Mercado de Seguros Avança
03, Ago. 2021
Seguradoras movimentam R$ 145 bilhões no primeiro
semestre de 2021, alta de 19,4%
Fonte: Sonho Seguro
As vendas de seguros totalizaram R$ 145 bilhões no
primeiro semestre de 2021, R$ 23,61 bilhões a mais do que no mesmo período de
2020, um crescimento nominal de 19,4% em relação ao mesmo período de 2020.
Somente em junho de 2021, o setor arrecadou R$ 27,64 bilhões, o que corresponde
a um crescimento de 18,3% em relação a junho de 2020, informa a
Superintendência de Seguros Privados (Susep) na Síntese Mensal dos principais
dados relativos ao desempenho do setor de seguros até junho de 2021.
Os seguros de pessoas foram responsáveis pela arrecadação
de R$ 85,1 bilhões este ano, o que representa alta nominal de 25,5%, ou R$
17,33 bilhões, em relação ao primeiro semestre de 2020. Na comparação entre
junho de 2020 e junho de 2021, as contribuições do VGBL cresceram 20,4% em
termos nominais. No acumulado deste ano, as contribuições atingiram o montante
de R$ 60,90 bilhões.
A sinistralidade do seguro de vida, individual e em
grupo, atingiu o valor de 88,97% em junho deste ano, abaixo do valor observado
em maio, quando foi de 96,9%. O seguro de vida em grupo contribuiu com a queda
na sinistralidade, atingindo o valor de 94,1% em junho de 2021, abaixo do valor
de 103,1% observado em maio.
Os seguros de danos apresentaram crescimento nominal de
14,9% na arrecadação de prêmios no acumulado de 2021, quando comparado com
2020. Foram movimentados R$ 42,2 bilhões nos seis primeiros meses de 2021, face
aos R$ 36,7 bilhões do mesmo período em 2020. A arrecadação de prêmios no
seguro auto atingiu R$ 17,43 bilhões no acumulado do ano, valor 6,8% superior
ao do mesmo período em 2020. Em junho de 2021, a arrecadação de prêmios foi de
R$ 3,15 bilhões nesta linha de negócios, crescimento de 11,3% em relação a
junho de 2020.
As linhas de negócio rural, responsabilidade civil (RC),
patrimonial e transporte foram destaques, com crescimento nominal acima de 30%.
Os prêmios acumulados em 2021 para o seguro rural atingiram o montante de R$
4,08 bilhões, crescimento de 37,9% em relação a 2020. Os seguros de
responsabilidade civil, patrimonial e transporte acumularam, no mesmo período,
prêmios de R$ 1,59 bilhão, R$ 2,43 bilhões e R$ 2,18 bilhões, respectivamente,
correspondendo a crescimentos de 37,4%, 33,9% e 33,5%.
Cyber Risks
Segurança Online: Zoom chega a um acordo
Plataforma de videoconferência cresceu mais de seis vezes
por conta da pandemia de Covid-19. Ação é referente ao vazamento de dados e
interferência de hackers em reuniões
A Zoom Video Communications Inc. concordou em pagar US$
85 milhões e reforçar suas práticas de segurança para resolver uma ação
judicial que alegava a violação dos direitos de privacidade dos usuários ao
compartilhar dados pessoais com o Facebook, Google e LinkedIn, e permitindo que
hackers interrompessem reuniões do Zoom em uma prática chamada Zoombombing.
Os assinantes, na ação coletiva proposta, teriam direito
a 15% de reembolso em suas assinaturas básicas ou US$ 25, o que for maior,
enquanto outros poderiam receber até US$ 15.
A Zoom concordou com medidas de segurança, incluindo
alertar os usuários quando os anfitriões das reuniões ou outros participantes
usam aplicativos de terceiros em reuniões e fornecer treinamento especializado
aos funcionários sobre privacidade e manuseio de dados.
Embora a Zoom tenha coletado cerca de US $ 1,3 bilhão em
assinaturas do Zoom Meetings de membros da classe, os advogados dos demandantes
consideraram o acordo de US$ 85 milhões razoável, dados os riscos do litígio.
Eles pretendem buscar até US$ 21,25 milhões para custear honorários
advocatícios.
O Zoombombing é onde os estranhos sequestram as reuniões
do Zoom e exibem pornografia, usam linguagem racista ou postam outro conteúdo
perturbador.
Um acordo preliminar foi apresentado na tarde de sábado e
requer a aprovação da juíza distrital dos EUA Lucy Koh em San Jose, Califórnia.
Ela disse que a Zoom era quase imune ao Zoombombing de acordo com a Seção 230
do Communications Decency Act federal, que protege as plataformas online de
responsabilidade sobre o conteúdo do usuário.
A base de clientes da Zoom cresceu seis vezes desde que a
pandemia COVID-19 forçou mais pessoas a trabalharem em casa. A empresa tinha
497.000 clientes com mais de 10 funcionários em abril de 2021, ante 81.900 em
janeiro de 2020. A empresa disse que a quantidade de usuários poderia diminuir
à medida que mais pessoas tomam vacinas e voltam ao trabalho ou à escola
pessoalmente.
Fonte: Revista Apólice
Governo inicia processo para redução voluntária de
consumo de energia
O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu nesta
segunda-feira consulta pública para medida que deverá estabelecer diretrizes
para apresentação de ofertas de redução voluntária de demanda de energia
elétrica, em momento em que o país lida com a baixa oferta de geração
hidrelétrica devido à crise hídrica.
As diretrizes, que deverão ser estabelecidas de forma
excepcional e temporária, até 30 de abril de 2022, integram as ações do governo
para lidar com a maior crise hídrica em reservatórios de hidrelétricas do país
em mais de 90 anos.
A consulta fica aberta para envio das contribuições até 9
de agosto.
Poderão participar da oferta os consumidores livres, os
agentes agregadores, os consumidores modelados sob agentes varejistas e os
denominados consumidores parcialmente livres, o que será submetido à apreciação
do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para manifestação sobre o
aceite ou não, conforme diretrizes estabelecidas no normativo proposto.
O objetivo da proposta é viabilizar, sob a ótica da
demanda, alternativa que contribua para o aumento da confiabilidade, segurança
e continuidade do atendimento eletroenergético aos consumidores do país,
buscando sempre os menores custos, disse o ministério.
A pasta frisou que a medida atende a recomendações do
CMSE para que o ministério busque alternativas que contribuam para o aumento da
garantia da segurança e continuidade do suprimento de energia elétrica no país
ao longo de 2021.
Fonte: Reuters
Aneel mantém bandeira vermelha nível 2 nas contas de luz
em agosto
Fonte: InfoMoney
É o terceiro mês consecutivo em que a bandeira vermelha 2
é acionada devido ao aumento nos custos de geração de energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou
na sexta-feira, 30, que as contas de luz vão continuar com a bandeira vermelha
em seu segundo patamar em agosto.
A decisão significa que os consumidores vão continuar
pagando uma taxa adicional de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) nas
contas de luz. O patamar é o mais caro do sistema de bandeiras tarifárias.
Segundo a agência reguladora, as afluências, ou seja, a
quantidade de água que chega nas principais bacias hidrográficas do sistema
elétrico em julho, continuam entre as mais críticas da série histórica. As
perspectivas são de que a situação seja semelhante em agosto.
Agosto inicia-se com igual perspectiva hidrológica, com
os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa
época do ano. Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de
produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos
termelétricos, diz a nota.
É o terceiro mês consecutivo em que a bandeira vermelha 2
é acionada devido ao aumento nos custos de geração de energia. Diante dos
baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o governo autorizou o maior
uso de termelétricas para garantir o abastecimento no país.
O Ministério de Minas e Energia (MME) estima que o uso
dessas usinas deve custar R$ 13,1 bilhões até novembro.
A situação levou a agência a reajustar o valor da taxa
adicional paga pelos consumidores via conta de luz. Em 29 de junho, a diretoria
da Aneel aprovou um aumento de 52% na taxa da bandeira vermelha 2, que passou
de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh.
O valor, porém, pode ser ainda mais alto nos próximos
meses. O órgão analisa uma proposta que prevê que a taxa cobrada na bandeira
vermelha patamar 2 pode chegar até R$ 11,50. A decisão final será da diretoria
colegiada do órgão, que ainda não tem previsão para analisar o processo.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 e
sinaliza ao consumidor o custo da geração de energia elétrica no País. Na
prática, as cores e modalidades, verde, amarela ou vermelha, indicam se haverá
ou não cobrança extra nas contas de luz.
A bandeira verde, quando não há cobrança adicional,
significa que o custo para produzir energia está baixo. O acionamento das
bandeiras amarela e vermelha representa um aumento no custo da geração e a
necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao
volume dos reservatórios e das chuvas.
O reajuste dos planos de saúde
Com crise, número de beneficiários de planos de saúde
privados diminuiu
Tema extremamente sensível, que todos os anos mexe com a
opinião pública nacional, o reajuste dos planos de saúde privados é um
assunto delicado, que envolve situações e realidades diferentes.
O Brasil tem atualmente perto de 48 milhões de
beneficiários de planos de saúde privados. Este número já esteve acima de 50
milhões. A queda é decorrência da crise econômica que atingiu o país em 2015 e
da pandemia do coronavírus, que gerou desemprego recorde no ano passado. Em
2020, o total de beneficiários chegou a 47 milhões, ou 3 milhões a menos do que
antes da crise de 2015. Esses números são importantes porque mostram como a
renda das pessoas e o preço dos planos têm impacto direto no total de beneficiários
cobertos por eles.
É comum os planos de saúde privados serem atacados por
políticos, líderes de classe, sindicalistas, órgãos de defesa do consumidor,
prestadores de serviços ligados ao setor etc. De outro lado, os planos de saúde
privados aparecem regularmente entre os sonhos de consumo do brasileiro. E a
sua oferta nos pacotes de benefícios oferecidos é um dos grandes diferenciais
na contratação de pessoal. Quer dizer, de zero ao infinito, o céu é o limite, o
que torna o tema altamente polêmico.
O que é certo é que é um produto com fortíssima carga
social e, por isso mesmo, altamente emocional. E isso tem consequências,
inclusive na sua judicialização.
Não cabe discutir aqui se a lei dos planos de saúde é
boa. Ela não é boa, mas é a que temos, assim, os planos de saúde precisam ser
vistos dentro do contexto real, e não num universo ideal, longe do dia a dia
das pessoas. Neste cenário, a primeira verdade insofismável é que a capacidade
operacional do sistema é limitada por dois fatores: o número de beneficiários e
a capacidade de custeio. Isto impede que os planos gastem mais do que faturam,
sob risco de quebrarem.
Os planos de saúde se baseiam, essencialmente, no
mutualismo. São um grande fundo, composto pelo pagamento proporcional de seus
beneficiários, com a missão de amparar, nos termos do contrato, as necessidades
de saúde dos integrantes do grupo que precisem de atendimento.
Para que os planos possam cumprir sua missão, é
indispensável que tenham faturamento capaz de suportar o custeio do atendimento
à saúde, despesas administrativas e comerciais, carga tributária e o superávit
necessário para investimentos e remuneração do capital. Se o plano não operar
nessas condições, será deficitário e, em algum momento, não conseguirá atender
seus stakeholders.
De outro lado, a capacidade de custeio da sociedade
também é limitada. Hoje, o universo segurável é de mais ou menos 50 milhões de
pessoas, que não dispõem de recursos infinitos para pagar sua operadora de
saúde, ainda que a maioria dos planos seja bancada pelas empresas empregadoras.
É aí que a sintonia fina precisa ser regulada com enorme
sensibilidade. Não adianta o plano querer cobrar o que quiser, e não adianta o
beneficiário querer ser atendido como bem desejar. Essa conta não fecha. Então,
a pergunta a ser respondida é como delimitar o aumento ideal, dando o preço
justo para o serviço oferecido. Ou seja, o máximo de cobertura pelo mínimo de
preço.
Para isso, é indispensável a transparência da operação.
Cada plano de saúde tem uma realidade única, só sua e de seus segurados.
Aumentos lineares podem ser injustos, ao beneficiarem um plano com custo baixo
e onerar outro com custos mais elevados.
Dentro do princípio da mutualidade, o modelo perfeito
seria a divisão das despesas pelo total dos beneficiários, encontrando-se,
assim, o custo unitário da operação. Sobre este valor seriam feitos os acertos
para mais ou para menos, decorrentes das características de cada segurado ou
grupo de segurados. E essa conta deveria ser aberta, explicando cada passo da
operação.
De toda forma, é bom lembrar que, com mais de 600
operadoras cadastradas, a concorrência não permite que os planos reajustem seus
preços em patamares exorbitantes. Quem fizer isso corre o risco de sair do
mercado.
Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Varejo corre risco de desabastecimento para vendas do fim
do ano
Gargalo de insumos vindos da China preocupa; aumento de
consumo de redes sociais é uma das melhores possibilidades para aumentar
vendas.
Fonte: Monitor Mercantil
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o varejo brasileiro apresentou uma melhora no desempenho na
passagem de abril para maio, o que fez o volume de vendas ficar 3,9% acima do
nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia.
Setores como os de material de construção, artigos
farmacêuticos, artigos de uso pessoal e doméstico, supermercados, móveis e
eletrodomésticos estão com superavit em relação ao mesmo período do ano
passado, o que cria um clima de euforia entre os economistas. Porém, nem tudo
são flores em relação a esse cenário de uma provável retomada.
Há uma tendência de falta de produtos e insumos vindos da
China, alerta Claus Malamud, sócio do Mr China Imports.
Segundo ele, o tempo de produção de insumos na China já
está mais alto que o normal. A depender do produto, antes podíamos agendar com
sete dias de antecedência, e pagando fretes no valor de 1/5 em relação ao que
se paga hoje. Atualmente, estamos agendando com 15, 20 dias de antecedência
para conseguir uma vaga no container que está custando cerca de US$ 10 mil,
explica.
Essa tendência de reaquecimento do mercado deve-se, em
grande parte, com o otimismo gerado na economia pela aplicação das vacinas
contra a Covid -19, mas os comerciantes, além de médios e pequenos empreendedores,
devem ficar atentos com a proximidade de duas datas importantes para o
comércio: Dia das Crianças e o Natal.
O mais seguro é realizar as importações com três, quatro
meses de antecedência antes de qualquer grande data comemorativa.
Segundo levantamento Social Commerce, realizado pela All
iN Social Miner, 74% dos brasileiros usam redes sociais para fazer compras, por
isso, cada vez mais o comércio digital tem se reinventado para alcançar o maior
número de usuários e aumentar suas vendas. Com o crescimento de 75% no comércio
eletrônico desde o começo da pandemia, de acordo com levantamento da Mastercard
SpendingPulse, as empresas precisaram se reestruturar para continuar vivas e as
redes sociais vieram como uma das soluções para esse problema.
Ter um e-commerce e estar presente nas redes sociais mais
consumidas pelos seus clientes é uma das maiores e melhores jogadas de
marketing como continuar e aumentar suas vendas, comenta Babi Tonhela, sócia e
diretora de produtos do Ecommerce na Prática.
Com as últimas novidades apresentadas pelo diretor do
Instagram, a rede pode se tornar um espaço ainda mais visual. Ou seja, por meio
de vídeos, os empreendedores poderão apresentar seus produtos e serviços e
garantir que os usuários tenham acesso àquele conteúdo. O vídeo traz mais
realidade para quem está assistindo, isso ajuda no convencimento para aquela
venda, comenta Babi.
Além disso, os usuários estão cada vez mais dispostos a
experimentar novidades no mundo digital e empreendedores estão acompanhando esse
movimento. Desde o começo da pandemia, houve um aumento de 70% nas transmissões
virtuais, com isso as lives commerces têm chegado no Brasil com muita força. A
live commerce já é vista como tendência e pode revolucionar a indústria do
varejo, além de mudar a forma de consumo das pessoas e aumentar o número de
conversão, já que uma das maiores dificuldades do mercado online é apresentar o
produto, explica a diretora.
RECUSAR VACINA DEU JUSTA CAUSA, MAS NÃO HÁ CONSENSO
As sucessivas filas em frente a postos de vacinação
contra a Covid-19 podem dar a impressão de que não há quem recuse o imunizante
que reduz a gravidade da infecção pela doença.
O direito de negar a vacina, porém, chegou à Justiça do
Trabalho, onde, por enquanto, há decisões favoráveis à demissão por justa
causa.
Para advogados, o tema ainda é novo, delicado e deve ser
tratado com cuidado pelas empresas. A mera recusa ou atraso em buscar a
vacinação, quando disponível, não configura automaticamente as condições para a
justa causa, dizem.
Nesse tipo de demissão, o trabalhador não recebe a multa
de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e não tem direito a
aviso prévio nem ao seguro-desemprego.
Levantamento do Datalawyer para a Folha mostra que 2.704
processos trabalhistas já discutem, nos pedidos iniciais, demissão por justa
causa e recusa à vacina.
Caio Santos, diretor-executivo da empresa, diz que o
mapeamento feito pela ferramenta não permite afirmar que todas essas ações
sejam de trabalhadores dispensados por terem decidido não tomar um imunizante.
São processos que tratam do assunto já no pedido inicial.
Ao todo, essas ações somam R$ 157,36 milhões. A maioria
dos processos foi iniciada no estado de São Paulo, com 794 casos.
Vem do tribunal paulista a decisão que autorizou a demissão
por justa causa de uma auxiliar de limpeza. A mulher trabalhava, por meio de
uma empresa prestadora de serviços, em um hospital em São Caetano do Sul (ABC
Paulista).
Na Justiça, ela defendeu ter o direito de não se vacinar,
uma vez que não existe lei que obrigue a imunização.
Para o advogado Matheus Vieira, do Souza, Mello e Torres
Advogados, o local de trabalho da funcionária pesou na decisão, pois ela
estaria expondo pacientes ao risco.
Demissão por justa causa é sempre caso a caso. Temos
sugerido parcimônia aos empregadores. É necessário avaliar o contexto, fazer
campanhas e dar ao funcionário condições de decidir.
Roberto Kurtz, sócio trabalhista do Kincaid Mendes Vianna
Advogados, diz que o empregador tem responsabilidade sobre todos os funcionários.
Se um deles recusa a vacina, que é uma proteção individual de efeito coletivo,
todos os demais colegas acabam sob risco.
Para o advogado, porém, as empresas devem ser criteriosas
na decisão da justa causa. O MPT (Ministério Público do Trabalho) recomenda que
os empregadores atuem para informar os funcionários os benefícios da vacinação.
A recusa reiterada, sem justificativa médica, pode dar
justa causa, na avaliação do MPT, mas não deve ser considerada a primeira
medida a ser tomada.
Na visão da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho), o empregador tem o direito de exigir a vacinação no
retorno ao escritório.
O interesse coletivo precisa e deve permanecer sobre o
interesse individual, diz Luiz Antônio Colussi, presidente da entidade.
Para ele, é papel do empregador conscientizar o
funcionário sobre a importância e a segurança da vacina. Isso passa, inclusive,
por abonar o dia de trabalho para que ele possa se imunizar. A sua
responsabilidade é proteger a equipe, afirma.
Empresas brasileiras que já liberaram o trabalho em seus
escritórios não estão exigindo comprovantes de vacinação, mas dizem estimular
que os funcionários sejam imunizados.
A C&A diz que não fará a exigência neste ano porque a
vacinação ainda está em andamento e entende que a vacina é uma proteção mais
pessoal do que coletiva. Quem é vacinado, ganha um dia de folga, mesma política
adotada pelo Carrefour Brasil. A rede de supermercados diz que os funcionários
vacinados antes do anúncio do benefício também terão direito.
A Positivo diz que, para proteção de todos, recomenda que
os funcionários se vacinem e enviem à empresa o comprovante.
Já a Amaro está fazendo um censo dos trabalhadores que já
foram vacinados, mas não pretende exigir a vacina neste momento. Na Vitacon, o
estímulo vem por meio de um vacinômetro, um contador incluído no sistema
interno da incorporadora.
A Dedalus, de gestão de dados na nuvem, vai dar início ao
trabalho híbrido no próximo semestre e também diz incentivar que os
colaboradores tomem as vacinas. Será uma condição importante para que todos
voltem de maneira saudável, sem colocar outros colaboradores em risco, diz a
diretora de recursos humanos, Stella Oliveira.
Na BRF, quem se vacina também é convidado a informar a
companhia por meio do aplicativo de recursos humanos, ou via WhatsApp, para a
agente virtual de RH.
Nos Estados Unidos, o Google anunciou que exigirá dos
funcionários a comprovação de imunização para permitir o acesso aos
escritórios.
Fonte: Folha de São Paulo
Setor industrial encolhe
Fonte: Estadão
O setor industrial está encolhendo. O número de empresas
industriais em operação caiu de 334.976, em 2013, para 306.345, em 2019, de
acordo com a Pesquisa Industrial Anual, Empresa (PIA), do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). É uma redução de 8,6%, puxada sobretudo pela
diminuição do número de indústrias de transformação, que formam a ampla maioria
das empresas industriais do País (97,9% do total; o restante é formado por
indústrias extrativas).
A queda do número de empregados é ainda mais notável. Em
seis anos, as indústrias perderam 1,4 milhão de empregos. O total de empregados
caiu de 9,0 milhões, em 2013, para 7,6 milhões, em 2019. É uma redução de
15,6%. Pouco dessa perda de empregos poderá ser justificado por fatores
positivos do ponto de vista da eficiência da economia brasileira, como
modernização do parque produtivo, utilização mais intensa de novas tecnologias,
automação e inovação.
Ainda que fatores como esses possam ter estado presentes
em alguns segmentos específicos nos últimos anos, eles não resultaram em ganhos
de eficiência notáveis para todo o setor industrial. Assim, a redução da fatia
da indústria no Produto Interno Bruto (PIB), tendência observada em muitos
outros países, parece mais acentuada e mais precoce no Brasil.
A receita líquida de vendas da indústria alcançou R$ 3,6
trilhões em 2019. Desse total, as indústrias extrativas responderam por 6,1%. É
uma fatia maior do que a do número de empresas desse segmento no total
industrial, porque entre elas estão gigantes dos setores de petróleo e de
mineração. O destaque, assim, é para o desempenho dos setores de extração de
petróleo, gás natural e minerais metálicos.
Entre as indústrias de transformação, consolidou-se a
posição das de produtos alimentícios, que respondem por 20,5% do faturamento
total desse segmento. Ao crescimento e à consolidação da participação da
indústria de alimentos vem correspondendo a redução da presença da indústria de
veículos. Entre 2010 e 2019, sua participação na receita líquida da indústria
caiu da segunda para a quarta posição.
Quanto a salários, os mais altos são pagos pelas indústrias extrativas, com média de 4,6 salários mínimos. Mas essa média é mais de 20% menor do que a de 2010.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html
2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html
Curso Extensão de Responsabilidade Civil da ENS
O Curso de Extensão ENS em parceria com a AIDA, tem como objetivo proporcionar o conhecimento das modalidades de seguros do ramo de Responsabilidade Civil, as normas legais que o regulam, a formação do contrato e todas as obrigações e os direitos dele decorrentes, como coberturas, exclusões e diversos temas conexos e diretamente relacionados. Para maiores informações e inscrições acesse: https://www.ens.edu.br/.../cursos-de-extensao-aulas-ao...
Curso de Pós-Graduação em Saúde Suplementar ENS
Capacite-se para atuar com segurança na área de saúde suplementar, aprofundando seus conhecimentos, especialmente, em aspectos regulatórios e de gestão.
O curso é ministrado on-line, ao vivo, em ambiente virtual que possibilita a interação entre alunos e professores em tempo real.
Acesse e saiba mais em: https://www.ens.edu.br/cursos/posgraduacao-aulas-ao-vivo-saude-suplementar-aulas-ao-vivo?inscricao=2837&ead=True&fbclid=IwAR0rapTheczh4kEkwvNu8UDX1YbFLAZG82jpptMQkWAO0UZKYnJmBcye7zw
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Inscrições: ANPD - Principais Considerações Sobre o Guia Agentes de Tratamento - Sympla