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Quase 40% das empresas não priorizam cibersegurança

03, Jun. 2021

Quase 40% das empresas não priorizam cibersegurança em seus orçamentos, diz pesquisa

Pouco mais da metade (57%) das 351 companhias consultadas são alvo de fraudes e ataques digitais com média ou alta frequência

Fonte: Valor Econômico

Uma pesquisa encomendada pela Mastercard ao instituto de pesquisa Datafolha mostra que 80% das empresas dos setores de educação, financeiro e seguros, tecnologia e telecomunicação, saúde e varejo entendem a importância da cibersegurança para seu negócio, mas isso não é uma prioridade no orçamento para 39%. O levantamento, chamado Barômetro da Segurança Digital 2021, consultou 351 companhias entre os dias 1 e 25 de fevereiro de 2021 e procurou avaliar como as empresas, que se tornaram ainda mais digitais com a pandemia, enxergam e reagem aos ataques cibernéticos.

Um pouco mais da metade (57%) dessas companhias são alvo de fraudes e ataques digitais com média ou alta frequência. Estanislau Bassols, gerente geral da Mastercard Brasil, comentou em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira, que, por dia, são registrados, 100 novos esquemas de fraude. A quantidade de brechas cresce no mesmo ritmo da utilização do meio cada vez mais digital [pelas empresas], aponta.

Ao mesmo tempo em que 78% afirmam que possuem profissionais da área de TI dedicados a cibersegurança, apenas 32% têm um departamento específico voltado a essa prática, sendo que saúde (23%) e educação (29) e varejo (30%), embora tenham ficado bem mais digitais na pandemia, estão um pouco mais distantes da área de finanças e seguros (42%) por exemplo.

No mundo, o investimento em cibersegurança cresce entre 12% e 15% ao ano, e aqui o nível de prioridade entendido como altíssimo oscila muito entre os setores. É preciso levar em conta que os consumidores deixam de comprar algo se observarem falta de segurança na empresa, disse Bassols. Em saúde, educação e varejo, 49%, 44% e 42% das empresas, respectivamente, apontam o tema como baixa prioridade no orçamento, enquanto 39% das empresas de finanças e seguros afirmam exatamente o oposto (alto nível de prioridade).

A fraude ocorre pelo elo mais fraco da cadeia. A definição de uma prestação de serviços começa com a empresa e termina com o usuário. Dada a cadeia ampla que as companhias possuem, é preciso levar o nível de segurança ao máximo e é responsabilidade das empresas prover isso, entende o executivo.

Deputados aprovam MP que eleva tributos sobre bancos

A medida também reduz incentivos tributários da indústria química.

Fonte: Monitor Mercantil

Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a Medida Provisória 1034/21, que aumenta a tributação de instituições financeiras, reduz incentivos tributários da indústria química e limita o valor dos veículos comprados com desconto por pessoas com deficiência. A matéria será enviada ao Senado.

A intenção da MP é compensar a diminuição de tributos sobre o óleo diesel e o gás de cozinha. Foi aprovado o texto do relator, deputado Moses Rodrigues (MDB-CE), que inclui outros temas, como tributação na Zona Franca de Manaus e redistribuição do arrecadado com loterias de apostas esportivas.

Para os bancos, a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobe de 15% para 25% até 31 de dezembro de 2021 e passa para 20% a partir de 2022.

As demais instituições financeiras (como corretoras de câmbio, empresas de seguro, cooperativas de crédito, administradoras de cartão de crédito) pagarão 20% (hoje são 15%) até o final de 2021 e, em 2022, voltam para os 15%. Para as demais pessoas jurídicas, a CSLL continua sendo de 9%. As novas alíquotas entram em vigor em julho.

Indústria química

Depois de negociações em Plenário, o relator incluiu uma transição de quatro anos para o fim de incentivos tributários para a indústria química e petroquímica no âmbito do Regime Especial da Indústria Química (Reiq).

Inicialmente, ele havia proposto uma transição de oito anos e desistiu dela ao dar parecer às emendas, mas retomou uma transição menos longa. A extinção total e imediata poderia impor um aumento excessivo de tributação, afetando desproporcionalmente o setor, afirmou Moses Rodrigues.

Dessa forma, as alíquotas atuais, de 1% de PIS e de 4,6% de Cofins continuam até junho. De julho a dezembro, ficarão em 1,13% e 5,2% respectivamente.

Para 2022, as alíquotas serão de 1,26% para o PIS e de 5,8% para a Cofins, subindo, em 2023, para 1,39% e 6,4% respectivamente. Por fim, em 2024 o PIS será de 1,52% e a Cofins de 7%.

A partir de 2024, elas voltam aos patamares normais de 1,65% para o PIS e de 7,6% para a Cofins. Um regulamento fixará como poderão ser compensados com outros tributos os créditos obtidos por meio do regime especial até 2024.

Pessoas com deficiência

Quanto aos carros novos comprados por pessoas com deficiência com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a MP limitava o valor do automóvel a R$ 70 mil, incluídos os tributos, mas o texto aprovado aumenta para R$ 140 mil. A restrição vale até 31 de dezembro de 2021.

Outra mudança incluída pelo relator permite o uso do desconto pelas pessoas com deficiência auditiva. Além disso, daqui em diante o benefício só poderá ser usado a cada três anos, e não mais a cada dois anos, como era na Lei 8.989/95. Essas regras têm vigência imediata.

Loterias

Um dos temas incluídos pelo relator no texto é a mudança da repartição do que for arrecadado pela loteria de apostas esportivas. Nesse tipo de loteria, classificada como quota fixa, o apostador tenta prever o resultado de eventos reais esportivos (placar, número de cartões, quem fará o primeiro gol, etc.) em jogos de futebol, sabendo de antemão quanto poderá ganhar em caso de acerto. A experiência da Europa mostra que é melhor adotar, como base o lucro bruto do operador, propiciando fluxos estáveis de receitas públicas e de prêmios e fazendo com que os apostadores utilizem os serviços dos operadores locais, afirmou o relator.

Moses Rodrigues propõe que, do total arrecadado, sairão primeiramente os prêmios, sem fixar montante, o valor do imposto de renda incidente (30%) e a parcela da seguridade social (0,10% para apostas em meio físico e 0,05% para aquelas em meio virtual).

Do que sobrar, 0,82% ficarão com as escolas que alcançaram metas de desempenho em exames nacionais, 2,55% para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), 1,63% para os clubes que tiverem cedido seus símbolos e 95% para os operadores da loteria, que deve ser licitada para exploração pelo setor privado.

Walter Polido lança nova edição de livro sobre riscos ambientais

A Juruá Editora acaba de publicar a 5ª edição da obra Seguros para Riscos Ambientais no Brasil, de autoria do diretor da Conhecer Seguros, Walter Polido. É possível adquirir a obra pelo site da editora, como também obter informações no Centro de Pesquisa Acadêmica e Publicações (CPAP) da escola.

O livro aborda a linha do tempo do seguro ambiental no País, analisando os aspectos técnicos e jurídicos que permeiam o ramo, já consagrado pela legislação pátria sob a condição de instrumento econômico na política nacional do meio ambiente (LPNMA, art. 9º, XIII).

Segundo Polido, além da Covid-19, o Brasil sofreu com a seca e a elevação da temperatura em 2020, com reflexos de queimadas na Amazônia e no Pantanal mato-grossense em escala alarmante, colocando o meio ambiente no centro do debate político. Diante da situação, a atualização da obra se fez necessária.

A sociedade brasileira e a Constituição Federal não autorizam a destruição do meio ambiente, cujas medidas vêm sendo perpetradas pelo atual desgoverno no Brasil. É preciso colocar fim nisso, urgentemente, com ação eficaz de todos os brasileiros. A resiliência do meio ambiente tem limites, opina o especialista.

Nesta 5ª edição, alterações substanciais ocorreram na obra, como a simplificação do título do livro, o realinhamento dos itens de conteúdo e a inclusão de novos temas, como, por exemplo, o seguro Real Estate Environmental Liability, algumas questões relativas à não-condição de poluição ambiental, o RC Produtos em face das limitações da cobertura para o risco de poluição ambiental no seguro tradicional do ramo RC Geral, o Seguro Garantia Ambiental e sua eficácia para situações pontuais de riscos, desativação de minas, limpeza de áreas contaminadas e outras.

A obra não se limita ao estudo do seguro específico ambiental, mas inclui diferentes pesquisas sobre o risco ambiental, inclusive, pontuando o estágio atual de desenvolvimento das coberturas oferecidas pelo mercado de seguros nacional nos setores de transportes de produtos perigosos, riscos do petróleo, desmanche de veículos, barragens, poluição transfronteiriça, instituições financeiras, remediação de áreas já contaminadas, cyber risks, entre outras.

O autor também destaca que situações especiais de riscos precisam ser revisitadas para que as seguradoras expressem o devido acolhimento dos riscos. Os empresários estão efetivamente expostos a eles, mas as respostas das seguradoras são ainda muito tímidas e conservadoras. O anacronismo do mercado de seguros nacional, em face dos produtos padronizados pela Susep, deve representar apenas um período do passado, uma vez virada a página para a inovação, reforça Polido.

A leitura da obra é obrigatória para o profissional que deseja se atualizar sobre os temas, especialmente neste momento de flexibilização das bases contratuais do mercado de seguros brasileiro, o qual requer mudanças de paradigmas por parte das seguradoras.

FICHA TÉCNICA

Autor: Walter Antônio Polido

Edição/Tiragem: 5ª Edição - Revista, Atualizada e Ampliada

Acabamento: Brochura

Formato: 15,0x21,0 cm

Peso: 511grs.

Número de páginas: 412

Publicado em: 28/05/2021

Tema: Direito - Ambiental

Brasil lidera exportação de grãos

Como está posicionada a agropecuária do Brasil no mercado internacional?

Na maioria dos setores, muito bem, mas, em alguns, ainda é necessário o surgimento de uma JBS ou de uma BRF para dar novo fôlego a eles.

A avaliação é do pesquisador da Embrapa Elisio Contini, que, junto com Adalberto Aragão, analista da empresa, coletou informações comparativas dos principais concorrentes do Brasil nas questões de produção, de rendimento e de exportação nas duas últimas décadas.

O resultado indica que as exportações são o motor do avanço da produção brasileira. Produtos como soja, milho e algodão, com forte demanda externa, aceleraram a produção e a exportação. Já os voltados para o mercado interno, como feijão, perderam espaço.

De 2000 a 2020, o Brasil teve uma participação de 14,9% no valor mundial das exportações de grãos, conforme dados deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index), indicador americano de inflação.

Se considerado apenas o ano de 2020, porém, a participação brasileira já está em 22,2%, colocando o país como o líder mundial em arrecadação de divisas com exportações de grãos. Os Estados Unidos vêm em segundo posto, com 21,5%. Esse cálculo inclui arroz, cevada, milho, soja e trigo.

O país avança também na produção. Nas últimas duas décadas, a presença brasileira foi de 6,2% na produção mundial desses grãos. Em 2020, já era de 7,8%.

Os dados apontam que alguns produtos vão muito bem. A soja brasileira abocanhou 51% de todas as receitas do comércio mundial desse produto no ano passado.

Outros ainda têm muito espaço para crescer, como é o caso do milho. O país tem 18% da produção mundial e, após deixar de ser um produto voltado para o mercado interno, poderá atingir de 150 milhões a 200 milhões de toneladas.

Em alguns produtos, como café e açúcar, o Brasil mantém uma liderança que dura muitos anos. Em outros, como no algodão, a presença vem avançando rapidamente.

A receita brasileira com a fibra, que tem média de 7,1% de 2000 a 2020 no mercado mundial, atingiu 14,3% em 2020.

No setor de carnes, os ganhos vêm ocorrendo há vários anos. Por isso, a participação no mercado mundial não tem grandes mudanças entre a média das duas últimas décadas e a de 2020.

O Brasil produz 9,2% das carnes bovina, suína e de frango do mundo. As exportações, em volume, atingem 13,4%.

Para Contini, os números da agropecuária são bons, mas isso não deve despertar um otimismo exagerado. É preciso ser racional e fazer boa gestão das propriedades.

Já o Ministério das Relações Exteriores precisa ser mais ativo na promoção do setor, principalmente dos produtos que têm viabilidade de mercado.

Contini inclui nessa lista frutas, pescados, arroz e trigo. O aumento de exportações vai elevar o patamar de produção interna.

Ele cita o exemplo do arroz, atualmente perdendo lugar para a soja no Rio Grande do Sul. A demanda na Ásia será cada vez mais crescente, e esse é um produto que poderá crescer na pauta de exportação brasileira.

Os setores de fruta e de pescado também têm um bom campo externo, mas é necessária uma profissionalização internacional. Para Contini, faltam empresas ao molde de JBS e de BRF nessas atividades.

O Brasil precisa se preparar também para a Índia, que, em dez anos, deverá ser uma nova China em necessidade de importações agrícolas.

O pesquisador diz, no entanto, que é preciso ficar atento a algumas mudanças no setor. O dólar, apesar de elevar as receitas dos produtores, está desvirtuado. No patamar atual, ele inibe avanços tecnológicos no setor, principalmente na aplicação de tecnologias e de máquinas importadas.

O país não pode permanecer, ainda, apenas na dependência de exportações de matéria-prima. É necessário o desenvolvimento de um parque industrial, inclusive com indústrias voltadas para o setor do agronegócio. Haveria um aumento das receitas com a venda externa de produtos com maior valor agregado.

São necessários vários acertos no setor, uma vez que a lógica da agropecuária brasileira será sempre a do mercado internacional, afirma Contini.

Fonte: Folha SP

PIB cresce, emprego não

PIB cresce, emprego não, refletindo-se no ritmo de crescimento de seguros de empresas e de pessoas

Fonte: CNseg / Sonho Seguro

Uma recuperação econômica ainda sem geração de empregos, no primeiro trimestre o PIB cresceu 1,0%, ao passo que o número de ocupados continua 7,1% abaixo no comparativo com o mesmo período do ano passado, resulta em ritmo desigual da contratação de seguros por empresas, mais dinâmica, e por pessoas. É o que demonstra estudo da Confederação Nacional das Seguradoras- CNseg.

Segundo a CNseg, o PIB teve uma recuperação em V, enquanto o emprego, na melhor hipótese, recupera-se bem mais lentamente, algo próximo de uma reação no formato de U. A divulgação do PIB trimestral de 2021 ratifica essa tendência, ao apontar a sua volta ao nível pré-pandemia, enquanto a ocupação, medida pela PNADc (do IBGE), contabiliza 6,6 milhões de ocupados a menos no confronto com o primeiro trimestre de 2020.

O levantamento da CNseg assinala que não houve crise para o PIB das atividades financeiras, de seguros e serviços, e o ritmo de crescimento aumenta, chegando a 5,1% no primeiro trimestre deste ano, provavelmente impulsionado pela aplicação da poupança precaucional acumulada pelas classes mais favorecidas ao longo do ano passado e por ganhos de produtividade, via ampla adoção do trabalho remoto e de vendas e operação por meios digitais.

Mesmo com os milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, o volume de desocupados, grave problema social, parece impactar pouco o crescimento agregado da economia, que se recupera, ao menos nesse primeiro momento, em setores menos intensivos em mão-de-obra e de maior produtividade (como a agropecuária e os já citados serviços financeiros), diz a CNseg. Em seguros, conclui-se que a contratação por pessoas físicas (PF) sofreu proporcionalmente mais que os seguros voltados às pessoas jurídicas (PJ). No ano passado, seguros tipicamente contratados por PF tiveram contração de 0,4% em sua arrecadação enquanto os produtos PJ apresentaram crescimento de 19,3%.

O ritmo das modalidades corporativas e individuais é heterogêneo, ainda que recentemente ambas exibam viés positivo, com crescimento de 8,8% nos seguros PF e de 25,0% nos seguros PJ nos três primeiros meses do ano. O atraso na contratação por pessoa física tem relação direta com a contração do mercado de trabalho e da renda das famílias. No entanto, vale enfatizar que, mesmo nos seguros para PF, essa recuperação se dá muito provavelmente porque o típico consumidor de seguro é o mesmo que impulsiona o crescimento do PIB das atividades financeiras, um público que foi menos afetado pela queda no emprego e na renda, conclui a CNseg.

Sob panelaços, Bolsonaro promete vacina para todos, ressalta economia e critica isolamento

Pronunciamento em rede nacional ocorre quatro dias após manifestações contra o governo e em meio a desgaste provocado pela CPI da Pandemia

Fonte: InfoMoney

Quatro dias após protestos que reuniram milhares de manifestantes críticos ao atual governo nas ruas de diversas cidades do país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão.

No discurso, acompanhado por panelaços em capitais, Bolsonaro lamentou cada vida perdida em nosso país, disse que o governo entregou 100 milhões de doses de vacinas a estados e municípios e voltou a afirmar que o Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta.

O dado é impreciso, uma vez que trata apenas do número absoluto de doses aplicadas. Especialistas têm destacado a importância de monitorar o processo de vacinação em relação ao tamanho da população do país.

De acordo com balanço do consórcio de veículos de imprensa, divulgado às 20h desta quarta-feira (2), o país aplicou 47.026.256 vacinas na primeira dose (o equivalente a 22,21% da população) e 22.631.020 na segunda dose (10,69%).

Dados da plataforma Our World in Data mostram que, em proporção à população, o Brasil é apenas o 61º país que mais vacina seus cidadãos.

Somente com percentuais elevados para as duas doses seria possível perceber, em termos globais, o impacto do programa de imunização sobre a dinâmica da pandemia de Covid-19.

Neste ano, todos os brasileiros que assim o desejarem serão vacinados, prometeu o presidente no pronunciamento que durou pouco menos de 5 minutos.

Mais cedo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro, afirmou que a vacinação contra a Covid-19 de todas as pessoas com mais de 18 anos no estado deve ser concluída até o final de outubro de 2021 e apresentou um calendário estimado.

Panelaços ocorreram em diversas cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Salvador.

O pronunciamento de Bolsonaro ocorre em meio a desgaste do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado Federal, que investiga ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e desvio de verbas federais enviadas a estados e municípios.

Em seu discurso, o presidente voltou a criticar medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos para frear a disseminação do novo coronavírus.

O nosso governo não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas, e não tirou o sustento de milhões de trabalhadores informais, afirmou.

O nosso governo joga dentro das quatro linhas da Constituição. Considera o direito de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis. Todos os nossos 22 ministros consideram o bem maior de nosso povo a sua liberdade, disse.

A restrição da circulação da população é uma das medidas recomendadas por autoridades sanitárias no mundo inteiro para a contenção da pandemia, o que reduziria o número de óbitos provocados pela doença.

O Brasil chegou hoje à marca de 467.702 vidas perdidas desde o início da crise sanitária, em decorrência da Covid-19. Somente nas últimas 24h, foram 2.390 mortes, e 92.115 novos casos, o maior número desde 25 de março.

No pronunciamento, Bolsonaro exaltou recursos destinados pelo governo federal a medidas como o auxílio emergencial, ações de socorro a setores específicos da economia e o Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe).

O presidente também salientou a criação de empregos formais, as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores a 4% e a renovação de máxima histórica do Ibovespa, que hoje fechou a 129.601 pontos.

Medidas econômicas aprovadas no Congresso Nacional foram outro assunto tratado pelo mandatário, que disse que estamos avançando no difícil processo de privatizações.

Com o Congresso Nacional, estamos avançando. Aprovamos a Nova Lei do Gás; o Marco Legal do Saneamento; a MP da Liberdade Econômica; o Banco Central independente; e o Novo Marco Fiscal, afirmou.

O mandatário também salientou a realização de leilões de rodovias, portos e aeroportos, além da realização de obras de infraestrutura.

Em outro momento, Bolsonaro disse que o Brasil deverá sediar a Copa América neste ano. O torneio estava previsto para ocorrer na Colômbia, que cancelou em meio aos protestos. A Argentina também desistiu de sediar o evento, em meio ao avanço da pandemia.

Seguindo o mesmo protocolo da Copa Libertadores e Eliminatórias da Copa do Mundo, aceitamos a realização, no Brasil, da Copa América, afirmou.

Indústria perde participação no PIB

O crescimento de 1,2% no PIB (Produto Interno Bruto) do 1º trimestre e a soma dos bens e serviços produzidos no país, oculta uma tendência difícil de se reverter. O peso do setor agropecuário somado ao do extrativismo ultrapassou o da indústria manufatureira, indicou o economista Paulo Morceiro.

Pesquisador e pós-graduando em Desenvolvimento Industrial na Universidade de Joanesburgo, na África do Sul, Morceiro levantou a média móvel da participação dos 2 setores em cada trimestre desde 1996, conforme a série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados escolhidos trazem os efeitos dos preços e da sazonalidade e incluem os divulgados na 3ª feira (1º.jun) sobre o 1º trimestre.

Desde o 2º trimestre de 2008, quando o setor manufatureiro teve peso de 16,8% no PIB, o maior dessa série histórica , houve queda gradual. Nos primeiros três meses de 2021, chegou a 10,3%. Com a agropecuária e a indústria extrativa (mineração, sobretudo), a curva manteve-se ascendente, apesar dos altos e baixos no meio do caminho. No 1o trimestre de 2021, o peso desses setores, somados, foi de 16,2%.

Segundo Morceiro, a evolução do setor industrial é preocupante por várias razões. Primeiro, indica a aceleração do processo de desindustrialização do país. Outras nações fortes no agronegócio, como os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, se posicionam igualmente como potências industriais.

Depois, porque o agronegócio no Brasil traz melhoria na qualidade de vida da população das regiões onde se concentra. Em especial, ao Centro-Oeste. A indústria de transformação, concentrada em áreas mais populosas, como o Sul e o Sudeste, traz benefícios a uma parcela maior de brasileiros.

Não se trata de uma questão de rivalidade entre a indústria manufatureira e a agropecuária. Não é ruim ter um agronegócio forte. O problema é não ter também uma indústria forte, afirmou Morceiro ao Poder360. O ideal seria haver setores industrial e de serviços fortes e um agronegócio igualmente poderoso no país.

Morceiro lembra que, desde os anos 1950 e 1960, o método de produção agropecuária, extrativista e manufatureira mudaram acentuadamente. A agropecuária tornou-se intensiva em capital e incorporou a tecnologia à sua produção. Mas há uma limitada agregação de valor dos seus produtos no país.

A manufatura, antes protegida e beneficiada por incentivos fiscais e juros subsidiados, sofreu com o choque da abertura econômica dos anos 1990 e as oscilações cambiais. Perdeu produtividade, não conseguiu se adaptar ao ambiente global de alta competitividade e se tornou dependente da importação de insumos, em especial dos de alta tecnologia.

A indústria ficou parada no tempo, diz Morceiro. Em 1986, a indústria de transformação tinha peso de 27,3% no PIB brasileiro. Em 2020, de apenas 11,3%. A perda foi de 16 pontos percentuais.

No resultado do 1o trimestre deste ano, é preciso considerar que o pico da participação do agronegócio e da indústria extrativa resultou especialmente do aumento de preços das commodities. Também influenciou nesses ganhos a tendência de a China, desde o ano passado, ampliar seus estoques de alimentos e insumos minerais. Pequim havia planejado com base na expectativa de crise mais longa de covid-19, explica o economista.

Morceiro pondera também que, valendo-se do peso dos setores no PIB a preços constantes -sem o efeito do preço e da sazonalidade a agropecuária e o extrativismo ainda não superaram a indústria de transformação. No 1o trimestre, o primeiro grupo teve participação de de 9,4%. O setor manufatureiro, de 12,1%.

Essa virada é uma questão de tempo, diz Morceiro.

Fonte: Poder 360

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/ 

Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1 

Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-164/ 

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/ 

Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/1tog-AftJwcK6ZnulXe_xfNdTJeCjdfxI/view?usp=sharing

Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html 

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