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Com atenção às novas preocupações, setor de seguros cresceu na crise/ Aumento da base segurada requer variedade e segmentação de produtos (saúde)

21, Dez. 2021

Com atenção às novas preocupações, setor de seguros cresceu na crise

O setor conseguiu crescer na crise com a oferta de produtos que atenderam as novas preocupações em alta dos brasileiros, como responsabilidade civil e seguro residencial

Por Marcelo Sakate

Fonte: Revista Exame

 O setor de seguros encarou a chegada da pandemia como oportunidade. Coberturas que não tinham penetração tão ampla na sociedade deslancharam em meio a novas necessidades, como a do seguro residencial pela disseminação do home office (o patrimonial teve aumento de 10,2% na arrecadação), enquanto outras se mostraram ainda mais fundamentais, como a de saúde. Em um ano em que o setor de serviços encolheu 7,8%, o ramo de seguros cresceu 1,3% em prêmios, segundo dados da CNseg, a entidade que reúne as seguradoras que atuam no país.

Um destaque foi o avanço de apólices de responsabilidade civil, como prevenção a eventuais processos, com crescimento de 22,8%. Na contramão, um dos seguros mais populares do mercado brasileiro, o automotivo, teve queda de 2,1% com a redução dos deslocamentos. Apesar do desemprego recorde e da queda na renda real, o número de pessoas com algum plano de assistência médica no final de 2020 atingiu o maior patamar desde 2017, com 47,564 milhões de beneficiários. Um sinal de relevância reconhecida, mesmo com o papel fundamental do SUS.  


Aumento da base segurada requer variedade e segmentação de produtos

No saúde, pouco se fala sobre cartão benefício, como disse o presidente da FenaSaúde João Alceu

Por: Karin Fuchs 

Fonte: Revista Cobertura

Na coletiva da CNseg, o presidente da entidade, Marcio Coriolano, mostrou que 72% das pessoas no País têm um rendimento de até dois salários mínimos. João Alceu, presidente da FenaSaúde, expôs que o aumento da base segurada é uma bandeira antiga e que isso se dá com o aumento da variedade e da segmentação dos produtos, além da introdução de franquias, para que o produto caiba no bolso do consumidor. 

“Como dito pelo Coriolano, o consumidor está com pouco recurso na medida em que a maioria da população ganha até meio salário mínimo. Fico perplexo com a resistência que a gente encontra, principalmente das entidades de defesa do consumidor, quanto à ideia da subsegmentação de planos mais baratos, de planos com franquias agregadas, quando se quer realmente colocar esses produtos na prateleira adicionalmente aos que já existem”, afirmou Alceu. 

Segundo ele, justamente para dar mais opções àqueles que não têm renda suficientemente para comprar os planos com os preços que estão. “Nós temos no Brasil cerca de 300 empresas de cartão benefício que só cobrem consultas ou só exames, e nada se fala. São produtos que estão atendendo essa camada da população que não tem renda para adquirir um plano completo e amplo, e excessivamente regulados, que são os planos de saúde”.