Queda na projeção de crescimento do PIB em 2022
25, Mai. 2021
Queda na projeção de crescimento do PIB em 2022
Apesar da continuidade das revisões positivas para 2021,
queda da projeção para o ano que vem evidencia que a incerteza ainda é alta,
afirma economista da CNseg
Fonte: Sonho Seguro
A queda da projeção do crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) para 2022 e a inflação batendo no teto da meta do governo foram dois
pontos destacados no Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal
feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg desta
semana. A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia
brasileira em 2021 voltou a subir, pela quinta semana seguida, de 3,45% para
3,52%, no Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira com
estimativas coletadas até o fim da semana passada. Para 2022 houve queda na
projeção de crescimento, de 2,38% para 2,30%, deixando claro que, apesar dos
resultados melhores que o esperado no curto prazo, continua no País o ambiente
de grande incerteza em relação à dinâmica da pandemia, à economia e à política,
comenta Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação
Nacional das Seguradoras.
A inflação segue preocupando, ainda mais agora que bateu
no teto da meta. Nesta semana, a expectativa mediana para o IPCA este ano subiu
mais uma vez, chegando a 3,24%, encostando no teto da meta estabelecida pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25%. Um fator que tem chamado a atenção
dos mercados em relação à inflação são os diversos gargalos na produção de bens
industriais, o que tem provocado aumento de preços e até mesmo escassez, em
caso mais extremos, de alguns produtos. Um desses casos extremos é a falta de
semicondutores para a fabricação de carros, ressalta Simões.
Números interessantes Para o Mercado de Seguros
2021, que tinha tudo para ser um ano tão ou mais
complicado que 2020, está mudando o jogo, escreve Antonio Penteado Mendonça em
artigo exclusivo para o Sindseg SP
Fonte: Ideia e Conteúdo / Sindseg SP
A economia brasileira levou um tombo de mais de 4% no ano
passado. É muito menos do que os 10% inicialmente esperados, mas, mesmo assim,
é número suficiente para comprometer o crescimento do país, até porque veio
depois de um percentual bastante baixo em 2019.
2021, que tinha tudo para ser um ano tão ou mais
complicado que 2020, está mudando o jogo. As últimas previsões já falam em
crescimento de mais de 4%, o que seria o melhor dos mundos, porque mostra que a
pandemia não teve o impacto incialmente esperado, com a chegada da segunda
onda. Tivemos mais de 4 mil mortos por dia, mas a economia girou. Seja porque
as pessoas não aguentavam mais ficar em casa, seja porque precisavam trabalhar
e ganhar o pão de cada dia, o fato é que o isolamento social caiu e o estrago
na economia foi compensado pelas pessoas trabalhando, pelo aquecimento de
determinados setores da indústria e pelo crescimento acelerado do comercio
eletrônico.
Ainda é cedo para se ter certeza de que as previsões se
cumprirão e que a economia terá ao longo do ano um desempenho de mais de 4%.
Neste exato momento estamos assistindo a ocupação dos leitos de UTI voltar a
subir e estudos da maior seriedade estão indicando que no final do mês
poderemos estar de novo no patamar de 3 mil mortos por dia, com possibilidade
concreta do movimento se transformar numa terceira onda do coronavírus. Neste
momento o vírus corre solto e está bem à nossa frente. Alimentado pela falta de
vacinas, o que compromete a aplicação da segunda dose, e pelo arrefecimento do
isolamento social, ele se espalha pelo país, puxado por uma nova cepa que se
mostra bem mais contagiosa.
Este é o cenário do país e ele tem impactos positivos e
negativos na vida da sociedade. Não há dúvida de que o número de mortos é o
marco mais importante e ele não pode ser disfarçado por nenhuma outra ação ou
fato. O Brasil perderá, até o final deste ano, perto de 600 mil cidadãos. É um
número maior do que o total de soldados norte-americanos mortos na Segunda
Guerra Mundial e é um número imperdoável, porque ele poderia ser bem menor se o
Governo Federal tivesse feito sua parte desde o início da pandemia.
O setor de seguros fechou 2020 com um dos melhores
desempenhos da economia nacional. Perto do que aconteceu com outros setores
econômicos, pode-se dizer que os números consolidados foram bons, especialmente
diante da recessão que atingiu fortemente as estruturas da nação.
Agora estão saindo os números do primeiro trimestre de
2021 e eles são positivos, na comparação com o mesmo período de 2020. Todavia,
para se ter uma ideia mais precisa da realidade do setor, a leitura deve ser
feita abrangendo um período mais longo e aí o resultado do primeiro trimestre
deste ano é pior do que o resultado do último trimestre de 2019 e do último
trimestre de 2020.
De acordo com dados publicados pela Conjuntura CNSeg nº
43, editada pela CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), no primeiro
trimestre de 2021, as reservas do setor atingiram 1,2 trilhões de reais. Para
mostrar a ordem de grandeza da atividade seguradora, o fundo de pensão da Caixa
Econômica Federal, um dos maiores do país, tem patrimônio de 80 bilhões de
reais.
Interessante notar que os números do primeiro trimestre
foram fortemente influenciados pelo desempenho dos seguros de danos e
responsabilidades, além dos resultados de vida e previdência complementar
aberta, que mostram a retomada da atividade empresarial, a maior preocupação
das pessoas com seus patrimônios e, dado relevante, uma maior sensibilidade,
evidentemente decorrente da pandemia, com a importância da adoção de medidas
para proteger a família no caso da ausência do seu arrimo.
Ainda tem muita água para passar debaixo da ponte, mas a
de se manter as previsões atuais, 2021 será um ano melhor do que o esperado
para a economia nacional como um todo e será um ano melhor ainda para o setor
de seguros especificamente.
Profissionais buscam mais do que rótulos e poder
A espiritualidade está presente em nossas vidas como o
vento, que não vemos, mas cujo impacto, rude ou suave, devastador ou
reconfortante, podemos sentir, diz
Fonte: Sonho Seguro
A caminho da espiritualidade. É neste estágio que boa
parte dos funcionários está, afirma a diretora de RH para o Grupo Swiss Re na
América Latina, Cristina Aiach Weiss. A crise atual nos chama à reflexão. E, no
limite, nos faz questionar o próprio sentido da vid, comenta ela. A executiva
tem percebido em seu dia a dia, que boa parte dos profissionais passou a
considerar a realização como algo mais amplo, que transcende a remuneração, o
cargo e o glamour de fazer parte de uma instituição de renome. Esses
profissionais buscam mais do que rótulos e poder. Sabem do impacto que lhes
causa entregar suas vidas a um ritmo de trabalho estressante; têm ciência de
como sua privacidade está ameaçada pelos recursos tecnológicos agora
disponíveis; e procuram resistir ao automatismo do mundo moderno. Durante minha
jornada profissional, encontrei várias pessoas assim.
O compromisso de encontrar um sentido mais amplo nunca me
deixou. Isso inclui o trabalho, mas também a vida pessoal e a construção da
família. Em 2018, escrevi um livro com minha filha, Mamãe dá Trabalho, sobre o
desafio de conciliar a atividade profissional e a condição de mãe. Surgiu da
necessidade de dar respostas a diversas inquietações de minha filha sobre meu
trabalho e sobre as longas horas dedicadas a ele, em casa ou no escritório.
Este sempre foi um desafio para mães que trabalham: a divisão do tempo e como
atender a tantas demandas ao mesmo tempo. Comigo não foi diferente.
Em meu livro, digo para minha filha que alguns trabalham
com o coração, outros não, alguns trabalham por necessidade, outros por opção.
O trabalho sempre fez parte da vida das pessoas e foi por meio dele que as
sociedades se desenvolveram. Trabalhar gera satisfação pessoal, conhecimento e
desenvolvimento econômico. Por isso, o trabalho sempre foi tão valorizado.
Mas, levando esse raciocínio adiante, devo dizer que o
mundo do trabalho também pode ser bastante conflituoso. As relações humanas nem
sempre são norteadas por valores nobres. A falta de confiança gera, muitas
vezes, uma atmosfera de competição e falsidade. E a insegurança faz com que
muitos se engajem em uma corrida desenfreada atrás de objetivos puramente
econômicos e individuais. Em algum ponto da corrida, eles precisariam parar e
perguntar para si mesmos: afinal, por que estou correndo? Porém esse
autoquestionamento é um ato de coragem, que nem todos parecem dispostos a
assumir.
Ter a resposta de porque trabalhamos é fundamental.
O dinheiro é o grande enigma a ser decifrado. Como afirmou
o filósofo indiano Aurobindo Ghose, o dinheiro é uma dádiva universal de origem
divina que foi usurpada pelo ego. Daí sua luz, daí sua sombra. Se não soubermos
diferenciar a luz da sombra, seremos aprisionados pelo fascínio do dinheiro em
seu ininterrupto jogo caleidoscópico.
O lucro possibilita que as empresas realizem objetivos
maiores. Mas a busca genuína do lucro deve ser norteada pelo propósito. Só
assim, as empresas poderão beneficiar não apenas os acionistas, mas também seus
funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade como um todo.
A espiritualidade é a busca do sentido em tudo que se
faz. É a intuição de que todas as nossas ações e seus resultados estão
vinculados a um propósito maior. É a convicção de que um poder invisível
permeia e sustenta o mundo visível. É a esperança de que podemos superar nossas
limitações e comungar com essa realidade transcendental.
Acredito que a espiritualidade esteja fundamentalmente
vinculada ao sentido. Quando sabemos por que fazemos o que fazemos, isso nos dá
a possibilidade de sermos mais compassivos, generosos e inclusivos.
O caminho da espiritualidade é, para mim, um caminho sem
volta. À medida que nos aproximamos do sofrimento, buscamos um sentido para a
vida, buscamos entender por que um ciclo se encerra e outro principia, por que
sentimos um vazio a troco de nada e depois uma alegria sem explicação. A
espiritualidade está presente em nossas vidas como o vento, que não vemos, mas
cujo impacto, rude ou suave, devastador ou reconfortante, podemos sentir.
Sem passar por cima das consciências individuais, sem
cercear o livre-arbítrio das pessoas, acredito que as empresas deveriam
incorporar, não apenas à sua pauta, mas à sua própria essência uma perspectiva
mais espiritual. O papel dos indivíduos e das organizações na sociedade pode e
deve ser mais amplo.
Importante dizer que espiritualidade não é uniformidade.
Quanto mais diferentes formos, mais desafiadora se tornará nossa convivência. E
mais enriquecedora também. Pela similaridade, nos relacionamos; pela diferença,
nos aprimoramos. As Upanishads, antigos tratados místico-filosóficos indianos,
dizem que a Verdade é uma só, embora os sábios a chamem por diferentes nomes.
Não precisamos concordar nos nomes. Para ter um vislumbre da Verdade, basta
praticar o bem.
Exploração de óleo e gás ganha urgência
A interrupção imediata da perfuração de novos poços de
petróleo, sugerida pela Agência Internacional de Energia (AIE) como forma de
assegurar os cortes de emissões previstos no Acordo de Paris, reforça o senso
de urgência na indústria de óleo e gás sobre a necessidade de busca de novas
descobertas, antes que a demanda comece a recuar.
Embora a moratória tenha sido recebida mais como um gesto
simbólico de pressão sobre governos e petroleiras e menos como um risco real ao
setor, a percepção no mercado é de que a transição energética se tornou um
caminho sem volta e que a janela de oportunidade para exploração se fechará em
algum momento.
A expectativa, no entanto, é que as atividades no Brasil
ganhem impulso nos próximos anos, diante da recuperação gradual dos preços do
barril.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) projeta
investimentos de R$ 6,5 bilhões em exploração de óleo e gás no Brasil em 2021.
São estimados 19 poços offshore (em mar) para este ano, número ainda baixo mas
quase quatro vezes superior às cinco perfurações de 2020, quando as campanhas
foram prejudicadas pelo choque de preços da commodity e pelas restrições nas
atividades a bordo ante a pandemia de covid-19.
Entre as operadoras com projetos previstos para este ano
estão Petrobras, Shell e ExxonMobil. Depois de um investimento maciço das
grandes petroleiras nos leilões dos últimos anos, é hora de começar a perfurar
as áreas adquiridas.
Para o coordenador técnico do Instituto de Estudos
Estratégicos de Petróleo (Ineep), William Nozaki, há sinais de que haverá uma
aceleração nas atividades exploratórias no Brasil, como reflexo do sucesso dos
grandes leilões ocorridos desde 2017. Segundo o pesquisador, o sucesso das
petroleiras no processo de transição energética está atrelado, justamente, à
capacidade das companhias de renovarem suas reservas.
Esse novo aumento do preço do petróleo torna improvável
que essa recomendação da AIE, de suspensão da perfuração de novos poços, seja
seguida, diz. É inexequível imaginar a transição energética sem o papel da
indústria petrolífera. É o petróleo que está financiando a maior parte dessa
transição, acrescenta.
Nesse sentido, a consultoria Rystad Energy destaca que as
reservas provadas de óleo e gás das chamadas Big Oil (grupo formado pela
ExxonMobil, BP, Shell, Chevron, Total e Eni) têm caído a um ritmo alarmante e
que as companhias não têm conseguido repor os volumes produzidos com novas descobertas.
Os níveis de reservas dessas empresas caíram 15% em 2020.
No Brasil, segundo a ANP, o recuo foi de 6,7% no ano passado.
Se as reservas não forem altas o suficiente para
sustentar os níveis de produção, as empresas terão dificuldade em financiar projetos
caros de transição energética, resultando numa desaceleração de seus planos de
energia limpa, opina o vice-presidente de pesquisa de exploração e produção da
Rystad, Parul Chopra, em relatório.
A consultoria cita que os volumes descobertos pela indústria
global no primeiro trimestre, de 1,2 bilhão de barris de óleo equivalente,
foram os menores em sete anos. Essa dificuldade de repor reservas se dá num
contexto em que o orçamento das petroleiras foi enxugado após o choque de
preços de 2020. Segundo a Rystad, os investimentos projetados para exploração e
produção para o biênio 2020-2021 caíram 27% desde a eclosão da pandemia.
A consultoria prevê que, embora devam começar a aumentar
lentamente a partir de 2022, os gastos das petroleiras não atingirão os níveis
pré-pandemia, de US$ 530 bilhões, pelo menos até 2025, horizonte limite da
projeção.
Com menor capital disponível e expectativa de redução da
demanda por petróleo nas próximas décadas, atrair investimentos para exploração
será uma missão cada vez mais dura para os países. O pré-sal brasileiro, no
entanto, está bem posicionado nessa disputa global.
O presidente da Chevron Brasil, Mariano Vela, disse que o
tamanho das oportunidades do Brasil é algo muito atrativo e que os ativos do
pré-sal estão no topo dos rankings mundiais em potencial de descobertas de
recursos. A transição energética existe, mas para a Chevron é importante
reconhecer que o óleo e gás continuarão sendo muito importantes por várias
décadas. É importante reconhecer que, no Brasil, a oportunidade existe e que
janela ainda está aberta, afirmou, em evento on-line.
O presidente da Shell Brasil, Andre Araujo, também se diz
otimista quanto à atratividade da indústria petrolífera brasileira. O
executivo, porém, defende que as grandes petroleiras buscarão locais onde as
regras são estáveis e claras e que é importante que o país garanta condições de
competitividade.
A medida em que chegarmos a um pico de petróleo e a
demanda começar a reduzir, não significa que o petróleo vai ser eliminado.
Alguém vai sair desse mercado primeiro e alguém vai ficar por último. Não temos
bola de cristal para saber que lugar vai deixar de ser competitivo em primeiro
lugar, mas o Brasil tem condições de ser um dos últimos, comenta.
O pesquisador do Instituto de Energia da PUC-Rio, Edmar
Almeida, afirma que o pré-sal brasileiro é menos intenso em carbono e que, por
isso, pode ser atraente para as grandes petroleiras na transição.
Por ter uma produtividade muito alta, os campos do
pré-sal gastam menos energia para produzir um barril e têm um indicador de
emissões baixo. Acredito que a questão das emissões vai ser considerada de
forma importante na hora da decisão de investimentos para reposição de
reservas.
Mesmo diante de seu alto potencial, o pré-sal, contudo,
não é garantia de bilhete premiado. Vale lembrar que a Petrobras decidiu, após
uma campanha malsucedida, devolver a área de Peroba, no pré-sal da Bacia de
Santos, adquirida em 2017. Este é, oficialmente, o primeiro fracasso
exploratório entre os blocos leiloados pelo regime de partilha desde a retomada
das rodadas do pré-sal nos últimos anos, mas pode não ser o único caso. A Shell
também não teve sucesso na primeira campanha em Saturno, arrematado em 2018.
Na avaliação de Almeida, as grandes petroleiras globais
tendem a ser mais seletivas nos próximos leilões no Brasil. Para ele, trata-se
de um processo natural, independentemente do processo de transição energética
em curso, porque as multinacionais já estão com carteira cheia de ativos no
país, sobretudo no pré-sal. Segundo o economista, mesmo que as grandes
petroleiras sejam mais moderadas, a tendência é que novas empresas surjam no
mercado.
A transição energética muda as estratégias das empresas e
isso pode gerar uma mudança no perfil das companhias que vão se engajar mais na
exploração daqui para frente. A tendência é que o papel das empresas
independentes ganhe relevância maior, disse.
Fonte: Valor Econômico
Consignado, seguro e venda casada: Justiça nega ações de
consumidores
Decisões de SP, BA e MG apresentam questionamento de
consumidores por cobranças supostamente indevidas.
Consignado, seguro e venda casada. Essas são algumas das
modalidades objetos de questionamento na Justiça por supostas cobranças
indevidas. Os consumidores alegam que não fizeram a contratação, foram
induzidos em erro ou não reconhecem a cobrança. A Justiça de SP, BA e MG,
porém, não atendeu aos pedidos em quatro casos diferentes. Confira.
No TJ/BA, uma consumidora requereu suspensão de
empréstimo consignado em benefício previdenciário que desconhecia.
O juiz de Direito Bernardo Mário Dantas Lubambo analisou
a variedade de demanda do mesmo tema do juízo e que no início da abordagem dos
problemas, vinham concedendo as tutelas de urgência.
Porém, explicou que o correr do tempo trouxe à luz numerosos
casos em que as instituições demonstraram cabalmente a regularidade da relação
contratual que originou as consignações, situações que chegaram a dar azo a
pedidos de desistência e condenações por litigância de má-fé.
Para o juiz, somente permitindo que o banco se defenda é
que pode se estabelecer se houve de fato contratação fraudulenta. Ao excluir-se
um empréstimo, ele não pode ser retomado sem que haja geração de nova
numeração, por limitações do sistema eletrônico. Isso dificulta, depois, o retorno
das cobranças das parcelas mensais e induz mora do aposentado.
Diante disso, negou a liminar.
Em uma ação que tramita em Belo Horizonte, a consumidora
questionou diversos descontos em sua conta a título de seguro de vida que
realizou em 2017, alegando serem indevidos, pois não contratou a renovação
automática. Na impugnação à contestação aduziu que o documento não é válido,
pois não possui suas rubricas, havendo apenas sua assinatura na última página.
A juíza de Direito Beatriz Junqueira Guimarães observou
ser claro o contrato ao estipular as condições do seguro, havendo a autorização
quanto à renovação automática.
A autora não registrou qualquer discordância a respeito,
nem por observações no contrato, nem mesmo por boletim de ocorrência ou
declarações de vontade nos anos seguintes à assinatura do contrato que se deu
em 2017.
Dessa forma, julgou improcedente o pedido. O processo
tramita em segredo de justiça.
Ainda em Belo Horizonte, uma empresa questionou a
contratação de um empréstimo na modalidade conta garantida, pois, na
oportunidade da contratação, foi compelida a contratar um seguro Vida Empresa.
Afirmou que se trata de venda casada pelo banco e por isso requereu o
cancelamento das cobranças.
A juíza de Direito Lucy Augusta Aznar de Freitas
considerou que a empresa não comprovou que foi compelida a contratar o seguro
ou que o empréstimo foi condicionado à contratação de seguro.
Para a magistrada, em que pesem as contratações terem
ocorrido na mesma data, foram celebradas em instrumentos jurídicos distintos,
não sendo possível verificar qualquer cláusula de vinculação no contrato de
empréstimo que exija a contratação do seguro.
Portanto, julgou improcedentes os pedidos.
O juiz de Direito Gustavo Sauaia Romero Fernandes, de SP,
também julgou improcedente uma ação que questionava seguro não contratado. O
magistrado ressaltou que que a presunção de boa-fé do consumidor não é
absoluta, especialmente ante alegações inverossímeis.
Para o julgador, não há como acreditar que, em mais de
dez anos recebendo extratos, o consumidor tenha levado tanto tempo para
perceber supostos contratos não firmados.
É comum o correntista demorar a notar certas despesas
indesejadas. Contudo, por demora não se compreende dezenas ou até uma centena
de meses. Tampouco se denota razoável esperar que os bancos logrem localizar,
ante sua gama de clientes, cópias de assinaturas de ajustes firmados na
primeira década do século.
Segundo o magistrado, não se pode exigir que o banco
localize contratos sem ao menos uma explicação que dê sentido à distração
infinita que alega o consumidor. Seria confundir defesa com superproteção ao
consumidor, concluiu.
Fonte: Migalhas
Brasil atinge a marca de 450 mil mortes por covid-19 após
15 meses de pandemia
Fonte: Estadão
Após 15 meses de pandemia, o Brasil chegou à marca de 450
mil mortos por covid-19 nesta segunda-feira, 24, segundo dados compilados pelo
consórcio de veículos de imprensa. Com a média móvel de óbitos ainda em patamar
alto e número de casos em nova crescente, o País já acumula 450.026 perdas
desde o início da crise sanitária.
Especialistas já vinham alertando que o pico ainda não
tinha passado no Brasil, mas em muitos lugares optou-se pela flexibilização das
regras de isolamento social. Nas últimas 24 horas, novas 841 mortes foram
registradas no País.
A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre
dias úteis e fim de semana, ficou em 1.881 nesta segunda. O índice é menor em
relação ao dia anterior, quando marcou 1.909, mas o patamar é considerado
elevado.
Por sua vez, o aumento de novos casos, percebido desde a
última semana, tem causado apreensão. Na segunda-feira passada, o índice de
diagnósticos foi de 35.888 em 24 horas. Agora, está em 37.563. A média de novos
casos diários chegou a 65.719, 8% a mais do que há 14 dias. Já os casos
acumulados ultrapassam 16,1 milhões.
A maioria das mortes por coronavírus no Brasil foi registrada
neste ano. Em 2020, após o pico da primeira onda, o número de casos e mortes
começou a cair entre julho e agosto para ter novo aumento a partir de novembro.
O surgimento de uma nova cepa do vírus (P.1) em Manaus colapsou o sistema
amazonense em janeiro e provocou a mesma catástrofe em quase todos os Estados
entre fevereiro e março deste ano.
No ano passado, o País demorou quase cinco meses para
chegar aos primeiros 100 mil mortos e outros cinco meses para chegar aos 200
mil, marca que foi atingida já em 21 de janeiro. Depois, foram dois meses e
meio para alcançar as 300 mil vítimas.
A confirmação de 450 mil óbitos veio apenas 61 dias
depois. A marca, incomparável a qualquer outra tragédia no Brasil, é registrada
em meio à CPI da Covid, no Senado, que apura possível responsabilidade do
governo na condução da pandemia, e ao receio provocado pela chegada da variante
B.1.617, originada na Índia. Os primeiros casos foram confirmados no Maranhão.
Já após a chegada da nova cepa, o presidente Jair
Bolsonaro participou de evento, sem máscara e com aglomeração, em Açailândia,
no interior do Maranhão. No fim de semana, também esteve em outro ato com
motociclistas no Rio, mais uma vez sem máscara e com multidão.
Acompanhado de aliados político, como o ex-ministro da
Saúde Eduardo Pazuello, Bolsonaro voltou a criticar o isolamento social,
defendido por médicos e pesquisadores. Muitos governadores e prefeitos
simplesmente ignoraram a grande maioria do povo brasileiro, e sem qualquer
comprovação científica, decretaram lockdown, confinamento e toque de recolher,
disse na ocasião. Eu lamento cada morte no Brasil, não importa a motivação da
mesma. Mas nós temos que ser fortes, temos que viver e sobreviver.
Em números absolutos, os Estados que registram mais
mortes acumuladas por covid-19 são: São Paulo (107.677), Rio de Janeiro
(49.539), Minas Gerais (39.128), Rio Grande do Sul (27.468) e Paraná (25.418).
Quase sete em cada 10 estão endividados
Estudo mostra um panorama completo dos gastos dos
domicílios brasileiros durante a pandemia.
Fonte: Monitor Mercantil
Estudo aponta que 67% dos lares brasileiros estão
endividados, e esse número sobe para 69% se considerarmos somente as classes C
e DE. É o que revela o levantamento Domestic View, da Kantar, que apresenta um
levantamento bastante completo sobre as despesas que estão impactando o bolso
durante a pandemia, incluindo alimentação, moradia, serviços públicos, higiene
pessoal e limpeza. O consumo de alimentos e bebidas dentro do lar, higiene e
limpeza caseira representaram quase 60% dos gastos nas classes DE em 2020,
enquanto despesas fixas, como habitação, serviços públicos e com animais,
ficaram concentradas nas classes AB.
As classes DE foram mais impactadas com gastos com
habitação, passando de 18% em 2019 para 22% em 2020, e no setor de alimentação
aumentaram o consumo de frutas, legumes e verduras, igualando esses gastos aos
das classes AB.
Ainda no setor de habitação, o estudo aponta um
importante movimento da classe DE migrando do aluguel para o financiamento,
passando de 5% dos gastos em 2019 para 12% em 2020, reflexo de juros baixos e
taxas atrativas para aquisição de moradia própria ou para investimento, que
levaram a um aumento do mercado de financiamento imobiliário em 2020. Enquanto
isso, as classes AB diminuíram gastos com empregada doméstica (-3 p.p. em
relação a 2019) e com manutenção/ reforma (-8 p.p.).
O aluguel de imóveis representou ¼ dos gastos de quase
17% das famílias no ano passado, principalmente das classes CDE. Os lares das
classes AB e DE que pagam aluguel diminuíram gastos com alimentação e
priorizaram outras cestas de consumo, como bebida alcoólica e artigos de
limpeza nas classes AB, e higiene pessoal e FLV (frutas, legumes e verduras)
nas classes DE. A classe C foi a única que manteve os gastos com alimentação,
mesmo pagando aluguel, com destaque para doces, salgadinhos e pratos prontos
congelados.
Entre os gastos com serviços públicos, energia elétrica
foi o que mais pesou no bolso do brasileiro durante 2020. As classes mais
baixas foram as mais afetadas, chegando a uma variação de 30% em relação a
2019.
O estudo entrevistou virtualmente 5.779 lares no final de
2020. A amostra representa 57 milhões de lares brasileiros.
Já o Índice Meu Crediário apontou que a inadimplência do
crediário no varejo de moda continua em níveis baixos e recuou 6,3% em abril
comparado ao mês de março. A pesquisa mediu os níveis de inadimplência junto a
cerca de 200 redes varejistas do país e leva em consideração parcelas com
atraso acima de 90 dias, período em que um cliente é considerado inadimplente
pelos órgãos de proteção de crédito.
O levantamento também constatou que a mediana de parcelas vencidas (com 60 dias de atraso) apresentou uma queda de 0,32 ponto percentual no último trimestre de 2020, em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto, o índice geral foi de 6,48% em 2019, no ano passado a média fechou em 6,14%.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1
Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-164/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/
Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/1tog-AftJwcK6ZnulXe_xfNdTJeCjdfxI/view?usp=sharing
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
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