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Setor de seguros fatura R$ 12,2 bilhões em setembro, alta de 10%

01, Dez. 2021

Setor de seguros fatura R$ 12,2 bilhões em setembro, alta de 10%

Revista Cobertura

Boletim IRB+Mercado mostra que prêmios emitidos no ano somam R$ 104,1 bilhões, avanço de 15,1% no comparativo com igual período do ano passado. Sinistralidade do setor volta a crescer

A 13ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, do IRB Brasil RE, aponta que o setor de seguros registrou, em setembro, R$ 12,2 bilhões em prêmios emitidos, alta de 10% na comparação com o mesmo mês de 2020. Já no acumulado de 2021, considerando os nove primeiros meses do ano (9M21), o faturamento atingiu R$ 104,1 bilhões, avanço de 15,1%, ou R$ 13,7 bilhões a mais, frente a igual período do ano passado. O percentual de alta é bem melhor do que os 3,6% de crescimento ocorrido no comparativo 9M20 vs. 9M19.

O segmento Rural foi o que alcançou o melhor desempenho em setembro: avanço de 48,9%, com faturamento de R$ 1,1 bilhão. No somatório de janeiro a setembro, o segmento atingiu a marca de R$ 7,5 bilhões, avanço de 44,4% e aumento de quase R$ 579 milhões em relação ao ano de 2020. Por outro lado, a sinistralidade subiu de 67,5% para 77,7% no comparativo 9M21 vs. 9M20.

Detentor do maior faturamento do setor, Vida emitiu R$ 4,4 bilhões em setembro, crescimento de 4,6% em relação ao mesmo mês em 2020. No acumulado do ano, a alta é de 13,9%. Já o segmento Crédito e Garantia registrou faturamento de R$ 359 milhões em setembro, recuando 15,2% na comparação com o mesmo mês de 2020. Esse recuo no mês, no entanto, não foi suficiente para reverter a trajetória de crescimento anual, com alta de 3,3% no comparativo 9M21 vs. 9M20.

Em setembro, o índice de sinistralidade do setor de seguros voltou a crescer, com alta de 2,7 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo mês do ano anterior, fechando o trimestre (3T21) em 53,1%, o que equivale a um incremento de 8,4 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (3T20). No acumulado até setembro, o índice aumentou 7,2 p.p. em relação à taxa dos 9M20 e fechou em 50,6% nos 9M21.

O Boletim IRB+Mercado resume as operações de seguros a partir dos dados públicos disponibilizados pela Susep em 17/11, considerando os seguros de danos, responsabilidades e pessoas. A edição também lista os cinco maiores grupos seguradores por linha de negócios. A análise está disponível, na íntegra, no site do IRB Brasil RE. No mesmo endereço, o Dashboard IRB+Mercado Segurador permite consulta dinâmica e gratuita às informações de todo o setor.


Risco de apagão reforça a necessidade de proteção do seguro

CNSeg- Revista de Seguros

O setor de energia no Brasil passa por duas crises: a hídrica, com a falta de chuvas para aumentar o nível dos reservatórios, e a sanitária, causada pela Covid-19, que reduziu a produção de empresas e fábricas e retraiu o consumo de energia. O País enfrenta hoje uma seca histórica na região das hidrelétricas – o registro de chuvas entre os meses de setembro de 2020 e maio de 2021 foi o pior em 91 anos. Cinco estados (MG, GO, MS, SP e PR) emitiram alerta de emergência hídrica em junho, com duração prevista até final de setembro.

Essas crises acenam para a possibilidade de novo apagão, como o que aconteceu ao longo de 20 dias, em novembro do ano passado, no Amapá, que atingiu 13 dos 16 municípios daquele estado e foi considerado um dos maiores blackouts do Brasil, desde o apagão de 1999, que atingiu parte do País.

O “apagão” é tecnicamente a falta de energia devido a falhas no fornecimento aos pontos de consumo, cuja causa fundamental pode ter origem em diversos elementos, como geração, transmissão ou distribuição de energia. De modo simples, pode também ser resultado de decisões operacionais para preservar as cargas vitais, selecionando aquelas que não são assim consideradas para desligamento programado até que os níveis de segurança operacional da rede elétrica sejam restabelecidos.

“Do ponto de vista da segurança, a falta de energia pode resultar em danos adicionais aos processos industriais de operação contínua ou, se houver um desligamento seguido de um religamento muito rápido, pode eventualmente causar danos eletromecânicos, como a quebra de eixo de motores elétricos de grande porte”, explica Thisiani Martins, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Grandes Riscos da FenSeg.

Segundo ela, igualmente importante são os impactos causados aos agentes de geração, transmissão ou distribuição de energia. “Caso algo súbito e imprevisto aconteça, eventuais danos materiais também podem ocorrer em decorrência de falha operacional ou em equipamentos elétricos, se os sistemas de proteção não operarem como projetado”, diz.

SITUAÇÃO DE ESCASSEZ

Para entregar energia, a usina recorre à compra no mercado livre – onde, em situação de escassez, o produto torna-se extremamente caro. As cotações no mercado livre já acumulam um salto de 40% somente este ano e devem tocar o teto regulatório nos próximos meses. O preço médio da energia atinge hoje R$ 350 por MWh. No início do ano, para efeito de comparação, estava em R$ 250 e, em 2020, entre R$ 180 e R$ 200, segundo informa Paulo Mantovani, diretor de Energia e Mineração da Marsh Brasil.

Com uma cobertura formada por apólices dimensionadas adequadamente em relação ao preço da energia, a usina consegue ir ao mercado comprar a quantidade que precisa entregar, sem se endividar. “Quando as apólices não são dimensionadas corretamente, a usina é obrigada a tirar do próprio bolso o dinheiro necessário para completar a compra”, comenta o diretor da Marsh.

No mundo todo, a maioria dos produtos de seguros para construção (“construction all risks”) ou operação (“property”) tem um filtro importante para indenizar perda de lucro e/ou despesas fixas (lucros cessantes): precisa ter ocorrido um acidente coberto pelo seguro e cujo dano direto correspondente (danos materiais) tenha sido indenizado. Somente a partir dessa condição é que se indenizam os lucros cessantes.

De acordo com Edmur de Almeida, coordenador da Comissão Crédito, Garantia e Fiança do Sincor-SP, no Brasil, esse filtro era uma barreira regulatória determinada pela Susep, mas foi extinto recentemente como parte do atual processo de flexibilização das normas de seguros. “Hoje, qualquer seguradora pode ofertar um produto que indenize lucros cessantes, independentemente de haver um dano material indenizado”, explica.

CONSCIENTIZAÇÃO

Cada sinistro traz lições e aprendizados para o mercado. No entanto, o problema no Amapá está relacionado a danos ocorridos pontualmente nessa região, cuja causa fundamental não é de pleno conhecimento. Nesse caso, como não houve indenização em decorrência dessa causa, não há dados de sinistralidade.

“Ainda não é possível dizer que esse evento causou uma alteração na contratação dos seguros, mas é possível que exista uma preocupação com a cobertura de lucros cessantes para as concessionárias de energia elétrica ou para os consumidores que perderam produtos, cessaram atividades e tiveram queda no faturamento. Mas foi um bom sinal de alerta para revisar as apólices de responsabilidade civil dos agentes de energia elétrica”, afirma Thisiani Martins.

Apagão e pandemia são eventos que têm estimulado o empresariado a procurar esse tipo de proteção, seja por meio da gestão de risco pura ou combinada com transferência de risco por meio de seguro, na visão de Edmur de Almeida.

“Muitos donos de hotéis e restaurantes, por exemplo, procuraram seus corretores para saber se o seguro indenizaria lucros cessantes em decorrência daqueles eventos. Infelizmente, a resposta foi negativa. Mas, como ‘a necessidade é a mãe da criação’, quanto maior a demanda para esse tipo de proteção, maior a probabilidade de alguma seguradora oferecer um produto para esse fim”, comenta.

“Temos que observar esses casos de sinistros e ver como podemos melhorar. O caso do Amapá é público, teve um transformador que se incendiou e demonstra como planejamento é fundamental, porque todos os geradores, transmissores ou distribuidores são passíveis de sofrer sinistro. Além de cuidar dos equipamentos e ter uma manutenção adequada – o que não impede de ocorrer um sinistro –, é fundamental ter planos para uma resposta eficiente e rápida”, diz Paulo Mantovani.

NOVO APAGÃO

“Acompanhamos a evolução da situação por meio dos relatórios oficiais e da imprensa e estamos preocupados com a falta de água nos reservatórios, devido ao grande período de seca que o País enfrenta”, diz Thisiani Martins.

Para Paulo Mantovani, apesar da crise hídrica, ainda não é o momento de se falar em apagão. “O setor é bem estruturado, apesar das dificuldades que vem enfrentando. O mercado livre está se desenvolvendo cada vez mais, temos grande potencial de energia solar, eólica e de gás para as termoelétricas. Essas outras fontes não vão acabar com a hídrica, porque o Brasil é abençoado pela quantidade de rios, e teremos mais alternativas”, avalia.

Existem formas de se precaver contra os apagões. “Um gerador de energia aliado a uma apólice de seguro adequada pode amenizar muito os efeitos dos riscos de apagões”, afirma o corretor Jair Fernandes, presidente do Sincor-AM/RR.

Além de aconselhar a compra ou o aluguel de um gerador, Edmur de Almeida disse esperar que, em breve, haja oferta de produtos de seguros para esse tipo de risco e que eles sejam acessíveis para as micro e pequenas empresas, especialmente.

“Se o potencial de prejuízo com o apagão é grande, é melhor considerar fortemente a possibilidade de gerar a própria energia. Hoje, essa aquisição está muito mais acessível tanto para pessoas físicas (residências e condomínios) quanto jurídicas (comércio, serviços, indústrias e agronegócio)”, diz ele.

O ONS, em atendimento à solicitação do Ministério de Minas e Energia, revisou a Nota Técnica relativa à Avaliação das Condições de Atendimento Eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN), com projeções até novembro de 2021, ou seja, o fim do período seco e início do período úmido, considerando um aumento na carga de energia e a menor disponibilidade de usinas térmicas no período.

Embora o estudo indique que, até o fim de 2021, a situação permanecerá sensível, o ONS está atuando para aumentar a oferta das fontes de energia e garantir que não haja a suspensão do suprimento elétrico.

O comunicado diz: “O Operador reitera que foi essencial o planejamento realizado, baseado em dados técnicos e premissas alinhadas com o momento de pior escassez hídrica, para possibilitar medidas excepcionais como estas que estão sendo tomadas desde o ano passado para estocar água em todos os reservatórios e, com isso, gerenciar de forma estratégica esse recurso. A situação permanecerá sensível, porém as ações para o aumento da oferta das fontes de energia estão sendo tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) tempestivamente e com transparência, visando garantir o fornecimento de energia para a população.”

Chamada Pública Senai-CTG Brasil atrai 36 projetos em H2 Verde

Projetos estão distribuídos por 14 estados do país e somam propostas de R$ 186 milhões, cerca de 10 vezes mais o previsto no edital

DA AGÊNCIA CANALENERGIA

A chamada pública lançada pelo Senai e CTG Brasil para apoio a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) com foco em hidrogênio verde, recebeu um total de 36 inscrições. Essas iniciativas estão localizadas em 14 estados do país, com valor somado de R$ 186 milhões em propostas. A cifra é mais de 10 vezes a prevista no edital e está concentrada principalmente em projetos para produção do chamado “combustível do futuro”.

O Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), que coordena nacionalmente a ação, observa que o edital atraiu desde startups até grandes empresas. O objetivo, segundo os organizadores, é impulsionar soluções em PD&I capazes de gerar negócios. Entre as ideias apresentadas, 74% focam na produção de hidrogênio, 20% no uso industrial, 3% no transporte e outros 3% em certificações do produto. Os R$ 186 milhões relativos aos projetos incluem R$ 21 milhões em contrapartidas das empresas proponentes para financiamento, um dos requisitos previstos no edital.

De acordo com os dados levantados, as propostas apresentadas tiveram valor médio de R$ 6 milhões. No Paraná, estado que lidera em participação, a soma dos projetos alcança R$ 24,2 milhões. Os estados de Santa Catarina (R$ 17,20 milhões), Ceará (R$ 16,4 milhões), Rio Grande do Norte e Amapá (empatados com R$ 14,5 milhões) aparecem em seguida no ranking. Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo e Maranhão também entraram na disputa.

Seleção
A primeira fase da seleção segue agora com a análise das propostas. O resultado preliminar é previsto para 1º de dezembro. Segundo Mello, os projetos que avançarem para a segunda etapa passarão por uma curadoria para identificação de possíveis sinergias e aprovação final da CTG Brasil, que destina recursos à chamada pública por meio do programa Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Aneel.

O resultado final sai em 17 de dezembro. Já no início de 2022 inicia-se um novo ciclo: a prospecção de possíveis parceiros internacionais para o desenvolvimento das ideias selecionadas. Não há uma estimativa de quantos dos inscritos serão contratados. Os projetos escolhidos terão prazo de execução de até 36 meses, a partir da assinatura do contrato.

O fenômeno da longevidade exige o olhar atento ao futuro

A  compreensão sobre a importância de planejar e preservar o próprio futuro e de suas famílias deve estar cada vez mais presente na nossa sociedade


Revista Apólice

Estamos vivendo cada vez mais, e isso não é uma novidade. Temos acompanhado há mais de meio século o aumento contínuo da longevidade, de acordo com dados e estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse é o caso brasileiro, mas no mundo inteiro se observa o mesmo fenômeno.

É bem verdade que, embora estudiosos estejam considerando sobre o eventual impacto da pandemia nos indicadores de sobrevivência, é preciso entender que a pandemia é apenas um retrato, enquanto a demografia deve ser vista como um filme. Isso fica ainda mais claro quando consideramos a rápida resposta da ciência no desenvolvimento de vacinas, visto que em menos de um ano, grande parte do mundo já está vacinado. Não obstante essa discussão, se a pandemia vai alterar ou não os índices de longevidade, precisamos continuar olhando o futuro.

Se o bônus da longevidade é viver mais, o ônus é representado pela necessidade constante de planejarmos nosso futuro financeiro. Para isso, o primeiro passo é admitir que pensa em longevidade não é coisa do futuro. Trata-se de um processo que deve permear toda nossa vida. Os valores poupados e os juros sobre essa acumulação confirmam essa tese: quanto antes começamos a poupar, mais rápido alcançaremos os nossos objetivos.

Outro ponto importante para considerar em nossos programas de educação financeira é um olhar sobre tudo o que significa ser previdente e não apenas considerar o propósito de longo prazo, ou seja, as aposentadorias. Nesse cenário de análise não podemos desconsiderar os imprevistos que poderão acontecer durante esse longo caminho, até as aposentadorias. É nesse contexto que o mercado de seguros ganha cada vez mais relevância.

É imprescindível que as pessoas passem a considerar todos os riscos aos quais estamos expostos: morte prematura deixando dependentes financeiros; invalidez que comprometa a capacidade de gerar renda; e bem-estar, a fim de garantir recursos para viver melhor e com saúde.

O seguro de vida é a solução para amenizar todos esses riscos. Por meio dele, é possível contar com soluções sob medida, para cada tipo de necessidade, perfil e até mesmo em diferentes condições de saúde e atividades profissionais.

A compreensão sobre a importância de planejar e preservar o próprio futuro e de suas famílias deve estar cada vez mais presente na nossa sociedade, muito impulsionada por fatores externos, como a pandemia, reforma da previdência, novos modelos sociais e a longevidade. É fundamental, no entanto, transformar consciência em ação, antes que seja tarde demais…

O 1º Congresso On-line da Sou Segura debate e traça novos caminhos e oportunidades para os múltiplos papéis da mulher na sociedade.

Dias 1º e 2 de dezembro.

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