Gestão de Riscos Energéticos
04, Jun. 2021
Crise Energética
Sem estrutura para levar gás natural a usinas, País eleva
importação do insumo
Fonte: Estadão
Neste período de seca nos reservatórios das hidrelétricas
e de uma iminente crise hídrica causada pelo baixo volume de chuvas, o País
deixa de aproveitar mais da metade de todo o gás natural que produz e que
poderia estar sendo usados para gerar energia térmica. Ao mesmo tempo, aumentam
a importação e o custo para trazer o produto de fora. Neste ano, as compras
externas de gás natural pelo Brasil atingiram o maior patamar desde 2016 para
os meses de janeiro a abril. Apenas em quatro meses, o País pagou US$ 1 bilhão,
quase o total gasto em todo o ano passado e o dobro do valor pago no mesmo
período de 2020.
Essa alta nas importações deve chegar à conta de luz, já
que as usinas termoelétricas são as substitutas naturais das hidrelétricas em
períodos de seca e vão ser acionadas para evitar a repetição do apagão de 2001.
Em vez de ser usado como insumo para a geração de energia
térmica, o gás nacional está sendo injetado de volta nos campos marítimos,
sobretudo nos do pré-sal. De janeiro a abril, o volume de gás nacional
distribuído ao mercado já caiu 14%. Esse é o dado mais recente divulgado pela
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Ao mesmo
tempo, cresce a importação da matéria-prima, cobrada em dólar e a preço
internacional.
Dos 131,4 milhões de metros cúbicos por dia de gás
extraídos no País, apenas 53,5 milhões são ofertados para venda. Isso significa
que 60% do total não chegam ao mercado. Essa tem sido a tônica desde que o
pré-sal ganhou relevância, porque falta infraestrutura para escoar toda a
produção dos campos.
O governo federal editou na quarta-feira um decreto que
regulamenta a Nova Lei do Gás, sancionada em abril e que visa a modernizar o
setor. A ideia é criar um mercado aberto, dinâmico e competitivo, segundo a
Secretaria-Geral da Presidência da República.
O gás natural é o principal insumo usado na geração de
energia térmica, que ganhou importância neste período de crise hídrica. Em 31
de maio, essas usinas bateram recorde de geração, de 17,13 mil megawatts médios
(MWmed) por usina, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS).
A consequência direta é o aumento do preço da energia, já
que esse tipo de geração é mais caro do que a hidrelétrica. Numa indicação ao
consumidor de que a conta de luz vai ficar mais cara, o governo acionou, no fim
de maio, a bandeira vermelha 2.
Indexador
O aumento da demanda térmica está sendo suprido, em
grande parte, pelo gás importado, cobrado em dólar. A mesma lógica vale para o
produto nacional, já que, no cálculo do seu preço, são utilizadas as mesmas
variáveis do produto importado. Esse modelo de negócio, no entanto, começa a
ser questionado por especialistas, uma vez que, nesses parâmetros, pouca
diferença faz entre aumentar a produção interna ou a importação. O custo do
insumo e o peso na conta de luz acabam sendo os mesmos.
Na tentativa de melhorar as condições de compra para seus
clientes, a Petrobrás recentemente anunciou a possibilidade de indexar o gás
fornecido por ela ao gás Henry Hub (HH), ofertado em um mercado de produtores
americanos. Seria uma alternativa aos contratos indexados ao petróleo do tipo
Brent, na Bolsa de Londres.
Os preços do gás Henry Hub têm sido os mais baixos do
mercado internacional nos últimos 11 anos, segundo Ieda Gomes, ex-presidente no
Brasil da empresa de energia BP, membro de conselhos de administração de
empresas do setor e especialista no tema. Durante o evento virtual Gas Week,
promovido pela agência especializada EPBR no fim de maio, ela apresentou dados
sobre os dois indexadores. Em 12 meses até maio deste ano, o HH subiu 71%,
enquanto o petróleo do tipo Brent variou 105%.
Ela destacou, no entanto, que uma coisa é o preço e
outra, o índice de reajuste. O fato de o Henry Hub ser barato não significa que
o gás brasileiro vai estar no mesmo nível. Mas, se for indexado ao HH, a
expectativa é de menos volatilidade. Por que não pensar numa indexação de uma
fatia do gás ao IGP-M? O preço ofertado ao mercado doméstico vai ser indexado
ao dólar? Se for, não poderá fugir da depreciação do real frente à moeda americana,
disse.
MP da Eletrobras reduz competição e cria reservas de
mercado
Agente privado terá enorme poder de mercado, podendo
afugentar investidores do mercado limpo.
Fonte: Monitor Mercantil
Mauricio Tolmasquim, ex-ministro de Minas e Energia e
professor de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, considera
que a medida provisória que pretende privatizar a Eletrobras pode reduzir a
competição, em vez de estimulá-la:
É um paradoxo que um governo com discurso liberal
proponha essa medida. É a antítese mesmo de qualquer ideia de competição. Da
maneira que está sendo feita, vai dar a um agente privado um enorme poder de
mercado, podendo inclusive afugentar investidores do mercado limpo. Além disso,
cria reservas de mercado para alguns agentes específicos, criticou.
Tolmasquim e outros especialistas participaram de debate
no plenário virtual do Senado, nesta quarta-feira, sobre a MP 1.031/2021.
Alguns especialistas criticaram o incentivo que, segundo eles, a MP dá à
contratação de geração termelétrica movida a gás, em detrimento de energias
limpas, como a eólica e a solar.
Estamos falando em abertura de mercado, mas na mesma MP
colocam uma reserva de mercado. Não será a contratação de usinas térmicas que
vai salvar do racionamento o sistema, e sim todos nós unidos em busca de uma
solução, afirmou Elbia Gannoum, presidente-executiva da Associação Brasileira
de Energia Eólica (Abeeólica).
De acordo com a Agência Senado, a maioria dos senadores
participantes criticou o uso de uma medida provisória como instrumento para a
privatização, dificultando um debate mais extenso, por forçar a apreciação do
texto até o final de junho.
Balança comercial de maio de 2021: show do comex
brasileiro
A corrente de comércio brasileira de maio de 2021 somou
US$ 44,605 bilhões, composta por US$ 26,948 bilhões em exportações e US$ 17,657
bilhões em importações, resultando no superavit de US$ 9,291 bilhões. Este foi
o melhor saldo para os meses de maio, desde o início da série histórica
iniciada em 1989. O resultado positivo foi beneficiado pelo início da safra e
pela alta das commodities (bens primários com cotação internacional). O saldo é
35,9% maior em relação a maio do ano passado.
Com o início da safra de grãos, as exportações
agropecuárias subiram 43,4% em relação a maio do ano passado. Os principais
destaques foram frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (+41,2%), soja
(+48,8%) e algodão bruto (+82,5%). Beneficiada pela valorização de minérios, as
exportações da indústria extrativa aumentaram 85,8%, com destaque para minério
de ferro e seus concentrados (+143,8%), minérios de alumínio e seus
concentrados (+40,4%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos,
crus (+46,4%). As vendas da indústria de transformação subiram 34,6%,
impulsionada por combustíveis (+142,9%), produtos semiacabados de ferro ou aço
(+91,4%) e veículos automóveis de passageiros (+1.084,8%).
Na referência das importações, as compras do exterior da
agropecuária subiram 36,8% no mês na comparação com maio do ano passado. A
indústria extrativa registrou alta de 107,5% e a indústria de transformação
teve crescimento de 56,5%. Os principais destaque foram soja (+325,4%), óleos
brutos de petróleo (+504,3%); combustíveis (+213%) e partes e acessórios de
veículos automotivos (+118,8%).
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a balança
comercial apresenta um superávit de US$ 27,529 bilhões e registra um resultado
de 74,3% maior que o dos mesmos meses de 2020. Esses números não tem
precedentes e levou o Ministério da Economia a estimar que a balança encerrará
o ano com um saldo positivo de US$ 89,4 bilhões, considerando as estimativas
para exportações de US$ 266,6 bilhões e importações de US$ 177,2 bilhões.
Fonte: Blog do Rocha / Autor: Aparecido Rocha / insurance
reviewer
Garantia Estendida Ganha Espaço na AXA
AXA terá rede dez vezes maior para Garantia Estendida de
não portáteis
Companhia anuncia parceria com a SIS Serviços para ter
mais capilaridade no atendimento
Fonte: AXA / Sonho Seguro
A AXA no Brasil acaba de anunciar uma parceria com a SIS
Serviços para ampliar sua rede de prestadores para atendimento de casos de
Garantia Estendida de equipamentos não portáteis. Com a novidade, a companhia
terá uma rede de atendimento dez vezes maior, com mais capilaridade e disponibilidade,
passando de 500 para 5 mil assistências.
Com esta nova operação ampliamos expressivamente nossa
rede de assistências técnicas e reforçamos nosso compromisso com a experiência
do cliente ao mesmo tempo em que melhoramos nossa eficiência operacional,
tornando nossa proposta de valor ainda mais atrativa para o mercado, que
contará com toda a gestão personalizada e a solidez da AXA e da SIS Serviços,
afirma Arthur Mitke, Diretor de Sinistros da AXA no Brasil.
Os clientes passam a ser atendidos pela nova parceira a
partir de junho, para reparo e troca de não portáteis, como eletrodomésticos,
secadores de cabelo, câmeras e liquidificadores. A rede de assistências vai
possibilitar que a companhia realize o atendimento em novas cidades do país,
para um número maior de clientes, trazendo mais oportunidade de negócios.
Aprimoramos nossos canais de atendimento e ecossistemas
de serviços pós-vendas para garantir agilidade e fluidez para os segurados. E
esse foco na experiência do cliente reforça nosso posicionamento junto ao
mercado e ratifica nosso apetite para ampliar nossa rede de parcerias afirma
Sébastien Guidoni, vice-presidente de Parcerias, Estratégia e Finanças.
Essa é, com certeza, uma parceria de sucesso. Nossa
expertise em gestão de redes de prestadores, focada em processos e inovação
tecnológica contínua, além da nossa experiência com o mercado segurador, vão
agregar muito à qualidade pela qual a AXA já é reconhecida, diz Paulo Peret,
CEO da SIS Serviços.
XP Seguros assume a liderança no país e ultrapassa bancões
Fonte: CQCS
Segundo dados da Fenaprevi, XP lidera captação líquida no
ano à frente de CAIXA e Brasilprev, que há mais de uma década se revezam na
liderança do ranking
A XP Seguros encerrou o mês de abril com R$ 1,6 bilhão em
captação líquida, somando um total de R$ 5,2 bilhões no acumulado do ano, de
acordo com dados da Fenaprevi. Os números posicionam a XP como líder absoluta
em captação líquida do mercado, deixando players tradicionais como
Caixa Vida e Previdência e Brasilprev para trás, que há mais de uma década os
dois se revezam na liderança do ranking.
A XP Seguros conta hoje com R$ 20 bilhões em ativos sob
custódia, 106 produtos para varejo, sendo 51 exclusivos, 23 fundos com alocação
offshore e mais de 59 parceiros, incluindo a própria XP Asset. Em relação à
portabilidade líquida, a XP Seguros é líder absoluta com um acumulado de R$ 4,7
bilhões no ano (até abril), o que indica 85% de market share.
Em pouco mais de dois anos de mercado, a XP Seguros já
quadruplicou seu tamanho e é hoje a 8ª maior seguradora do mercado, com a grade
mais completa de produtos. A integração com o Banco XP, a partir do final de
2020, foi determinante para uma integração otimizada com os demais produtos,
permitindo que mais clientes viessem tanto para a Previdência por conta da
plataforma completa da XP quanto para os demais produtos devido à robusta
oferta de produtos, analisa Roberto Teixeira, head da XP Seguros.
Teixeira conta que, dentre as prioridades ainda para
2021, estão o lançamento de fundos que refletem o desempenho de mercados
internacionais como Estados Unidos, China e Europa, além do contínuo
investimento em tecnologia. As recentes mudanças regulatórias tornaram nossos
produtos mais competitivos com portfólios que combinam participação menor de renda
fixa e mais de multimercados, renda variável e fundos internacionais. Além
disso, temos investido de forma consistente em tecnologia para aprimorar cada
vez mais a experiência dos nossos clientes em nossa plataforma.
Em um mercado extremamente concentrado, 89% do R$ 1
trilhão em previdência está nos 5 maiores bancos, a XP Seguros foi pioneira na
oferta dos primeiros planos de previdência ESG, planos com taxa de zero de
administração, FoFs de alocação, entre outros.
Crescimento do e-commerce aumenta possibilidade de
vazamento de dados
Fonte: Revista Apólice
A pandemia mudou os hábitos de consumo e estimulou o
e-commerce no Brasil. Segundo dados do estudo Webshoppers (Ebit/Nielsen &
Bexs Banco), o faturamento do e-commerce cresceu 41% em 2020, somando mais de
194 milhões de pedidos feitos por consumidores brasileiros no último ano. O
levantamento ainda ressalta que essa foi a maior alta percentual desde 2007.
Mas, com o crescimento do número de compras online,
também eleva-se o risco de consumidores e varejistas terem seus dados roubados
na internet. No Brasil, segundo Boletim de Segurança da Karspersky, foram
enviados 360 mil novos arquivos maliciosos todos os dias durante 2020, um
aumento de 5,2% em relação a 2019.
Com a finalidade de evitar o vazamento de dados de
empresas e clientes, é fundamental contar com uma proteção caso o banco de
dados de uma organização seja invadido. Uma boa solução é o seguro para riscos
cibernéticos, que entre suas coberturas cobre danos como Responsabilidade Civil
por atos de violação, despesas de substituição de ativo digital, ameaça
cibernética e lucros cessantes. O seguro pode garantir a perpetuidade de um
negócio em um dado evento de segurança ou de privacidade, amenizando os custos
atrelados a tal evento e minimizando as perdas. Ao contratar uma apólice, é
preciso entender como a seguradora oferece a proteção, qual é sua expertise,
qual é o seu plano de regulação de sinistro, qual é a sua proximidade com o
assunto. Esses aspectos são muito mais importantes de serem considerados do que
o preço do seguro de forma isolada, afirma Marco Mendes, especialista em Risco
Cibernético da Aon Brasil.
De acordo com a projeção da pesquisa, o crescimento
previsto para o e-commerce brasileiro neste ano é de 26%, alcançando um
faturamento de R$110 bilhões. De acordo com o levantamento, estima-se um
aumento de 16% no número de pedidos e de 9% no valor médio das vendas. Os
principais motivos para esses índices são o fortalecimento dos marketplaces,
que já tiveram participação de 78% no faturamento total do comércio eletrônico
no ano passado; a consolidação dos e-commerces locais e a maturidade logística.
Para Carol Ayub, superintendente de Produtos Financeiros
da Tokio Marine, especialmente devido à expansão do e-commerce, é fundamental
que os lojistas contratem a proteção de um seguro contra riscos cibernéticos
independentemente do tamanho da empresa. Com o crescimento das vendas online e
a entrada em vigor da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que regulamenta
processos muito importantes, como a coleta e o uso dos dados pessoais pelas
companhias, é fundamental que as organizações estejam cada vez mais atentas às
possíveis responsabilidades cabíveis, caso haja o vazamento de dados de seus
clientes, parceiros, funcionários e prestadores de serviços, e contratem a
proteção do seguro.
Segundo a equipe do Cybersecurity Ventures, estima-se que
os crimes cibernéticos causarão mais de US$ 6 trilhões em perdas financeiras em
todo o mundo em 2021, um salto dos US$ 3 trilhões registrados em 2015. Isso representa
a maior transferência de riqueza econômica da história, colocando em risco os
incentivos à inovação. Entre os crimes mais comuns estão os esquemas
fraudulentos por phishing, roubo de identidade e ransomware, sendo que este
último pode gerar prejuízos da ordem de US$ 20 bilhões até 2021, 57 vezes mais
do que 2015.
Embora a prevenção seja sempre a melhor opção, as
organizações devem se preparar para o fato de que é praticamente impossível ter
sistemas 100% seguros. A avaliação de vulnerabilidade cibernética da companhia,
treinamento de funcionários e o monitoramento constante são parte das soluções
de prevenção. Ter reposta imediata a um incidente nunca foi tão importante,
pois soluções nas primeiras horas após o ataque podem poupar milhões em prejuízos.
É preciso governança, administradores prontos para coordenar a crise e time
preparado para enfrentá-la, diz Victor Perego, especialista em Riscos
Cibernéticos da AIG.
Ana Albuquerque, head de Linhas Financeiras da Willis
Towers Watson, ressalta que é importante que os corretores estejam à frente das
necessidades do mercado, com a diversificação de suas carteiras de produtos,
oferecendo assim, soluções direcionadas às necessidades de seus clientes. Além
disso, neste caso, é importante que a categoria busque aprender sobre o tema, a
atuação dos hackers e a legislação em vigor. Ninguém melhor do que o corretor,
que desempenha o papel de consultor de proteção, para conscientizar os
segurados sobre a necessidade de proteger também o e-commerce da empresa, assim
como as informações de terceiros e colaboradores.
The Economist: Bolsonaro não é única razão de o Brasil
estar no buraco
Fonte: Estadão
Os hospitais estão lotados, as favelas ecoam tiros e um
recorde de 14,7% dos trabalhadores estão desempregados. Inacreditavelmente, a
economia do Brasil está menor agora do que era em 2011, e serão necessários
muitos trimestres fortes como o relatado em 1.º de junho para reparar sua
reputação. O número de mortos no Brasil pela covid-19 é um dos piores do mundo.
Mas o presidente Jair Bolsonaro faz piada dizendo que as vacinas podem
transformar as pessoas em jacarés.
O declínio do Brasil foi chocantemente rápido. Após a
ditadura militar de 1964-85, o país conseguiu uma nova Constituição que
devolvia o Exército aos quartéis, uma nova moeda que acabou com a hiperinflação
e programas sociais que, com um boom de commodities, começaram a reduzir a
pobreza e a desigualdade. Uma década atrás, o País estava cheio de dinheiro do
petróleo e tinha sido escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a
Olimpíada de 2016. Parecia destinado a florescer.
Mas o Brasil não aproveitou a oportunidade. Como
argumenta nossa reportagem especial desta semana, governos consecutivos
cometeram três erros. Primeiro, eles cederam à visão de curto prazo e adiaram
as reformas econômicas liberais. A culpa por isso pertence principalmente ao
Partido dos Trabalhadores (PT), que ocupou a Presidência entre 2003-16. Ele
alcançou um crescimento de 4% ao ano, mas não investiu para aumentar a
produtividade. Quando os preços das commodities caíram, o Brasil enfrentou uma
das piores recessões de sua história. Os governos de Michel Temer e Bolsonaro
fizeram algum progresso nas reformas, mas pararam muito aquém do que é
necessário.
Em segundo lugar, em seus esforços para se protegerem das
consequências da Lava Jato, os políticos têm resistido às reformas que
impediriam a corrupção. Os promotores e juízes por trás da Lava Jato são
parcialmente culpados. Depois que alguns demonstraram ter uma agenda política,
os inquéritos dos quais eram responsáveis ficaram estagnados no Congresso e nos
tribunais.
Por último, o sistema político do Brasil é um fardo.
Distritos estaduais e 30 partidos no Congresso tornam as eleições caras. Mais
ainda do que em outros países, os políticos no Brasil tendem a apoiar projetos
extravagantes para ganhar votos, em vez de reformas valiosas de longo prazo.
Uma vez no cargo, eles seguem as regras erradas que os elegeram. Eles desfrutam
de privilégios legais que os tornam difíceis de serem processados e de uma
grande quantidade de dinheiro para ajudá-los a manter o poder. Como resultado,
os brasileiros os desprezam. Em 2018, apenas 3% disseram confiar muito no
Congresso.
A desilusão abriu o caminho para Bolsonaro. Ex-capitão do
Exército com uma queda pela ditadura, ele convenceu os eleitores a verem seu
jeito politicamente incorreto como um sinal de autenticidade. Ele prometeu
eliminar políticos corruptos, reprimir o crime e turbinar a economia. E tem
fracassado em todas as três tarefas.
Depois de aprovar a reforma da previdência em 2019, ele
abandonou a agenda de seu ministro da Economia liberal, temendo que ela lhe
custasse votos. A reforma tributária e do setor público e as privatizações
estagnaram. O auxílio emergencial ajudou a evitar a pobreza no início da
pandemia, mas foi reduzido no final de 2020 em razão do aumento da dívida. A
taxa de desmatamento na Amazônia aumentou mais de 40% desde que Bolsonaro
assumiu o cargo. Ele levou uma motosserra para o Ministério do Meio Ambiente,
cortando seu orçamento e forçando a saída de funcionários. Seu ministro do Meio
Ambiente está sob investigação por tráfico de madeira.
Em relação à covid-19, Bolsonaro apoiou manifestações
contra os bloqueios totais e curas de charlatões. Ele enviou aviões carregados
de hidroxicloroquina para povos indígenas. Por seis meses ele ignorou ofertas
de vacinas. Um estudo descobriu que o atraso pode ter custado 95 mil vidas.
Em vez de lidar com a corrupção, ele protegeu seus
aliados. Em abril de 2020, demitiu o chefe da Polícia Federal, que investiga os
filhos dele por corrupção. Seu ministro da Justiça pediu demissão, acusando-o
de obstrução da justiça. Dias antes, Bolsonaro havia ameaçado a independência
do Supremo Tribunal Federal (STF). Em fevereiro, seu procurador-geral acabou
com a força-tarefa da Lava Jato.
A democracia brasileira está mais frágil do que em qualquer momento desde o fim da ditadura. Em março, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa, que se recusou a enviar o Exército às ruas para forçar a reabertura de empresas. Se ele perder a reeleição em 2022, alguns acham que ele pode não aceitar o resultado. Ele lançou dúvidas em relação ao voto eletrônico, aprovou decretos para armar a população e se gabou de que só Deus o tirará da cadeira presidencial.
Walter Polido lança nova edição de livro sobre riscos ambientais
A Juruá Editora acaba de publicar a 5ª edição da obra Seguros para Riscos Ambientais no Brasil, de autoria do diretor da Conhecer Seguros, Walter Polido. É possível adquirir a obra pelo site da editora, como também obter informações no Centro de Pesquisa Acadêmica e Publicações (CPAP) da escola.
O livro aborda a linha do tempo do seguro ambiental no País, analisando os aspectos técnicos e jurídicos que permeiam o ramo, já consagrado pela legislação pátria sob a condição de instrumento econômico na política nacional do meio ambiente (LPNMA, art. 9º, XIII).
Segundo Polido, além da Covid-19, o Brasil sofreu com a seca e a elevação da temperatura em 2020, com reflexos de queimadas na Amazônia e no Pantanal mato-grossense em escala alarmante, colocando o meio ambiente no centro do debate político. Diante da situação, a atualização da obra se fez necessária.
A sociedade brasileira e a Constituição Federal não autorizam a destruição do meio ambiente, cujas medidas vêm sendo perpetradas pelo atual desgoverno no Brasil. É preciso colocar fim nisso, urgentemente, com ação eficaz de todos os brasileiros. A resiliência do meio ambiente tem limites, opina o especialista.
Nesta 5ª edição, alterações substanciais ocorreram na obra, como a simplificação do título do livro, o realinhamento dos itens de conteúdo e a inclusão de novos temas, como, por exemplo, o seguro Real Estate Environmental Liability, algumas questões relativas à não-condição de poluição ambiental, o RC Produtos em face das limitações da cobertura para o risco de poluição ambiental no seguro tradicional do ramo RC Geral, o Seguro Garantia Ambiental e sua eficácia para situações pontuais de riscos, desativação de minas, limpeza de áreas contaminadas e outras.
A obra não se limita ao estudo do seguro específico ambiental, mas inclui diferentes pesquisas sobre o risco ambiental, inclusive, pontuando o estágio atual de desenvolvimento das coberturas oferecidas pelo mercado de seguros nacional nos setores de transportes de produtos perigosos, riscos do petróleo, desmanche de veículos, barragens, poluição transfronteiriça, instituições financeiras, remediação de áreas já contaminadas, cyber risks, entre outras.
O autor também destaca que situações especiais de riscos precisam ser revisitadas para que as seguradoras expressem o devido acolhimento dos riscos. Os empresários estão efetivamente expostos a eles, mas as respostas das seguradoras são ainda muito tímidas e conservadoras. O anacronismo do mercado de seguros nacional, em face dos produtos padronizados pela Susep, deve representar apenas um período do passado, uma vez virada a página para a inovação, reforça Polido.
A leitura da obra é obrigatória para o profissional que deseja se atualizar sobre os temas, especialmente neste momento de flexibilização das bases contratuais do mercado de seguros brasileiro, o qual requer mudanças de paradigmas por parte das seguradoras.
FICHA TÉCNICA
Autor: Walter Antônio Polido
Edição/Tiragem: 5ª Edição - Revista, Atualizada e Ampliada
Acabamento: Brochura
Formato: 15,0x21,0 cm
Peso: 511grs.
Número de páginas: 412
Publicado em: 28/05/2021
Tema: Direito - Ambiental
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1
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Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/
Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/1tog-AftJwcK6ZnulXe_xfNdTJeCjdfxI/view?usp=sharing
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
Participe da XXVII Edição da Jornada Internacional de Riscos Globais da Mapfre
A MAPFRE realizará a XXVII edição da Jornada Internacional de Riscos Globais em formato digital nos dias 9 e 10 de junho, das 11h00 às 13h00(BRT), sob o tema Atualidade e Desafios dos Grandes Riscos nos Mercados Internacionais.
Não perca! Para mais informações sobre o evento e inscrições acesse o link: https://mapfre.vancastvideo.com/event/Ejmlbefe/1942/signup?lang=1658