Projeções para PIB de 2021 recuam
09, Fev. 2021
Projeções para PIB recuam, mas podem mudar com definição
da agenda econômica no Congresso Nacional
Fonte: Sonho Seguro
Boletim Focus desta segunda-feira traz aumentos e
reduções marginais nos indicadores como PIB e IPCA
A projeção para o crescimento do PIB este ano caiu de
3,50% para 3,47%. Por outro lado, a inflação permanece um pouco acima do que se
esperaria em uma economia desaquecida e a projeção para o IPCA este ano subiu
de 3,53% para 3,60%. As projeções macroeconômicas divulgadas no Boletim Focus,
pelo Banco Central, nesta segunda-feira (8) ainda não capturam totalmente as
recentes alterações das novas lideranças no Congresso Nacional, com a eleição
de Arthur Lira (PP-AL) para o comando da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
para a Presidência do Senado. São aumentos marginais na projeção de inflação e
redução também marginal nas projeções para o crescimento do PIB. Mas a queda
nos indicadores de confiança econômica no começo deste ano certamente tem
influência, comenta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da
CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.
Segundo o economista, a expectativa de que aumentos de
preços represados no ano passado, como o dos planos de saúde, devam ser
compensados este ano, além do reajuste nos preços dos combustíveis também
contribuem para esse aumento.
Os analistas e empresários estão atentos à instalação da
Comissão Mista do Orçamento, prevista para terça-feira (9), que discutirá o
novo auxílio emergencial. O governo estaria propondo três parcelas de R$ 200,
exigindo do beneficiário curso de qualificação profissional, segundo noticiou o
jornal Folha de São Paulo. Se por um lado o auxílio emergencial é importante
para a manutenção da renda e do consumo, por outro temos a preocupação com a
deterioração fiscal. O efeito líquido de uma volta do auxílio, portanto, é
incerto, pontuou.
Susep divulga dados do mercado segurador
Seguros de danos cresceu 9,6% em relação a dezembro de
2019 e contribuiu para alta de 3,6% no ano de 2020
Fonte: Revista Apólice
A Susep (Superintendência de Seguros Privados) divulgou
hoje a Síntese Mensal dos principais dados relativos ao desempenho do setor de
seguros até dezembro de 2020. As informações foram obtidas a partir dos dados
encaminhados pelas companhias supervisionadas. O documento é atualizado de
acordo com o envio pelas empresas, podendo haver ajustes em função de recargas
do Formulário de Informações Periódicas (FIP).
As receitas dos segmentos supervisionados pela Susep
totalizaram R$ 30,84 bilhões em dezembro de 2020. No acumulado de 2020, o
patamar de receitas de R$ 274,11 bilhões fechou 0,6% acima de 2019.
Com uma alta de 15,1% em relação a dezembro de 2019, o
setor reverteu a queda de 1% observada no acumulado até novembro, no
comparativo com 2019. Consideradas as projeções para o PIB de 2020, estima-se
que a penetração (receitas/PIB) do setor aumente de 3,5%, em 2019, para 3,7%, em
2020.
Entre os diversos segmentos, Danos confirmou-se como
destaque do ano, com crescimento nominal de 3,6% em 2020.
Nos seguros de pessoas e danos, os prêmios diretos
totalizaram R$ 25,90 bilhões em dezembro de 2020. No acumulado do ano são R$
236,77 bilhões.
Nos seguros de pessoas, desconsideradas as receitas com
VGBL, a alta foi de 4,9% em relação a 2019. Enquanto nos seguros de danos a
alta foi de 8,6%, desconsideradas as receitas de seguro auto.
O segmento de seguros de pessoas apresentou um total de prêmios
acumulados de R$ 157,91 bilhões em 2020, revelando estabilidade em relação a
2019.
O destaque positivo no segmento de pessoas foi o seguro
de vida, que teve crescimento de 13,9% em relação a dezembro de 2019, fechando
o ano com alta de 11,3% em relação a 2019.
Também se destacaram os seguros de acidentes pessoais,
com alta de 11% em comparação a dezembro de 2019.
Ainda os seguros prestamistas mostraram um crescimento
forte em relação a dezembro de 2019, equivalente a 6,0%. No acumulado do ano, o
aumento foi de 7,2% em relação a 2019.
Mantendo a retomada observada pela Susep em novembro, as
contribuições do VGBL subiram 29,2% em relação a dezembro de 2019, atingindo o
patamar de R$ 14,42 bilhões de receita, maior valor desde dezembro de 2016. No
resultado do ano, no entanto, as contribuições ficaram 1,8% abaixo de 2019.
Já nos seguros de danos, 2020 apresentou alta de 3,6% em
comparação com 2019, com crescimento nas receitas de quase todos os segmentos,
exceto auto, transporte e garantia estendida.
Os seguros de danos somaram um total de R$ 78,86 bilhões
em 2020. O segmento de auto respondeu pela principal participação, com 44,8%
dos prêmios. Em 2019, a participação de auto foi de 47,4%.
O seguro rural, com crescimento expressivo em 2020, saiu
de 7,0% em 2019 e ficou com 8,7%, a segunda maior participação de danos. Os
seguros compreensivos (8,2%), habitacional (5,7%) e patrimoniais (4,9%)
completam a lista dos cinco maiores.
O seguro auto apresentou uma melhora em dezembro, com um
total de R$ 3,54 bilhões em receitas, com crescimento de 6,7% em relação a
dezembro de 2019. O bom resultado em dezembro, no entanto, não foi suficiente
para reverter a queda no ano de 2020, que fechou 2,1% abaixo de 2019.
Merece destaque no segmento auto o número de cancelamentos
observado em 2020, principalmente em abril, início da pandemia, quando o índice
ficou em torno de 13%, com quase R$ 375 milhões em cancelamentos.
Outro ponto relevante para o segmento, durante 2020, foi
o índice de sinistralidade, que acabou o ano com uma estabilização mensal,
retornando a valores próximos aos patamares pré-pandemia.
No entanto, no ano de 2020 a sinistralidade total foi de
54,1%, abaixo dos números observados em anos anteriores.
Nos produtos de previdência, observa-se uma alta de 1,2%
na receita, em comparação ao mês de dezembro de 2019. No ano, registrou-se
queda de 2,0% nas contribuições, quando comparado com 2019.
O PGBL apresentou aumento de 2,0% em relação a dezembro
de 2019, contribuindo para um crescimento anual de 0,8% em 2020. A receita
líquida em 2020, no entanto, foi de R$ 2,38 bilhões, abaixo dos R$ 2,66 bilhões
arrecadados em 2019.
Observou-se, nas receitas de 2020 em comparação com 2019,
uma queda de 10,1% na Previdência Tradicional.
Enquanto o percentual de retenção de pessoas e auto
permaneceu com valores próximos a 100%, o que indica uma baixa necessidade de
resseguro, os demais ramos de danos apresentaram um percentual de retenção
entre 70% e 80%, com o ano de 2020 tendo apresentando o menor valor da série,
igual a 70%.
Parte dessa redução pode ser explicada pela maior
participação no segmento de ramos típicos de grandes riscos, que demandam uso
mais intensivo de resseguro.
Inovação é essencial para sobreviver em tempos de crise
Ao longo destes meses foram criadas muitas ferramentas de
treinamento remoto, o que garantiu ao corretor a oportunidade de optar como
desejava vender
A MAG Seguros é uma empresa com alma e propósito claros,
que certamente foram fatores essenciais para que chegássemos até aqui, com 186
anos de história e sempre com muita solidez. Isto, somado à nossa inovação,
foram elementos fundamentais para que superássemos o momento delicado que o
mundo viveu durante o ano de 2020.
Não importa a crise. Ao longo de toda a minha trajetória
profissional, nestas situações, eu costumo fazer sempre uma coisa: piso no
acelerador. Isso sempre deu certo e não foi diferente nos meses de quarentena.
A maior preocupação que temos na nossa companhia é com o cuidado com todos.
Principalmente de nossos colaboradores e seus familiares. Por isso, não
hesitamos e, em menos de uma semana, colocamos 100% do quadro de funcionários
em casa. Não tive temor algum quanto à performance da companhia em home office,
porque eu sabia do investimento feito em tecnologia nos últimos anos.
O meu receio era com os nossos corretores que,
diferentemente dos colaboradores, não possuem salário fixo. Caso parassem de
vender, eles ficariam sem essa renda. Focamos os esforços em dar condições para
que eles continuassem vendendo.
Cerca de 90% das nossas vendas de seguro já ocorreram de
forma digital em 2019. Então, não tínhamos dúvidas de que era possível atingir
a totalidade, mas nem todos estavam preparados, uma vez que eles passariam a
atuar em reuniões realizadas em plataformas de conferência digital, o que era
uma novidade. Por isso, na primeira semana, treinamos mais de mil corretores.
Ao longo destes meses, criamos muitas ferramentas de
treinamento remoto, o que garantiu ao corretor a oportunidade de optar como
desejava vender, adaptando o seu trabalho para a sua necessidade. Sabemos que,
para os corretores, o tempo é precioso: se deslocar em uma grande capital, como
São Paulo ou Rio de Janeiro, pode gastar até duas horas, sendo assim, ele não
consegue fazer mais de três visitas por dia, enquanto pela tela de um
computador, ele pode triplicar este número.
Também consolidamos o MAG Leads, ferramenta baseada em tecnologia
que tem como principal objetivo a captação e a gestão de leads qualificados no
ambiente digital. Nosso investimento em inovação nos últimos anos foi essencial
para a empresa. Não tenho dúvida de que a MAG Seguros vai se consolidar como
uma das maiores seguradoras de vida do país. Hoje, temos os melhores sistemas,
processos e, ainda mais importante, temos um grande time. A soma de tudo isso
nos ajudará a alcançar resultados cada vez mais expressivos, sempre dentro de
nossos propósitos.
Fonte: Revista Apólice / Autor: Por Helder Molina, CEO da
MAG Seguros
O Brasil precisa de uma nova versão do auxílio
emergencial em 2021?
Com a pandemia avançando e as contas públicas
estranguladas, o retorno do auxílio divide opiniões; entenda a discussão e as
possíveis soluções
O ano de 2021 não começou bem. O número de contaminados
pela Covid-19 voltou a subir. A média móvel de mortes voltou a superar mil por
dia. Essa realidade, somada à falta de assertividade do governo federal na
compra das vacinas, criou um cenário de instabilidade. As restrições impostas
em algumas das principais cidades, como São Paulo, Manaus e Belo Horizonte,
afetam a economia.
A Tendências Consultoria projeta que o PIB terá
crescimento de 0,3% no primeiro trimestre e próximo de zero no segundo. Ou
seja, economia parada. Resultado: milhões de brasileiros desempregados e sem
renda. Segundo dados da FGV Social, a proporção de brasileiros vivendo na
extrema pobreza atingiu o recorde em janeiro: 12,8% vivem com menos de R$ 8,20
ao dia. Em 2019, eram 11%.
Nessa situação, não são poucos os que defendem a volta do
auxílio emergencial. No ano passado, as nove parcelas, seis de R$ 600 e quatro
de R$ 300, beneficiaram 120 milhões de pessoas. Só para se ter uma ideia da
importância do programa, o número de brasileiros pobres atingiu a mínima de
4,5% em agosto graças à ajuda do governo.
O governo federal relutou durante algum tempo na reedição
do benefício. Em diversas oportunidades, o ministro da Economia, Paulo Guedes,
se mostrou contra o retorno do auxílio. O receio é o desarranjo no total das
contas públicas, que fecharam o ano passado com déficit de R$ 743 bilhões e
dívida chegando a quase 90% do PIB. Recentemente, porém, ele tem se mostrado
mais aberto a ideia, assim como outros setores do governo federal e do
Congresso, desde que haja compensação na redução de despesas.
Uma das propostas que o governo estuda, segundo a Folha
de S. Paulo, é uma versão mais enxuta e direcionada, chamada de Bônus de
Inclusão Produtiva (BIP). O novo programa distribuiria três parcelas de R$ 200
para cerca de 30 milhões de trabalhadores informais, metade do número de
beneficiários do auxílio no ano passado. Teriam acesso ao benefício
trabalhadores informais que não estão inscritos no Bolsa Família e que
precisariam participar de cursos de qualificação profissional.
O novo programa custaria R$ 6 bilhões por mês, muito
menos que os cerca de R$ 50 bilhões mensais gastos com o programa em 2020. O
governo quer condicionar o BIP ao corte de despesas em outras áreas do governo.
Uma das ideias é incluir uma cláusula de calamidade pública na PEC do Pacto
Federativo, que retira amarras do Orçamento e permite medidas de ajuste fiscal
em momentos de crise.
O InfoMoney conversou com três economistas para ouvir se
o país precisa mesmo de uma nova versão do auxílio emergencial, e como ele
poderia ser criado de forma a causar o menor impacto possível nas contas
públicas.
A situação econômica é frágil, a recuperação depende da
vacinação ampla e o mercado de trabalho reflete essas incertezas. Nesse
contexto, faz todo sentido que se proponha um novo auxílio temporário, diz
Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão
do Senado que tem entre seus objetivos mensurar os impactos das políticas
públicas na situação fiscal do governo.
O fim do auxílio emergencial já produz efeitos na
economia. Em janeiro, a caderneta de poupança fechou o mês com saída de R$
18,15 bilhões, maior retirada desde 1995. Nem isso manteve as vendas em alta.
Segundo a empresa de pesquisas GfK, o volume de vendas de bens duráveis caiu 5%
no mês na comparação com janeiro de 2020. O número de emplacamentos de carros
caiu 30% na comparação com dezembro, segundo a Fenabrave.
O agravamento da epidemia e o fim do auxílio emergencial
são bons motivos para repensarmos a evolução da atividade econômica ao longo de
2021, escreveu o economista Alexandre Schwartsman, em artigo publicado no
InfoMoney. Segundo Schwartsman, se o número de casos de Covid continuar alto,
os governos precisarão retomar medidas de distanciamento social, e o auxílio
emergencial seria fundamental nesse contexto. Para ele, há espaço para a
criação de uma nova versão do programa, mais enxuta, para atingir quem
realmente precisa. O programa do ano passado, segundo ele, alcançou mais pessoas
do que o necessário.
O desafio é equacionar essa nova despesa no orçamento.
Hoje não há espaço para a retomada do auxílio, diz Caio Megale,
economista-chefe da XP Investimentos. Segundo ele, o país teria que aumentar o
endividamento, uma decisão complicada. Quanto maior a dívida, maiores os juros
lá na frente, o que aumenta o custo de carregar a dívida.
A saída mais simples é o governo federal utilizar o
instrumento de crédito extraordinário. Essa brecha, permitida pela
Constituição, retira os gastos com o benefício do cálculo do teto de gastos
(regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação).
Seria fácil se fosse simples. Na verdade, a dotação de
créditos extraordinários não passa de uma manobra, legal ressalte-se, para
evitar o descumprimento da regra do teto. Os impactos reais da despesa, ou
seja, no cálculo do resultado primário e na dívida pública, não vão sumir. É
aqui que a situação se torna (bem) mais complexa.
Segundo a economista Alessandra Ribeiro, diretora de
Macroeconomia da Tendências Consultoria, com ou sem nova rodada de auxílio
emergencial, o governo estoura o teto de gastos em 2021 pelo menos R$ 3
bilhões. A discussão, então, está no tamanho do rombo. A economia está parada e
aumentam as pressões para a volta do auxílio, mas a situação fiscal é delicada.
Na prática, o cobertor é curto, diz.
A Tendências criou um cenário em que o governo não recria
o auxílio emergencial, mas expande o Bolsa Família, de 14,1 milhões de famílias
em 2019, que receberam um benefício médio de R$ 190, para 17,5 milhões de
famílias, que passariam a receber em média R$ 300. O custo aos cofres públicos
passaria de R$ 35 bilhões para R$ 67 bilhões. E o rombo do teto aumentaria em dez
vezes em relação à projeção inicial, sem contar os impactos na dívida e déficit
primário.
O que fazer para compensar o aumento de gastos?
Nos últimos anos, o aumento das despesas obrigatórias do
governo era compensado pela redução do chamado gasto discricionário, que, ao
contrário de salários e aposentadorias, pode ser cortado. Fazem parte dessa
rubrica investimentos e gastos para tocar a máquina pública. Costuma ser a
saída mais fácil. Mas, nos últimos anos, os governos abusaram tanto dessa
medida que estamos perto do limite.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 prevê R$ 83,9
bilhões nesse tipo de gastos, sem contar emendas parlamentares. Isso
corresponde a 1,3% do PIB e representa o menor número da série desde 2008. A
margem para contingenciamento é muito baixa e cortes adicionais aumentam o
risco de ‘apagão’ do setor público, diz Alessandra.
Felipe Salto diz que uma medida efetiva no controle da
dívida é o corte das renúncias tributárias, as famosas ajudinhas do setor
público para empresas privadas. Hoje, elas somam 4% do PIB, um montante
considerável. Seria uma medida muito positiva, diz.
E as reformas?
Mexer nos gastos obrigatórios deveria ser prioridade e é
o tema da chamada PEC Emergencial, que cria gatilhos que permitem cortes
temporários de custos fixos, como salários de servidores. Esses gatilhos
poderiam ser acionados sempre que as despesas crescessem demais.
Não se trata de um tema fácil. Se os subsídios setoriais
sofrem pressão de lobistas do setor privado, os gastos obrigatórios, que envolvem
em grande parte salários, aposentadorias e pensões, também são alvo de
corporativismo. O governo tenta e o Congresso discute a aprovação da PEC
Emergencial. Uma primeira versão, mais parruda, foi enviada. Atualmente o
Congresso discute uma versão mais enxuta.
Segundo cálculos da Tendências, a aprovação da versão
original reduziria o estouro do teto de R$ 67 bilhões para R$ 17 bilhões. Já a
versão desidratada teria um impacto menor: estouro de R$ 34 bilhões em 2021.
Compensar o aumento de despesas sociais importantes para
o momento com reformas para aumentar a eficiência dos gastos públicos é a saída
preferida entre 10 de 10 analistas sérios. Dentro desse cenário, o aumento de
curto prazo das despesas seria aceito, e talvez até aplaudido pelo mercado, hoje
receoso com o desarranjo das contas públicas. Se o governo criar um auxílio
focado em quem realmente precisa e der sinais críveis de que vai encaminhar os
projetos para o controle dos gastos públicos, o mercado reagirá bem, diz
Alessandra Ribeiro.
Foco deve ser o longo prazo, diz economista
O economista-chefe da XP diz que o governo pode não ter
tempo para aprovar um novo auxílio pontual. Ele acredita que, no segundo
semestre, a vacinação estará em curso e a economia já terá reagido. Já estamos
em fevereiro e a formatação e aprovação de um novo auxílio, acompanhada das
medidas para controle de gastos públicos, pode levar muito tempo, diz.
Por isso, mais importante seria o governo trabalhar para
melhorar as políticas de distribuição de renda. O tema mais relevante não é o
auxílio durante a Covid, mas como vamos melhorar de forma estrutural a
distribuição de renda no país pensando em 20 anos, e não dois meses, diz
Megale. Para isso, é fundamental reforçar programas de transferência de renda e
investimentos. E só é possível fazer isso se houver reformas estruturais que
permitam corte de gastos. O país aprovou a reforma da Previdência, falta a
Administrativa e a PEC Emergencial.
Petrobras vende refinaria na Bahia para árabes
Fonte: Monitor Mercantil
A Petrobras anunciou acordo com o fundo Mubadala Capital,
dos Emirados Árabes Unidos, para a venda da refinaria Landulpho Alves, na
Bahia, por US$ 1,65 bilhão. Em nota, a estatal afirmou que a assinatura do
contrato de compra e venda ainda está sujeita à aprovação dos órgãos
competentes.
O anúncio é o segundo impacto que a economia da Bahia
sofre este ano. Em janeiro, a Ford anunciou o fim da fabricação de veículos no
Brasil. A montadora norte-americana tem uma unidade em Camaçari.
Em 2012, o fundo árabe investiu US$ 2 bilhões no grupo
EBX, de Eike Batista. Ainda no final daquele ano, os negócios do empresário
começaram a perder valor, especialmente a empresa de petróleo, que não alcançou
os resultados projetados.
A refinaria Landulpho Alves foi a primeira a ser construída
no Brasil (em 1950) e é a primeira das oito que a Petrobras pretende privatizar
neste ano. Juntas, as oito refinarias respondem por quase metade da produção
brasileira de combustíveis.
A venda inclui o Terminal de Madre Deus, o Temadre, que é
atualmente o maior porto do Nordeste, e quatro terminais portuários: Candeias,
Itabuna, Jequié e Madre de Deus, todos na Bahia. Também estão incluídos
oleodutos com extensão total de 669 quilômetros, inclusive o que liga a
Landulpho Alves ao Complexo Petroquímico de Camaçari.
A refinaria em questão tem capacidade para processar 333
mil barris de petróleo por dia (14% da capacidade total de refino do Brasil),
informa a agência de notícias Xinhua.
As outras sete refinarias que a Petrobras quer vender são
Presidente Getúlio Vargas e a Unidade de Industrialização de Xisto, ambas no
estado do Paraná (sul), Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul (sul), Isaac
Sabbá, no Amazonas (norte), Abreu e Lima, em Pernambuco (nordeste), Gabriel
Passos em Minas Gerais (sudeste) e Lubrificantes y Derivados de Petróleo do
Nordeste, no Ceará (nordeste).
A Petrobras anunciou em junho de 2019 que queria inicialmente desinvestir essas oito refinarias e levantar cerca de US$ 20 bilhões para maximizar valor para nossos acionistas.
Cotas para mulheres no mercado de trabalho
A lei deve ser para todos, sem qualquer discriminação,
possibilitando que homens e mulheres alçam-se no mercado de trabalho com a
garantia de que seu contrato tem ênfase econômica proporcional ao serviço
desempenhado e à formação pessoal.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
A evolução histórica da mulher no mercado de trabalho foi
bastante árdua, e, mesmo assim, continuam sendo discriminadas e desrespeitadas
em seu âmbito laboral, sendo considerada minoria no topo empresarial. Além
disso, há extrema dificuldade diante do enfrentamento da diferença entre as
mulheres e os homens, bem como em discutir essa desigualdade de gênero de forma
voluntária. Por isso, tratar desse assunto é uma questão sempre delicada e
primordial.
O papel da mulher no mercado de trabalho ainda sim, não é
de tanto destaque como deveria ser, principalmente no que se refere à
remuneração em relação ao homem, por exemplo. O preconceito, apesar disso, não
abrolha somente na oferta de empregos para as mulheres, mas também elas são a
maioria dentre os desempregados.
Infelizmente, as mulheres ocupam uma posição
desproporcionalmente baixa no cargo de chefia das empresas brasileiras em
comparação ao homem. E ainda, mesmo quando as mulheres estão capacitadas para
ocupar um cargo de confiança, a herança social e cultural afasta e inibe a
contratação nesse emprego.
Nesse sentido, a presença do sexo feminino no cargo mais
alto das empresas brasileiras é de suma importância, comprovando através dos
resultados dos estudos dos pesquisadores da University of Queensland in
Austrália e da London School of Economics resultando em que as mulheres são
mais cautelosas para lidar com decisões financeiras, bem como apresentam-se com
maior constância nas reuniões do que em relação aos homens.
Do mesmo modo, as mulheres apresentam mais empatia,
buscam pelo consenso para a tomada de decisões, possuem habilidades para a
comunicação, são mais democráticas e dão uma cautela nos relacionamentos
interpessoais, enquanto os homens são normalmente mais objetivos para cumprir a
tarefa imposta pela empresa.
A inclusão das mulheres ao mercado de trabalho brasileiro
em condições idênticas ao dos homens requer uma apreciação e uma mudança de
tática de seu emprego social estabelecida na sociedade atual.
Para exceder essa barreira, uma das discussões
apresentadas são as cotas para os cargos mais altos, sendo mostrada como uma
das mais efetivas saídas em relação a essa discriminação para a correção
social, e isso vale para vestibulares, mercado de trabalho, cargo empresarial e
outras situações.
A empresária Luiza Helena Trajano, líder do grupo
Mulheres do Brasil (MdB), diz que Cotas são um mecanismo temporário para
correção de distorções, que o mercado não consegue regular naturalmente. Para
ela, o ingresso das mulheres nos conselhos é um processo transitório de dez
anos, de modo que, alcançando 30% do patamar pretendido, criará um círculo
digno que se auto sustente, sem a imposição da legislação.
As cotas para as mulheres no mercado de trabalho têm como
objetivo corrigir enfermidades históricas na sociedade brasileira, onde o sexo
feminino foi tratado como cidadãos de segunda categoria, sendo assim, as coatas
devem ser encaradas como um artifício momentâneo, até que as mulheres ocupem os
cargos gerenciais de forma justa.
No Brasil, nota-se alguns atos em curso na tentativa de
reverter a diferença de gênero nos cargos executivos, como o PL 7179/17, tendo
como base o PLS 112/10, sendo como autora a Senadora Maria do Carmo do
Nascimento Alves, tendo como objetivo a necessidade da iniciativa direta do
Estado Democrático para que seja concretizado o imperativo constitucional da
equidade entre homens e mulheres.
Esse PL 7179/17 rege que nas empresas públicas e demais
empresas controladas pela União, tenham em seu conselho de administração ao menos
30% de mulheres inseridas em sua composição até 2020 de forma gradual. O
Conselho de Administração é instância responsável por elaborar planos e ações
para a empresa, atualmente predominando os homens nesse cargo.
No PL 7179/17 do Senado Federal foi acrescentado pela
deputada Dâmina Pereira (PSL-MG) ao texto original a obrigatoriedade da
participação de ao menos um membro do sexo feminino nos conselhos de
administração, caso de a percentagem não garantir o número mínimo da
participação do sexto feminino.
Com a promulgação dessa lei, a vigência seria ainda no
prazo de 360 dias contado a sua publicação, onde as empresas terão que
valorizar as mulheres, principalmente aquelas com capacidade de liderança e
qualificação profissional, o que de fato, existem inúmeras na sociedade
brasileira, só que, não são valorizadas e nem olhadas diante ao cenário atual.
A esperança é que após a promulgação, as empresas
privadas, tenham como modelo esse projeto de lei, servindo como um exemplo para
a sociedade brasileira de uma forma geral, diante dos preconceitos vivenciados
pelas mulheres.
Ocorre que, essa cota que seria aplicada as mulheres no
Conselho de Administração é mencionada na legislação, tão somente para cadeiras
de titulares, esquecendo então, da penalidade por descumprimento, podendo
assim, abrir caminho para violações de forma mais rápida.
Com a aprovação desse PL, por mais que englobe a
participação do sexo feminino em conselhos de administração de empresas
estatais federais, considera um grande avanço para as mulheres.
Importante salientar, o PL 2821/08 que aduz sobre a
obrigatoriedade da participação de no mínimo 30% de mulheres na composição de
entidades de representação civil, como sindicatos, associações, fundações,
organizações não governamentais, sendo de autoria do deputado Renato Molling
(PP-RS).
Para o deputado, por mais que a CF assegura a equidade de
condições e tratamentos dos homens em relação as mulheres, ainda é extremamente
pequena a participação feminina no órgão das entidades de representação civil.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, a
deputada Ana Perugini (PT-SP) defendeu a política de incentivo às empresas que
reservarem 30% das suas vagas para as mulheres na composição de entidades de
representação civil, sendo o PL 2821/08.
Um dos exemplos que a deputada sugeriu foi a isenção do
IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) pelo prazo de 5 (cinco) anos para
as empresas que tenham 30% de seus funcionários sendo mulheres.
Ainda, a deputada enfatizou a responsabilidade do Congresso
Nacional perante a luta pela igualdade entre mulher e homens e que a Câmara dos
Deputados somente tem enfatizado a participação das mulheres na política,
discutindo a citação de cotas nos legislativos estudais, ferais e municipais,
mas não há projeto de Lei que observa as empresas privadas.
É evidente que as cotas são de extrema importância em
qualquer área, seja na esfera pública ou no meio empresarial, para que essa
discriminação se diminua gradativamente. Além do mais, as mulheres somente
precisam de espaço para mostrar o quanto são competentes.
Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Constituição
e Justiça e Cidadania (CCJ) com sujeito a apreciação pelas comissões de
Seguridade Social e Família, e caso aprovado, será analisado pelo Senado Federal.
Nesse aspecto, embora constituídos monopólios sobre as
áreas políticas, sociais e familiares, o gênero feminino jamais deixou de lutar
por sua voz em meio às áreas da sociedade, do que modo que felizmente passou a
ter a garantia de direitos e uma efetiva participação no mercado de trabalho.
Foi por meio de lutas que se alcançaram as conquistas. O
pioneirismo na conquista de direito e espaço permitiu demonstrar que a mulher
não se resumia na condição de inferior ou de instrumento de reprodução, mas que
detinham potencial para desempenhar as mesmas funções exercidas pelos homens e
quiçá de forma superior. Mas para a possibilidade de justiça em meio às
relações de trabalho, foi-se necessário a superação das desigualdades que
passavam as mulheres.
A inserção das cotas como forma obrigatória para as
mulheres no mercado de trabalho serve como uma transição para a equidade entre
o gênero feminino e masculino, sendo necessárias para amparar as trabalhadoras
a atingir os cargos de chefia através dessa oportunidade e, acima de tudo: pelo
mérito conquistado pela obreira.
A Convenção pela Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher é um instrumento exemplar importantíssimo
privilegiando a busca de oportunidade, igualdade e maior dignidade aos direitos
do sexo feminino. E, somente por meio de políticas públicas eficazes no campo
do ensino, a problemática da discriminação poderá ser minimizada para garantir
a equidade, tratando-se do princípio da igualdade, seja como um objeto ou seja
como uma obrigação vinculante.
Diante do exposto, a superação da classe do gênero
feminino, neste amplo mercado de trabalho, somente poderá ser concretizada no
alcance em que seja superado uma inovação da estruturação de um original
sistema ideológico e político de inclusão da classe trabalhadora em qualquer
circunstância, baseando no princípio da dignidade da pessoa humana e no da
igualdade.
Fonte: Migalhas / Autora: Milena Lais Vieira (Advogada no
Santos Perego & Nunes da Cunha Advogados Associados. Pós Graduada em
Direito e Processo do Trabalho)
Oportunidade de Trabalho / Mercado Recruta
Especialista de Seguros
ADMINISTRATIVA - CATAGUASES / MG
Somos uma das principais empresas privadas do setor elétrico, com 19 mil colaboradores próprios e terceiros de norte a sul do Brasil iluminando vidas, transformando energia em conforto e desenvolvimento. Buscar soluções energéticas inovadoras e sustentáveis está no DNA dessa gente que brilha e se orgulha de fazer um trabalho transformador. Buscamos pessoas que assim como a gente, possuam espírito de realização, inovação e que queiram construir um trabalho que faça a diferença para milhares de pessoas.
Se você se identifica com os desafios e busca incessantemente a excelência e o crescimento contínuo, no Grupo Energisa você tem a oportunidade de transformar a sua carreira.
Você será responsável por:
Elaborar relatórios de mapeamento de riscos para viabilizar uma eficiente contratação de seguros, visando resguardar adequadamente os interesses dos segurados;
Realizar processos de cotação para contratação e/ou renovação de seguros do Grupo Energisa, sendo responsável por providenciar todas as informações e documentos necessários, colocação do risco no mercado, recepcionar e analisar propostas, negociar condições e elaborar relatório do processo, prezando sempre pelo melhor custo x benefício para os segurados;
Recepcionar e conferir apólices de seguro, disponibilizando para cadastro interno;
Revisar constantemente as condições atuais dos seguros contratados pelo Grupo Energisa, buscando junto ao mercado (benchmarking) referências para análise de eventuais melhorias a serem implementadas;
Realizar os processos necessários para regulação de sinistros, sendo responsável por organizar informações e documentos, interagir junto aos segurados e seguradoras, organizar e arquivar todas as informações e documentos dos processos;
Realizar apresentações para as áreas internas (áreas afins) visando a divulgação e criação de uma cultura interna de seguros;
Elaborar relatórios de gestão de desempenho dos seguros contratados pelo Grupo Energisa.
O que é essencial você apresentar:
Superior completo em Engenharias, Economia ou Administração;
Pós-graduação em áreas afins.
O que será considerado como diferencial:
Regulação do Setor;
Principais ramos de seguro para atuação:
Seguro Garantia (todas as modalidades);
Seguro de Riscos Operacionais;
Seguro de Responsabilidade Civil Geral;
Seguro de Vida.
Relatórios gerenciais;
Microsoft Office.
O que oferecemos:
Plano de saúde e seguro de vida;
Plano odontológico;
Previdência privada;
Participação nos lucros;
Vale alimentação ou refeição;
Auxílio Creche;
Programas de qualidade de vida;
Gympass que te dá acesso a mais de 18 mil academias no Brasil.
Local de atuação: 01 Vaga para atuação em Cataguases/MG
Gostou do desafio? Então que tal juntar-se ao nosso time?
O grupo Energisa se orgulha de ser uma empresa de muitos sotaques, que respeita as diferenças, acolhe as boas ideias e valoriza as experiências vivenciadas em cada canto do País. Dessa forma, todas as candidaturas realizadas são consideradas sem distinção de raça, religião, gênero, nacionalidade, deficiência, orientação sexual, idade ou qualquer outra.
Link para Candidatura: https://jobs.kenoby.com/grupoenergisa/job/especialista-de-seguros/5ffdfc3cb13d962373cdc461?utm_source=website#.YARJcBLeIIk.linkedin
Perspectivas de Riscos Para 2021
Acesse o estudo da The Global Risks Report 2021: https://www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2021/
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
https://www.revistaapolice.com.br/2020/12/edicao-261/
https://www.revistacobertura.com.br/2020/12/21/edicao-227/
https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/
https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/12/segurototal_ed213.pdf
http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed33_2020.pdf
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