QUAL O PIOR RISCO?
05, Jan. 2021
A pandemia do
coronavírus custa uma fortuna por dia. Até agora, bilhões de dólares já foram
perdidos apenas com as empresas que fecharam. Se somarmos todas as atividades
econômicas que deixaram de existir ou tiveram uma queda acentuada, são outros
bilhões de dólares. Se somarmos o custo do desemprego temos de novo esta ordem
de grandeza. E se levarmos em conta os custos sociais decorrentes do
empobrecimento e do aumento da miséria, teremos, de novo, alguns bilhões de
dólares. A soma de bilhões de dólares com bilhões de dólares tem como resultado
muitos bilhões de dólares. E estes são os custos diretos. Quanto foi gasto em
pesquisa, boa parte sem resultados animadores, ao redor do planeta?
Desde a Segunda
Guerra Mundial o mundo não vive uma época como esta, com custos gigantescos
desequilibrando países, quebrando empresas, empobrecendo bilhões de pessoas,
reduzindo o comércio internacional e com um vírus matando sem compaixão, como é
o caso do coronavírus.
O ser humano se
defende como pode. Nunca na história da humanidade a busca por uma vacina
atingiu patamares vagamente semelhantes ao que se vê hoje. E, com um pouco de
sorte, o esforço será compensado. Alguns países começam a vacinação em massa de
suas populações, mesmo as vacinas existentes não estando completamente
aprovadas. O uso emergencial da vacina faz sentido.
Ainda que seu
poder não seja o ideal, algum benefício ela trará, nem que seja a redução da
velocidade de contaminação e da taxa de mortalidade.
Mas, se o médio
prazo tem fortes chances de estar controlado, o longo prazo segue caminho
inverso. As previsões do aumento da frequência e da violência das novas
pandemias são cada vez mais frequentes, o que aumenta a certeza de que elas
ocorrerão e que o ser humano pagará uma conta muito mais alta do que a atual.
De outro lado,
as mudanças climáticas estão aí e seu potencial de dano é ainda maior do que o
das pandemias. O aumento da frequência e da severidade dos eventos de todas as
naturezas faz parte das rotinas do mundo. Furacões, tufões, tornados, tempestades
tropicais, granizo, etc. estão no dia a dia das nações e causam cada vez mais
danos. Mas não são apenas eles que chegam fácil na casa dos bilhões de dólares.
As consequências dos fenômenos são devastadoras, especialmente as enchentes, as
secas e os incêndios que atingem inclusive áreas que, até poucos anos atrás,
nunca tinham apresentado maiores problemas em função dos fenômenos de origem
climática.
E os estragos
ainda estão no começo. A tendência é que se agravem consideravelmente, sem que
haja qualquer coisa que possa ser feita, no curto prazo, para reverter o
quadro. O dado realmente cruel é que
esses fenômenos atingem principalmente as camadas menos favorecidas da
população do planeta, justamente as que, por falta de condições econômicas, se
instalam nas áreas de risco, ficando sujeitas a suportar a violência dos
eventos, sem terem muitas chances de fugirem ou ao menos reduzirem seus
prejuízos.
E, pra quem acha
que está bom, ainda temos um terceiro grupo de riscos capaz de gerar prejuízos
astronômicos. Os riscos cibernéticos. Os ataques aos sistemas de informática do
Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal
Federal da Primeira Região não deixam dúvidas da capacidade de causar danos que
esses ataques podem ter e da vulnerabilidade do Brasil frente a eles.
Mas, se os
ataques podem ser devastadores, as falhas, além de mais frequentes, podem
causar danos tão grandes quanto eles. Mais uma vez, é só olhar as duas
situações acontecidas no Ministério da Saúde para o quadro ficar claro. Na
primeira, dezesseis milhões de pessoas ficaram com seus dados expostos. Na
segunda, a conta atingiu a impressionante soma de mais de duzentos milhões, ou
seja, toda a população brasileira teve seus dados expostos por falha ou
sabotagem interna em programas altamente sensíveis.
E o risco é o
mesmo para as empresas privadas. Invasões e falhas estão aí, acontecendo todos
os dias. Suas consequências podem ser fatais para uma empresa, tanto faz seu
porte. Não é por outra razão que os seguros para riscos cibernéticos estão com
a demanda aquecida, mas ela ainda está longe de proteger minimamente as
empresas instaladas no Brasil.
Fonte: Estadão /
Autor: Antonio Penteado Mendonça
Os 10 principais
riscos internacionais para o investidor ficar de olho
Fonte: Bloomberg
O presidente
eleito Joe Biden pode enfrentar desafios nunca antes vistos por um líder do
Grupo dos Sete, com cerca de metade do país vendo sua liderança como ilegítima
(Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst/File Photo) O aprofundamento das divisões nos
EUA à medida que o presidente Donald Trump se recusa a aceitar o resultado da
eleição está no topo da lista dos principais riscos aos mercados em 2021, e
supera até mesmo a pandemia e seu impacto na economia, segundo a Eurasia.
O presidente
eleito Joe Biden pode enfrentar desafios nunca antes vistos por um líder do
Grupo dos Sete, com cerca de metade do país vendo sua liderança como ilegítima,
disseram o presidente da Eurasia, Ian Bremmer, e o chairman, Cliff Kupchan, em
nota.
Os países em
desenvolvimento demoram para receber as doses da vacina, o que atrasa a
recuperação e aumenta o risco de uma crise de dívida. Brasil, África do Sul e
Turquia provavelmente serão os primeiros a ter dificuldades nos mercados
emergentes, devido a suas grandes economias, fundamentos fracos e dependência
de capital internacional.
Segue a lista
com os principais riscos:
1. Divisão dos
EUA
Recusa de Trump
em aceitar o resultado da eleição ressalta uma profunda divisão nos EUA. Embora
Biden possa ganhar algum capital político com os republicanos se uma
distribuição tranquila das vacinas ajudar a controlar a pandemia, ele ainda
enfrenta sérios desafios.
2. Vírus
persistente
As vacinas devem
ajudar o mundo a recuperar o senso de normalidade em 2021, mas a Eurasia espera
que os países tenham dificuldades para cumprir os cronogramas de vacinação, e a
pandemia deixará um legado de dívida pública elevada, trabalhadores deslocados
e confiança perdida.
A falta de
infraestrutura em mercados emergentes retardará o progresso da vacinação,
especialmente para vacinas que devem ser mantidas em refrigeração.
Além disso, os
países em desenvolvimento não receberão um grande número de doses até que seus
pares mais ricos recebam sua parte, o que significará restrições de viagens
mais duras e crescimento econômico lento.
3. Onda verde
Com os EUA
prestes a se juntarem às metas de emissão de carbono líquido zero e outras
iniciativas climáticas sob a liderança de Biden, haverá custos para empresas e
investidores de uma maior ambição climática e riscos de superestimar como os
novos planos climáticos coordenados serão, de acordo com a Eurasia.
China, União
Europeia, Reino Unido, Japão, Coreia do Sul e Canadá também estão empenhados em
tornar suas economias mais verdes.
4. Tensão mais
ampla EUA-China
Embora a relação
entre as principais economias do mundo deve ser menos conflituosa em 2021, as
tensões podem reacender devido a um transbordamento de estresse dos EUA para
seus aliados, a competição para distribuir vacinas para outros países e uma
rivalidade em tecnologias verdes.
5. Informações
digitais
A competição
entre os EUA e a China será o centro das atenções à medida que o fluxo de
informações digitais através das fronteiras diminui, pesando sobre as empresas
que dependem de dados.
Pequim
provavelmente continuará reduzindo sua dependência de tecnologia externa,
enquanto os EUA trabalham para manter as informações pessoais de seus cidadãos
seguras.
6. Riscos
cibernéticos
O potencial para
ataques e dados roubados aumentou à medida que mais pessoas acessam a
tecnologia em casa e tanto os governos quanto o setor privado praticamente não
fazem progresso na redação de regras globais para o comportamento do Estado no
ciberespaço.
Também pode ser
causa de uma desaceleração nas relações entre os EUA e a Rússia, já que Biden
chega à presidência com uma tolerância menor.
7. Turquia no
limite
Embora a Turquia
tenha conseguido evitar uma crise no ano passado, o país continua vulnerável em
2021, de acordo com a Eurasia. O presidente Recep Tayyip Erdogan pode novamente
enfrentar pressão no segundo trimestre e buscar estimular a expansão. Fazer
isso pode gerar tensões sociais.
8. Ano difícil
para o petróleo
Os protestos
podem se intensificar e as reformas podem desacelerar, já que as nações
produtoras de energia do Oriente Médio e do Norte da África enfrentam novos desafios.
O Iraque, que
obtém a maior parte de sua receita governamental do petróleo, terá dificuldades
para cobrir os gastos básicos ou impedir a desvalorização de sua moeda. A
Argélia realizará eleições, mas os baixos preços da energia dificultarão a
reforma do governo.
9. O Legado de
Merkel
A chanceler
alemã, Angela Merkel, tem sido a líder mais importante da Europa, e sua saída
no final deste ano aumentará o risco do continente, pois enfraquece a liderança
do bloco, de acordo com a Eurasia.
10. América Latina
em apuros
As nações
latino-americanas podem encontrar versões mais acentuadas das questões
políticas, sociais e econômicas que enfrentaram antes da pandemia.
Esses riscos
ocorrerão por meio de eleições legislativas na Argentina e no México, bem como
de votos presidenciais no Equador, Peru e Chile. O incômodo social pode levar a
mais candidatos populistas, especialmente no Equador, onde o abandono da
moderação pode prejudicar o programa do FMI e a estabilidade econômica do país.
Guias
Operacionais para adequação à LGPD Proteção de dados, LGPD
Fonte: Brasil
Digital
Após a
publicação do Guia de Boas Práticas, e com o início da vigência da Lei 13.709
(Lei Geral de Proteção de Dados/LGPD), a Secretaria de Governo Digital preparou
um conjunto de ações para fomentar a cultura de proteção de dados e apoiar a
evolução da maturidade necessária às adequações da lei nos órgãos do Governo
Federal.
Esse conjunto de
ações alinham-se aos objetivos 10 e 11 do princípio Governo Confiável da
Estratégia de Governo Digital (EGD), que prevê a entrega de importantes
“marcos” de conformidade à LGPD, visando auxiliar os órgãos do Sistema de
Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp) durante o
processo de adequação à referida Lei.
Nessa jornada
para a adequação à LGPD, a largada é dada com o convite para os órgãos do SISP
responderem o Diagnóstico de Adequação à LGPD, que através de um índice de
maturidade, consumido apenas pelo próprio órgão, informa o nível dos processos
de conformidade. Após o diagnóstico são sugeridos métodos, materializados em
forma de Guias operacionais para consulta, que serão publicados, com suas
revisões periódicas, nesta página.
Como reforço, a
partir de outubro de 2020, os guias serão divulgados em encontros e oficinas
on-line com a comunidade do SISP. A cada encontro, um guia específico será
apresentado junto com um estudo de caso. Confira logo abaixo a disposição dos
guias na ordem em que serão publicados.
Acionistas de
Peugeot e Fiat aprovam fusão para criar o quarto maior grupo automotivo do
mundo
Com 14 marcas,
todos os segmentos serão considerados. Durante anúncio, em 2019, as empresas
previam 3,7 bilhões de euros em economias anuais e não consideravam fechar
fábricas, mas a pandemia pode alterar alguns planos.
Fonte: Reuters
Acionistas da
Fiat Chrysler (FCA) e da PSA, dona da Peugeot, aprovaram nesta segunda-feira
(4) a fusão iniciada em 2019. Este é um dos últimos passos para a criação da
quarta maior montadora de veículos do mundo.
Em uma
assembleia especial de acionistas, o acordo para formar a nova empresa chamada
Stellantis foi apoiado pelos principais investidores, incluindo a família
Peugeot, a chinesa Dongfeng e o Estado francês, via Bpifrance.
Todos os outros
acionistas da PSA apoiaram o negócio em uma segunda reunião realizada online
com uma taxa de aprovação de 99,85% entre os votos expressos.
Estamos prontos
para esta fusão, disse o presidente-executivo da PSA, Carlos Tavares,
acrescentando que a data para o fechamento do negócio será anunciada em breve
se todas as aprovações dos acionistas forem concedidas.
Ele disse que o
acordo agora passou em todos os testes regulatórios.
Tavares, que
assumirá o comando do grupo resultante da fusão, terá de recuperar os negócios
da montadora na China, racionalizar o grupo em expansão e lidar com um enorme
excesso de capacidade, bem como se concentrar em novas tecnologias como
eletrificação, direção autônoma e conectividade.
A Stellantis
terá 14 marcas, incluindo Fiat, Chrysler, Maserati, Jeep, Abarth, Alfa Romeo,
Lancia, Dodge e Ram, da FCA, além de Peugeot, Citroën, Opel, Vauxhall e DS da
PSA.
Detalhes sobre a
fusão
Em 2019, quando
anunciaram as negociações para a fusão, PSA e FCA divulgaram números e ações a
serem executadas pela Stellantis. A pandemia do coronavírus, porém, pode
alterar alguns desses planos, mas nenhuma novidade foi revelada até o momento.
Com isso, veja os últimos detalhes sobre a
fusão:
Fusão criará a
4ª maior fabricante de veículos do mundo; A FCA teria acesso às plataformas de
veículos mais modernas da PSA, ajudando-a a cumprir regras rígidas de novas
emissões; Todos os segmentos serão considerados, de carros de luxo, a SUVs,
picapes e comerciais leves; Ainda não há previsão de quando será apresentado o
primeiro modelo da fusão; Foco será em duas plataformas: uma pequena e uma
compacta/média; Total de 3,7 bilhões de euros em economias anuais; Custo total
para alcançar essas economias é estimado em 2,8 bilhões de euros; Fusão terá
proporção 50/50; Empresa controladora do grupo será sediada na Holanda; Não são
considerados fechamentos de fábricas; O atual executivo-chefe da Peugeot,
Carlos Tavares, será o CEO e membro do conselho em um mandato inicial de 5
anos; O atual presidente da FCA, John Elkann, será o presidente do novo grupo;
No Brasil, união tem que passar pelo Cade Como qualquer processo de fusão feito
no Brasil, a união entre FCA e PSA terá que ser submetida ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também no país, independente do
processo no exterior.
O Cade tem poder
para intervir em operações que criem ou aumentem significativamente o poder de
mercado das empresas. A apuração parte do grau de concentração, ou da
participação de mercado da empresa resultante da fusão, aponta o advogado
Juliano Maranhão, especializado em fusões de empresas.
CNseg comemora
70 anos em 2021
Neste ano de
2021, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência
Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização, a CNseg, completa 70 anos e,
para celebrar essa trajetória, lança um selo comemorativo.
Fundada em 25 de
junho de 1951 com o nome de Federação Nacional das Empresas de Seguros
Privados, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta (Fenaseg), a
Confederação adotou o nome atual em 2007, com a criação de quatro Federações
Setoriais (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap), iniciando um processo de
desconcentração da gestão dos diversos segmentos representados e de conquista
de autonomia representativa de um setor com características tão exclusivas e
únicas, como o segurador.
Ao longo desses
70 anos, a Confederação Nacional das Seguradoras testemunhou grandes
transformações da sociedade brasileira, que se modernizou em termos econômicos,
industriais e sociais, tendo o setor segurador como participante ativo desse
processo. Não por outra razão, a CNseg tem definido em sua missão o objetivo de
concorrer para o progresso do País por meio do desenvolvimento do sistema de
seguros privados.
O século XXI
trouxe novos desafios para o Brasil, que pôde continuar contando com o apoio da
Confederação. Por meio de seu Programa de Educação em Seguro, por exemplo, ela
contribui para o planejamento financeiro dos cidadãos e, por meio de seu Prêmio
Antonio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, que está em sua 10ª
edição, continua a incentivar a modernização do setor e, consequentemente, da
sociedade.
A pandemia que
pegou a todos de surpresa em 2020, evidenciou que os desafios nunca terminam,
mas devido a toda a contribuição do setor ao País nesse delicado momento,
mostrou também que estamos preparados para os próximos 70 anos.
Fonte: CNSeg /
Sonho Seguro
Termina o
programa de redução de salário e suspensão de contratos de trabalho
O Programa
Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que foi instituído pela
Medida Provisória (MP) 936, convertida na Lei 14.020 de 6 de julho de 2020,
termina nesta quinta-feira (dia 31). O benefício garantiu a complementação de
renda para trabalhadores brasileiros, paga pelo governo federal, em caso de
suspensão do contrato de trabalho ou de redução de jornada e salário. A medida
foi adotada durante a pandemia como uma tentativa de evitar demissões no país.
Ao todo, foram celebrados 20.101.650 acordos, referentes a quase dez milhões de
profissionais.
A medida, que
permitiu a suspensão temporária de contratos e a redução de salários e jornadas
em 25%, 50% ou 70%, garantiu aos trabalhadores uma contrapartida com base no
valor do seguro-desemprego a que teriam direito.
Para os que ainda
estão sob este regime, em janeiro, a jornada de trabalho voltará a ser
integral, mas o empregado ainda receberá o salário reduzido (referente a
dezembro).Apenas o crédito feito em fevereiro, referente ao período trabalhado
no mês anterior, será total.
Pela norma, os
empregados que fizeram acordos têm direito à estabilidade pelo mesmo período em
que tiveram o contrato suspenso ou com redução de salário. A única exceção é
para demissões por justa causa.
Luiz Calixto
Sandes, sócio trabalhista do Kincaid Mendes Vianna Advogados, acredita que o
fim do programa não vai provocar mais dispensas no próximo ano. Para ele, a
economia vai engrenar em 2021.
Em Santa
Catarina, houve a liberação da ocupação dos hotéis; no Rio, os quiosques
naspraias já voltaram a funcionar. As medidas não estão mais tão rigorosas.
Ainda que os casos continuem, a economia tende a aquecer.
Na opinião do
advogado, o trabalhador não sofrerá prejuízos, pois, ao deixar de ganhar
obenefício emergencial, ele vai retomar o estágio normal de trabalho. Já o
advogadotrabalhista Fernando Peluso, sócio de Peluso, Stüpp e Guaritá
Advogados, diz que o momento é de incerteza e, até o momento, não há notícia de
que o governo federal possarenovar o programa.
Como todos os
empregados gozam de garantia de emprego, se tiverem o contrato de trabalho
rescindido, devem ser indenizados, alerta Peluso.
Segundo dados do
Ministério da Economia, o período que teve maior volume de acordos firmados
entre patrões e empregados foi do dia 1º a 9 de abril, com
2,2 milhões de
contratos.
Considerando
todo o período, desde abril, prevaleceu a suspensão de contrato, com 8,7
milhões de acordos. Em seguida, aparece a redução de 70% de salário de jornada,
com 4,3 milhões de pactos.
São Paulo foi o
estado que liderou a adesão ao programa, com 6.445.090 contratos. Em segundo
lugar, aparece Rio de Janeiro (2.117.659) e, em terceiro, Minas Gerais
(1.875.889).
A maioria dos
trabalhadores impactados trabalha com serviços, no comércio e na indústria. A
faixa etária que mais aderiu ao pacto foi a de 30 a 39 anos, com 6.197.862
acordos firmados, e 52% eram mulheres.
Veja como são os
pagamentos dos benefícios:
Suspensão do
contrato de trabalho: recebe 100% da parcela do seguro-desemprego, que pode
variar de R$ 1.045 a R$ 1.813,03 (exceto no caso de funcionário de empresa com
receita bruta superior a R$ 4,8 milhões – neste caso: recebe 30% do salário +
70% da parcela do seguro-desemprego)
Redução de 25%
na jornada: recebe 75% do salário + 25% da parcela do seguro-desemprego
Redução de 50%
na jornada: recebe 50% do salário + 50% da parcela do seguro-desemprego
04/01/2021 Termina o programa de redução de salário e suspensão de contratos de
trabalho. Veja o que acontece com os trabalhadores
Redução de 70%
na jornada: recebe 30% do salário + 70% da parcela do seguro-desemprego.
Fonte: Jornal O
Extra
7 passos para
ter um 2021 fantástico
Comece o próximo
ano com o pé direito: desde montar sua primeira planilha orçamentária e
eliminar primeiras dívidas até buscar aplicações mais rentáveis
Poucos passaram
financeiramente ilesos por 2020. A pandemia provocada pelo novo coronavírus
quebrou negócios, gerou ondas de demissões e deixou o país com um saldo de mais
de 14 milhões de desempregados, o que se reflete em dificuldades financeiras.
Mesmo quem manteve a renda e pôde continuar investindo enfrentou uma Bolsa
bastante volátil e uma renda fixa com rentabilidade corroída pela inflação.
Um novo ano traz
também uma nova esperança de finanças melhores, e passar mais tempo em casa
pode ser a oportunidade perfeita para fazer as contas com calma.
O InfoMoney
ouviu especialistas em planejamento financeiro para elencar alguns passos para
ter um 2021 fantástico financeiramente. As dicas abaixo vão desde as mais
básicas, para quem procura sair das dívidas, até as mais avançadas, para quem
está de olho nas melhores aplicações e em garantir uma boa aposentadoria.
1. Faça um
planejamento financeiro: objetivos e metas
O primeiro passo
para um próximo ano fantástico financeiramente é ter um bom planejamento financeiro.
Cada um deve decidir quais objetivos busca atingir, como estudar, viajar,
comprar um carro ou ter a primeira casa, exemplifica Fábio Gallo, professor de
finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A partir desses
objetivos, você deve estabelecer qual será o caminho traçado para chegar até
eles, essas serão suas metas. Estipule valores e prazos.
Com essas
informações, você poderá escolher as aplicações financeiras mais adequadas, diz
Gallo.
2. Montar uma
planilha com seu orçamento A execução das suas metas precisa ser acompanhada de
perto. Monte uma planilha financeira, com suas receitas e despesas. Planilhar’
é um pequeno comportamento que ajudará todo o seu planejamento a partir deste
momento, diz George Sales, professor da Fipecafi. É uma questão de hábito, não
de recursos: as transações podem ser registradas no computador, no celular ou
até mesmo em um papel.
Segundo Gallo, a
primeira linha desse orçamento familiar deve ser a da poupança para o objetivo
que você definiu anteriormente. Sem motivações claras, as pessoas não cumprem
esforços de poupança e de investimento. Sacrifícios que não sejam justificados
por um objetivo são logo abandonados.
3. Estancar
dívidas no começo de 2021
Se você tem
muitas dívidas, pode ser difícil quitá-las no curto prazo. Mas um bom passo
para uma melhor vida financeira é não criar novas pendências já no começo do
próximo ano.
Os primeiros
meses contam com pagamentos pesados, como IPTU, IPVA e matrículas em escolas
particulares. Poucas famílias se preparam para eles, já que não são gastos
recorrentes.
Sales recomenda
que trabalhadores celetistas deixem separados os benefícios de final de ano,
como 13º salário ou venda de parte das férias, para esses pagamentos. Tente
começar o próximo ano fazendo uma contenção de despesas, com valores
emprestados de 2020.
Caso você tenha
o valor cheio de algum pagamento, o professor da Fipecafi recomenda tentar
negociar um desconto e comparar a taxa apresentada com o rendimento que você
teria caso investisse o valor em aplicações de renda fixa, como títulos de
curto prazo atrelados à Selic ou ao IPCA. Um desconto acima de 4% já seria
interessante.
4. Revisitar
gastos recorrentes e não recorrentes Sales separa gastos em duas categorias:
pagamentos recorrentes e não recorrentes. Despesas recorrentes são aquelas que
você paga mensalmente, como um aluguel ou uma conta de luz. Já as não
recorrentes costumam ser atreladas a um consumo sazonal, como comprar uma
televisão que está em promoção.
Em 2021,
revisite seus gastos nas duas categorias. Cancelar uma academia ou um streaming
que você não usa terá impacto positivo no orçamento todos os meses.
Outras pessoas
têm poucas despesas fixas, mas acabam cedendo a compras imprevistas. Adquirir
bens de consumo sem ter condições é complicado. Se esse valor for parcelado
pode impactar diversos meses, alerta Sales. Quem está endividado deve
reconsiderar gastos recorrentes e interromper completamente os gastos não
recorrentes, recomenda o professor da Fipecafi.
5. Fugir do
cheque especial como parte do orçamento Se você tem o hábito de considerar o
limite do cheque especial (crédito automático, usado quando a conta entra no
negativo) como parte da sua capacidade de pagamentos, um dos passos para um
2021 fantástico financeiramente é abandonar essa ilusão. Utilizar esse limite
leva ao pagamento de juros do cheque especial, que são altíssimos, diz Sales.
Segundo o Banco
Central, a taxa média de juros do cheque especial ficou em 112,9% ao ano em
outubro de 2020. Procure modalidades de financiamento com taxas menores, como o
crédito consignado (aquele que tem desconto direto na folha). De acordo com o
BC, a taxa média de juros nessa modalidade ficou em 30% ao ano, também em
outubro de 2020.
Não são poucos
os brasileiros com contas no vermelho. Cerca de 11,2 milhões de famílias estão
endividadas nas capitais do país, de acordo com um levantamento realizado pela
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP). Dentre as famílias que vivem em capitais, 67,4% estavam
endividadas no final do primeiro semestre, ante 64,1% em 2019.
6. Conhecer mais
e investir melhor
Os brasileiros
aproveitaram a pandemia para poupar. Entre janeiro e outubro deste ano, os
aportes na caderneta de poupança superam os resgates em R$
144,2 bilhões. O
problema é que, com a taxa básica de juros (Selic) em 2% ao ano, a poupança
está rendendo apenas 1,4%. Essa taxa perde para a rentabilidade das demais
aplicações financeiras e, inclusive, para a inflação.
Um bom passo
para ter um próximo ano fantástico financeiramente é justamente conhecer mais
sobre investimentos. Já são mais de 3 milhões de investidores pessoa física na
B3, a bolsa de valores brasileira.
Desde o ano
passado, e neste em particular, o brasileiro está aprendendo a investir em um
cenário de juros baixos. Ele teve de olhar para outros ativos e começar a lidar
com renda variável, diz Gallo. O Brasil deverá manter uma Selic baixa, ainda
que possa ser um pouco maior do que a que vemos hoje.
Você terá de
estudar mais sobre riscos e retornos de cada ativo para se organizar, ter
retornos melhores com um grau de risco aceitável e atingir seus objetivos.
Sales recomenda
montar uma carteira que tenha como primeiro objetivo superar a inflação. Os
preços de maneira geral aumentaram nos últimos meses, e os indicadores
inflacionários devem continuar crescendo.
O Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,89% em
novembro na comparação com outubro. Foi o maior resultado para um mês de
novembro desde 2015, quando o indicador foi de 1,01%.
Fique de olho
nos repiques inflacionários. Para isso, aposte em aplicações que pagam juros
mais a correção pela inflação, aconselha o professor da Fipecafi. Veja alguns
ativos com ganhos reais indicadores por especialistas ouvidos pelo InfoMoney.
7. Viver com
apenas uma parte da sua renda
Tão importante
quanto se livrar das dívidas é ter uma reserva que impeça a criação de novos
débitos. Separe uma parte do seu orçamento para investir em uma reserva para
emergências e, depois, em uma renda recorrente que facilite sua aposentadoria.
Quanto do
salário poupar para esse objetivo? Sales lembra que a porcentagem deve ser
adaptada à sua situação atual. Quite dívidas. Depois, comece poupando 5% da sua
renda. Vá aumentando a porcentagem de acordo com a revisão de gastos
recorrentes e não recorrentes, eventuais aumentos de renda e leve em
consideração também a satisfação quanto ao seu estilo de vida.
Existe um padrão ideal, voltado para o longo prazo. Existe também o padrão corrente, voltado para o curto prazo. Você deve estabelecer metas coerentes para cada horizonte, alerta Sales. Muita gente desiste pela frustração de não bater objetivos muito ambiciosos, mas é preciso aprender a se sentir feliz por ter poupado mais do que antes, nem que seja apenas 5% da renda a mais. Tornar sua vida uma cobrança pode fazê-lo adoecer.
Fonte: InfoMoney
Comércio do
Brasil com exterior desaba quase 10%
A queda das
importações em ritmo maior que o recuo das exportações fez a balança comercial
encerrar 2020 com superávit maior do que em 2019. No ano passado, o Brasil
exportou US$ 50,235 bilhões a mais do que importou, alta de 4,6% em relação ao
superávit observado em 2019, primeiro crescimento após dois anos de queda. O
resultado ainda está muito abaixo do obtido em 2017, quando atingiu o recorde
de US$ 66,989 bilhões.
A corrente de
comércio (soma de importações e exportações) teve recuo expressivo. Os 363,7
bilhões do ano passado ficaram 9,3% abaixo dos US$
401,34 bilhões
de 2019. O ritmo de queda se acentuou: a queda de 2019 em relação a 2018 fora
de 5,7%.
Em 2020, o
Brasil exportou US$ 206,972 bilhões, com recuo de 5,9% em relação a 2019 pelo
critério da média diária. As importações somaram US$ 156,737 bilhões, com
retração de 9,5% também pela média diária.
Por causa da
pandemia, o Brasil passou a exportar menos à medida que o consumo mundial caiu.
Em contrapartida, o país também passou a comprar menos do exterior por causa da
recessão e da alta de quase 30% do dólar no ano passado.
Em dezembro, o Brasil registrou saldo negativo, importando US$ 800,7 milhões a mais do que exportando. O recuo das exportações em dezembro foi puxado pela agropecuária. Como as vendas se concentraram até novembro, os embarques caíram no mês seguinte.
Fonte: Monitor Mercantil
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