), Rio Grande do Sul (34%) e Santa Catarina (13%), mas também ocorreram nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins.

O projeto-piloto teve R$ 40 milhões disponibilizados para milho 1ª safra e soja e R$ 10 milhões para banana, maçã e uva. O porcentual de subvenção ao prêmio diferenciado (fixo) foi de 55% para milho 1ª safra e soja (55%) e 60% para as demais culturas.

Aves e suínos / O Ministério da Agricultura realizará na sexta-feira (4 de dezembro), às 15h, uma videoconferência do projeto Monitor do Seguro Rural, dedicada ao seguro rural das atividades de avicultura e suinocultura. O objetivo é avaliar e propor aperfeiçoamentos nos produtos e serviços ofertados pelas seguradoras, que estudam a criação de seguros para essas atividades com coberturas mais aderentes às necessidades dos produtores, informa o ministério. Para participar da videoconferência basta acessar o seguinte link da plataforma Teams na data e horário agendados: tinyurl.com/msravesesuinos

O seguro rural de aves e suínos ainda é incipiente no PSR. 'Será uma oportunidade de os produtores e técnicos dialogarem com as seguradoras para compreender o desenho de novos produtos de seguro rural que podem ser ofertados a partir de 2021', explica Pedro Loyola. Nesse caso, a subvenção é de 40% ao prêmio do seguro rural.

Justiça dá razão à seguradora em processo de R$ 1 bilhão

Fonte: CQCS

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro deu ganho de causa à seguradora Chubb, por três votos a zero, nesta quarta-feira (25 de novembro), ao julgar, em segunda instância, a ação movida pela Anglo American referente a um desmoronamento de uma parte do Porto de Santana, no Amapá, há sete anos.

A ação já havia sido julgada improcedente em primeira instância.

O valor inicialmente pretendido de indenização somava R$ 360 milhões, mas poderia chegar a R$ 1 bilhão (a preços corrigidos). “O desembargador Fernando Fernandy Fernandes, em seu voto, confirmou 100% a sentença bem como todas as teses que defendemos”, afirmou um dos advogados da seguradora, Fábio Torres.

Segundo ele, o novo julgamento foi excelente, pois os desembargadores acolheram todos os argumentos da defesa.

Torres acrescentou que os desembargadores consideraram a cláusula de exclusão por deslizamento aplicável e falaram claramente que a cláusula já fazia parte das apólices consecutivamente renovadas. Os desembargadores confirmaram a negligência grave e o agravamento intencional de risco, com objetivo de auferir mais lucros, e ainda reafirmaram que houve violação de normas técnicas, sendo mais uma exclusão da apólice aplicável ao caso, salientou o advogado, que trabalhou em conjunto com Sérgio Bermudes Advogados.

Como o CQCS noticiou, esse risco estava coberto pela Chubb, que negou a indenização, argumentando ter havido negligência da mineradora na armazenagem do minério.

A mineradora perdeu a ação há dois anos, quando o Tribunal acolheu os argumentos da seguradora.

ACIDENTE.

O sinistro ocorreu em março de 2013, quando o solo sob o porto se rachou e escoou para o leito do rio Amazonas, causando prejuízos.

Na época, a Itaú Seguros entrou com uma ação declaratória negativa, pedindo que a Justiça respaldasse sua decisão de não pagar indenização, enquanto a Anglo iniciou processo exigindo o pagamento.

No ano seguinte, a Itaú vendeu sua carteira de grandes riscos à seguradora Ace (hoje Chubb), que deu continuidade à disputa judicial.

O Porto de Santana data dos anos 1950 e fora vendido à Anglo American em 2008 pela MMX, do ex-magnata Eike Batista.

Golpe do seguro cresce 211% em estado brasileiro

Uma pesquisa da Ituran Seguros indica que golpes onde a pessoa forja ter sido roubada ou furtada para conseguir o valor integral pago pelas seguradoras tiveram um salto durante a pandemia. As informações são do site O Globo, em matéria publicada dia 29/11.

A pesquisa revela um aumento de 211%, só no Rio, durante o primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O estado foi o que apresentou o maior índice de casos, superando inclusive São Paulo, onde foi registrado crescimento de 95% nas suspeitas de fraudes. A cada 100 sinistros ocorridos, em pelo menos 11 houve indícios de fraude, de acordo com levantamento da Ituran, baseado em análises feitas em seus veículos 700 mil monitorados.

Em 27 de julho deste ano, um incêndio queimou, pelo menos, 30 mil metros quadrados da Reserva Biológica de Araras, em Petrópolis. Segundo a Polícia Civil, Heli Barroso Martins, de 65 anos, decidiu dar sumiço ao próprio carro ateando fogo nele para receber o prêmio da seguradora.

Também de acordo com o Globo, a repercussão no caso do homem que cometeu o desastre ambiental ao tentar aplicar o golpe surtiu, pelo menos, um efeito positivo. Os registros suspeitos de golpe no seguro praticamente acabaram em Itaipava.

Fonte: CQCS

O que esperar de 2021

Marcos Couto, CEO da Alper Consultoria em Seguros

Fonte: Sonho Seguro

A série O que esperar de 2021, visa trazer um pouco de luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, Marcos Couto, CEO da Alper Consultoria em Seguros, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:

Quais as tendências da empresa e do setor para 2021?

Falar de 2021 é quase que precoce, apesar de estar tão próximo.  Mas, tentar acertar quais os desdobramentos e impactos é difícil, é natural que queremos que as coisas melhorem, as vacinas avancem, que a contaminação esteja sob controle, que as pessoas voltem às suas rotinas, seus negócios, mas o cenário ainda é bastante incerto. Eu sou otimista, e espero um 2021 mais positivo.

Acredito, que o que possa garantir um ano menos tumultuado, é se manter alerta, atento, na vanguarda, querendo entender que não estamos no controle. Este ano mostrou bem que não estamos no controle, que precisamos ir nos adequando um dia de cada vez.

Mesmo diante de todas as incertezas, nós buscamos continuar preparando a empresa para todos os tipos de desafios. Uma das estratégias foi o forte investimento em soluções digitais. Este ano mostrou que cada vez mais a transformação digital veio para ficar e quem não estiver preparado para esse mudança pode perder a oportunidade de crescer. Continuamos com uma cultura muito forte de cuidar de patrimônios e pessoas, investindo e focando nisso diariamente, com disciplina e determinação. 

Como descreve o ano de 2020?

Como um ano extremamente desafiador. Logo no começo fomos surpreendidos por uma pandemia global sem precedentes. Todos os planejamentos previstos por empresas e pessoas tiveram que ser repensados e, se por um lado trouxe um certo temor, por outro, também foi um ano de se reinventar.

Qual o impacto da pandemia na empresa?

Como todas as empresas, fomos surpreendidos e tivemos que rever nossa estratégia. Mas, somos uma corretora diversificada, com atuação em diversos segmentos e com produtos próprios, isso foi um importante diferencial neste momento. Enquanto alguns apresentaram maior dificuldade de recuperação, outros tiveram uma performance surpreendente e, com isso, conseguimos mitigar alguns impactos.

Por exemplo, no segmento de saúde nos fomos pioneiros com o lançamento da plataforma própria de healthtech Dr. Alper, com telemedicina. Lançamos o produto no início do ano e ele teve um crescimento exponencial em razão da pandemia. Ao longo do ano, disponibilizamos outras soluções na plataforma, como atendimento psicológico, gestão de saúde e outros features. Tivemos a sensibilidade de disponibilizar esse serviço para toda a nossa base de clientes, independente do plano de saúde, nosso objetivo foi ajudar as pessoas a passar por esse momento difícil.

Quais as áreas mais afetadas?

Buscamos identificar quais áreas poderiam ser mais afetadas, ser ágil e transparente nas medidas para reduzir os impactos, sempre buscando manter a qualidade dos serviços prestados. Mesmo assim, destacamos três áreas que tiveram maior dificuldade ao longo do ano, por fatores externos.

Seguros de fiança locatícia – devido a queda de renda, muitos locatários entraram em negociações com o proprietário que acabaram abrindo mão dessa garantia para manter o imóvel alugado.

Seguros massificados, pela característica de distribuição pelo canal do varejo, foram duramente impactados, uma vez que a grande maioria das lojas permaneceu quase que completamente fechadas. Seguro Auto Individual/ pessoa física, com a queda na venda de veículos e o menor uso de aplicativo de transportes esses produtos foram diretamente afetados.

O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor?

Assim como a maioria das empresas, tivemos que repensar o nosso modelo de atendimento que era 100% presencial. Com isso, fizemos uma revisão completa da política de trabalho do nosso time e implementamos sistemas para garantir o contato com o cliente de forma estruturada. A nossa área de relacionamento ficou ainda mais perto de cada cliente, mesmo que de modo virtual, para entender as suas necessidades e, assim, desenvolver  soluções adequadas a cada problema. Por exemplo, o seguro cyber passou a ser uma realidade para todas as empresas. O trabalho home office mostrou o quanto as empresas estavam expostas a riscos e, neste sentido, a nossa equipe ajudou os clientes a identificarem seus pontos fracos e a contratarem o produto mais adequado a sua necessidade. Acredito que a maior mudança é que  o relacionamento ficou mais próximo, passamos a desenvolver produtos e serviços conforme a demanda.

O atendimento a pessoa física também mudou, tornou-se ainda mais humano. As pessoas não querem só falar com os robôs, elas precisam de uma voz amiga e, neste sentido, mais uma vez o Dr. Alper fez uma grande diferença.

WEBINAR

LGPD nas Relações Trabalhistas: Aspectos Tecnológicos e de Seguro

Defina seu lembrete: https://www.youtube.com/watch?v=vCejoYqxurM&feature=emb_title    / Dia 8/12, terça-feira, às 17h.

PARTICIPANTES

Ana Lúcia Pinke Ribeiro de Paiva

Sócia e Head da área Trabalhista de Araújo e Policastro Advogados, possui larga experiência no segmento, tanto em consultoria como no contencioso em empresas nacionais e do exterior, em seus 24 anos de atuação. É graduada em Direito e pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho, ambas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) e é Mestre em Direito do Trabalho pela PUC-SP. É palestrante e autora de diversos trabalhos e artigos relacionados ao seu campo de atuação e, inclusive, do livro "Contrato Internacional de Trabalho: Transferência de Empregados". Tem sido reconhecida nos últimos anos como uma das advogadas de destaque no Brasil na área trabalhista, por publicações nacionais e internacionais, tais como a Latin Lawyer 250, Leaders League, The Legal 500 Latin America, Chambers Latin America e Análise Advocacia.

Bruno Amorim

Sócio Diretor da Assertiv, corretora especializada em Riscos e Benefícios, Bruno é economista pela Universidade de São Paulo (USP) e realizou diversos cursos de extensão e especialização em Riscos e Seguros nos EUA e Inglaterra. Atua desde 2001 na área de Seguros para Riscos Financeiros e Profissionais (D&O, E&O, Cyber, M&A, Crédito e Garantia) e desenvolveu sua carreira em Seguradoras, Resseguradoras, Corretoras e Fundos de Private Equity Internacionais, como AIG, Zurich, Marsh, Aon e MPV.

Davis Alves

Presidente da ANPPD, Data Protection Officer (DPO), Chief Information Security officer (CISO- ISO 270001 Professional, ITIL®? Expert, System Administrator (ICS MCSA*), Ethical Hacker, Cyber Security & Cloud Computing Certified.

Acessem as edições mais recentes das Revistas do Setor de Seguros:

https://www.revistaapolice.com.br/2020/11/edicao-260/ 

https://www.revistacobertura.com.br/revista/revista-cobertura-226/ 

https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-162/ 

http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed32_2020.pdf 

http://cadernosdeseguro.funenseg.org.br/secoes.php?edicao=197 

https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/10/212web.pdf 

Desafios do gás natural persistem no país

Setor precisa de avanços em temáticas como demanda, regulação e infraestrutura

Fonte: Canal Energia

O novo mercado de gás natural no Brasil, apesar de promissor, ainda vai demandar desafios para que ele atinja um ponto de amadurecimento e deslanche. Em painel sobre a abertura do mercado de gás realizada nesta terça-feira, 1º de dezembro, durante a Rio Oil & Gas, Ieda Gomes, Senior Visiting Research Fellow no Oxford Institute for Energy Studies, lembrou que a demanda no Brasil está bastante atrelada a indústria, já que o consumo residencial e comercial são pequenos e ainda não se intensificaram. “Nossa demanda não chega perto da argentina, que é muito maior”, explica.  A área de energia, que se apresenta como uma espécie de âncora da demanda do gás, pode se beneficiar do incremento das renováveis, mas luta com a flexibilidade das usinas.

Ainda de acordo com ela, há um desafio duplo para a indústria do insumo no país, que é o da aceleração da transição da mudança climática e as barreiras domésticas. O Brasil responde por apenas 1% da demanda mundial de gás e é 1,3% das emissões de CO2. Ieda Gomes projeto que a demanda pode duplicar até 2029, mas que a regulação terá que sofrer alterações que possibilite esse cenário. Há a necessidade de expansão do gasodutos, por ser provável que a malha atual esteja saturada em 2025. Sobre o tempo do gás natural do país, a pesquisadora lembrou que os impactos da liberalização não deverão ser imediatos, uma vez que na Europa e no Reino Unido levou de 12 a 20 anos. Durante o painel, ela salientou que o insumo também deverá lidar com o processo de descarbonização e com o aumento de veículos elétricos no mundo. Ela vê o GNL com papel preponderante para o setor elétrico, além de destaque para o gás boliviano e o gás doméstico produzido pela Petrobras no Sudeste.

Classificando o gás natural com a ‘reserva estratégica’ do setor elétrico brasileiro, Lazslo Varro, Economista-Chefe da IEA, alertou para desafios que o ambiente regulatório vai trazer ao setor. Segundo Varro, refletir a complexidade geográfica do país no desenho das tarifas de gasodutos, a alocação de capacidade com uma demanda bastante incerta e interações entre a  segurança energética e as políticas estruturantes do gás deverão estar em observação.

O secretário-executivo adjunto do Ministério de Minas e Energia, Bruno Eustáquio, que também participou do painel na Rio Oil & Gas, lembrou que o governo vem buscando tornar o mercado de gás mais plural e  competitivo. A Petrobras tinha amplo domínio de várias etapas da cadeia e as distribuidoras são na sua maioria estatais estaduais. Eustáquio também citou a malha de infraestrutura insuficiente e a concentração na oferta e na demanda, que faz o país passar por um desafio. Ele aposta no gás da camada pré-sal para trazer mais competitividade ao mercado.

A lei que institui o novo mercado do gás foi aprovada na Câmara dos  Deputados, mas ainda precisa de aprovação do Senado.

Vale Investe R$ 4 Bi para modernizar o complexo de Tubarão

Em busca de mais eficiência competitiva e também ambiental, o Porto de Tubarão, em Vitória, passará por investimentos importantes para se modernizar e ficar mais tecnológico. A mineradora Vale, controladora do complexo, prevê investir R$ 2,4 bilhões até 2025 apenas na área portuária e R$ 1,6 bilhão no restante dos negócios da companhia no Estado, com a estimativa de gerar cerca de 1,5 mil empregos em cada ano das obras.

A informação foi divulgada pelo gerente de engenharia e projetos de capital do complexo portuário de Tubarão, Renato Gomes Souza, em live promovida pelo Grupo Permanente de Acompanhamento Empresarial do Espírito Santo (GPAEES) no início do mês de outubro.

Segundo a mineradora, serão implementados 197 projetos nos próximos anos, mais da metade deles na área de transporte de minério e de gestão hídrica. Pelo menos um quarto dessas obras já está em andamento, segundo o representante da Vale.

Ao todo, a empresa vai investir R$ 4 bilhões no Complexo de Tubarão sendo que 60% ocorrerá na área portuário. Já 23% serão alocados na pelotização, 17% em intervenções para preservação do meio ambiente e 1% na Estrada de Ferro Vitória a Minas.

No porto, estão previstos a implantação de 156 mil m² de pavimentação e sistema de drenagem, além do fechamento de 40 km de correias transportadoras de minério.

Segundo a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, a movimentação nos sete berços do complexo apresentou queda significativa nas exportações, em 2019, fruto da tragédia em Brumadinho, que reduziu a oferta de minério de ferro.

O volume de carga enviada ao exterior passou de 103,91 milhões de toneladas, em 2018, para 76,35 milhões de toneladas em 2019. Em 2020, os dados parciais apontam para a venda de 30,67 milhões de toneladas.

Além de minério in natura e de pelotas, a Vale também movimenta no complexo portuário cargas gerais, como fertilizantes, milho, soja e combustíveis.

Fonte: A Gazeta

Seguros de Grandes Riscos, um mercado em evolução

Thisiani Martins, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Grandes

Riscos da FenSeg, analisa o crescimento e as transformações dos Seguros de Grandes Riscos

Assista no Youtube: (1) FenSeg - Thisiani Martins - YouTube