Que Tenhamos Um Ano Novo Com Esperança
29, Dez. 2020
2021 deve ser menos volátil, mas com muitas incertezas
Fonte: CNseg / Sonho Seguro
Há muito para avaliar, como a retomada do setor de
serviços, inclusive diante da adoção mais clara do trabalho remoto, bem como o
impacto disso na produtividade do país, levando-se também em consideração o
elevado índice de desemprego, diz Pedro Simões
2020 termina com as tradicionais revisões dos analistas
na coleta de projeções feitas pelo Banco Central para a divulgação do Boletim Focus às
segundas-feiras. Neste último boletim do ano, a mediana das projeções do
mercado para o crescimento da economia brasileira em 2021 voltou a subir, de
3,46% para 3,49%. A mediana das expectativas dos economistas do mercado para a
inflação oficial em 2021 caiu, de 3,37% para 3,34%.
Segundo Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de
Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras, a principal revisão
foi o aumento da projeção para a taxa de juros básica, a Selic, com algumas
casas projetando uma alta para além dos 3% ao longo de 2021. O aumento está em
linha com as expectativas. A inflação projetada em 3,34% ainda gera um juro
real negativo, o que não parece ser compatível com a atual situação fiscal do
Brasil por um longo período, comentou.
Simões acredita que apesar do maior pessimismo com o
começo do ano que vem, por conta da aceleração da pandemia em vários países, o
quadro geral de incerteza permanece. A incerteza se reduziu, mas com desfecho
negativo, com a concretização da segunda onda da pandemia, mas houve também
definições positivas, como a aprovação do pacote emergencial dos EUA nesta
semana por Donald Trump, de estímulos de US$ 900 bilhões, o que deve
impulsionar a economia americana nos próximos meses. O que acontecer por lá
determinará a política monetária do Fed e, consequentemente, a política
monetária do mundo inteiro, destaca o economista da CNseg.
Agora temos outras incertezas sobre como o efeito do fim
do auxílio emergencial em 2021. O estado de calamidade caduca neste ano e o
orçamento do governo para 2021 nem foi votado e não será até a volta do
Congresso para votação, avalia.
Simões acredita que 2021 promete ser menos volátil que
2020, mas será preciso acompanhar os indicadores dia a dia, não só pelo timing
em que a solução para a Covid-19, a vacinação, será implantada mas também pelos
impacto na economia que virão após. Há muito para avaliar, como a retomada do
setor de serviços, inclusive diante da adoção mais clara do trabalho remoto,
bem como o impacto disso na produtividade do país, levando-se também em
consideração o elevado índice de desemprego.
IRB Brasil Re registra perda de R$ 23,8 milhões em
outubro
Fonte: Sonho Seguro
Os prêmios emitidos em outubro chegaram a R$ 692,9
milhões, alta de 17,9% em relação ao mesmo período de 2019. Desse total, R$ 370
milhões foram emitidos nas operações brasileiras e R$ 322,9 milhões, fora do
País
O IRB Brasil Re fechou o mês de outubro de 2020 com
prejuízo líquido de R$ 23,8 milhões. De acordo com a companhia, o resultado negativo
foi causado por maiores provisionamentos na carteira internacional de vidas, em
um impacto único. O IRB afirma que os números de outubro também foram
influenciados pela transferência/venda de portfólio de sinistros do segmento
rural. Sem estes impactos, a empresa teria registrado lucro líquido de R$ 110,3
milhões.
De acordo com dados do Formulário de Informações
Periódicas (FIP) referente a outubro enviado pelo IRB à Superintendência de
Seguros Privados (Susep), os prêmios emitidos em outubro chegaram a R$ 692,9
milhões, alta de 17,9% em relação ao mesmo período de 2019. Desse total, R$ 370
milhões foram emitidos nas operações brasileiras e R$ 322,9 milhões, fora do
País. O crescimento no Brasil foi de 18,2% no espaço de um ano, e no exterior,
de 17,7% no mesmo período.
A sinistralidade total do IRB foi de 82,1% em outubro.
Sem os efeitos não-recorrentes, o número teria sido de 59,4%. As despesas de
sinistro foram de R$ 347,5 milhões, sendo que R$ 159,3 milhões vieram com o
provisionamento extra na carteira de vidas. O índice de sinistralidade ficou
abaixo do observado no trimestre encerrado em setembro. Naquele período, de
acordo com o IRB, a sinistralidade total foi de 96,2%. Nos nove primeiros meses
de 2020, ficou em 104,2%. O IRB acumulou prejuízo de R$ 901 milhões entre
janeiro e setembro.
O resultado de ‘underwriting’ ou subscrição do IRB em
outubro foi negativo em R$ 43,6 milhões, sendo que sem os impactos de
transferência de carteira e provisões, teria ficado positivo em R$ 90,5
milhões. O ressegurador afirma que não houve impacto material em decorrência da
descontinuidade de negócios e que por isso, os resultados refletem dados
consolidados.
Brasileiro que comanda seguradora Mapfre na América do
Sul deixa o grupo
Fonte: O Estado de S. Paulo
O Estadão registra que o CEO da seguradora Mapfre na
América do Sul, Marcos Eduardo Ferreira, está de malas prontas para deixar o
conglomerado espanhol. O desembarque ocorre após quase 32 anos de casa e por
decisão pessoal.
Ferreira chefiava a operação da Mapfre na América do Sul
desde janeiro de 2017, de Bogotá. A região compreende Argentina, Chile,
Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai, sendo que o Brasil fica
de fora.
Com a decisão, Ferreira volta ao Brasil e fica na Mapfre
até 31 de dezembro. Nos últimos meses, apoiou o processo de sucessão. Nas mais
de três décadas de Mapfre, passou por vários cargos, inclusive de CEO da Mapfre
Seguros no Brasil na sociedade da espanhola com o Banco do Brasil.
Ferreira deve tirar um ano sabático em 2021. Em seu
lugar, a Mapfre escalou o CEO da seguradora no Peru, Renzo Calda.
Plano de fusão para criar a maior Corretora do mundo
enfrenta investigação
Fonte: CQCS
A oferta de 30 bilhões de dólares que a Aon fez para a
Willis Towers Watson com o objetivo de criar a maior corretora de seguros do
mundo está enfrentando uma investigação de cinco meses após reguladores da UE
se mostrarem preocupados com a possibilidade do negócio prejudicar a
concorrência nos principais mercados. As informações são do UOL, em matéria
publicada dia 21/12.
A Comissão Europeia disse que o acordo pode reduzir
significativamente a concorrência nos mercados de serviços de corretagem de
risco comercial, corretagem de resseguro e fornecimento de serviços de
aposentadoria e saúde e bem-estar para clientes comerciais.
Também foi citado pela reportagem que os serviços de
corretagem para grandes clientes multinacionais em propriedades e acidentes,
financeiro e profissional, crédito e risco político, cibernético e marítimo,
bem como clientes na indústria de manufatura espacial e aeroespacial seriam os
mais afetados.
A investigação da UE também vai examinar a prestação de
serviços de corretagem de resseguros e a prestação de serviços de reforma e
saúde e bem-estar. O responsável pela concorrência da UE fixou a data de 10 de
maio para sua decisão.
EDP acerta compra de 40% da Blue Sol Participações
Compra de empresa que atua em GD solar reforça interesse
de crescimento nessa modalidade de negócios
A EDP anunciou em comunicado ao mercado nesta
segunda-feira, 28 de dezembro que no último dia 23 de dezembro assinou acordo
de investimento para aquisição de participação minoritária de até 40% do
capital social votante da Blue Sol Participações. O acordo prevê ainda a chance
de adquirir o seu controle após três anos e meio da conclusão da operação. A
EDP aponta que a aquisição reforça o compromisso de investimento no segmento de
GD solar como uma das vertentes de crescimento.
No comunicado, a EDP diz que o que motivou a compra foi o
acesso a uma rede de franquias em expansão, que vai dar capilaridade em vendas
para o segmento B2C, assim como ter uma opção de crescimento acelerado de
vendas e a criação de uma plataforma de expansão capaz de servir o cliente em
todos o país.
A Blue Sol tem 12 anos de atuação na geração distribuída
solar para o mercado B2C. O seu modelo de negócios inclui franquias e soluções
desde a concepção do projeto até o fornecimento de equipamentos, instalação e
auxílio no processo para viabilizar a conexão com a distribuidora. Atualmente,
a Blue Sol possui uma rede de 34 franquias distribuídas em 16 estados e atende
clientes em todo o território nacional. Em 2020, a empresa vendeu mais de 17,5
MWp de potência, tendo faturamento de R$ 65 milhões e acumula 50MWp instalados
no período entre 2015 e 2020. A compra ainda está sujeita a determinadas
condições e expectativa é que a operação seja finalizada no primeiro trimestre
de 2021.
Fonte: Canal Energia
Itaú Unibanco obtém aval para importar e exportar energia
Comercializadora da instituição financeira poderá comprar
e vender energia do Uruguai e Argentina até 2022
O Ministério de Minas e Energia autorizou a
comercializadora do Itaú Unibanco importar e exportar energia da Argentina e do
Uruguai, com destinação ao mercado de curto prazo brasileiro em medida que vale
até 31 de dezembro de 2022. Conforme a Portaria nº 458, publicada no Diário
Oficial da União na última quinta-feira, 24 de dezembro, a operação da
Argentina deverá vir das estações conversoras de frequência de Garabi I e II,
até 2.200 MW, além da conversora de Uruguaiana, até 50 MW de potência e
respectiva energia.
Já a energia do Uruguai deverá preceder das conversoras
de Rivera, até 70 MW de potência e da estação de Melo, até 500 MW. A portaria
ainda afirma que a importação do Uruguai deverá ser precedida de autorização ou
contato para o uso das respectivas instalações de transmissão.
Fonte: Canal Energia
Mercado de Trabalho Encolhe
Taxa de desemprego no Brasil vai a 14,3% em outubro, diz
IBGE; número de desempregados chega a 14,1 milhões
A estimativa, segundo consenso Refinitiv, era de alta
para 14,7%, ante dado anterior de setembro de 14,6%
Fonte: Equipe InfoMoney
O desemprego no Brasil foi para 14,3% no trimestre
encerrado em outubro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (29)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número ficou melhor do que o esperado. A estimativa,
segundo consenso Refinitiv, era de alta para 14,7%, ante dado anterior de
setembro de 14,6%.
O número de pessoas desempregadas chegou a 14,1 milhões
no trimestre encerrado em outubro, aumento de 7,1% em relação ao trimestre
terminado em julho, o que representa 931 mil pessoas a mais à procura de
emprego no país. Com isso, a taxa de desocupação de 14,3%, um crescimento de
0,5 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre encerrado em julho.
Além do aumento no número de pessoas à procura de
emprego, houve alta de 2,8% na população ocupada, que chegou a 84,3 milhões de
pessoas. “Esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno
das pessoas que estavam em afastamento. Nesse trimestre percebemos uma redução
da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de
pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da
procura por trabalho”, explica a analista da pesquisa Adriana Beringuy.
Ao longo do ano, acompanhamos a expansão da população
fora da força de trabalho, de pessoas se retirando do mercado de trabalho, e
nesse momento percebemos o retorno de parcela desses trabalhadores, completa.
Apesar do aumento no número de pessoas ocupadas frente ao
trimestre anterior, ainda há queda na ocupação e aumento na população fora da
força quando a comparação é feita com o mesmo período de 2019.
Se compararmos com o mesmo trimestre do ano anterior,
temos uma população ocupada que é menor em quase 10 milhões de pessoas e um
aumento de 12 milhões na população fora da força. Então esse pode ser um início
de uma recomposição, mas as perdas acumuladas na ocupação durante o ano ainda
são muito significativas, afirma.
A analista acrescenta que a maior parte do aumento no
número de ocupados veio do trabalho informal, que soma os profissionais sem
carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem
CNPJ (empregadores e por conta própria) ou sem remuneração (auxiliam em
trabalhos para a família).
O número de empregados sem carteira assinada no setor
privado aumentou 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a 9,5 milhões. Já
o contingente dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ cresceu em 918 mil
no trimestre encerrado em outubro. Esses dois contingentes são importantes no
trabalho informal. Dessa expansão da população ocupada de 2,3 milhões no total,
89% são de trabalhadores informais. Isso mostra que essa retomada da ocupação
está sendo puxada pelo trabalhador informal, principalmente o trabalhador sem
carteira do setor privado e o conta própria sem CNPJ, diz.
Com isso, a taxa de informalidade chegou a 38,8% da
população ocupada, o que representa 32,7 milhões de trabalhadores informais no
país. No trimestre anterior, essa taxa foi de 37,4%. Já o nível da ocupação
ficou em 48%, ou seja, apesar do aumento de 0,9 p.p frente ao trimestre
anterior (47,1%), menos da metade da população em idade para trabalhar está
ocupada.
A pesquisa também aponta estabilidade do rendimento médio
real habitual (R$ 2.529) e da massa de rendimento real (R$ 207,9 bilhões)
frente ao trimestre anterior.
Economia do Brasil, que já foi a 6ª do mundo, cairá para
13ª em 2021
A economia do Brasil, que já foi a 6ª maior do mundo, e
aspirava o 5º lugar, deve cair para a 13ª posição em 2021, um degrau abaixo da
provável colocação no ranking de 2020. A projeção consta no estudo World
Economic League Table 2021, feito anualmente pelo Centre for Economics and
Business Research (CEBR).
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ocupou a 6ª
posição no ranking mundial em 2011, após ultrapassar o Reino Unido, e o país
caminhava para o 5º lugar. Porém, a desvalorização do dólar, a queda nos preços
das commodities e, principalmente, a crise agravada pelas políticas
ultraneoliberais levaram a economia ladeira abaixo: 9º, em 2015, e 12º, em
2020, ultrapassado por Rússia, Coreia do Sul e Canadá. Em 2021, o PIB da
Austrália também deve superar o do Brasil.
A recuperação será longa. Somente no final da década, em
2030, o Brasil deve retornar à 8ª posição no levantamento, mas voltará a cair
até 2035, para o 9º posto. Ou seja, 20 anos sem sair do lugar em relação aos
demais países.
Enquanto isso, a previsão é que a economia chinesa supere
a dos Estados Unidos em 2028, cinco anos antes das previsões anteriores do
CEBR. A Índia, depois de ultrapassar o Reino Unido em 2019, perderá a posição
em 2020, mas voltará ao 5º lugar em 2025 e deverá chegar ao posto de 3º maior
PIB do mundo por volta de 2030.
O CEBR calculou que o efeito da pandemia teve um custo no
PIB mundial de US$ 6 trilhões. A previsão é de uma forte recuperação econômica
em 2021, com um crescimento do PIB mundial de 3,4%, embora apenas em 2022 a
economia do planeta ultrapassará o nível de 2019.
No Brasil, o estudo ressalta que o mercado de trabalho
nunca se recuperou da recessão de 2015/16, e a pandemia de 2020 apenas piorou a
situação. A taxa de desemprego aumentou de forma constante de 6,8% em 2014 para
11,9% em 2019 e deverá alcançar 13,4% em 2020.
Um problema que afetará o mercado de trabalho do Brasil à medida que emergir da recessão nos próximos anos é a fraca produtividade, que o país sofre como resultado de um ambiente de negócios pobre e um sistema tributário distorcido.
Acesse as edições mais recentes das Revistas do Setor de Seguros:
https://www.revistaapolice.com.br/2020/11/edicao-260/
https://www.revistacobertura.com.br/revista/revista-cobertura-226/
https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-162/
Revista-InsuranceCorp-ed33.pdf - Google Drive
http://cadernosdeseguro.funenseg.org.br/secoes.php?edicao=197
https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/10/212web.pdf
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