Custo Seguro Mais Barato
24, Ago. 2021
Seguros terão regras mais flexíveis e podem ficar mais
baratos
Mudanças valem a partir de 1º de setembro e vão permitir,
por exemplo, a apólice vinculada ao motorista e não ao veículo
Fonte: O Globo
O mercado brasileiro de seguros está em expansão. De
janeiro a junho deste ano, cresceu 19,8% frente ao mesmo período de 2020, com
arrecadação de R$ 145,1 bilhões, segundo a Confederação Nacional das
Seguradoras (CNSeg). O número supera o resultado do segundo semestre de 2019,
antes da pandemia, de R$ 144,7 bilhões. O alcance do seguro no país, porém,
ainda é pequeno. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito, em 2019
84% dos carros que circulavam pelo país não tinham seguro.
De olho nesse mercado potencial, entram em vigor, em 1º
de setembro, novas regras para o seguro de automóveis, que permitirão
personalizar e baratear as apólices. O dono de um veículo antigo, por exemplo,
que não ache vantajoso contratar cobertura para furto e roubo poderá optar
apenas por seguro para acidentes, como colisões e incêndios, o que custará
menos.
A desregulamentação do setor está no foco da
Superintendência de Seguros Privados (Susep), a fim de ampliar o mercado
consumidor. Na prática, as mudanças se refletem em mais liberdade às
seguradoras para o lançamento de apólices customizadas, com diferentes
combinações de coberturas e combos para atender à necessidade do consumidor. Em
alguns casos, as novas modalidades já oferecidas reduzem em mais de 40% o valor
do seguro.
Seguros são o sexto tema de uma série de guias em
comemoração aos 30 anos da promulgação do Código de Defesa do Consumidor e aos
40 anos da seção Defesa do Consumidor do GLOBO. Todos os guias, proteção de
dados, planos de saúde, turismo, telecom e bancos, estão disponíveis no site
(glo.bo/3q8lT1H).
Mudança de cultura
Para entender melhor a mudança nos seguros de automóveis,
a partir de agora será possível, por exemplo, vincular o seguro ao condutor, em
vez de ao veículo. Desse modo, todos os carros que ele dirigir estarão com a
garantia ativa. Quem tem três carros na garagem, por exemplo, poderá fazer uma
apólice usando o valor médio dos veículos ou o de maior valor.
Esse tipo de seguro pode reduzir o custo de alugar um
carro. Seria vantajoso para motoristas de aplicativos que costumam usar
veículos alugados para trabalhar, pois não teriam de arcar com o seguro
embutido no valor.
A cobertura sobre danos causados a terceiros, que é
vinculada a um carro, poderá passar a estar vinculada ao condutor. Então, se ele
estiver dirigindo outro veículo e provocar um acidente, poderá ter o amparo do
seguro para arcar com danos pessoais e materiais causados a outras pessoas,
explica Mariana Arozo, coordenadora-geral de regulação de seguros massificados,
pessoas e previdência da Susep.
Essa é a chamada cobertura de responsabilidade civil, que
poderá ser contratada de forma exclusiva. O CEO da gestora de canais de
distribuição de seguros e produtos financeiros Wiz, Heverton Peixoto, avalia,
porém, que esse produto deve demorar a se popularizar:
a) O brasileiro é muito apegado ao patrimônio. Muitas
vezes faz um seguro pensando mais em proteger o carro, baixando a cobertura de
terceiros. Por isso, acredito que vão demorar a adotar o seguro de
responsabilidade civil, muito comum no exterior. Depende do amadurecimento da
cultura para que o cliente entenda como baratear coberturas mantendo o que
importa.
Outra novidade é a cobertura parcial. Em vez de optar por
receber o valor total do carro em caso de roubo ou danos, o segurado poderá
escolher ser reembolsado com a metade do valor, o que barateia o seguro.
Segundo a Comissão de Automóvel da Federação Nacional de
Seguros Gerais (FenSeg), no 1º semestre deste ano o segmento arrecadou cerca de
R$ 17,5 bilhões, 6,8% a mais do que no mesmo período de 2020. A expectativa é
que as novas regras ampliem a base de segurados.
As primeiras mudanças neste sentido foram implementadas
pela Susep em 2019, quando passou a ser permitido o seguro intermitente, em que
o cliente pode ligar e desligar coberturas e assistências quando quiser.
Estimativas da Youse mostram que, nessa modalidade, a economia pode chegar a
cerca de 44%.
b) O preço do seguro nessa modalidade pode ser mais
competitivo para algumas situações de uso ocasional de veículos, mas é importante
ficar atento a períodos em que o seguro não esteja em vigor (ativado) e o
veículo esteja sujeito a riscos, ainda que parado, diz Eduardo Menezes,
superintendente executivo da Bradesco Auto/RE.
Na prática, não se pode desativar completamente o seguro,
mas interromper assistências como guincho, chaveiro e cobertura a terceiros,
mantendo uma apólice mínima.
c) Alguém pode bater no carro na garagem, por exemplo.
Então é interessante manter um pacote básico, argumenta Federico Salazar,
diretor de produtos da Youse.
Atenção ao seu perfil
Peixoto, da Wiz, acredita que com mais smartcars nas ruas
— veículos com bluetooth, rastreadores e que se conectem a aparelhos celulares,
as seguradoras terão maior facilidade para estabelecer o preço das apólices, e
os clientes, mais comodidade:
Já pensou se as seguradoras pudessem saber quando o carro
está em deslocamento ou não? Essa poderia ser uma solução para seguros ativados
realmente para uso.
Outra alternativa de cobertura já presente no mercado é o
seguro por quilômetro rodado, em que o cliente paga de acordo com o uso do
veículo. O valor final é calculado a partir de um montante fixo, definido pelo
perfil do cliente, acrescido de cobrança variável de centavos pela distância
percorrida. Segundo Salazar, a economia é de até 30% em relação ao seguro
convencional.
Seja qual for a modalidade de seguro, a economista Ione
Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), diz é preciso
estar atento às condições do contrato, seja de coberturas, prazos ou valores, e
se estas são adequadas a sua necessidade.
Bancos e Seguradoras
Banco é banco, seguradora é seguradora. As duas
instituições não se confundem. A instituição financeira é uma empresa
completamente diferente da companhia de seguros. Além de ambas movimentarem
enormes somas de dinheiro, há pouca relação entre o que elas fazem.
São essas diferenças que pautam seu funcionamento, com o
setor financeiro tendo rotinas diferentes do setor de seguros nas áreas de
desenvolvimento de produtos, administrativa e comercial. Banco oferece conta
corrente, caderneta de poupança, empréstimos e aplicações financeiras, enquanto
a seguradora oferece suas apólices para proteger o patrimônio, a vida e a
capacidade de atuação dos segurados. É uma diferença abissal, que cria realidades
diferentes nas suas relações com os clientes.
Pelos serviços oferecidos, a relação entre uma
instituição financeira e seu público praticamente amarra o consumidor ao banco.
Não é comum alguém ter conta corrente num banco, caderneta de poupança em outro,
fundos num terceiro e empréstimos num quarto. Ao contrário, o consumidor
concentra suas operações numa única instituição e esta relação costuma se
estender no tempo.
No setor de seguros acontece quase que o oposto. O
segurado não tem fidelidade à seguradora que garante seus riscos hoje. Na
renovação do seguro, o que acontece na maioria das vezes anualmente, o segurado
faz uma tomada de preços, comparando as diferentes condições oferecidas pelas
seguradoras consultadas e optando, com frequência, pela mais barata.
Além disso, as seguradoras, ao contrário dos bancos,
podem não oferecer todos os tipos de produtos que o consumidor necessita. É
assim que existem seguradoras com apetite para seguros de vida e acidentes
pessoais, outras que preferem seguros de veículos, outras focadas em planos de
saúde privados, ainda outras que gostam de seguros de transporte,
responsabilidade civil, etc.
Em função das particularidades da atividade, é comum um
segurado ter várias apólices emitidas por várias seguradoras. O seguro de vida
é garantido pela seguradora A, o plano de saúde pela B, o automóvel pela C, a
residência pela D e a empresa pela F, sem maiores cuidados em manter todos os
seguros numa única companhia. No máximo, o segurado mantém a maioria dos
seguros num único corretor de seguros, que é o principal canal de distribuição
dos produtos do setor e quem coloca as apólices, de acordo com o segurado, nas
diferentes seguradoras.
Assim, ao se falar de Open Banking ou Open Finance é
necessário colocar várias vírgulas entre eles e o Open Insurance. As realidades
são completamente diferentes. No sistema financeiro há uma relação mais próxima
entre o cliente e a instituição, que, evidentemente, até agora, não partilhava
seus dados com a concorrência.
No setor de seguros a realidade é outra. Ao pedir a
cotação de um risco, o consumidor, até para que seu seguro possa ser
precificado com exatidão, passa para a seguradora o máximo de informações sobre
ele. Um exemplo disso é o questionário do perfil do segurado, aplicável ao
seguro de automóvel.
Quer dizer, se no sistema financeiro as informações sobre
os clientes é material escasso, e que justifica a adoção das práticas previstas
no Open Banking para aumentar a concorrência e dar melhores condições negociais
aos consumidores, no setor de seguros as seguradoras têm acesso a um número
muito grande de informações, até quando elas não fecham o negócio, porque estas
são passadas antes, para que elas possam cotar o risco.
Ninguém é contra o Open Insurance, mas, para que ele
tenha relevância para o consumidor, são necessários estudos muito mais
profundos, que não foram feitos, a começar pela necessidade da transferência de
dados dos clientes entre as seguradoras.
Também seria fundamental se entender por que, com exceção
da Inglaterra, onde uma experiência ainda pouco relevante vai sendo realizada,
nenhum outro país com atividade seguradora desenvolvida se interessou pelo Open
Insurance. Esta resposta é crítica para validar o projeto.
Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Seguro de veículos deve ficar mais barato a partir de 1º
de setembro
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Com o objetivo de ampliar o acesso dos consumidores aos
seguros de veículos, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) vai
flexibilizar regras e critérios para a contratação e renovação das apólices de
carros, motos e caminhões. A nova norma entra em vigor no dia 1 de setembro.
Pelos novos critérios, os seguros poderão ser
personalizados e o dono de um veículo poderá contratar modalidades específicas
da cobertura. Por exemplo: ele pode selecionar a opção de cobertura para furto
e roubo, mas não contratar para acidentes, colisões e incêndios.
Além disso, a Susep vai alterar a regra da vinculação do
seguro ao veículo, que passará a ser do condutor. A ideia é cobrir todos os
veículos que a pessoa tenha sem que ele precise ativar o seguro de um por um
dos automóveis, por exemplo. A nova regra também poderá ser aplicada para
carros de seguradoras e veículos compartilhados.
Dados de 2019 do Departamento Nacional de Trânsito
mostram que 84% da frota brasileira de veículos não possui um seguro e, com o
barateamento da proteção, a expectativa é de que mais pessoas topem contratar
algum tipo de serviço individual.
As novidades ainda incluem uma nova modalidade de cobertura em caso de sinistro, com o segurado podendo escolher pela cobertura parcial. Neste tipo de contratação, a pessoa pode dividir o risco com a operadora, sendo reembolsado pela metade do valor do sinistro e deixando o contrato do seguro mais barato.
Alta da projeção da inflação reflete a probabilidade menor de cenário otimista
A projeção para o IPCA este ano foi elevada de 7,05% para 7,11%, enquanto, para o ano que vem, foi mantida em 3,93% no Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 23
Fonte: Sonho Seguro
Inflação e juros em alta e crescimento em baixa nas projeções do Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (23). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. A previsão do mercado financeiro para a inflação de 2021 atingiu 7,11%, 20ª alta na projeção para o IPCA. Há um mês, a previsão estava em 6,56%. As perspectivas do mercado financeiro para a atividade econômica deste ano recuaram mais uma vez, de 5,28% para 5,27%. Há um mês, o crescimento projetado era de 5,29%. A previsão é que a Selic encerre o ano em 7,5% ao ano, se mantendo no mesmo patamar ao longo do próximo ano.
Praticamente todos os pilares de um cenário mais otimista foram abalados, afirma Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. O mercado apostava que com um impulso do crescimento da economia mundial, alguma solução razoável para a questão fiscal e o andamento da agenda de reformas, mesmo que desidratadas e lentas, seria possível crescer um pouco mais e, com ajuda da consequente apreciação cambial que viria desse cenário mais favorável, controlar a inflação com um aumento mais suave dos juros. Mas pela análise do boletim divulgado, vemos que o otimismo foi abalado e pode piorar nas próximas semanas, acrescenta o economista.
Juntam-se a um cenário já complexo as tensões políticas que se acumulam, com disputas explícitas entre os poderes da República, testando a resistência das instituições, comenta Simões. Para complicar ainda mais uma conjuntura já complexa e adversa, teremos ainda que lidar com o impacto da crise hídrica, num momento em que o país atravessa a pior seca em quase um século, com consequências sobre a inflação e, possivelmente, também sobre o crescimento em um cenário mais extremo, mas possível, finaliza o economista.
Guedes: Ambiente de eleições antecipadas afeta a
economia, mas País não está fora do controle
Fonte: Estadão
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu nesta
segunda-feira, 23, que o ambiente de antecipação das eleições prejudica a
economia, pois causa muito barulho, mas afirmou que nenhum fundamento indica
que o País está fora do controle.
Espero que excessos de uma parte ou de outra sejam moderados.
Precisamos moderar os excessos para garantir a recuperação econômica, que está
praticamente garantida. Muito tem se falado do déficit, sobre a possibilidade
de descontrole fiscal, mas os fundamentos continuam indicando que estamos
fazendo trabalho certo, afirmou na abertura do 41º Congresso Internacional da
Propriedade Intelectual, organizado pela Associação Brasileira da Propriedade
Intelectual (ABPI).
Guedes destacou que a economia está retomando e que o
fiscal continua sob controle. O ministro citou a redução do déficit primário
previsto, de 10,5% do PIB em 2020 para 1,70% em 2021 e a 0,30% para 2022. Então
praticamente acabou o déficit. O Brasil enfrentou a maior depressão dos tempos
modernos e está voltando a crescer rápido.
No ano passado, o governo injetou um pacote de estímulo
de R$ 524 bilhões em despesas adicionais para o combate à covid-19, o que
impactou no tamanho do resultado negativo. Para este ano, estão previstos R$
127 bilhões em gastos extras, após o governo ter apostado no fim da pandemia e,
consequentemente, na possibilidade de retirar o suporte às famílias, aos
trabalhadores e ao sistema de saúde. Políticas como o auxílio emergencial e o
pacote de flexibilização de contratos de emprego só foram retomadas no fim do
primeiro trimestre deste ano.
Guedes citou que a projeção para o crescimento do PIB do
Brasil em 2021 está em 5,30%, mas não lembrou que em 2020, houve queda de 4,1%
na economia. Ele afirmou que a expectativa para o crescimento do PIB cresce há
16 semanas, mas a maioria das projeções colhidas pelo Banco Central para o
boletim Focus cai marginalmente há duas semanas e foi reduzida de 5,28% para
5,27% no relatório divulgado nesta segunda-feira, 23.
Para o ano que vem, os economistas continuam a reduzir as
projeções. Agora, a maioria espera expansão de 2% do PIB em 2022, ano de
eleições. Como mostrou o Estadão, uma tempestade perfeita de inflação e juros
altos, desemprego, dólar caro, risco de apagão, conflitos institucionais,
atropelo nas votações de projetos do Congresso e novos riscos fiscais obrigou
economistas e investidores a reverem suas estimativas para o crescimento da
economia no próximo ano para o mesmo patamar baixo comum nos anos pré-pandemia.
Crise Hídrica
Governo autoriza início de plano de racionamento de energia
Fonte: Folha SP
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, definiu
as regras para o início do programa voluntário de deslocamento do consumo de
energia destinado a grandes consumidores que prevê a redução da demanda em
horários de pico, reduzindo riscos de apagões. A medida, aguardada desde o
agravamento da crise energética, entrou em vigor nesta segunda-feira (23) com a
publicação de uma portaria no Diário Oficial da União.
No entanto, para que o plano seja implementado na
prática, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) precisa
publicar suas diretrizes. A expectativa do mercado é que isso ocorra dentro de
uma semana.
Com a demora e o agravamento da crise hídrica, grandes
companhias vinham se inscrevendo no programa de economia de energia do
ex-presidente Michel Temer em vigor pela Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica).
Braskem, Gerdau, Cimentos Apodi, Rima, dentre outras
companhias intensivas no consumo de energia, já aderiram ao programa para
tentarem uma saída à energia produzida pelas térmicas, quase dez vezes mais
caras do que as hidrelétricas.
Batizado de RVD (Redução Voluntária de Demanda de Energia
Elétrica), o plano do governo de Jair Bolsonaro é a primeira medida relacionada
à demanda, desde junho, quando foi criada a Creg (Câmara de Regras Excepcionais
para Gestão Hidroenergética), que só vinha determinando produção de energia por
termelétricas e a importação.
Analistas de mercado previam que, sem medidas de redução
de consumo, o governo corre risco de ter de enfrentar apagões com elevado risco político para Bolsonaro, que está em campanha pela reeleição. Para eles, ao ficar restrito
em medidas de aumento de oferta era um sinal de negacionismo do governo no
enfrentamento da crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos.
Estudos do ONS alertam para a possibilidade de
esgotamento da potência de energia ao fim do período seco, gerando risco de
apagões localizados nos horários de maior demanda, quando a rede de energia
demanda uma operação mais intensa das usinas hidrelétricas.
O programa de redução voluntária do consumo é destinado
apenas a grandes consumidores que se disponham a reduzir o consumo por períodos
de quatro a sete horas por dia.
A partir de compensação financeira, o governo quer
estimular a economia diária de energia de 20 MW a 35 MW. Serão 5 MW por hora de
economia gerada.
Durante a consulta pública, o governo cogitou uma
economia maior, de ao menos 30 MW diários, mas acabou mudando de ideia porque,
com um volume tão grande de energia, o programa ficaria restrito a um grupo de
80 empresas, todas de grande porte.
Ao reduzir para ao menos 5 MW, o governo permite que
empresas menores também possam aderir. Outra inovação foi o agrupamento de
várias filiais para a composição de uma única oferta do mesmo grupo econômico.
Houve uma evolução importante em relação à proposta
submetida originalmente. Estas medidas podem ampliar a participação permitindo
a competição das ofertas e ganhos a todos os consumidores e para o sistema,
disse, em nota, a Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de
Energia e de Consumidores Livres).
As empresas que aderirem terão de remanejar sua jornada
de trabalho prevendo intervalos de redução de ao menos 80% do consumo médio de
energia. Ao fazer o pedido, elas terão de informar a quantidade de energia que
se dispõem a economizar e o preço que pretendem receber por isso.
De acordo com a portaria do MME, se a oferta de economia
apresentada pelo grupo for menor do que o PLD (Preço de Liquidação das
Diferenças), hoje em seu valor máximo, de R$ 583,88 por MWh (megawatt-hora), a
diferença será retornada ao consumidor via encargos cobrados na conta de luz.
Se for maior, todos os consumidores pagarão essa diferença.
As empresas terão um limite de sete descumprimentos da
entrega de sua própria oferta consecutivas
ou intercaladas. Acima disso, as ofertas pendentes de aprovação serão canceladas e a companhia ficará impedida de participar do programa.
Caberá ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico) a análise expressa de todas as ofertas enviadas pelo ONS, que poderá
deliberar automaticamente propostas de até 30 dias.
Milhões de dados são expostos por programa da Microsoft
Fonte: AFP
Um total de 38 milhões de dados e informações pessoais,
alguns dos quais oriundos de plataformas para rastrear casos de contato com o
novo coronavírus, ficaram vulneráveis no começo do ano, devido à configuração
de um software da Microsoft usado por várias empresas e organizações.
A empresa de segurança UpGuard divulgou nesta
segunda-feira o resultado de uma investigação a qual mostra que milhões de
nomes, endereços, números de identificação fiscal e outras informações
confidenciais ficaram expostos antes de o problema ser resolvido. No entanto,
eles não foram violados.
American Airlines, Ford, J.B. Hunt e grupos como a
autoridade de saúde de Maryland e o transporte público da cidade de Nova York
estão entre os 47 afetados. Todos usaram o software da Microsoft Power Apps,
que permite criar facilmente sites e aplicativos móveis de interação com o
público.
Até junho de 2021, a configuração padrão do software não
protegia de forma adequada certos dados, explicaram os investigadores da
UpGuard. Graças à nossa investigação, a Microsoft mudou os portais do Power
Apps.
Nossas ferramentas ajudam a criar soluções em escala que
atendam a uma ampla gama de necessidades. Nós levamos muito a sério a segurança
e privacidade, e encorajamos nossos clientes a configurar os produtos para
atenderem melhor às suas necessidades de privacidade, reagiu um porta-voz da
Microsoft.
O grupo assinalou que informa sistematicamente os
clientes quando são identificados potenciais riscos de vazamento, para que os
mesmos possam ser minimizados. Mas segundo a UpGuard, é melhor alterar o
software em função de como os clientes o utilizam, em vez de ver a falta
generalizada de privacidade dos dados como uma configuração incorreta por parte
do usuário, o que perpetua o problema e coloca o público em risco.
O número de contas em que informações sensíveis ficaram
vulneráveis mostra que o risco associado a essa função não foi levado em conta
adequadamente, afirmou a empresa de segurança.
RJ receberá investimentos de R$ 50 bi em três anos
O Rio de Janeiro deve receber R$ 50 bilhões em investimentos
nos próximos três anos e gerar 63 mil empregos no setor de petróleo e gás,
segundo a Federação das Indústrias do Estado (Firjan).
As estimativas se referem às atividades de exploração,
produção e abastecimento, com base em dados levantados para a edição de 2021 do
anuário da federação.
A expectativa é que, desse modo, o Rio continue a
concentrar a atração de investimentos para cadeia de petróleo e gás no país, em
um momento em que o Brasil se prepara para entrar na lista dos cinco maiores
exportadores do mundo, o que deve ocorrer até o fim da atual década.
As duas maiores bacias do país, Campos e Santos, estão na
costa fluminense e têm perspectivas de aumento de investimentos nos próximos
anos, com o desenvolvimento das reservas do pré-sal.
A gerente de petróleo, gás e indústria naval da Firjan,
Karine Fragoso, destaca que a atração de novos investidores a partir da venda
de ativos da Petrobras também começa a gerar efeitos positivos. Hoje, a bacia
de Campos tem 17 operadoras, de diferentes portes.
Cada petroleira forma seu corpo técnico aqui, são
contratados advogados, engenheiros, técnicos, economistas. As diferentes
empresas trazem também uma maior diversidade de formas de atuação e a adoção de
novas tecnologias, como nas atividades em campos maduros. Atraímos pessoas e
empresas de origens distintas e essa multiplicidade de olhares também traz
oportunidades para o Rio, diz.
Segundo Karine, as atividades previstas para os próximos
anos devem ajudar na retomada da indústria naval fluminense. Ela destaca a
experiência dos estaleiros, principalmente, na construção e integração de
módulos para plataformas de produção.
Além disso, ela lembra que a Petrobras vai permanecer
como um ator relevante no Rio, já que, depois de seu programa de
desinvestimentos, a estatal vai concentrar sua atuação em campos no pré-sal e
em águas profundas, além de manter suas refinarias no Estado.
Ainda assim, o coordenador de conteúdo estratégico da
Firjan, Thiago Valejo, acredita que o número de empresas que atuam no Estado
pode subir nos próximos meses. A Agência Nacional do Petróleo realiza ainda
neste ano a 17ª rodada de concessões de áreas de exploração e produção e a
segunda oferta dos excedentes da cessão onerosa, leilões que terão áreas nas
bacias de Campos e Santos.
A visão do setor está mais otimista em comparação com o
início da pandemia. Há os impactos do valor do barril de petróleo e do câmbio
mais elevados, o que também favorece um maior volume de arrecadações
governamentais, por meio de royalties e participações especiais, afirma.
Karine ressalta que o Rio precisa aproveitar a alta nas
receitas para gerar bases para o desenvolvimento, com a criação, por exemplo,
de fundos para as gerações futuras. Para ela, num contexto de transição para
uma economia de baixa emissão de carbono, o Rio também deve promover a integração
entre diferentes fontes de energia, de modo a atrair investimentos em novas
tecnologias, como a geração eólica em alto mar e hidrogênio.
O Rio tem condições de desenvolver boas respostas para as
questões relacionadas à transição energética. O Estado tem uma multiplicidade
de fontes, que vão desde o petróleo e gás até a geração das térmicas, pequenas
centrais hidrelétricas e a energia nuclear, diz.
Ela lembra que o Estado também deve aproveitar para
atrair novas indústrias, diante da abertura do mercado de gás natural, com o
programa Novo Mercado de Gás, do governo federal. O Rio atualizou regulação
estadual, em linha com as novas regras federais.
A Firjan destaca que o Rio tem projetos estruturantes que
podem atrair novos negócios na área de gás, como o Porto do Açu e o Polo
Gaslub, antigo Comperj, que vai ter uma unidade de processamento conectada ao
gasoduto Rota 3.
Não olhamos para o gás apenas como combustível de geração
de energia elétrica, mas também para o seu potencial como insumo para a indústria
de transformação, como os setores de fertilizantes e petroquímica, afirma
Karine.
Fonte: Valor Econômico
Mercado continua vendo inflação subindo e PIB caindo
Fonte: Monitor Mercantil
Pela 20ª vez consecutiva, o mercado financeiro eleva a
projeção da inflação oficial do país medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA). Desta vez subiu de 7,05% para 7,11%, segundo a
estimativa semanal do boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco
Central (BC). Ainda com base na projeção para os principais indicadores
econômicos, para 2022, a estimativa de inflação é de 3,93%. Para 2023 e 2024,
as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que
deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional,
é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual
para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de
5,25%. Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde
2002, quando a alta foi de 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de
4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.
As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,28 para 5,27%%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de crescimento de 2%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%. A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,10 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.
CIST promoverá mesa redonda sobre disrupção na cadeia de
suprimentos e seus impactos em seguros
Em sintonia com o momento atual, marcado por grandes
transformações digitais em todos os setores, o Clube Internacional de Seguros
de Transporte (CIST) realizará uma mesa redonda para debater o tema Disrupção na cadeia de suprimentos. O encontro, online e gratuito,
acontecerá nesta quinta-feira, dia 26 de agosto, às 9h.
Durante o evento serão debatidos os impactos nas
coberturas de seguro de transporte de carga gerados por greve, tumultos,
atentados, lock-out e encalhes. O tema será mediado por Aruã Piton, diretor
executivo do CIST; e debatido por Leandro Ferraz, gerente de Risco da JBS
Transportadora; e Ricardo Guirão, diretor de Transporte na AON e no CIST.
O objetivo dessa mesa redonda é contribuir no
desenvolvimento da cultura de gestão de riscos e seguros no Brasil, e de ajudar
na capacitação dos trabalhadores desses segmentos. Por conta disso, o evento
tem o apoio da 3S Tecnologia, Buonny Gerenciamento de Riscos; Grupo FOX; Guep
Technology e Munich Re; além do apoio institucional da Mas Container.
Os interessados em participar podem fazer sua inscrição
gratuita pelo link http://www.cist.org.br/workshop-old/
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html
2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html
Curso Extensão de Responsabilidade Civil da ENS
O Curso de Extensão ENS em parceria com a AIDA, tem como objetivo proporcionar o conhecimento das modalidades de seguros do ramo de Responsabilidade Civil, as normas legais que o regulam, a formação do contrato e todas as obrigações e os direitos dele decorrentes, como coberturas, exclusões e diversos temas conexos e diretamente relacionados. Para maiores informações e inscrições acesse: https://www.ens.edu.br/.../cursos-de-extensao-aulas-ao...
Curso de Pós-Graduação em Saúde Suplementar ENS
Capacite-se para atuar com segurança na área de saúde suplementar, aprofundando seus conhecimentos, especialmente, em aspectos regulatórios e de gestão.
O curso é ministrado online, ao vivo, em ambiente virtual que possibilita a interação entre alunos e professores em tempo real.
Acesse e saiba mais em: https://www.ens.edu.br/cursos/posgraduacao-aulas-ao-vivo-saude-suplementar-aulas-ao-vivo?inscricao=2837&ead=True&fbclid=IwAR0rapTheczh4kEkwvNu8UDX1YbFLAZG82jpptMQkWAO0UZKYnJmBcye7zw