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Número de acidentes em barragens dobra de 2019 para 2020

20, Mai. 2021

Número de acidentes em barragens dobra de 2019 para 2020

Fonte: Monitor Mercantil

Em 2020, o Grupo de Informações de Emergências em Barragens, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) atuou e acompanhou 63 ocorrências em barragens, sendo elas 24 acidentes, 33 incidentes e 6 casos de boatos (fake news em redes sociais) em todo o país.

O número de acidentes é mais que o dobro dos 11 anotados em 2019, o primeiro ano de registro destas ocorrências em uma série histórica. Em relação ao número de incidentes, houve estabilidade (33 x 30), e foram os primeiros registros de boatos em redes sociais (seis casos).

O relatório Ação Conjunta em Segurança e Emergência em Barragens 2020, divulgado nesta quinta-feira, atribui o incremento de mais de 100%, principalmente, às chuvas intensas em janeiro na região Sudeste, especialmente nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Dos 24 acidentes, 2 ocorreram em barragens de mineração; 1 em hidrelétrica; 1 em resíduos industriais; 1 em dique contra cheias; e os demais em instalações de usos múltiplos.

Copel investe em energia eólica

O presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmou nesta terça-feira que a compra do complexo eólico Vilas, anunciada na noite da última segunda-feira, representa a materialização da estratégia da companhia de aumentar seu portfólio de geração renovável e de mitigar a exposição ao risco hidrológico de suas hidrelétricas.

A estatal paranaense assinou um contrato para aquisição de 100% do complexo eólico Vilas, localizado em Serra do Mel (RN), com 186,7 megawatts (MW) de capacidade instalada. A transação soma R$ 1,059 bilhão e tem fechamento previsto para 30 de novembro. Pertencente à Voltalia, o empreendimento já está praticamente operacional.

Não estamos falando de um negócio transformacional para a Copel, é business as usual, mas representa a materialização da estratégia que vínhamos falando nos últimos meses. Nosso core business é energia elétrica, estamos num processo de desinvestimentos de ativos que não tem relação com o setor, disse o executivo, durante teleconferência para comentar a transação.

Slaviero destacou ainda que o ativo cumpre todos os requisitos da política de investimentos anunciada recentemente pela companhia. A Copel tem buscado crescer seu parque gerador com ativos de geração renováveis e tem preferência por empreendimentos brownfield (já operacionais), de porte médio, e localizados em regiões onde já esteja instalada, o Rio Grande do Norte é o segundo maior polo da Copel, depois do Paraná.

Com a aquisição, a capacidade instalada de geração eólica da elétrica aumentará em 29%, com a mesma estrutura de gestão operacional.

A compra do complexo eólico terá impacto limitado sobre a alavancagem consolidada da Copel, de aproximadamente 0,2 vez. Vamos continuar com alavancagem baixa, mas seguindo a meta na direção certa, de atingir 2,7 vezes, afirmou Adriano Rudek de Moura, diretor de finanças e de relações com investidores da Copel.

Para melhorar sua estrutura de capital, a Copel busca elevar sua alavancagem para o patamar de 2,7 vezes. No fim do primeiro trimestre, o índice atingiu 1,2 vez a relação dívida líquida sobre Ebitda. Estamos convictos de que os retornos [do projeto] ficarão bem acima do custo de capital. E há outros upsides que a companhia buscará para melhorar o retorno dos ativos, comentou Moura.

Sobre sinergias operacionais, a elétrica paranaense estima uma diluição de custos fixos de cerca de R$ 3 milhões por ano com a aquisição.

Ampliação do complexo eólico

A Copel vê a possibilidade de ampliar o complexo eólico Vilas com a instalação de parques híbridos, agregando a geração solar.

No nosso modelo de aquisição, já mapeamos uma potencial ampliação para parques híbridos, para um parque solar também. Dentro da modelagem, consideramos a instalação de estações de medição solar para que, no futuro, possamos desenvolver um parque híbrido, disse o diretor de desenvolvimento de negócios da elétrica, Cassio Santana da Silva.

O complexo eólico Vilas tem parte de sua energia contratada no mercado regulado e outra parte no mercado livre, restando ainda 13% de energia disponível para novos contratos. Quem fará a gestão da energia descontratada do complexo será a Copel Geração e Transmissão.

Pela localização do projeto, ele tem maior geração no horário de pico, no momento em que a carga está alta, então é bastante atrativo nesse sentido, acrescentou Santana.

Fonte: Valor Econômico

Privatização da Eletrobras avança na Câmara dos Deputados

O modelo de privatização prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa

Fonte: InfoMoney

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (19), por 313 a favor a 166 votos contra, o texto-base da Medida Provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6), a MP 1031/21.

Há ainda destaques a serem apreciados na sequência da aprovação do texto principal.

Depois da votação do destaques, o texto vai ao Senado, devendo ser votado até dia 22 de junho na Casa para que a MP não caduque.

O modelo de privatização prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União. O governo reduzirá sua fatia nas ações com direito a voto de 61% para 45%.

Apesar de perder o controle, a União terá uma ação de classe especial (golden share) que lhe garante poder de veto em decisões da assembleia de acionistas a fim de evitar que algum deles ou um grupo de vários detenha mais de 10% do capital votante da Eletrobras.

A sessão foi marcada por debates, com a oposição mobilizada no início da sessão para tentar retirar o item da pauta. Contudo, os deputados rejeitaram requerimentos de retirada do tema e mantiveram a MP da Eletrobras na pauta da Câmara.

A oposição chegou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a votação, mas o recurso foi negado.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) acusou o relator, Elmar Nascimento (DEM-BA), de ter elaborado um relatório que favoreceria o empresário Carlos Suarez, sócio de empresas que atuam na área de gás e também possui projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

Os chamados jabutis, emendas que mudam o teor da proposta, incluídos pelo relator já foram apresentados em diversos projetos e MPs que já tramitaram nos últimos anos, incluindo o novo marco de gás, mas sempre foram rejeitados.

Isso é uma vergonha, um escândalo o que está acontecendo aqui, afirmou Braga. Isso é uma fraude, um crime, uma operação escandalosa que entrega o controle do sistema elétrico brasileiro, aumentar o preço da conta de luz do conjunto da população para alguns poucos estarem fazendo negócios com isso.

Nascimento admitiu conhecer Suarez, como todo o Brasil conhece, mas negou as acusações. Nunca recebi um benefício sequer dele ou de quem quer que seja, disse. Não faço tráfico de influência. Sem se alterar, Nascimento disse que, no passado, talvez reagisse de outra forma às acusações feitas por Glauber Braga. Talvez fosse me entender com deputado Glaber lá fora. Não o farei, afirmou.

Posteriormente, o relator leu o seu voto, favorável à aprovação da medida provisória e distribuiu nova versão do substitutivo aos líderes, com, segundo ele, pequenas alterações em relação ao texto protocolado e disse estar aberto a discussões de emendas apresentadas.

Houve então obstrução apresentada pela oposição, com pedidos de adiamento da discussão e votação. Os deputados também rejeitaram pedido do MDB para que fosse dada preferência ao texto original da MP em detrimento ao do relator, assim como rejeitaram para pedido semelhante do PT, que tivesse preferência um substitutivo apresentado pelo próprio partido.

O PT pretendia votar uma emenda substitutiva mais enxuta sobre o processo de capitalização, mantendo o controle pelo governo e limitando a 15% o total de energia que a Eletrobras poderia vender no mercado aberto. Já o MDB pretendia votar o texto original da MP, que não continha mudanças feitas pelo relator, como o uso de lucros futuros de Itaipu para programas de transferência de renda e modicidade de tarifa.

O relatório apresentado na véspera por Nascimento havia condicionado a privatização à contratação de 6 mil megawatts de termelétricas em diversas regiões do País e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que teriam como consequência o aumento do custo da energia para o consumidor final. Posteriormente, no documento substitutivo, o relator tirou a menção à condicionalidade. O texto ainda mantém a previsão de contratação dessas usinas, mas mudou o texto para que isso não precise mais ocorrer obrigatoriamente antes da desestatização.

O relator da matéria havia apresentado formalmente o seu parecer sobre o tema na última terça-feira (18) após negociações entre o parlamentar e o governo sobre pontos do texto que, na visão de técnicos e de analistas de mercado, inviabilizariam a privatização da estatal caso fossem mantidos.

Assim, o relator buscou em seu texto fazer alterações que, segundo ele, atenderam a demandas do governo e que foram bem recebidas pelos analistas de mercado, ainda que alguns pontos (principalmente sobre a contratação de térmicas) seguissem como alvos de atenção (veja mais clicando aqui). Posteriormente, nesta quarta, mais algumas mudanças no texto foram realizadas no texto.

A entrega na terça-feira do relatório sobre a MP por Nascimento e o agendamento de votação pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) levaram as ações da Eletrobras a fecharem em máximas históricas, com os papéis preferenciais saltando 3,62%, para R$ 42,41.

Mas o texto do parlamentar gerou preocupações entre especialistas do setor elétrico, e uma entidade que representa associações de empresas de energia, o FASE, disse em manifestação pública que elas tornavam o projeto desequilibrado, portanto mereceriam ser reavaliadas com o devido cuidado.

O Papel do Gestor de Riscos / Como proteger a empresa de prejuízos?

Fundamentalmente, o objetivo central de todo empresário e gestor de empresas é fazer com que o negócio cresça e seja lucrativo. Para isso, lança-se mão de todas as ferramentas e estratégias conhecidas. Além disso, são traçados alguns planejamentos e as estratégias, então, são estabelecidas.

Um bom planejamento financeiro é importante para qualquer empresa que deseja crescer e deve contemplar, entre outras coisas, reservas para a adoção de medidas de proteção ao patrimônio já conquistado e construído, além de capital para prevenção de riscos.

A empresa e seus colaboradores, claramente, precisam trabalhar a questão da gestão de riscos de maneira séria. Equipamentos de segurança devem ser usados sempre que necessário, assim como um trabalho de conscientização e prevenção de todo e qualquer tipo de acidente potencial deve ser realizado constantemente entre as equipes. Ter o suporte de uma consultoria que possa auxiliar na implantação de controles para a gestão de riscos, desenvolvimento de processos, planejamento, organização e direção das políticas para minimizar a ocorrência de imprevistos é o primeiro passo para evitar custos não programados e, principalmente, dores de cabeça.

Independente da área de atuação ou do tamanho do negócio, contratar um Seguro de Responsabilidade Civil é a maneira mais simples, barata e eficaz de evitar um grande prejuízo no caso da necessidade de pagamento de indenização por danos materiais ou corporais causados involuntariamente a terceiros, aconteçam eles nas dependências da própria empresa ou no local da prestação de um serviço. Esse é o segundo passo para proteger a empresa de um grande rombo financeiro imprevisto.

Alerto aqui, que toda empresa, seja uma indústria, comércio, hotel, restaurante, centro comercial, clínica, escola ou outros estabelecimentos, e até profissionais autônomos devem pedir a orientação de um profissional especializado para saber qual Seguro de Responsabilidade Civil melhor se adapta à sua realidade. Para definir a melhor opção, leva-se em conta o faturamento da empresa, tipo de atividade desempenhada, política de prevenção de riscos já implantada, suas dependências, o número de funcionários, entre outros aspectos. O valor previsto para uma possível indenização deve ser compatível com todas essas especificações.

Por mais cuidadosas que as pessoas sejam, acidentes infelizmente acontecem. O importante é ter se cercado de cuidados a fim de evitá-los e ter um Seguro Responsabilidade Civil como retaguarda para garantir o ressarcimento do cliente ou outra pessoa que tenha sofrido algum dano, além da continuidade do negócio de maneira saudável.

Fonte: Revista Cobertura / Autor: Ricardo Valencia, diretor comercial da Energy Broker

Gestão de Riscos Logísticos

Falta de contêineres estimula a utilização de contêiner NOR

O comércio global de mercadorias passa por uma situação atípica com a falta de contêineres e sofre com o aumento excessivo do preço do frete internacional. A escassez de contêineres no mercado, já notada a partir de 2019, piorou com o prolongamento da pandemia e transformou uma simples caixa de metal em protagonista do comércio internacional. Para exemplificar, o frete marítimo entre a China e o Brasil era negociado em torno de US$ 2 mil em 2017 e atualmente chega a US$ 10 mil dependendo da empresa de navegação.

Grande parte das exportações brasileiras, principalmente para países asiáticos, é composta por produtos que necessitam contêineres refrigerados, conhecidos como Reefers. O contêiner reefer é um equipamento isolado termicamente, usado principalmente no transporte de produto que precise de uma temperatura controlada para a conservação da qualidade primária dos produtos desde a origem até a entrega no destino final, tais como carnes e derivados, aves, frutos do mar e peixes, frutas, verduras, entre outros perecíveis.

Os contêineres reefers saem do Brasil e não retornam na mesma proporção por falta de importação de produtos da mesma natureza. Para balancear esse fluxo e reduzir custos logísticos e operacionais, e suprir a falta de contêineres no sentido inverso da exportação, os armadores ofertam a operação NOR (Non-Operating Reefer) que significa reefer fora de operação, com motor desligado, equiparando-se, assim, aos containers comuns DRY/HC, e com isso reduzem significativamente o custo do frete internacional. Para o armador, é muito melhor receber menos do que retornar com os equipamentos vazios.

O transporte de contêiner NOR ainda não é muito praticado no mercado nacional, mas com a falta de contêineres convencionais, já desperta a atenção de empresas com cargas conteinerizadas secas e cada vez mais ganha espaço no comex brasileiro.

O interior do reefer é mais sensível e frágil que um contêiner dry, o que requer cuidados especiais com a colocação de mercadorias, A parede interna do contêiner possui isolamento térmico de poliuretano e revestido com alumínio ou aço inoxidável, e fácil de ser danificado dependendo o tipo de mercadoria ou amarração utilizada, portanto, deve-se evitar o embarque de mercadorias muito pesadas que podem danificar o contêiner e outras que soltem qualquer tipo de sujeira e líquidos, assim como também não é adequado para produtos que absorvam odores, como tecidos, papéis, entre outros sensíveis.

Após o transporte de mercadorias em contêiner refrigerado, o importador tem a obrigação de devolver o equipamento lavado e limpo, e o armador por sua vez, só deve permitir o embarque de outra carga no mesmo contêiner quando este estiver em impecável estado de limpeza e apropriado para transporte.

Para fins de seguro de transporte internacional, não há restrição para a utilização de contêiner NOR, mas os cuidados com embarque desse tipo devem ser redobrados com atenção especial para as embalagens, pois o seguro não cobre danos a terceiros, o contêiner no caso, e tampouco danos a própria mercadoria por insuficiência de embalagem. Outro aspecto importante, é que na hipótese de uma mercadoria se tornar imprestável devido a cheiro ou absorção de odores de mercadorias transportadas anteriormente no mesmo contêiner, os prejuízos não são cobertos pelo seguro de transporte internacional e não existe cobertura de seguro adicional para esse risco.

Fonte: Blog do Rocha / Autor: Aparecido Rocha / insurance reviewer

MDS Brasil anuncia Danilo Rosa como diretor de agronegócio

Executivo assume cargo com compromisso de alavancar os negócios da empresa

Fonte: MDS / Sonho Seguro

A MDS Brasil, uma das principais corretoras do País no segmento de seguros, resseguros, gestão de benefícios e consultoria de riscos, anuncia Danilo Rosa como novo diretor de Agronegócios. O executivo assume com a missão de desenvolver essa importante área de negócios, que tem se destacado no cenário econômico do Brasil. À frente da nova diretoria, o profissional atuará na gestão da estratégia da área em conjunto com as estruturas Comercial e Técnica, com foco nos pilares de distribuição de seguros para o mercado Agro.

Danilo é formado em Agronomia, Engenharia Ambiental e também tem pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Possui quase 10 anos de mercado e tem atuado na promoção e desenvolvimento do setor de seguros rurais nos diferentes canais de distribuição e regiões do País. Tem amplo conhecimento técnico e comercial nos ramos Risco Nomeado, Multirrisco Agrícola (Custeio, Produtividade, Faturamento e Paramétrico) para todos os grupos de cultivares (Grãos, Olerícolas, Frutas e demais), Pecuário e Floresta, Patrimonial Rural Danos: Benfeitorias e Máquinas/Equipamentos Agrícolas.

Thiago Tristão, vice-presidente de Riscos Corporativos da MDS Brasil e CEO Brasil da MDS Reinsurance Solutions, reforça a vasta experiência do executivo no setor. Sabemos que a agricultura tem extrema relevância para a economia do nosso País, por isso a importância de contar com um Seguro Agro. O destacado desempenho do segmento é fonte de renda para milhares de produtores pelo Brasil, logo, a cultura do seguro neste setor só aumenta e reforça que esses produtores estejam segurados contra prejuízos e danos. Danilo terá a missão de direcionar equipes, incentivar o crescimento profissional dos colaboradores e desenvolver talentos em conformidade com a estratégia da companhia, conclui.

O novo diretor reitera que o setor é um oceano de oportunidades. A área de agronegócios cresce mesmo em cenários adversos e se mostra a força motriz da economia nacional. No entanto, nem 15% desse setor é segurado. Meu desafio é tornar a MDS Brasil uma referência neste mercado dentro do canal broker, levando a essência da empresa como modelo consultivo, e proporcionando ao cliente propostas customizadas e soluções para as suas necessidades, finaliza.

Plataforma da Swiss Re Corporate Solutions permite acionar e acompanhar sinistros de seguro agrícola em tempo real

Nova funcionalidade traz mais agilidade, segurança e transparência no processo para corretores e clientes

Fonte: Swiss Re / Sonho Seguro

A Swiss Re Corporate Solutions acaba de lançar uma melhoria em sua plataforma de cotação que facilitará a vida de corretores e trará mais agilidade e segurança para os clientes. É o Aviso de Sinistros Agro, funcionalidade na plataforma que permite o acionamento de sinistros de seguros agrícolas de forma totalmente online onde o corretor poderá acompanhar o andamento do sinistro em tempo real, sem burocracia.

Devido à sua natureza, o sinistro do seguro agrícola requer uma documentação relativamente grande. Antes desta melhoria, o processo de abertura e acompanhamento do sinistro era feito através de sistemas tradicionais e, com isso, o fluxo de informação entre cliente, corretor e seguradora era feito de maneira manual, através de ferramentas tradicionais, como o email, o que levava mais tempo para poder passar as informações ao cliente, afirma Glaucio Toyama, Head Agronegócios LATAM da Swiss Re Corporate Solutions Brasil.

Com a nova plataforma, além do acionamento do sinistro, o corretor ainda poderá acompanhar toda a documentação pela plataforma, o que inclui laudo preliminar, laudo final, laudo de revistoria e relatórios fotográficos, além de observações da área responsável, trazendo mais agilidade e transparência ao processo.

O lançamento da nova funcionalidade está em linha com uma série de iniciativas ligadas à transformação digital que a seguradora vem promovendo nos últimos anos. Colocamos sempre o cliente e o corretor no centro das nossas decisões e pensamos em soluções que agreguem valor para eles, destaca Guilherme Perondi, Diretor Executivo de Estratégia de Distribuição e Clientes e Head Divisão Standard na Swiss Re Corporate Solutions Brasil.

Entre essas iniciativas, destacam-se a Academia Digital, plataforma educacional voltada para corretores que já quase 10.000 treinamentos concluídos e certificados, com cursos sobre os produtos comercializados pela seguradora, e o uso de Inteligência Artificial para otimizar o atendimento aos corretores. Quando a pandemia começou, tivemos que acelerar nosso processo de transformação digital. Um exemplo foi o uso de drones para mensurar áreas agrícolas a serem seguradas. Isso permitiu maior segurança ao cliente e nossa equipe com o distanciamento social. A transformação digital traz benefícios para todos os envolvidos, com ganhos de agilidade, segurança, precisão e produtividade, conclui o executivo.

Sequestros cibernéticos crescem 60%

Fonte: Valor Econômico

Especialistas em cibersegurança gostam de brincar que os hackers que transformaram o ransonware em um negócio multibilionário, muitas vezes, são mais profissionais até do que as maiores de suas vítimas. Os ransomwares, quando hackers travam sistemas de computação ou dados de seus alvos até o pagamento de um resgate, voltaram ao centro dos holofotes, recentemente, depois de ataques contra um dos maiores oleodutos dos Estados Unidos, as operações da Toshiba na Europa e o serviço de saúde da Irlanda.

Embora os governos tenham se comprometido a solucionar o problema, especialistas dizem que as gangues de criminosos se tornaram mais arrojadas e continuam em posição de vantagem. Há mais sofrimento por vir para as empresas, alertam. Este provavelmente é o maior dilema quanto à [ciber] segurança, porque as empresas precisam decidir até que ponto participarão desse jogo de gato e rato, disse Myrna Soto, diretora de estratégias da Forcepoint. É uma batalha, é uma guerra, para ser honesta.

Em 2020, o número de ransomwares cresceu mais de 60%, para 305 milhões, segundo dados da SonicWall, com os hackers aproveitando-se do trabalho remoto e das vulnerabilidades abertas em sua esteira. Pouco mais de 25% das vítimas pagaram para destravar seus sistemas, de acordo com analistas de cibersegurança da CrowdStrike.

Cerca de 25 gangues dominam o mercado, cujos negócios estão efervescentes. Elas ganharam pelo menos US$ 18 bilhões em resgates em 2020, segundo a firma de cibersegurança Emsisoft, com um pagamento médio em torno a US$ 150 mil. Muitas das gangues, cujos alvos antes eram indiscriminados, agora estão empenhadas em caçar presas grandes, para assim poder exigir resgates mais altos.

Criminosos com menos conhecimento tecnológico também se juntaram à onda, depois do surgimento de serviços de ransomware (Raas, na sigla em inglês), nos quais grupos alugam seus vírus na dark web para terceiros (seus afiliados) e ficam com uma parte do lucro do ataque. Há bem poucas barreiras para entrar agora, disse Rick Holland, diretor de segurança da informação no grupo de cibersegurança Digital Shadows.

Os supostos criminosos no caso da Colonial Pipeline, uma gangue russa chamada DarkSide, operam um programa de afiliados, segundo a firma de cibersegurança FireEye, de forma que algum outro grupo pode também ter participado do ataque ao oleoduto. Agora há uma divisão de trabalho e os criminosos estão cooperando de forma transnacional, disse Joshua Motta, cofundador e CEO do grupo de cibersegurança Coalition.

Especialistas e governos continuam a debater qual o modo mais eficiente de combater os cartéis de hackers. Uma das questões mais espinhosas é se os governos devem impedir totalmente que as vítimas paguem qualquer resgate. Isso é algo que os governos precisam considerar seriamente, disse Brett Callow, analista da Emsisoft. Faça com que os ataques ransomware deixem de ser lucrativos e os ataques acabarão. Os críticos à ideia, no entanto, advertem que essa proibição pouco faria para deter os hackers, em vista do baixo custo e do baixo risco de lançar os ataques.

Além disso, dizem que isso poderia redirecionar as miras das gangues a alvos mais vulneráveis, como hospitais. O FBI, polícia federal americana, aconselha a não pagar os resgates, mas no caso da Colonial Pipeline, a Casa Branca reconheceu a posição complicada em que as empresas se encontravam.

Em abril, uma força-tarefa público-privada de grandes grupos de tecnologia, como a Microsoft e a Amazon, em conjunto com autoridades americanas, recomendou tornar obrigatório que as empresas avaliem alternativas antes de pagar resgates e que, depois, caso acabem pagando-os, comuniquem um órgão governamental.

Muitas vítimas mostram-se reticentes em divulgar se foram atacadas ou se pagaram, por receio de danos a sua reputação ou de consequências jurídicas ou regulatórias. Isso pode ser feito de forma reservada, há maneiras de fazer isso, de modo a desestigmatizar a questão, disse Jen Ellis, vice-presidente de assuntos públicos e comunitários na firma Rapid7. Mas comunicar [os ataques] nos dá mais capacidade para investigar os pagamentos [e] rastreá-los.

Isso se conecta a outro grande requerimento que a força-tarefa e outros vêm fazendo: uma maior fiscalização governamental das bolsas de criptomoedas. Eles defendem que as bolsas deveriam seguir as mesmas leis contra a lavagem de dinheiro e de conhecimento do cliente que os serviços financeiros tradicionais. O governo dos EUA intensificou esforços para encontrar e julgar as próprias gangues de ransomware.

Em abril, o Departamento de Justiça dos EUA lançou uma unidade dedicada ao combate de ransomwares. Um dos objetivos, segundo uma mensagem do vice-secretário em exercício da Justiça, John Carlin, à qual o Financial Times teve acesso, é tomar medidas para desestabilizar e desmantelar o ecossistema criminoso. Normalmente, isso poderia incluir acabar com os servidores e outros serviços que facilitam a atuação dos cibercartéis, segundo Tom Kellermann, chefe de estratégia de cibersegurança na VMware e membro do conselho de assessoria a ciberinvestigações do Serviço Secreto dos EUA.

Kellermann sugeriu que poderia haver um papel a ser desempenhado pelos provedores de serviços de internet para acabar com fóruns na dark web associados a determinadas gangues. Por que eles não derrubam isso, simplesmente não expurgam isso completamente da internet?

Muitas vezes, os criminosos afiliados são mais descuidados e deixam pistas que permitem aos investigadores tomar ações, segundo Allan Liska, da equipe de resposta em segurança da computação da Recorded Future. Já há sinais de que as ações contra a infraestrutura dos hackers ajudaram a evitar um desastre ainda mais catastrófico no caso da paralisação da Colonial Pipeline.

No sábado retrasado, um grupo de empresas do setor, assim como agências governamentais como o FBI, frustraram os hackers ao derrubar servidores nos EUA que eles estavam usando para armazenar dados antes de enviá-los à Rússia, segundo duas fontes a par da situação. O caso foi noticiado primeiro pela Bloomberg.

Há poucas tentativas de processar as gangues, muitas das quais operam com impunidade na Rússia, um país que dificilmente as extraditaria. Em abril, o secretário do Tesouro dos EUA até acusou um dos serviços de inteligência da Rússia, o FSB, de cultivar e cooptar o grupo de ransomware Evil Corp. Em troca, os criminosos normalmente evitam atacar organizações na Rússia e podem ser chamados para compartilhar seu acesso aos sistemas das vítimas.

Eu brinco que a forma mais segura de se proteger dos ransomwares é converter todos seus teclados para o cirílico russo, disse Liska. Não temos problemas com o ransomware. Temos um problema com a Rússia. É isso, disse no Twitter o cofundador do grupo de segurança CrowdStrike, Dmitri Alperovitch, que hoje comanda centro de estudos Silverado Policy Accelerator.

A força-tarefa público-privada contra ransomwares recomendou uma maior coordenação internacional e exercer pressão sobre os países que se recusem a colaborar, por exemplo, por meio de sanções ou congelando vistos ou programas assistenciais. Até agora, os EUA têm optado por aplicar sanções contra grupos específicos, como a Evil Corp.

Em outubro, o Tesouro dos EUA emitiu um alerta a todos os grupos que possam estar ajudando a facilitar o pagamento de resgates, empresas de seguros, negociadores, firmas de cibersegurança, para que não infrinjam as sanções. Também fez um alerta similar a órgãos financeiros, como as bolsas de criptomoedas. Nem todos deram ouvidos a esses alertas.

Segundo dados da Chainalysis, que analisa transações com blockchain, cerca de 15% dos pagamentos de resgates que acompanhou em 2020, o que representa um total de US$ 60 milhões, podem ter violado as sanções, já que parecem ter sido enviados a grupos incluídos em listas de nomes vetados ou a afiliados a esses grupos.

Com poucas opções para abrir processos, um especialista a par da estratégia do governo diz que as autoridades deverão esperar para agir contra os que atacaram a Colonial Pipeline. São 10 ou 15 garotos ou garotas que gostam de festas e querem ter rios de dinheiros. Você não vai atrás deles na Rússia, você vai atrás deles quando estiverem em férias na Grécia.

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