VIP: Cyber Risks
06, Set. 2021
Por que sua empresa deveria investir em um seguro
cibernético?
A complexidade e a quantidade de dados que transitam em
qualquer operação empresarial, de pequeno a grande porte, é imensurável.
Considerando as novidades tecnológicas que surgem
diuturnamente, bem como, a transformação societária que tem tornado a vida das
pessoas cada vez mais digital, para se manterem acesas no comércio e fazendo
frente à concorrência, as empresas devem oferecer soluções digitais práticas
para o seu público.
Contudo, essas soluções devem trazer garantia de
segurança e proteção, ao passo que ataques cibernéticos de terroristas digitais
têm se tornado comuns. O objetivo desses hackers é o sequestro de dados,
impedindo o acesso pelo seu proprietário, controlador ou operador, apresentando
valores de resgate altíssimos para restituí-los.
Importante ter-se compreendido que a depender do acesso
alcançado pelo intruso, um ataque cibernético pode comprometer as atividades da
empresa como um todo desde a produção, abastecimento, fornecimento, gestão de
pessoas, até a própria segurança física da sede e colaboradores, já que
atualmente o controle digital e online está vinculado a maior parte das
operações empresariais.
Um ataque como esse, além de impedir o acesso aos
softwares e a todos os dados, pode, também, suspender o funcionamento do
maquinário, proibir o acesso de funcionários à sede, impedir o pagamento de
fornecedores, parceiros, colaboradores e, inclusive, atrapalhar – e até mesmo
inviabilizar definitivamente, o fechamento de negócios importantes. Ou seja, os
prejuízos podem alcançar montantes estratosféricos, seja por conta do que já
mencionado, seja por sanções e multas legais, administrativas e contratuais que
podem vir a ser cobradas da empresa, que além de vítima, torna-se devedora em
razão do risco do empreendimento.
Obviamente que a prevenção é o ideal necessário, contudo,
considerando a evolução dos softwares nocivos concomitantemente aos de
proteção, ainda que se invista na blindagem dos dados, sempre haverá risco de
se sofrer um ataque de terrorismo virtual. Prova disso é o aumento em 220% dos
ataques cibernéticos sofridos por empresas brasileiras somente no primeiro
semestre de 2021, comparando-se ao mesmo período de 2020, dados esses
levantados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários, agência regulada pelo
Ministério da Economia), conforme noticiou a CNN Brasil agora em julho.
Visando minimizar esses impactos deve-se ter um plano de
Gerenciamento de Riscos da corporação, por meio do qual os responsáveis deverão
saber exatamente quais as ações devem tomar para mitigar e/ou suspender os
prejuízos principiados pelo ataque digital.
Integrando esse plano, evidentemente, entra o acionamento
da seguradora que cerca as atividades da empresa, e é aqui que surge a
necessidade da prévia contratação do Seguro Cibernético.
Em razão das peculiaridades de um ataque terrorista em
ambiente virtual, e todo o alcance negativo que isso pode gerar, é que existe
no Brasil, desde 2012, um seguro específico para a cobertura dos danos que
vierem a ser experimentados.
As coberturas em regra são bem amplas, alcançando
responsabilidade pela segurança de dados, despesas de substituição do ativo
digital, custos com investigação, lucros cessantes, pagamento de perda por
extorsão sofrida, responsabilidade por dados pessoais e corporativos, gastos
com ações de restabelecimento da imagem da empresa, mais recentemente, multas
eventualmente suportadas em razão do conteúdo da LGPD e, inclusive, cobertura
de danos por ataques perpetuados por meio de parcerias terceirizadas ou
colaboradores que estejam exercendo suas funções em home office. Especialistas
acreditam que o grande aumento de ataques no primeiro semestre relaciona-se
diretamente à implementação do trabalho remoto, o que vulnerabilizou as redes
empresariais.
Portanto, para além da prevenção por meio de investimento
sólido em redes e softwares de ampla segurança de todo o aparato de dados
digitais da empresa, é imprescindível que a corporação esteja resguardada e
amparada por uma apólice sólida de Seguro Cibernético e que tenha ampla
cobertura para eventuais danos que venham a ser suportados em caso de se tornar
mais uma vítima de ataques terroristas virtuais.
Fonte: Revista Cobertura / Autora: Anelise Roberta Belo
Bueno Valente: é advogada no escritório Rücker Curi Advocacia e Consultoria e
gestora da equipe Smart Law. Pós-graduada em Direito Processual Civil Aplicado
pela Escola Brasileira de Direito e mediadora e árbitra pela Câmara Nacional de
Esportes.
Seguros de danos podem dobrar até 2040
Áreas adicionais do potencial de crescimento de longo
prazo em responsabilidade civil vem dos efeitos das mudanças climáticas,
inteligência artificial e mudanças sociais e legais
Fonte: Sonho Seguro
Espera-se que os prêmios globais de P&C mais do que
dobrem, para US$ 4,3 trilhões em 2040 de US$ 1,8 trilhão em 2020, uma vez que a
composição do portfólio de P&C deve mudar de seguros de automóveis de menor
risco para linhas de seguros patrimoniais e de danos de maior risco, de acordo
com o estudo sigma do Swiss Re Institute, More risk: the changing nature of
P&C insurance opportunities to 2040. Prevê-se que o seguro patrimonial se
torne a linha de negócios de crescimento mais rápido. O setor de automóveis,
apesar da sua participação estar diminuindo, deverá permanecer a maior de todas
as linhas de P&C, com prêmios previstos para quase duplicar até 2040.
Prevê-se um crescimento anual de 5,3% nos seguros
patrimoniais, com os prêmios globais de seguros subindo de US$ 450 bilhões em
2020 para US$ 1,3 trilhão em 2040. O desenvolvimento econômico continuará sendo
o fator-chave do aumento dos prêmios de patrimonial, contribuindo com 75%, ou
seja, até US$ 616 bilhões de novos prêmios. Espera-se que os riscos
relacionados ao clima resultem em um aumento dos prêmios globais de patrimonial
em 22%, ou até US$ 183 bilhões, durante os próximos 20 anos, uma vez que as
catástrofes climáticas provavelmente se tornarão mais intensas e frequentes.
Nosso trabalho tem o objetivo de tornar o crescimento
econômico passível de ser segurado, Jerome Haegeli, Swiss Re’s Group Chief
Economist.
Promover as condições para um crescimento sustentável a
longo prazo é particularmente importante diante da mudança climática, o que
representa a maior ameaça a longo prazo para a economia global. Se quisermos
construir um sistema de seguros sustentável que permita à sociedade administrar
e absorver riscos futuros, nós precisamos tornar os riscos e as oportunidades
quantificáveis. Nosso trabalho também é vital para os formuladores de
políticas, com os quais compartilhamos o objetivo de tornar o crescimento econômico
passível de ser segurado, Jerome Haegeli, Swiss Re’s Group Chief Economist.
Como se espera que a inflação social aumente a frequência
de grandes vereditos e acordos, especialmente nos EUA, prevê-se que os prêmios
de responsabilidade cresçam 4,7% ao ano em média, para US$ 583 bilhões até
2040, de US$ 214 bilhões em 2020. Outras áreas com potencial de crescimento a
longo prazo em termos de responsabilidade vêm dos efeitos das mudanças
climáticas, inteligência artificial e mudanças sociais e legais.
O setor de automóveis continuará sendo a maior linha de
negócios
Como os segmentos de patrimonial e responsabilidade civil
são mais voláteis, estes vêm ganhando importância, e a participação do seguro
de automóveis, tradicionalmente um segmento de menor risco e de alto volume de
P&C, diminuirá devido às melhorias de segurança da automação e da
tecnologia inteligente e à uma queda nos sinistros associados. Embora a
participação no portfólio de risco de P&C deva diminuir para 32% dos
prêmios do setor até 2040, de 42% em 2020, de automóveis continuará sendo a
maior linha de negócios, com previsão para quase duplicar os prêmios para US$
1,4 trilhão até 2040 de US$ 766 bilhões em 2020.
Com a mudança do portfólio global de seguros de
automóveis de menor risco para linhas de maior risco, o negócio de seguros de
P&C se tornará mais volátil. Ao mesmo tempo, a modelagem de riscos se
tornará mais complexa, o que levará a maiores exigências de capital e a um
aumento da demanda por resseguros. Nesse ambiente de risco fundamentalmente
diferente, resseguradoras desempenharão um papel crucial para manter os riscos
passíveis de serem segurados, disse Gianfranco Lot, Head Globals Reinsurance na
Swiss Re.
Distribuidoras de Energia: MP adia recolhimento de
tributos
Contribuições de agosto, setembro e outubro serão pagas
somente em dezembro.
Fonte: Monitor Mercantil
O Governo Federal editou a Medida Provisória 1066/21, que
adia o prazo de recolhimento de contribuições federais para as distribuidoras
de energia elétrica. A MP foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário
Oficial da União.
As contribuições (PIS/Pasep, Cofins e previdenciárias) em
agosto, setembro e outubro serão pagas na competência de novembro (que vence em
dezembro).
É uma medida governamental importante porque, assim como
aconteceu na pandemia com as empresas em geral com uma dilatação de prazo para
pagamento de tributos, neste momento em que enfrentamos uma crise hídrica se
torna necessário a prorrogação desses tributos, explica Luís Wulff, CEO do
Grupo Fiscal do Brasil (GFBR) e do Tax Group.
Porém o especialista lembra que esses tributos, além do
ponto de vista federal, também são altos a nível estadual. Esse tema seria
ainda mais relevante se pudéssemos ter uma amplitude dele em esfera estadual,
porque a carga tributária mais alta sobre energia elétrica é do ICMS (tributo
de competência dos estados), afirma.
Se os estados pudessem prorrogar o recolhimento de ICMS
das concessionárias de energia elétrica e das distribuidoras em geral, haveria
uma redução grande ou pelo menos um impacto menor no bolso do consumidor, que é
no fim quem vai sofrer em função da crise hídrica e do aumento do preço da
energia elétrica. Essa redução só ocorreria se as empresas adiassem o
recolhimento nas contas cobradas aos consumidores.
Equatorial Energia vai às compras
Primeiro passo da Equatorial no setor de saneamento é
positivo, mas analistas alertam para preço muito alto por concessão.
Proposta da elétrica, de R$ 930,8 mi, foi considerada
agressiva por analistas do mercado e veio muito superior às apresentadas por
demais concorrentes.
Fonte: InfoMoney
Na última quinta-feira (2) a Equatorial Energia venceu o
leilão de serviços de saneamento no Amapá, dando seu primeiro passo para a
atuação no segmento.
A empresa formou consórcio com a SAM Ambiental e fez uma
proposta considerada agressiva por analistas do mercado financeiro, de R$ 930,8
milhões, muito superior às propostas dos demais concorrentes e do valor de
outorga mínima definida no edital, de R$ 50 milhões.
Para ideia de comparação, a proposta do segundo colocado
foi de R$ 426,5 milhões, menos da metade da proposta da companhia elétrica.
Na sexta-feira (3), os papéis operavam em queda de 3,8%
na Bolsa brasileira, por volta das 13h, negociados a R$ 25,04.
Na avaliação da casa de análise Levante, a entrada no
setor de saneamento é positiva para a companhia, que já vinha mostrando forte
interesse no setor. Isso porque a empresa participou dos últimos leilões
realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
como os de Alagoas, Cariacica e Rio de Janeiro, até então sem sucesso, por não
conseguir superar as propostas de concorrentes mais tradicionais no setor, que
tiveram presença tímida no leilão de ontem, escrevem os analistas.
Para o Credit Suisse, a Equatorial foi agressiva em seu
primeiro investimento no segmento, em um estado que a empresa já terá que fazer
grandes investimentos no setor de energia. Para calcular o potencial de
valuation da forma correta, contudo, os analistas dizem preferir aguardar por
mais detalhes, bem como pelas projeções da companhia para este ativo.
Segundo o banco, a alavancagem da companhia está em um
nível confortável e, por isso, os analistas defendem que levantar recursos para
investir nesse novo ativo não será problema.
Os setores de infraestrutura têm enfrentado grande
concorrência (ativos ainda com retornos interessantes e boas condições de
financiamento) e, consequentemente, novos empreendimentos têm sido adquiridos
com taxas internas de retorno (TIRs) mais baixas em relação às operações
anteriores, escrevem os analistas.
Crise Energética: Gerdau aumenta estoque e analisa
remanejar produção
A pior crise hídrica no Brasil em 91 anos, que leva o
país ao risco de racionamento e apagão, faz a Gerdau traçar estratégia para
este cenário. Segundo Marcos Faraco, diretor responsável pela operação na
América do Sul, a companhia tem trabalhado em capacidade máxima para atender os
clientes e aumentar os estoques de aço.
Na verdade, isso é um ponto de atenção e estamos
monitorando de perto como vai se desenrolar. Mas, é importante que se entenda
que essa crise é mais severa no Sudeste, e isso é importante porque temos
instalações de produção no país inteiro, o que nos dá mais flexibilidade para
deslocar a produção, como já fizemos na crise anterior. Essa é uma alternativa,
disse Faraco.
Além disso, com o estoque maior, a companhia vai
conseguir atender os clientes no final deste ano e no início de 2022, caso a
situação se agrave, afirmou o executivo.
A Gerdau tem geração própria na Usina de Ouro Branco, em
Minas Gerais, que consegue suprir de 60% a 70% de sua demanda de energia. Temos
ainda a usina de Dona Francisca, no Sul do país, que também é integrada a nossa
matriz energética no Brasil. Vamos preparar a organização para um cenário pior
do que o atual, afirmou Faraco.
Aumento da demanda
O presidente da siderúrgica Gerdau, Gustavo Werneck,
disse que a companhia acompanha com muita atenção o crescimento do contágio da
variante Delta no mundo e os impactos que essa disseminação pode causar sobre a
economia mundial.
Acompanhamos de perto as novas variantes do coronavirus e
os impactos que elas podem causar apesar do avanço da vacinação em vários
países. Além disso, no curto prazo, no Brasil, estamos atentos às eleições em
um cenário que reflete as incertezas políticas no país, disse Werneck.
A condução da política econômica também está sendo
observada pela Gerdau. Segundo o executivo, haverá impacto da inflação no poder
de compra do brasileiro e, em consequência, no consumo.
Há ainda o problema da escassez de chip para a indústria
automotiva que deve se prolongar por mais tempo. Essas são questões que podem
refletir no nosso negócio no curto prazo.
Apesar desses desafios, a companhia estima uma demanda
por aço crescente no Brasil no próximo ano, segundo Faraco, diretor responsável
pelas unidades na América do Sul. A demanda vem aumentando mês a mês desde maio
de 2020, e esse movimento vai continuar, disse.
Faraco acrescentou que a Gerdau se prepara para atender
essa demanda com o aumento da capacidade, como a retomada de operações no Rio
de Janeiro e a unidade no Ceará. Hoje, a companhia opera, no segmento de longos,
com 80% da capacidade. Já em chapas grossas, a capacidade está em 75%, enquanto
em bobinas a quente, fabricadas em Ouro Branco (MG), opera em sua capacidade
máxima.
O segmento do varejo também é um grande indutor da alta
da demanda no Brasil. Segundo Faraco, hoje o varejo representa 50% do mercado
brasileiro. A Gerdau tem uma parceria com a Tigre e a Votorantim Cimentos em um
marketplace, chamado Juntos Somos Mais, que já conta com mais de 100 mil
empresas integradas, informou.
Na América do Sul, na Argentina, Peru e Uruguai, também
temos expectativas de crescimento de demanda. A nossa estimativa é uma alta de
20% a 30% nas nossas entregas nesses países puxada pelos setores de mineração,
agronegócio e construção. Em 2022, teremos uma demanda sólida na região.
Mercado externo
Com o problema do abastecimento do mercado doméstico de
aço resolvido, a Gerdau agora se volta ao mercado externo. Segundo Faraco, a
companhia deve voltar aos níveis históricos de exportação já este ano.
Com a pandemia, toda a indústria se voltou para o mercado
doméstico. No ano passado, praticamente zeramos as exportações para atendermos
o mercado interno. Agora estamos retomando a níveis tradicionais saindo de 4%
até 15% nos próximos meses, disse Faraco.
O executivo ressaltou que as remessas são basicamente
para as coligadas e para mercados históricos. Temos capacidade das usinas
disponível e por isso estamos olhando o mercado de exportação com mais afinco.
Há alguns negócios rentáveis, afirmou ele.
Para o aumento da capacidade a Gerdau reativou algumas
operações. Os investimentos nessa retomada estão contemplados nos investimentos
operacionais previstos para este ano de R$ 3,5 bilhões. Segundo o diretor
financeiro, Harley Scardoelli, desse total a companhia já gastou R$ 1 bilhão. O
executivo ressaltou, ainda, que o primeiro semestre deste ano a Gerdau acumulou
recordes.
Fonte: Valor Econômico
Os desafios da governança no setor público
Fonte: Migalhas
Paulo Alves, advogado e servidor de carreira do STJ,
ainda tratou da governança pública com a nova lei de licitações e elencou os
desafios que o tema ainda tem de enfrentar no Brasil.
Em entrevista à Rede Governança Brasil, o servidor de
carreira do STJ, Paulo Alves, falou de um tema que está em alta: governança
pública.
Inicialmente, Paulo Alves explicou que governança no
setor público compreende, essencialmente, nos mecanismos de liderança,
estratégia e controle para avaliar, direcionar e monitorar a atuação da gestão,
com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de
interesse da sociedade. Trocando em outras palavras, estamos falando de trazer
a Administração Pública de volta para o seu lugar, afirmou.
O servidor de carreira do STJ, então, aproveitou o tema
para elencar as diferenças entre gestão e governança: primeiramente precisamos
compreender que Gestão e Governança não são sinônimos. Paulo Alves esclareceu
que estes temas são estruturas distintas, mas que se relacionam entregando e
recebendo insumos.
Enquanto a instância de governança colhe o interesse do
cidadão e entrega estratégica para as estruturas de Gestão alcançá-lo, essa
última devolve o accountability, consubstanciado na responsabilidade de
prestação de contas e de agir conforme padrões de conformidade e integridade. E
quando tal engrenagem funciona corretamente, a Gestão Pública consegue atender
o seu propósito de existir, qual seja suprir os anseios e expectativas do
cidadão.
Nova lei de licitações
Em abril deste ano, Bolsonaro sancionou a nova lei de
licitações. O texto trouxe uma legislação mais avançada e moderna, norteada
pela transparência e eficiência na contratação pública.
Sobre a nova norma, Paulo Alves afirmou: gostei muito da
norma, pois ela é, para todos os efeitos, uma lei de governança das
contratações. De acordo com o advogado, a aplicação obrigatória institutos da
lei provocará mudanças estruturais nos entes federativos, que se verão
obrigados a estabelecer elementos mínimos de planejamento estratégico com o
propósito de ver suas contratações alinhadas.
Paulo Alves explicou que o coração da norma se encontra
no art. 11, parágrafo único, da lei 14.133/2021. Lá está prevista a
responsabilidade da alta administração de implementar a governança das
contratações com todos os seus processos e estruturas. Mas cabe salientar que a
norma não é perfeita e essa, talvez, seja a única compreensão unânime quanto ao
novo marco legal, registrou.
O servidor de carreira citou, por exemplo, a forma como a
lei trata a unidade de controle interno, como apresenta as linhas de defesa em
seu art. 169 e como é completamente ausente quando o assunto é a auditoria
interna. Mas estes pontos, segundo o especialista, não retira a importância e o
caráter revolucionário da norma que tende a levar a Administração Pública a um
novo patamar no que toca às contratações.
Desafios
Segundo Paulo Alves, o maior desafio é alcançar o tão
sonhado patrocínio da Alta Administração. Ele salienta que a implementação da
governança é, por natureza, um processo que flui das instâncias estratégicas
desdobrando-se até os níveis tático e operacional.
Enquanto os membros do alto escalão de órgão e entidades
não abraçarem a responsabilidade de estabelecer as estruturas e processos de
Governança, inclusive de Gestão de Riscos e de Controles Internos, além do
estabelecimento de uma auditoria interna forte e independente, dificilmente uma
organização será bem-sucedida na implementação da Governança.
Ritmo de formação de profissionais não dá conta da
demanda
Fonte: Estadão
O macrossetor de tecnologia da informação e comunicação
(TIC, que inclui serviços de telecomunicações, área de tecnologia de empresas
de outros setores e a indústria fabricante de equipamentos) pode empregar menos
do que outras atividades, como construção civil, comércio ou serviços em geral
(bares, restaurante e salões de beleza, entre outros), mas tem perspectiva de
abertura de oportunidades nos próximos anos.
Estudo de 2019 da Brasscom, associação empresarial do
setor, estima que, desde aquele ano até 2024, serão gerados em torno de 420 mil
novos postos de emprego nessas atividades, uma média simples de 70 mil ao ano.
Só que os cursos superiores voltados para a área (como análise de sistemas e
engenharia da computação) formam 46 mil alunos por ano, o que fomenta a disputa
das empresas pelos melhores profissionais.
Todos os altos executivos dizem que não contratam mais
porque não há profissionais talentosos disponíveis. Não é um apagão de mão de
obra, mas é um estresse, diz o presidente da Brasscom, Sérgio Gallindo.
Segundo o representante do setor, a oferta de
profissionais, aparentemente, tem sido suprida por trabalhadores formados em
outras áreas que buscam cursos e treinamento para se especializar em tecnologia
da informação. Diversas empresas do setor relatam investimentos em treinamento.
A Locaweb, por exemplo, vai criar uma unidade para cuidar do assunto.
Tem uma quantidade enorme de vagas em aberto com um tempo
de preenchimento maior do que gostaríamos, afirma o presidente da Totvs, Dennis
Herszkowicz.
Conforme cálculos da Brasscom com dados oficiais de
emprego monitorados pelo governo federal, em maio o salário médio do setor TIC
era de R$ 4.047 por mês, o dobro da média nacional, de R$ 1.968.
Executivos do setor cobram uma melhora geral no sistema
de ensino do País, com destaque para o reforço no currículo voltado para
tecnologia, mas, para Gallindo, da Brasscom, é possível avançar com medidas
pontuais. Os cursos universitários, por exemplo, podem ajustar seus currículos
para atender às necessidades das empresas e um reforço nas políticas de
financiamento ao ensino superior poderia reduzir a desistência ao longo da
graduação.
O combate à violência contra mulher ganha destaque
O Brasil ainda é o quinto país que mais mata e violenta
mulheres
Fonte: CQCS
A Associação que reúne as executivas do mercado de
seguros promoveu na última terça-feira (31), evento especial que teve como
referência central a Lei Maria da Penha, a qual completou 15 anos no dia 07 de
agosto. Apresentada pela presidente e a vice-presidente da SOU SEGURA, Simone
Vizani e Camila Davoglio, essa verdadeira imersão no combate à violência contra
a mulher teve como convidados a promotora de Justiça Gabriela Manssur
(Especialista no Combate à Violência contra as Mulheres) e o Juiz de Direito
Mário Assumpção (coautor do livro Lei Maria da Penha, avanços e retrocessos sob
o ponto de vista da prática forense e da Justiça Restaurativa).
Na abertura, após a transmissão de vídeos com imagens e
dados sobre a violência contra a mulher, Simone Vizani lembrou que o mês de
agosto é especial, pela comemoração dos 15 anos da Lei Maria da Penha. Essa é a
terceira melhor legislação do mundo e a mais popular do Brasil, salientou.
Ela ressaltou, contudo, que o Brasil ainda é o quinto
país que mais mata e violenta mulheres, impedindo que elas avancem e sintam-se
seguras para assumirem o protagonismo em suas vidas, o que traz graves impactos
nas suas carreiras, nas famílias, na economia e na sociedade em geral. Essa
imersão será intensa e repleta de conteúdo. Falaremos de inovações
legislativas, ferramentas de combate à violência e de apoio que envolve a
participação de todos, nós, homens, mulheres e empresas, acrescentou.
Camila Davoglio apresentou os convidados, destacando os
cargos que ocupam e as ações que participaram ao longo de suas respectivas
carreiras no combate à violência contra as mulheres.
Já os convidados ressaltaram a importância da
participação não apenas da Justiça, mas de toda a sociedade e das empresas
nessa luta.
A promotora Gabriela Manssur foi enfática ao questionar
até quando a sociedade vai deixar de priorizar essa questão. Como estaremos
daqui a um tempo? Será que continuarem a ser o quinto país com mais atos de
violência contra a mulher, onde a cada 15 segundos há o registro de assédios ou
violência? O Brasil permanecerá sendo o país mais violento da América Latina
para se nascer como mulher? Enfrentávamos esse problema antes da Lei Maria da
Penha e continuamos a enfrentar, advertiu.
Ela acentuou ainda que as mulheres não devem desistir
nunca, pois a luta é diária. Todos os dias temos que reforçar o valor da mulher
e de uma legislação própria para a defesa dos nossos direitos, conclamou a
promotora.
Gabriela Mansurr lembrou ainda que a Lei Maria da Penha
trouxe visibilidade ao tema violência contra a mulher e assegurou a
estabilidade no emprego. A lei assegura estabilidade de seis meses em que a
vítima não pode ser demitida. Isso garante a sua sobrevivência e dos filhos.
Caso contrário, pode voltar para o ciclo de violência, comentou.
Por sua vez, o juiz Mário Assumpção assinalou que existe
um machismo estrutural na sociedade que não é enxergada pelo homem. Estamos
reproduzindo a violência desde que nascemos. Quando nasce, o homem já é visto
como o herdeiro natural, o detentor da força, frisou.
Segundo o magistrado, outra questão relevante é as
exigências feitas às mulheres até em atos simples como ir à padaria comprar um
pão. Quando sai para comprar o pão, a mulher tem que ver uma roupa adequada. O
homem não vive isso. Temos estereótipos que nos aprisionam. Por isso, é difícil
para o homem entender a violência. Ele não sente na pele, afirmou.
O juiz acentuou ainda que o ciclo da violência doméstica
é algo que mulher e homem vivenciam juntos. O ciclo começa com a tensão.
Depois, vêm as discussões e, em seguida, as agressões. Pode haver uma fase de
paz, mas logo o ciclo recomeça. Isso ocorre porque não sabem conversar,
explicou o juiz, para quem uma medida efetiva para romper esse ciclo de vez é
que o homem saia de casa, mesmo que seja o dono ou que o imóvel pertença a sua
família. O lar é da mulher e dos filhos também. Tem que deixar a família para
acabar com o ciclo de violência, comentou.
Como uma das maiores crises de transporte marítimo da
história pode afetar seu bolso
Fonte: BBCNews
O custo de importação de produtos da China disparou a
níveis impensáveis.
Se você costumava pagar US$ 2 mil para transportar um
contêiner da China para a costa oeste dos Estados Unidos, agora tem que pagar
US$ 20 mil, explica Teddy Heinsen, presidente da Associação de Armadores da
República Dominicana.
É muito difícil, diz ele à BBC Mundo, o serviço hispânico
da BBC.
Por trás do aumento espetacular do valor do frete
marítimo está a chamada crise dos contêineres, ou seja, uma incomum escassez de
espaço disponível para o transporte de produtos da Ásia para o Ocidente.
Somam-se à falta de contêineres os congestionamentos que
existem nos maiores portos internacionais e os fechamentos temporários de
alguns terminais marítimos chineses devido a medidas rígidas de controle da
pandemia de covid-19.
Como uma engrenagem sem óleo, quando uma das peças fica
presa, todo o sistema é interrompido.
Agora que a economia internacional começou a se recuperar
e os consumidores em diferentes países querem mais produtos, o sistema de transporte
marítimo global está lutando para atender a essa demanda.
Uma demanda que vai aumentar à medida que nos aproximamos
das festas de fim de ano.
Por isso, importadores de todos os tipos de produtos,
principalmente eletrônicos, antecipam dificuldades na época das compras de
Natal.
Não há navios suficientes, não há contêineres suficientes
e há muitos atrasos nos portos para entrar e sair. Isso afeta a cadeia
logística, diz Heinsen.
A maioria dos importadores está fazendo suas compras de
Natal agora, acrescenta. Mas como a situação é tão desafiadora, é muito
provável que haja uma escassez de produtos de Natal porque eles não chegarão a
tempo.
Carlos Restaino, diretor executivo da Associação
Argentina de Empresas de Brinquedos, tem percepção semelhante.
O que está acontecendo é muito grave, diz ele à BBC
Mundo. Não são apenas os brinquedos, é um problema geral.
O preço de um contêiner da China até a Argentina dobrou,
explica ele, mas os importadores temem que no final do ano o valor suba três ou
quatro vezes.
Não sabemos como isso pode afetar o preço que os
consumidores pagarão, mas alguns brinquedos provavelmente não estarão
disponíveis, diz ele.
Restaino ressalta que as dificuldades não estão apenas
relacionadas à escassez de contêineres ou gargalos nos portos.
Algumas empresas chinesas estão fabricando menos, diz,
devido às restrições associadas à pandemia.
Como o gigante asiático impôs regras rígidas para
controlar a propagação de novas ondas do vírus, quando há surtos em
determinados locais, a produção atrasa e isso faz com que os prazos de entrega
sejam estendidos.
Assim, cada vez que uma fábrica fecha ou cada vez que um
porto fecha, algum importador fica sem sua entrega. E alguns consumidores ficam
sem seus produtos.
Compre seus presentes de Natal agora
Especialistas em transporte marítimo dizem que a pandemia
gerou uma das maiores crises da história desde que os contêineres começaram a
ser usados na Segunda Guerra Mundial.
Todo o sistema de infraestrutura portuária está
sobrecarregado, diz John Manners-Bell, chefe-executivo da consultoria Transport
Intelligence.
E os consumidores sentem isso quando veem atrasos na
entrega do produto, escassez ou aumento de preços.
Compre seus presentes de Natal agora, alertou Steve
Lamar, diretor executivo da American Shoe and Clothing Association, no final de
julho.
Lamar descreveu o problema do transporte comercial como
uma crise marítima aguda. Em uma carta ao presidente Joe Biden, ele pediu que o
mandatário americano tomasse medidas para ajudar a encerrar um ciclo destrutivo
de longos atrasos e custos exorbitantes.
A pandemia causou todo tipo de desequilíbrio na cadeia de
abastecimento, desde a escassez de matéria-prima ou mão de obra até a falta de
espaço em navios de carga e terminais marítimos.
Grande parte dessa situação é uma ressaca do ano passado.
Quando as empresas reduziram suas compras em meio aos lockdowns, muitas
empresas de transporte rodoviário também reduziram suas operações.
Mas quando a demanda reapareceu em muitas partes do mundo
este ano, argumentam os especialistas, o sistema de transporte não estava
preparado para responder a esse renascimento.
Se adicionarmos a isso o fechamento temporário de
terminais portuários na China ou o fechamento de fábricas em países como Índia,
Vietnã ou Bangladesh por conta da pandemia, o quebra-cabeça se complica.
Cerca de 80% das mercadorias que consumimos no mundo são
transportadas por via marítima, segundo estimativas da Conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.
Portanto, se as taxas dos fretes por contêiner ficarem
muito altas, isso acabará prejudicando os consumidores.
A loucura dos preços
De acordo com dados da Drewry Shipping, empresa que
monitora os preços do frete marítimo globalmente e os publica em seu Drewry
World Container Index, o custo de embarque de um contêiner de cerca de 12 metros
em oito das principais rotas do Leste - Oeste chega a US$ 9.613 (quase R$ 50
mil), um aumento de 360% em relação ao ano anterior.
O maior aumento de preço ocorreu na rota marítima entre
Xangai e Rotterdam, na Holanda, onde o custo subiu 659%.
Na América Latina, a situação varia de país para país e
os preços mudam substancialmente quando se trata de uma pequena empresa com
pouco poder de barganha ou de uma gigante que atinge grande volume.
Por exemplo, o custo de envio de um contêiner entre
Xangai e a América do Sul antes da pandemia era de cerca de US$ 2.000 (R$ 10
mil) em média.
Agora, porém, já passou de US $ 7 mil (R$ 36 mil),
segundo estimativas de especialistas do Banco Interamericano de
Desenvolvimento, BID.
Esses números estão variando constantemente.
À BBC Mundo, o professor da Harvard Business School Willy
Shih explicou que a crise do transporte marítimo tem efeitos que se estendem ao
restante da economia.
Muitos custos logísticos atingiram recordes e
eventualmente alguém tem que pagar por eles, explica o pesquisador.
Possivelmente serão os consumidores.
Outro grande desafio, acrescenta, é que as pequenas
empresas que não conseguem repassar custos ficarão expostas a uma situação
crítica em suas finanças.
Alguns podem até ter que fechar suas portas.
Mas até que essa situação crítica seja atingida, os
empresários estão tentando antecipar suas importações de Natal porque os
próximos meses serão complexos.
Donald Nairn, proprietário da empresa escocesa de
brinquedos Toys Galore, disse à BBC que quase todos os seus fornecedores o
alertaram de que haverá escassez de produtos no Natal.
E neste ponto do ano, pelo menos metade aumentou os
preços, disse Nairn.
Faremos o nosso melhor para absorver os custos, mas
inevitavelmente haverá aumentos de preços.
No caso particular do Reino Unido, a crise global do
transporte marítimo é agravada pelos efeitos do Brexit e pela escassez de
caminhoneiros para transportar produtos, uma mistura que não é um bom presságio
para os resultados.
Por quanto tempo?
Do jeito que as coisas estão agora, os especialistas
concordam que os problemas logísticos para o transporte de produtos continuarão
até grande parte de 2022.
Empresas como Adidas, Crocs e Hasbro já alertaram que se
preparam para um final de ano difícil devido a interrupções logísticas.
Um dos maiores desafios que eles enfrentam é ter que
tomar decisões de negócios sem saber o que acontecerá com a variante delta e
como isso afetará as taxas de frete marítimo.
Por exemplo, o fechamento parcial do porto chinês de
Ningbo-Zhousha em agosto, depois que um trabalhador portuário teve um caso
confirmado de covid-19, obrigou as principais companhias marítimas
internacionais, como Maersk ou Hapag-Lloyd, a buscar outras alternativas
portuárias e avisar os clientes sobre atrasos.
A fabricante de brinquedos Hasbro, por exemplo, projeta
que seus custos de remessa serão em média quatro vezes maiores do que no ano
passado.
Pensando nisso, a diretora financeira da empresa, Deborah
Thomas, também alertou sobre fazer compras antecipadas para evitar frustrações.
A médio prazo, empresários e especialistas estão
preocupados com os surtos futuros da covid-19 e com a extensão em que a China e
outras nações portuárias importantes terão de continuar a aplicar regulamentos
rígidos para proteger suas populações.
Talvez tenhamos sorte e a situação melhore constantemente
a partir daqui, ou talvez esse descompasso entre a oferta e a demanda vá durar
vários anos, escreveu Stavros Karamperidis, professor de Economia Marítima da
Universidade de Plymouth, no Reino Unido.
Se os altos preços do frete marítimo permanecerem,
acrescentou ele, o debate sobre se é sensato confiar tanto na China para centro
industrial mundial tende a crescer.
Com as relações entre a China e o Ocidente sob tensão
contínua e a ideia de que a globalização pode dar lugar a um processo de
regionalização da pandemia, alguns analistas começaram a argumentar que os bens
deveriam ser produzidos mais perto de casa.
Por enquanto, o grande desafio do varejo é atender à
demanda do Natal.
Quanto mais durar essa crise no transporte marítimo, mais
problemas o Natal terá, disse Karamperidis.
Para Stiglitz, Europa demorou a lançar plano de
reativação econômica
Fonte: AFP
Em entrevista à AFP, o prêmio Nobel de Economia Joseph
Stiglitz considerou que a União Europeia (UE) deveria ter adotado um
dispositivo parecido com seu atual megaplano de estímulo desde a crise da
dívida em 2010 e advertiu sobre o possível retorno a uma política de
austeridade.
Diante da pandemia do coronavírus, a Europa uniu forças e
criou um fundo de estímulo de 750 bilhões de euros [890 bilhões de dólares],
algo que deveria ter sido feito durante a crise do euro em 2010, disse ele às
vésperas do fórum The European House, Ambrosetti, em Cernobbio, norte da
Itália.
Durante esta espécie de mini-Davos, às margens do lago
Como, o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, reconheceu, no sábado
(4), que cabe aos europeus modificar o que foi feito durante a crise do euro e
que, em 2008, agimos com lentidão.
Se voltarem para o velho método e se revelarem
excessivamente rígidos em suas condições, e não fizerem a segunda parte, porque
os objetivos propostos não foram alcançados, alguns dos problemas solucionados
poderão reaparecer, advertiu Stiglitz.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista à AFP:
Um governo alemão flexível?
Com seu sorriso irônico, o acadêmico de 78 anos ainda não
perdeu o ânimo: Talvez o futuro governo alemão seja mais flexível do que os
liderados por Angela Merkel. Continua sendo uma questão em aberto, afirmou ele.
Esperemos que, com Mario Draghi à frente, na Itália, e
com a Europa tomando consciência da importância da ação coletiva, a confiança
seja suficiente para garantir a execução do plano de recuperação do bloco,
acrescenta o assessor do ex-presidente americano Bill Clinton.
Sobre a recuperação econômica na Europa, Stiglitz
considera que não é um milagre, nem uma recuperação automática, mas fruto de
uma política de estímulos.
Sem os planos de recuperação em nível europeu e nacional,
a economia teria continuado a entrar em colapso, com muito sofrimento e,
provavelmente, sem recuperação, afirmou.
O efeito Draghi
Mas o efeito Draghi também foi notado: Ter um
primeiro-ministro e um governo, em que as pessoas confiam, ajuda a reativar a
máquina, argumentou o ex-economista-chefe do Banco Mundial.
O crescimento italiano pode chegar a 6% este ano, segundo
alguns economistas, uma recuperação espetacular para o país. Em 2020, a Itália
viu seu Produto Interno Bruto (PIB) despencar 8,9%, devido à pandemia e a uma
economia que já vinha se desacelerando nos últimos 20 anos.
Stiglitz disse estar muito otimista com a capacidade de
Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), de lançar as reformas
desenvolvidas no plano de recuperação do bloco.
Estou confiante em que Draghi e seu governo terão sucesso
e acredito que isso será benéfico para toda Europa, que deve demonstrar uma
flexibilidade razoável.
De acordo com o acadêmico, a inflação não é motivo de
preocupação, pelo menos por enquanto, após chegar a 3% na zona do euro como
resultado da reativação maciça.
À primeira vista, a inflação parece transitória. Se fosse
menor, temos uma ferramenta, o aumento dos juros, algo que seria bom para a
economia, completou.
Em última análise, deveríamos realmente dar as costas para a taxa de juros zero que está em vigor há 12 anos e restabelecer uma mais normal. Mas ainda é muito cedo para isso, avaliou.
CIST Promove Curso
Clube Internacional de Seguro de Transportes - CIST , entre os dias 13 e 17 de setembro, promoverá mais um curso de curta duração de 10 horas, 100% online. Desta vez, o tema será curso Gestão de Riscos no Transporte de Mercadorias de Seguros ISSO 31000, ministrado por René Ellis.
Objetivo:
A gestão de riscos é um assunto amplamente coberto no segmento industrial. Infelizmente, no setor de transporte de carga, e especialmente em nosso país, a gestão de riscos não é tratada na forma e profundidade que deveria. No entanto, aquelas empresas que nos próximos anos não gerenciem adequadamente seus riscos, pelos quais eles podem ser afetados, terão sérios problemas de subsistência.
O objetivo deste curso é dar uma abordagem clara e racional dos riscos à os quais uma empresa está exposta ao transportar mercadorias e como você deve gerenciá-los. Será missão desta proposta enfocar este assunto do ponto de vista do seguro e sobre qual deveria ser a posição das seguradoras ante a gestão de risco de transporte.
Conteúdos:
Definições e abordagem para gestão de risco / Evolução histórica no Brasil / ISO 31000: 2009 / Classificação de riscos / Processo de implementação de gestão de risco / Setor de Transporte de bens / Origem e história / Conceitos básicos do transporte de mercadorias / Classificação do transporte de mercadorias / O contrato de transporte / Inserção básica INCOTERMS / O transporte no Brasil / Brasil Gestão de riscos no transporte de carga / Mapa de Risco / Risco de compra de acordo com o INCOTERM utilizado / Riscos políticos e antissociais./ Riscos econômicos derivados de direitos e impostos / Riscos legais / Riscos derivados da área geográfica / Riscos derivados da escolha do modo e meio de transporte / Riscos derivados da escolha do modal de transporte / Riscos inerentes ao meio de transporte utilizado / Riscos inerentes à natureza das mercadorias transportadas / Riscos relacionados à interferência humana / Riscos derivados de defeitos ou deficiências antes do transporte / Avaliação do risco / Tratamento do Risco / Prevenção e Proteção / Atividades associadas à gestão de risco do ponto de vista do seguros de transporte / Abordagem e solução com enfoque das seguradoras de transporte Abordagem / Conclusões / Bibliografia.
Serviço: Data: 13 a 17 de setembro de 2021 / Horário: 19h00 às 21h00
Investimento: R$ 200,000 para sócio e de R$ 300 para não sócio.
Mais informações: secretaria@cist.org.br / #Conhecimento e #networking qualificado.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html